Review com Spoiler| ‘Batman’ # 32: Desfecho da saga ‘A Guerra de...

Review com Spoiler| ‘Batman’ # 32: Desfecho da saga ‘A Guerra de Piadas e Charadas’

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Por Tiago Jamarino – Start – Parceiros Contramão HUB

 

*** AVISO ESTE REVIEW CONTÉM SPOILERS ***

 

 

Nesta HQ temos a guerra violenta entre Coringa Charada, finamente chega ao fim quando o plano mestre de Charada é revelado. Mas tudo está atrasado, já que o Coringa realmente recebe a última risada. E com o final da história contada, Bruce Wayne finalmente revela a Selina Kyle seu segredo mais sombrio, seu maior fracasso como Batman. É um momento chocante que mudará para sempre a dinâmica para todos eles.

 

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Vou resumir rapidamente o que estava acontecendo nesta saga do Batman chamada, A Guerra das Piadas e Charadas. Tudo tem início na edição número 24 de Batman, pelo novo selo da DC Comics, Rebirth (no Brasil Renascimento), Batman pede a Mulher-Gato em casamento, mas temerosamente Selina Kyle hesita em dizer sim. Mulher-Gato como uma anti-heroína bastante clássica, se julga indigna de aceitar o pedido de Bruce Wayne. Bruce então começa a contar sobre sua vida como cruzado mascarado, e decide contar para Selinacomo ele não era tão santo assim, que em seu passado como Batman, ele quase quebrou sua regra primordial. Temos início então a famosa saga,“ A Guerra das Piadas e Charadas”, escrita por Tom King e com arte de Mikel Janin. Essa guerra foi travada por Coringa e Charada, que dividiram os vilões em uma sangrenta guerra pelas ruas de Gotham, ao estilo Gangues de Nova York.

 

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A HQ tem um início muito peculiar, pois, quem acompanhou está saga desde o começo de suas 6 edições,pode perceber que Coringa não deu nenhuma risada, uma ótima sacada de King, que trouxe uma dinâmica mais psicótica para o Palhaço do Crime, em alguns momentos me lembrava muito ao Coringa de Heath Ledger. Ao longo das edições anteriores vemos uma sangrenta luta pelo poder de ambas as partes, tanto a gangue do Coringa, quanto a gangue do (Charada), estavam trazendo o caos a Gotham. Batman meio que escolhe um lado para poder parar a guerra, sua escolha fica entre o menos psicopata, que é o (Charada). Mas como em todo clichê de história o que acontece? O vilão sempre vai te trair no frigir dos ovos, mas o que torna está saga interessante é justamente o resultado, Batman perdendo o controle.

 

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O desfecho é sensacional por tudo construído até então, temos uma saga onde se situa em um ambiente urbano, e nada de invasões galácticas, tudo é pé no chão. Com uma estrutura narrativa simples e bem coesa, e com uma boa intenção em contar uma história. Para o mito do Batman, ver este tipo de situação é nova, com essa saturação de mistificar a figura do Homem Morcego, foi bom ter uma história de tropeço, mesmo que o desfecho seja satisfatório para amantes de um romance. O saldo para Tom King com este novo arco é bastante positivo, pois, a trajetória do Batman em Rebirth estava cheio de altos e baixos, principalmente nas sagas dos irmãos Ghotam e Eu Sou Bane, nem vou me ater ao arco Eu Sou Suicida, seguindo a nova onda deEsquadrão Suicida. A Guerra das Piadas e Charadas, mostra bem como seria uma guerra urbana, onde duas forças poderosas se colidem, mas o mais importante em guerrilha urbana é mostrar justamente o lado que sempre sofre, que justamente somos nós a população.

 

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ARTE

 

A arte da saga é totalmente impecável,  mas principalmente nesta edição de número 32 é caprichada, com uma mescla de ritmo que vai se ditando conformes as emoções; desde sua abertura, com uma pagina ilustrada com as  vítimas que morreram ao longo da saga (deixando claro que são meramente ilustrativas). Ao longo da saga quando o ambiente contém o Batman, tudo é acinzentado, e quando temos os bandidos, este clima permanece, mas o mais legal de tudo é que as cores são errantes. Sem mencionar que a anatomia dos desenhos de Mikel Janin são muito bem realistas.

 

A coloração como mencionada acima reage com as emoções, e principalmente pelo jeito dos personagens, um caso bom é com Bruce e Selina. Essas cenas, banhadas em azul profundo e sombras escuras, realmente trazem a intimidade do que está acontecendo entre os dois.

 

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A Guerra das Piadas e Charadas, portanto, é um excelente desfecho para uma boa saga, com elementos coesos e uma história bem palatável. Como edição, Batman número 32, fecha com chave de ouro e coloca King na boa galeria de escritores do Homem Morcego. Com um excelente roteiro e uma arte que seguras as pontas. King mostra que podemos ter uma boa história se ela for pé no chão, sem loucuras milenares ou sagas intergalácticas.

 

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Batman #32
“The War Of Jokes and Riddles” Conclusion
Written by: Tom King
Art by: Mikel Janin
Inks by: Mikel Janin
Colors by: June Chung
Lettered by: Clayton Cowles

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