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Por Bianca Morais 

O dia do beijo é comemorado hoje, 13 de abril. O beijo é um gesto mundialmente conhecido como forma de demonstrar afeto a alguém que amamos. Tem beijo no rosto, na testa, na mão, na boca! Beijo entre casados e namorados, entre parentes e amigos. 

Em meio a maior pandemia mundial vivida nos últimos tempos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) deixou claro que beijos não são aconselháveis. Mas, engana quem pensa que apenas nesse momento de covid-19 que podemos ser contaminados pelo beijo. Pelo contrário,  um beijo é capaz de transmitir várias doenças.

Uma curiosidade que vale a pena ser contada nesse dia, é que em 1439, o rei Henrique VI proibiu o beijo para evitar proliferação de bactérias. E não é para menos, em um beijo são transmitidas cerca de 250 mil delas, através boca e da saliva, sendo a maioria infecções por vírus, bactérias e fungos.

Confira algumas delas:

Mononucleose: A mais conhecida das doenças, que inclusive recebeu o nome de “doença do beijo”, é transmitida por um vírus, através da saliva. Ela apresenta sintomas como fadiga, febre, irritação na pele e glândulas inchadas. O tratamento é feito com analgésicos, antitérmicos, repouso e muito líquido. 

Herpes: Infecção direta através do beijo, causa pequenas lesões com líquidos, feridas ou bolhas na região dos lábios, que podem causar coceiras e ardor. Alguns medicamentos podem acelerar a cicatrização e diminuir sua recorrência.

Candidíase: Também conhecida como sapinho, é transmitida por um fungo. Provoca o aparecimento de lesões brancas na língua e bochecha. O uso de anti fúngico é usado no tratamento e o consumo de iogurte sem açúcar ajuda a restaurar a flora natural de bactérias da boca inibindo a proliferação.

Sífilis: É uma doença sexualmente transmissível, de origem bacteriana, que também pode ser transmitida pelo beijo através de um machucado na boca. Inicialmente é uma ferida incolor que pode evoluir para uma doença crônica que se dissemina por todo corpo. O tratamento é feito através de antibiótico, a penicilina injetável.

Gripe e resfriado: Causada pelo vírus do tipo Influenza, alguns dos sintomas são febre alta, dores no corpo, cabeça, garganta, tosse, espirro e congestão nasal. O tratamento consiste no uso de analgésicos e antitérmicos, além de repouso e hidratação. 

Catapora: Infecção viral e muito contagiosa. Os principais sintomas são o surgimento de pequenas bolhas na pele que se espalham pelo corpo e se tornam feridas, também ocasiona fadiga, febre e mal estar. A vacina para a catapora está disponível nos postos de saúde e o tratamento pode ser feito limpando as feridas e remédios para dor e febre. 

Caxumba: Transmitida por um vírus, a doença afeta as glândulas salivares e pode causar febre, dor de cabeça e no corpo, e inchaço na região da mandíbula. O tratamento é feito com medicamentos para a dor e por meio de vacinação. 

Para ocorrer de fato a transmissão dessas doenças, deve existir uma carga infectante em uma pessoa e uma baixa imunidade na outra. Não existe beijo 100% seguro, porém é possível evitar certas chateações tomando alguns cuidados. E atente-se: quem beija muitas bocas diferentes ainda está mais aberto a contraí-las! 

É sempre importante ressaltar que uma boa higiene bucal e visitas periódicas ao dentista podem evitar essas situações, uma vez que a porta de entradas para essas enfermidades são principalmente inflamações na boca. Uma boa alimentação também é significativa para fortalecer o sistema imunológico.

Apesar de muitos malefícios, está na hora de registrar que o beijo, do mesmo modo, traz muitos benefícios. Ele ajuda a liberar o hormônio ocitocina, responsável por combater sintomas de estresse, ansiedade e angústia. Ainda por cima libera a endorfina, que diminui a tristeza, melhora o bom humor e aumenta a autoestima.

Em tempos de pandemia a orientação é sem beijos, a não ser naquela pessoa que está em isolamento social junto com você. Agora se isso de fato não for possível, não deixe de demonstrar seu carinho mesmo que virtual para aquela pessoa querida, em tempos difíceis é essencial nos acolhermos. 

 

*Edição: Daniela Reis