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Café Especial

O Jornal conversou com o barista Ivan Totti e com a nutricionista Daniela Amaral para saber melhor sobre como preparar um bom café, com variedades de sabores e aromas.

Comemora-se hoje, 14, o Dia Mundial do Café.  A planta, de origem da Etiópia, se adequou bem ao gosto dos brasileiros, e hoje faz parte da cultura brasileira. O fato de ser tão consumida pela população, seja ao acordar ou ao receber visitas em casa, gera algumas discussões: É saudável? Quais os melhores acompanhamentos? Adoçante ou açúcar?

Barista e gerente de qualidade da Academia do Café em Belo Horizonte, Ivan Totti, trabalha com o café especial e conversou com o Jornal sobre conceitos e variações do produto.

A profissão de barista ainda é pouco conhecida no país, explica Totti. “O barista está para o café assim como o sommelier está para o vinho. A diferença da minha profissão para o enólogo é que o vinho já está pronto e o café não”, destacou.

Segundo Totti, a primeira diferença entre o café especial e o comercial, que a maioria da população conhece, é a qualidade. “O café especial não tem nenhum estudo que fala de malefícios. O café especial é um café puro, com grãos puros, ele tem ausência de defeitos”.

Pra sentir melhor o sabor

É comum, pra maioria das pessoas, tomar uma dose de café misturada a uma quantidade que acha adequada de açúcar ou adoçante. Aliás, qual lanchonete, que se preze, que não tenha um potinho de adoçante e uns saquinhos de açúcar para aquele café mais do que quente?. Totti conta que para apreciar melhor o sabor é bom maneirar ao adocicar a sua dose. “A percepção da língua para o açúcar é muito pequena, pra poder adoçar alguma coisa a gente tem que colocar muito açúcar, e ele tem gosto também. Então vai mudar o sabor. Colocando açúcar você mascara o gosto do café”. Ele acrescenta ainda outras formas de aproveitar melhor o sabor da bebida: “eu acho que o melhor jeito pra sentir o gosto é não muito quente, porque você vai queimar a língua e não vai sentir o gosto.  E o meu jeito favorito é a torra ideal, que é clara, e um café coada mais suave”.

Benefícios e cuidados

De acordo com a nutricionista e coordenadora da graduação no Centro Universitário Una, Daniela Amaral, 37, o café faz bem, mas tem de ser consumido com moderação. ”Os efeitos benéficos do consumo incluem otimização da performance cognitiva e psicomotora, como vantagens no estado de alerta, capacidade de concentração, desempenho em tarefas simples, vigilância auditiva, tempo de retenção visual e diminuição da sonolência e do cansaço. Já as doses elevadas podem induzir sintomas como taquicardia, palpitações, insônia, ansiedade, tremores, dor de cabeça e náuseas devendo ser evitadas por indivíduos com algumas enfermidades”, explica.

Combinando com a ideia do barista, a nutricionista ainda relata que a forma mais saudável de tomar o café é sem acrescentar açúcar ou adoçante. “A forma mais saudável de consumir o café é puro. Os consumidores assíduos de cafés de boa qualidade consomem a bebida sem acréscimo de nenhum outro ingrediente. Também podemos utilizar a bebida com pequena quantidade de açúcar ou adoçante. Moderação é a palavra chave para tornar a bebida mais saudável”, instruiu a coordenadora. .

Tirando a prova

Enquanto estive na Academia do Café, além do prazer de sentir o aroma do café dominando o ambiente, pude experimentar uma dose preparada pelo barista do café vencedor da Emater- MG, plantado no município de Espera Feliz, na região de Matas de Minas. Acostumado com o café tradicional me surpreendi com o gosto tão diferente da bebida. Um sabor leve, e que perdura mais na boca. Pra quem quiser experimentar, a Academia do Café fica na Rua Grão Pará, 1024, no bairro Funcionários.

Texto e fotos por: Ítalo Lopes