População pede melhorias na acessibilidade a cadeirantes

População pede melhorias na acessibilidade a cadeirantes

Às vésperas da Copa das Confederações, Belo Horizonte corre para se adequar em termos de mobilidade, com melhorias nas ruas e nos sistemas de transporte. O evento servirá de prévia para a Copa do Mundo de 2014, a capital mineira será uma das sedes. Mas há outro aspecto, as pessoas com deficiência reivindicam que essas melhorias também as contemplem. “Pra melhorar a acessibilidade é preciso ter mais respeito dos governantes pelos cadeirantes”, afirma o auxiliar administrativo Fábio Augusto Peixoto de Castro, cadeirante.

Para Castro, os ônibus adaptados com elevadores apresentam um problema, os cobradores e motorista não sabem usar o controle remoto. “Os ônibus [com elevadores] atendem a demanda. Apesar deles [motoristas e cobradores] dizerem que tem muitos equipamentos estragados, na realidade é o operador que não sabe manusear”, declara.

De acordo com a BH TRANS está em andamento, desde dezembro de 2011, um treinamento com os operadores do Transporte Coletivo da capital, visando capacitá-los em suas funções no transporte coletivo e, também, “aprimorar habilidades como mediação de conflitos no trânsito com outros ‘atores’”. Segundo o órgão, a previsão é de que até o final deste ano todos os treze mil operadores tenham passado pelo programa de treinamento. As avaliações de desempenho serão feitas durante um ano. Hoje, seis mil motorista e cobradores já foram capacitados.

Censo

De acordo com o IBGE, a partir dos resultados preliminares da Amostra do Censo Demográfico de 2010, o número de pessoas com deficiência corresponde a 23,9% da população brasileira (veja o infográfico), que encontram dificuldades em termos de acessibilidade, principalmente nos centros urbanos.  

Na capital mineira, de acordo com Edson Ferreira, da União dos Paraplégicos de Belo Horizonte existem 52.966 pessoas com deficiência, segundo dados aferidos pelo Instituto Esther Assumpção (de Betim). Para Ferreira  as obras empreendidas na cidade ainda não atendem, de forma integral, às necessidades dessa população.

Rampas somente nas laterais o canteiro central não foi rebaixado.

Obstáculos

No cruzamento da Avenida Augusto de Lima com a Rua Espírito Santo, por exemplo, há uma rampa dos dois lados da avenida, contudo o canteiro central não foi rebaixado, o que dificulta a travessia do cadeirante.

A regional centro-sul reconhece que não há o rebaixamento do canteiro central do trecho citado, é informa que será feita uma vistoria no local ainda sem data prevista.  afimar a assessora de comunicação Mara Damasceno.

 

 

Por: Ana Carolina Nazareno e Hemerson Morais.

Foto: Hemerson Morais.

2 COMMENTS

  1. Onde está o infográfico?

    “… 23,9% da população brasileira (veja o infográfico), que encontram dificuldades …”

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