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Por Keven Souza

Se existe algo que a pandemia evidenciou é o hibridismo das tarefas. Se antes era preciso sair de casa para de fato trabalhar, hoje, essa não é a única realidade. O home office é um tipo de atuação flexível que tende a ficar e permanecer em todas as profissões, mesmo no  pós-pandemia. 

Com este modo de trabalho é preciso ter autonomia, comprimento e disposição para se manter produtivo durante as inúmeras horas de permanência dentro de casa. Acredita-se que uma das alternativas capaz de melhorar a qualidade do trabalho remoto é ter um ambiente em casa adequado, organizado e adaptado para as tarefas, capaz de auxiliar no rendimento e otimizar o tempo para reduzir o cansaço mental. 

No entanto, apesar das nuances salubres, é comum encontrar pessoas que por falta de oportunidade ou condições não possuem imóveis planejados com espaços home offices. É o que explica Flávia Papini, professora e coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Una. “Com a pandemia, as relações de estudo e trabalho se tornaram mais híbridas. Isso é um fato que iria acontecer de qualquer maneira, só foi acelerado. Não tivemos tempo de nos adaptar e muitas pessoas não têm um espaço adequado para realizar atividades de trabalho e estudo em casa, sendo que é imprescindível às atividades de uma residência estarem bem definidas para nos sentirmos bem nos ambientes”, diz. 

Para auxiliar trabalhadores nesse novo modelo de teletrabalho, os alunos de Arquitetura e Urbanismo da Una Linha Verde,  ofereceram no último semestre consultorias gratuitas para quem precisava fazer adaptações de ambiente doméstico para um local de trabalho ou estudo e não tinha condições de pagar pela mão-de-obra de um arquiteto. O serviço foi ofertado através do Mosaico, que é o Escritório Modelo de Arquitetura, Urbanismo e Engenharia (Emau), que atua desde 2019, em parcerias com prefeituras, ONGs e ações institucionais na promoção de projetos arquitetônicos, estruturais, elétricos e de reformas. 

No Mosaico já passaram mais de dez alunos, além de diversos professores especialistas em diferentes áreas de edificações. O escritório toma consciência de que grande parte da população não tem acesso a um projeto arquitetônico bem feito, com aspectos técnicos e funcionalidade, e que existem diferentes realidades que se pode encontrar em termos de habitação. E essa concepção ficou evidente com o serviço oferecido para melhorar o home office.

Segundo Flávia, que é uma das responsáveis pelo Escritório Modelo, participaram do ofício aqueles que se encaixavam na Lei da Assistência Técnica, norma regulamentadora que permite indivíduos carentes terem acesso gratuito aos serviços de profissionais de arquitetura. “Nosso público alvo são famílias de baixa renda, que se enquadrem na Lei 11.888/2008. Por legislação é onde o Escritório Modelo pode atuar e a proposta deste serviço surgiu da própria demanda das famílias que eram atendidas, dentre tantas colocações de melhorias, o ambiente de estudo/trabalho era uma delas”, afirma.

Ela ressalta que, a partir da renda do participante, a consultoria era feita de maneira remota, por videoconferência com o cliente para conhecer a demanda e especificidade do espaço que era preciso adaptar para o trabalho remoto. “Fazemos uma entrevista prévia da família a ser atendida, para conhecer sua demanda, vemos fotos da casa/apartamento, e verificamos se a área atendida se enquadra como habitação de interesse social”, comenta.

Após o atendimento online, os estudantes colocavam em prática seus conhecimentos adquiridos em sala. Era entregue aos clientes um projeto arquitetônico com imagens em 3D para que pudessem visualizar o ambiente com as devidas transformações. Esta etapa é uma das mais importantes do EMAU, pois é onde os estudantes se conectam com um cliente real para fomentar uma experiência acadêmica mais enriquecida. 

“A experiência que os alunos adquirem com o Mosaico é ímpar. Há uma demanda, angústia e expectativa real. Os erros e acertos no projeto serão validados pelo “dono” do projeto e isso traz um senso de responsabilidade que não consegue muitas vezes ser replicado em sala de aula”, ressalta Flávia. 

O Mosaico passou recentemente por uma reforma de infraestrutura e no momento as consultorias não estão abertas para participação. O Escritório Modelo está focado na agenda institucional do campus Una Linha Verde e há expectativa de que em janeiro de 2022 os serviços ligados às famílias de renda baixa retornem, incluindo o serviço de arquitetura gratuita para melhorar o home office. 

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Por Daniela Reis

No último sábado, 4 de dezembro, aconteceu no Una Cine Belas Artes a premiação do  1° Concurso de Interiores da Una Região Metropolitana. Foram inscritas 43 equipes, que envolveram no total 86 alunos da instituição. O evento foi organizado pelo laboratório de arquitetura da Una Fábrica e contou com um café colonial para recepção dos presentes e após aconteceu as premiações aos vencedores. Estiveram presentes coordenadores de cursos, professores, além de convidados. 

De acordo com Ana Karolina Oliveira, líder do laboratório responsável pelo evento, a ideia surgiu após a percepção dos docentes Thalita Mattos, Juliana Stark e Luiz Nola, sobre o envolvimento dos estudantes durante as aulas. “Após ministrarem a UC de Interiores para algumas turmas, os professores envolvidos perceberam turmas engajadas com o tema e dispostas a aplicar os conhecimentos adquiridos após a UC. O concurso foi elaborado com muito carinho e cuidado, de forma que os alunos pudessem vivenciar a experiência de um projeto feito do zero, com basicamente todos os processos de um case real”, afirma. 

A proposta era atender um casal com demanda de um projeto de Interiores, na qual cada um possuía um gosto e uma expectativa diferente. Segundo Ana Karolina, essa é uma realidade do mercado, se deparar com clientes com anseios distintos para o mesmo projeto.“Isso é super comum na vida dos arquitetos. Pessoas são diferentes e geralmente têm necessidades com níveis de importância distintos. Nesses casos, equilíbrio é a chave. Podemos usar o estilo de decoração de um, com as cores favoritas do outro. Em alguns casos neutralizar os gostos pode ser uma boa saída. Já precisou ver, comer, sentir  algo para saber que você gostava daquilo? Com a arquitetura é exatamente a mesma coisa. Já tive a experiência de uma cliente que só gostava de tons quentes, até ver a proposta da cozinha dela em tons de azul e ficar totalmente apaixonada. A melhor solução é testar e apresentar novas possibilidades. O projeto é a previsão do que vai ser feito na obra e enquanto ele estiver no papel, as possibilidades até chegar a versão final, são infinitas”, completa. 

Para o aluno e um dos premiados do concurso, João Vitor Vidal Almeida, que fez dupla com a colega Daniella Balbin Praes Silva, esse tipo de iniciativa é de suma importância na vivência acadêmica dos estudantes. “Participando do concurso, entendemos que, mais que reconhecimento ou premiação, esses tipos de ações movimentam os alunos, os insere dentro da profissão e dentro dos processos que a envolve, além de gerar inovação de técnicas, desenvolvimento da criatividade e ampliação da visão de cada participante. Achamos que é fundamental e de extrema importância no contexto universitário. E ainda esperamos mais oportunidades de crescimento como essa! Foi incrível! Parabéns a todos os que participaram e aos organizadores do concurso”, concluiu. 

Assim como no dia a dia de um profissional, os alunos também encontraram dificuldades no desenvolvimento do projeto, mas seguiram em frente e finalizaram suas propostas, como explica Sabrina Fonseca, que foi premiada com o segundo lugar e fez dupla com a colega Gabriela Ferreira de Freitas. “Gostamos de participar, achamos interessante a proposta. A maior dificuldade foi o briefing ser apenas em um vídeo, os clientes deram algumas informações, mas é sempre bom você poder conversar e tirar dúvidas com esse cliente, porém achamos que conseguimos extrair bastante informações para construir um conceito de projeto que se adequasse ao casal”, explica. 

Entrevista com as vencedoras 

O projeto vencedor foi desenvolvido pelas alunas da unidade Barreiro, Josiane Aparecida Ferreira e Renata Érika Nunes Figueiredo. A nossa equipe fez uma pequena entrevista com as duas, confira: 

  1. O que gerou em vocês a vontade de cursar arquitetura?

Josiane: A minha vontade veio da necessidade que eu tinha de me expressar, de ser  criativa. Sempre gostei  de observar  os lugares onde  frequentava e tentava entender como tudo funcionava e como as pessoas interagiam com o espaço. Então para mim arquitetura foi a melhor escolha possível. 

Renata: A minha vontade de cursar arquitetura surgiu quando eu percebi que o que eu gostaria de estudar era algo que me desse liberdade em expressar. Sempre gostei muito do centro de Belo Horizonte, com certeza os grandes prédios antigos de BH foram minha inspiração para ingressar na Arquitetura.

  1. Como vocês definem suas trajetórias na Una?

Josiane: Tem sido um período na minha vida de muitos desafios e muitos aprendizados, cada dia tenho mais certeza que fiz a escolha certa .

Renata: Não teve um semestre que não passamos algum perrengue, mas foram esses momentos que forçaram a gente a pensar um pouco mais e descobrir soluções. Esses momentos são muito importantes para o nosso crescimento profissional e pessoal. 

  1. Qual a opinião sobre o curso de arquitetura da Una?

Josiane: Gosto bastante do curso, ele tem me ajudado a me desenvolver bastante, principalmente por ter esse viés mais prático ,que  é de extrema importância  pra minha vida profissional.

Renata: O curso de arquitetura da Una, vem abordando temas atuais de grande importância, principalmente com relação ao meio ambiente e sustentabilidade, assuntos que eu, enquanto futura arquiteta, tenho muita preocupação. 

  1. Qual área da arquitetura vocês pretendem atuar?

Josiane: De todas as áreas possíveis, pretendo me dedicar ao nicho de arquitetura e interiores. É a área que sem dúvida mais me identifico.

Renata: Eu gosto muito da área de interiores, iluminação e paisagismo. Gosto muito de estudar sobre arquitetura sensorial e em como criar ambientes que promovam a qualidade de vida, até o momento é o nicho que mais me chama atenção.

  1. Qual foi a inspiração para realizar o projeto? Conte um pouco sobre ele.

Renata: O Luiz, um dos nossos clientes, foi meu primeiro professor na Una, muito empenhado no nosso desenvolvimento, sempre à disposição. Foi com o carinho que temos por ele e pelo Marcos que buscamos criar ambientes que eles pudessem se identificar, pensamos muito nas cores e texturas e em como casar os gostos e hábitos dos dois.

Premiação

Os participantes foram contemplados por bolsas de Estudo na Escola Desenhar, Kit de amostras exclusivas, Kit com miniaturas de peças das marcas envolvidas, papelaria e pequenos mimos da Una e certificado. 

1° lugar

– Josiane Aparecida Ferreira e Renata Érika Nunes Figueiredo 

Una Barreiro

2° lugar

– Sabrina Fonseca Lima e Gabriela Ferreira de Freitas

Una Betim 

3° lugar

– João Victor Vidal Almeida e Daniella Balbino Praes Silva

Una Contagem 

Menções Honrosas

– Gláucia Nogueira Alves e Renata Silva Aguiar

Una Linha Verde

– Isabela Iris Campolina de Souza e Maria Neusa Barbosa da Silva 

Una Contagem 

Patrocinadores

Três parceiros apoiaram o concurso, são eles: 

– Bel lar (https://bellar.com.br/a-casa/)
– Deca (https://www.deca.com.br/)
– Escola Desenhar  (http://desenhar.arq.br/)

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Desafio mobilizou estudantes de escolas técnicas e universidades a desenvolverem o projeto de uma ponte

Por Keven Souza

Participando da competição pela primeira vez, Esther Reis Rodrigues e Paulo Henrique dos Santos Pinto formaram a dupla que demonstrou melhor expertise em aplicar conhecimentos técnicos ao desafio e se tornaram os vencedores do concurso “A ponte”, sediado pelo Minascon em novembro deste ano. O prêmio para o primeiro lugar era de R$2,5 mil e ambos o levaram para casa. 

O concurso é uma das ações promovidas pelo Minascon, conhecido como maior evento do setor produtivo de construção mineira, realizado pelo Sistema FIEMG e Sebrae Minas, que acontece anualmente há cerca de quinze anos. Sua proposta é abrir um espaço de competição entre estudantes a partir da elaboração de pontes construídas apenas com palitos de picolé e cola branca. 

O objetivo foi testar como cada estrutura se comportava diante de uma carga de peso, avaliado por uma banca de jurados que analisava a resistência da ponte. Venceu o desafio a dupla que aplicou os devidos conhecimentos e teorias para manter a estrutura firme acerca da submissão da maior carga. Nesta edição, participaram alunos dos cursos técnicos ligados a edificações e cursos de graduação, como Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil, Mecânica e de Produção. 

“A situação que o concurso traz representa em escala reduzida uma situação real. Os alunos aprendem na teoria todos os mecanismos de forças, tensões e resistências em situações hipotéticas, no desafio eles colocaram tudo em prática, aliando com as variantes reais e peculiaridades da situação”, diz o professor e doutor em Engenharia de Estruturas, Vinnicius Dordenoni Pizzol, sobre a importância do concurso. 

Esther e Paulo, estudantes do oitavo período de Engenharia Elétrica do UniBh, tiveram a oportunidade de estimular a criatividade e construir um projeto impactante que lhes trouxe o título de vencedores, uma ponte que segurou 50 quilos antes de romper. “Foi  um dia e meio para nos prepararmos. Usamos conhecimentos adquiridos em algumas matérias do ciclo básico do curso de Engenharia, como apoios, vigas, treliças e afins. Embora tivéssemos fortes concorrentes, tínhamos um bom projeto”, explica a estudante e vencedora, Esther Reis, sobre a estrutura desenvolvida. 

De acordo com a aluna, o fato de terem ganhado a competição vai muito além do engajamento da dupla. Ela afirma que o esforço por parte da academia para que chegassem ao primeiro lugar, foi um trabalho adjacente e imprescindível para a vitória. “Nos dias que antecederam o início do desafio, conversamos com alguns professores da área, que validaram e refutaram algumas de nossas ideias, sem o apoio deles, não teríamos conseguido! E claro, ficamos super felizes de podermos contar com o suporte e a torcida da coordenadora, e de todo o corpo docente”, diz Esther. 

Além da dedicação dos docentes, o curso de Engenharia Elétrica tem estimulado competências ímpares para proporcionar o sucesso profissional dos alunos. É o que salienta o estudante e vencedor, Paulo Henrique. “O meu curso tem me preparado para o mercado, trazendo desafios reais das empresas e todo esse conhecimento acadêmico foi primordial para elaboração de um projeto consistente, como foi a nossa ponte. E consequentemente isso colaborou para que atingissemos o primeiro lugar”, comenta.   

Paulo já participou e venceu outras competições, mas declara que foi instigante fazer parte do Minascon, já que sua dupla não era familiarizada com as áreas de edificações. “Eu e Esther, fizemos um ótimo trabalho em equipe, trabalhando em sintonia. Foi desafiador, pois não é o nosso campo de atuação e estávamos ali concorrendo com pessoas talentosas de muito potencial, embora tínhamos convicção do primeiro lugar e estávamos bem preparados”, ressalta o estudante.   

É por meio de ações como estas que os alunos possuem a chance de entrar cada vez mais preparados no mercado mediante a práticas que fogem da sala de aula. Para Vinnicius Dordenoni Pizzol, professor que acompanhou de perto a trajetória dos estudantes, concursos como “A ponte” são essenciais para munir os alunos de confiança e autonomia profissional. 

“Todo desafio agrega aos participantes vários diferenciais que se sobressaem em situações onde confiança, inovação, habilidades e superação devem ser peças fundamentais para o tão disputado mercado. E Paulo e Esther são destaques em várias premiações, desempenhando papel de referência que com toda certeza será levado para a área de atuação”, explica. 

Com o prêmio em mãos, a dupla pretende dividi-lo e usá-lo em projetos individuais. “Pretendo investir em um curso de inglês ou de capacitação”, declarou Esther. “Pretendo viajar, recarregar minhas energias”, completou Paulo. 

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Conheça o Núcleo de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Una

Por: Italo Charles

Arquitetura é transformar, criar, construir e modificar através de um ambiente de concepção de ideias e projetos. Dessa forma, hoje, apresentamos a você o NAU, Núcleo de Arquitetura, Urbanismo e Interiores do Centro Universitário Una.

Fundado em 2014, o NAU se tornou um escritório modelo que atua de forma híbrida, com ações que buscam principalmente estimular a Arquitetura Social, além de se manter constantemente como um apoio aos alunos, professores e aos serviços administrativos nas áreas de arquitetura, urbanismo e design de Interiores na UNA.

Atualmente, a equipe é formada pela líder Ana Karolina de Oliveira Carvalho (Arquiteta e Urbanista formada pela Una com MBA em Gestão Estratégica de Projetos), pela estagiária Maria Luiza Azevedo e o estagiário  Marcos Vinicius Brito – ambos do oitavo período do curso de Arquitetura e Urbanismo.

Como forma de ampliar o conhecimento e estimular o contato do laboratório com os alunos, o NAU oferece oficinas e eventos que objetivam o aperfeiçoamento das técnicas adquiridas durante os cursos (arquitetura e urbanismo e design de interiores),e através do instagram do laboratório são publicados conteúdos que funcionam de forma a compartilhar conhecimento, inspirar e agregar valor aos trabalhos produzidos.

Além do contato praticado entre o laboratório e a instituição – revisão de layout e planejamento de espaços, acontece também a prestação de serviços para a comunidade externa. A partir da Lei de Assistência Técnica, que se configura na promoção da Arquitetura Social para famílias com renda de até três salários mínimos, ocorre a atuação do lab, sendo na elaboração de projetos de reforma, regularização e construção de casas unifamiliares.

O NAU atualmente está envolvido nos seguintes projetos: Reforma do Playground da praça Duque de Caxias – Belo Horizonte/Mg, revitalização da praça Maria do Rosário em Rio Piracicaba/Mg, projeto da Casa do Gilmar e da Casa do Luciano, moradores da Vila Acaba Mundo – Belo Horizonte/Mg, projeto do espaço para Pré-Vestibular na Vila Acaba Mundo. 

Com a palavra, a líder

“O diferencial do NAU é o contato direto com a comunidade externa, nós atendemos demandas de Vilas, Favelas, Bairros periféricos, ONGs e prefeituras de forma gratuita disseminando arquitetura com uma linguagem acessível para a Região Metropolitana de BH e alguns interiores. Além de proporcionar toda essa vivência para nossos alunos colaboradores.

O Laboratório trabalha de forma a sempre incluir o aluno nos projetos que estão sendo desenvolvidos, trabalhando em conjunto com a equipe docente a fim de apoiar às necessidades do curso e fornecer nossos serviços com qualidade e sensibilidade para a comunidade interna e externa à instituição” – Ana Karolina de Oliveira Carvalho

Fique por dentro

Para conhecer um pouco mais sobre a atuação do laboratório de arquitetura, urbanismo e interiores acompanhe pelo Instagram @nau.una

Lá você vai conhecer mais sobre os projetos e ações que o laboratório oferece, além de curtir várias dicas para se inspirar.

 

O Laboratório Ecossistêmico Interdisciplinar de Aprendizagem, conhecido como LEIA, inaugurou seu primeiro espaço comunitário na cidade de Belo Horizonte. Durante a tarde do dia 29, alunos, professores e idealizadores do projeto abriram as portas para apresentá-lo à comunidade. O local, o terraço de um prédio, está localizado na avenida João Pinheiro, nº 580, região centro-sul da capital.

Integrando quatro cursos do Centro Universitário UNA, o LEIA foi criado para o desenvolvimento de hortas urbanas e a reinvenção dos espaços da cidade. Os alunos da Arquitetura foram os responsáveis em elaborar os projetos das hortas. O principal objetivo foi a criação de um modelo funcional e compacto, que seja viável e sustentável para a sua implementação em espaços do cotidiano.

Fotografia: Lucas D’Ambrosio.
Fotografia: Lucas D’Ambrosio.

Membros dos cursos de Biologia e Nutrição dedicaram os trabalhos para desenvolver técnicas de plantio e cultivo das espécies utilizadas nas hortas. Além disso, participaram com a indicação de métodos de manutenção da compostagem adequada para o plantio. Por fim, o curso da Gastronomia ofereceu os seus alunos para auxiliar no plantio, na colheita e na utilização dos alimentos produzidos pelas hortas urbanas do projeto, na elaboração de pratos e receitas.

Interação de disciplinas: a gênese do LEIA

A professora do curso de Arquitetura e Urbanismo, Luiza Franco é uma das coordenadoras do projeto. Ela explica que uma das razões que a motivou foi levar, para fora da sala de aula, os alunos de Arquitetura. “Eles fazem muitos projetos, mas a gente não coloca na prática, literalmente não coloca a mão na massa e a arquitetura é um meio de construir”, explica.

Para ela, a interação com outros cursos foi fundamental, “A UNA tinha um projeto de hortas urbanas, mas de fazer o mapeamento delas, pela cidade. Houve o convite para a Gastronomia, e eles sentiram que outras disciplinas também poderiam agregar. É preciso conhecimento amplo, a horta em si, necessita do conhecimento em diferentes áreas. Como convidada da Arquitetura, eu topei na hora”, ressalta.

A professora Luiza Franco destaca a importância da integração entre diferentes disciplinas que formam o projeto LEIA. Na foto, ela mostra o trabalho realizado pelos alunos do curso de Moda. Fotografia: Lucas D’Ambrosio.

Rosilene Campolina, professora do curso de Gastronomia, é também uma das idealizadoras e coordenadoras do projeto. Compolina destaca que o espaço é aberto à comunidade, “É extremamente importante fixar isso. É um projeto de extensão que nós queremos disseminar essas práticas, aprendidas aqui e que a gente possa levar e externalizar esse conceito para atrair a comunidade. Que isso possa se tornar prática nas escolas, no seu condomínio, na sua casa, na sua empresa, no seu escritório, onde quer que você esteja”, finaliza.

Rosilene Campolina, professora e coordenadora do projeto LEIA. Fotografia: Lucas D’Ambrosio.

Projetos, histórias e oportunidades

Durante o evento, os alunos do curso de Gastronomia participaram de uma feira apresentando e comercializando pratos que foram elaborados ao longo do semestre. Além da feira culinária, as hortas que foram desenvolvidas pelos alunos de Arquitetura também estavam expostas para o público visitante. Além de conhecer o projeto de cada um dos grupos, quem visitava a feira poderia participar de um concurso para eleger o melhor prato e o melhor projeto de horta.

Fotografia: Lucas D’Ambrosio.
Fotografia: Lucas D’Ambrosio.

O aluno da Arquitetura, Samuel Morais, 22 anos, era um dos expositores do evento e defende que a cidade pode trazer elementos que pertencem ao campo. Acredita que o cultivo pode ser algo renovável e possibilita na criação e produção pela população, do seu próprio alimento. “O desenvolvimento do LEIA é isso: criar hortas urbanas que possam ser utilizadas no meio urbano. Hortas que possam estar em apartamentos, casas e até mesmo com a interação da família, inseridas em escolas”, ressalta.

O projeto desenvolvido pelo grupo do estudante se chama “Horta Bambulê”. Ela foi criada e pensada para ser utilizada em ambientes escolares. Para Morais, é algo que pode despertar o interesse dos alunos, desde o ensino fundamental até o ensino médio. Ele destaca, também, a utilização de materiais sustentáveis, como o bambu e latas de alumínio. “É muito fácil de ser encontrado e a utilização de latas de qualquer tipo, no caso, para a plantação, incentiva a reciclagem dentro de casa”, destaca.

O aluno do curso de Arquitetura, Samuel Morais, apresenta o projeto de horta “Bambulê”.

Além de recepcionar os projetos acadêmicos, o espaço também abriga campanhas de conscientização ambiental e sustentável. Sentado em uma mesa coberta com latas de refrigerante e ferramentas, Damião Moisés, também estava presente no evento. O artesão de 42 anos representa a conhecida “criatividade do povo brasileiro”. Convidado para participar da inauguração do espaço LEIA o senhor, de mãos firmes e olhar atento, se concentrava na criação de suas peças.

Cortando e moldando as latas de alumínio, ele conta sobre o seu ofício. “O que faço é aproveitar as latinhas. A maioria delas a gente pega nas ruas. Eu vim da ASMARE (Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Materiais Reaproveitáveis de Belo Horizonte) e há dez anos eu trabalho com a reutilização de materiais que possam ser reciclados”, conta.

Fotografia: Lucas D’Ambrosio.
O artesão Damião Josué trabalha na coleta de materiais recicláveis para a realização de seus trabalhos artesanais. Fotografia: Lucas D’Ambrosio.

No final de todo o processo, Moisés mostra o resultado final do seu esforço: depois de trinta minutos produzindo uma peça, a latinha que seria destinada para o lixo se transforma em uma coleção de peças decorativas. Conforme a criatividade do mestre artesão, as latas se moldam em panelas de pressão, bules de café e regadores de hortas e jardins, que são comercializados individualmente ou por meio de kits.

Reportagem produzida pelos alunos do curso de jornalismo do Centro Universitário UNA: Isabela Carvalho, Ingrid Oliveira, Gabriella Germana, Lucas D’Ambrosio e Thainá Hoehne. 

 

 

 

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Foto: Facebook/Casas de Belo Horizonte

Quem anda por Belo Horizonte pode encontrar pelas ruas inúmeras casas e prédios antigos que enfeitam e trazem um ar saudosista à cidade. Em meio às novas construções de aparências modernas e acinzentadas, os velhos prédios resistem – mesmo que, às vezes, sufocados por tanta modernidade – e compõem o cenário da capital.

“Casas de Belo Horizonte” é um projeto ainda em desenvolvimento que tem como objetivo despertar, por meio de fotos, o interesse das pessoas pelas casas antigas da cidade, que representam um grande patrimônio arquitetônico e histórico a ser valorizado. Arquiteto e Fotógrafo, o autor do projeto, que prefere manter sua identidade em sigilo, iniciou as postagens em seu perfil pessoal e ao perceber repercussão positiva, decidiu expandir as publicações para uma página específica do tema.

Foto: Página Casas de Belo Horizonte
Foto: Facebook/Casas de Belo Horizonte

As construções antigas estão por todas as partes de Belo Horizonte, e há décadas criam ligações entre épocas, famílias, pessoas e gerações, por isso, carregam em suas paredes muitas histórias pra contar. Como forma de resgatar as memórias “adormecidas” e despertar o olhar das pessoas para obras que muitas vezes passam despercebidas, a página – que funciona também como espaço para identificar essas casas – publica junto às fotos um breve relato sobre a origem e funcionamento das construções, que em alguns casos chegam a ultrapassar um século de idade. “Há alguns casos de leitores que apresentam algum vínculo familiar ou pessoal com a história das casas, o que é muito positivo”, relata o responsável pela página.

Em apenas uma semana a página alcançou mais de 40 mil acessos no facebook e tem despertado grande interesse do público pelos projetos arquitetônicos da cidade, “O apoio dos leitores superou muito as expectativas iniciais e temos recebido várias mensagens de pessoas interessadas no projeto, bem como indicações e sugestões de residências a serem fotografadas” conta o organizador.

Foto: Facebook/Casas de Belo Horizonte
Foto: Facebook/Casas de Belo Horizonte

“Percebemos que o projeto tem uma boa receptividade e, de acordo com a evolução e interesse na página, pensamos que é possível expandi-lo para outros formatos e mídias complementares.” O “Casas de Belo Horizonte” não conta com nenhum apoio financeiro e não tem vínculo com nenhuma instituição pública ou privada, mas caso a demanda seja crescente, podem procurar parcerias e suporte financeiro.

Por Marina Rezende