Festival promete trazer a heterogeneidade de estéticas como principal atração da Cidade do Rock

Por Keven Souza

A 37º edição do Rock In Rio está cada vez mais próximo do nosso Brasilzão! Durante os dias 2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11 de setembro deste ano, a Cidade do Rock está prestes a receber mais uma edição histórica do maior festival do país.

O Rock In Rio foi criado em 1985 e mais do que quebrar recordes atrás de recordes desde sua estreia, o festival fomentou ao longo do tempo um estilo fashion influenciado pelo soft rock. Um subgênero da música rock que enfatiza ganchos pop, produção de estúdio impecável e estética sonora mais agradável.

Foram anos e décadas de edições que contaram com um público que priorizava tendências, como boho e athleisure, que aliam conforto e charme. O Parque dos Atletas, localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, foi palco para as peças de couro, os chapéus de cowboy, as camisetas pretas, os acessórios em correntes e franjas e, claro, além das botas, os shorts jeans rasgados.

Imagem/Reprodução
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Mas será que essa estética ainda prevalece? Bom, o que mostra as últimas edições do festival, não tanto quanto antes!

O Rock In Rio embora ainda seja um espaço de shows para distintas faixas etárias, ele está, desde 2019, com uma grande parcela de pessoas da geração Z. Isso motivado pelo line-up diversificado que traz shows de cantores da atualidade, como Anitta, Demi Lovato, Beyoncé, entre outros, que são queridinhos da nova geração.

Hoje, o público que frequenta o Rock In Rio é diferente daquele presente na década de 90 que foi marcado pelo estilo soft rock, por exemplo. Há uma adaptação dessa estética “tradicional” para a atual realidade. Não digo que é difícil encontrar pessoas ainda com esse estilo na Cidade do Rock, mas não será comum tanto quanto antes.

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A heterogeneidade de estilos

A mudança de público é o fator principal para ocorrer esse choque na estética fashion do festival. As pessoas, e especificamente os jovens, estão preferindo looks e peças de forma mais subjetiva, colorida e menos temática. Sem aqueles limites e definições vistos nas décadas passadas. 

Esse comportamento demonstra uma junção de estilos pessoais de diferentes indivíduos em um só lugar. Hoje, ao invés do público se adaptar ao estilo de um festival e criar um certo padrão fashion, eles querem realçar suas particularidades e origens através de suas roupas e visuais.

A liberdade do ser, que é algo muito discutido atualmente, possibilita a heterogeneidade de estilos nos gramados da Cidade do Rock. E a moda, enquanto instrumento de personalidade que acompanha os costumes, ressalta a mistura de gostos no RIR. Que não só diz muito sobre o como é o Brasil, mas abraça as tendências tradicionais (soft rock) e inclui o que está chegando de novo.

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De fato, quem for ao Rock In Rio 2022 poderá encontrar estilos do soft rock ao dopamine dressing, já que a criatividade e ousadia serão as atrações principais do maior festival do Brasil. Irá encontrar também looks monocromáticos, com uma pegada solar e mais descontraída.

Agora, se o festival irá quebrar mais recordes com este ano, não sabemos! O que tenho certeza é que daqui alguns anos teremos uma estética ou estilo patenteado pelo Rock In Rio, anunciado pelo universo da moda e abraçado novamente pelo público.

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