Por Gustavo Meira

Plataforma de áudio permite aproveitar o tempo disponível para consumir o conteúdo, sem prejudicar a produtividade diária, podendo conciliá-la.

O podcast é um material entregue na forma de áudio, muito semelhante a um rádio. A diferença é que fica disponível para que o consumidor escute quando quiser, não é um programa ao vivo. Além disso, o conteúdo é criado sob demanda.

Uma das grandes transformações recentes no mercado da comunicação, foi o avanço e crescimento de podcasts. Durante o período de isolamento social por conta da pandemia de Covid-19, o hábito de ouvir e criar podcasts cresceu em todo o mundo, e caiu no gosto do público. Segundo a Globo, o Brasil foi o país com maior crescimento na produção em 2020, primeiro ano de pandemia e 57% das pessoas ouviram o formato pela primeira vez. 

Foto: © Branislav Nenin/Shutterstock.com.

Em 2021, 28% dos usuários ouviram esse tipo de conteúdo. Em 2019, essa proporção era de 13%. Isso representa um público de 41,2 milhões de pessoas, 23,5 milhões a mais que em 2019, segundo a TIC Domicílios.

Esse aumento será crescente por um bom tempo e não só uma tendência. O instituto de pesquisa e-Marketer apresentou uma estimativa de que a audiência dos podcasts deve chegar a 23,5% da população mundial com conexão de internet até 2024. Isso significa que um em cada quatro internautas serão ouvintes de podcasts. 

O aumento de conteúdo na língua portuguesa e o investimento das empresas de comunicação nesse formato é apontado como um dos fatores que contribuíram para que esse tipo de mídia ganhasse espaço entre o público brasileiro. 

Rádio e TV também se renderam aos podcasts, inserindo programas ou conteúdos exclusivos na plataforma de áudio.

Ferramenta para o jornalismo

À medida que o mundo online se transformou, principalmente por conta do isolamento social, a comunicação precisou se reinventar e a conexão com as pessoas se tornou necessidade. Pensando nisso e alinhando ao amplo alcance, proporção de audiência e facilidade de produção que o podcast oferece, ele vem conquistando cada vez mais campos, sendo um deles o jornalismo. 

Ele carrega heranças do tradicional formato radiofônico. Não só nas clássicas entrevistas ou nos longos debates de mesa-redonda, mas também nos documentários e nas grandes reportagens. E com isso, inserido com um modelo mais atual, o jornalismo tem se aproveitado do gênero para contar histórias ou mesmo embalar notícias do dia a dia de forma diferente para seu público.

Podcasts como Ao Ponto, de O Globo; Estadão Notícias, do Estadão; O Assunto, do G1; Durma com Essa, do Nexo; Mamilos, do B9; Café da Manhã e Boletim Folha, da Folha de S. Paulo são alguns dos diversos projetos do gênero jornalístico que simbolizam o uso correto e o futuro das grandes mídias em formato de áudio.

Jornalista Renata Lo Prete. Foto/Reprodução: G1.
Videocasts

Com o grande potencial das plataformas de streaming, como Youtube, Netflix, Globoplay, o podcast, já consolidado, ganhou um “decorrente”. Os videocast,  ao invés de registrar somente o áudio, passou-se a gravar a imagem na hora da transmissão. Um formato já conhecido adaptado ao podcast, que alcançou um sucesso esperado. 

No Brasil, programas como Flow Podcast e PodPah são referências no formato e dominam a audiência no mundo online. Cada um dos podcasts carregam no canal do YouTube mais de 5 milhões de inscritos cada um.

Flow Podcast.
PodPah Podcast.

Inclusive, saiu episódio novo do Universidade da Bola, clique aqui para conferir!

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