Prefeitura esclarece o aumento das tarifas de ônibus

Prefeitura esclarece o aumento das tarifas de ônibus

A prefeitura de Belo Horizonte (PBH) organizou na manhã de hoje, 24, a 1° reunião ordinária do Conselho de Mobilidade Urbana (COMURB), no Museu Histórico Abílio Barreto. O objetivo do encontro era explicar a população o aumento das passagens de ônibus de BH e região metropolitana decretadas no final do ano passado.

Enquanto os olhares da maioria das pessoas estavam voltados para as festas de fins de ano, Natal e Réveillon, a PBH anunciava o aumento da tarifa do transporte público de R$ 2,85 para R$ 3,10 (linhas que interligam as estações com o centro). Além dessas, a passagem que custava R$ 2,05 (linhas circulares e alimentadoras) aumentou para R$ 2,20 e a que era cobrado R$ 2,85 agora custará R$ 3,10 (tarifa de integração com o metrô).

Em dezembro de 2014, a prefeitura justificou o aumento alegando também a alta nos serviços necessários realizados pela BHTrans. Entre eles está o reajuste do salário dos motoristas e o óleo diesel.  A composição da tarifa de acordo com a empresa administradora dos transportes e trânsito na capital se divide em: 45% para o pagamento dos trabalhadores da empresa; 25% para o combustível dos veículos; 25% com gastos relacionados aos veículos; 5% com despesas administrativas; 5% com rodagem. Outra justificativa, comunicada na reunião é a reavaliação anual das passagens que está no Contrato de Concessão dos Serviços de Transporte Convencional.

Frotas

De acordo com a BHTrans, nos dias atuais, os usuários do transporte coletivo contam com 3.077 veículos, com uma média de 3,5 anos de idade; 305 linhas de ônibus; 27 mil viagens realizadas por dia útil. O que ainda assim, não satisfaz a população. Os integrantes do Coletivo Tarifa Zero, presentes na reunião apresentaram reclamações como as más condições do transporte.

A integrante do grupo que luta pelo transporte como direito social, Letícia Domingues, comenta as conclusões que teve sobre a reunião. “A gente tem que pensar que hoje foi feita uma demonstração técnica de como ocorreu o último reajuste, que foi atrasado. Não foi no dia estipulado pelo contrato e foi feito por um agente incompetente”, comenta. Além dessa questão, ela ainda ressalta que em 2014 houve dois reajustes. “Por que dois reajustes em 2014?. O discurso que foi colocado aqui nessa reunião é um discurso bastante impessoal e conservador, pra não entrar nos pontos mais polêmicos”, declara a representante. Domingues concluiu alegando falta de compromisso dos coordenadores da empresa responsável.  “A gente acaba tendo espaço pra falar, mas a nossa experiência têm mostrado que os resultados efetivos são bem poucos. Sempre se fala que vai encaminhar que vai levar em consideração, mas quando a gente vai ver nada muda”

Tentamos contato com a BHTrans, mas ela não quis se pronunciar.

Texto e fotos por: Ítalo Lopes

NO COMMENTS

Leave a Reply