Professores estaduais em greve voltam às ruas para protestar

Professores estaduais em greve voltam às ruas para protestar

Passeata percorre a região Centro-Sul e impacta novamente sobre o trânsito

Os motoristas, os pedestres e os usuários do transporte coletivo que passaram pela região Cento-Sul de Belo Horizonte, na tarde desta quarta-feira (24), encontraram retenções no trânsito em diferentes pontos. A partir das 17h, os professores da rede estadual de ensino, em greve há 70 dias, saíram numa passeata que começou no pátio da Assembléia Legistlativa, no bairro Santo Agostinho e terminou na Praça Sete. Os principais corredores de trânsito como as avenidas Amazonas, Afonso Pena e Bias Fortes ficaram congestionadas.

Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), cerca de nove mil pessoas participaram do protesto. Na assembléia, os professores decidiram pela manutenção da greve por tempo indeterminado. De acordo com o sindicato a proposta de política salarial anunciada pelo Governo de Minas não atende às reivindicações da categoria e foi rejeitada. Os professores reivindicam a equiparação do piso salarial do Estado ao piso nacional.

Trânsito

Conforme a BHTrans, as principais vias de acesso ao centro ficaram interditadas. Contactada pela reportagem, horas antes da passeata, o órgão que gerencia o trânsito da cidade afirmou que desconhecia a informação de que haveria uma passeata na região Centro-Sul.

Muitos motoristas e pedestres ficaram revoltados com a situação, mesmo concordando com a legitimidade da greve. Para o assessor parlamentar Abraão Issa as  manifestações tem que ter lugar certo e a hora certa, tem que ser marcada. “Não concordo nem com a manifestação dos professores, nem com o trânsito idependente de manifestação, está tudo horroroso nesta cidade, muito mal planejada”, avalia.

Já o operador Felipe Guedes manifesta concordância com o manifesto. “Mesmo que esteja me atrapalhando no trânsito eu tenho que aceitar”, destaca. A funcionária pública Valdecir Batista endosssa essa opinião. “Com relação ao trânsito eu não gosto, mas eu sou a favor da manifestação dos professores”.

O empresário José Antônio Alcântara, por sua vez, critica o horário escolhido pelos professores. “A manifestação está atrapalhando o trânsito demais, me atrapalhou a buscar os meninos na escola, me atrasou totalmente. É uma falta de responsabilidade dos professores em fazer uma coisa dessa e logo no horário de pico, prejudica todo mundo”.

O cabelereiro Deivison Tavares também critica o horário escolhida para a passeata dos grevistas. “Deveria ter uns horários melhores, porque a gente sai cansado do serviço, fica agarrado dentro do ônibus”. Mas reconhece a importância do movimento. “Mas não deixa de estar certo fazer a manifestação, porque a categoria ganha muio mal”,conclui.

De acodo com o Sind-UTE/MG, a próxima assémbleia dos professores da rede estadual de ensino está prevista para o dia 31 de agosto.

Por: Bárbara de Andrade e Marina Costa

Fotos: Felipe Bueno

2 COMMENTS

  1. Parabéns meus caros amigos e colegas de classe,o futuro em nossas mãos, concordo com greve nossos heróis ganham pouco, sofrem muito e se desgastam demais, não merecem ser tratados de tal forma, afinal todos os cidadãos tiveram ou terãosua formação através do conhecimento de um magistrado não é!!!!

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