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“No meio do caminho tinha uma pedra

Tinha uma pedra no meio do caminho” Carlos Drummond de Andrade

O poeta mineiro se passasse pela Rua da Bahia entre Gonçalves Dias e Av. Augusto de lima, reescreveria seu famoso poema com a seguinte mudança:

No meio do caminho tinha um buraco

Tinha um buraco no meio do caminho

Quem desce pelo lado direito da Rua da Bahia, tem que enfrentar um trajeto até a Augusto de Lima, de 24 buracos, de tamanhos que variam de 30 centímetros a um metro. Segundo o Projeto de Padronização de Calçadas dos Bairros da Centro Sul iniciado em 2007, todas as calçadas da região Centro Sul foram reformuladas e padronizados. A calçadas foram revestidas com um ladrilho hidráulico, formando mosaicos, alinhados ao meio fio . Os pisos também ganharão cobertura tátil (de direcionamento e atenção), segundo o projeto para facilitar o trajeto dos deficientes visuais e locomotores.

Porém quatro anos depois do inicio das obras, os ladrilhos se soltam facilmente, formando crateras nas ruas, esse problema é visto também em outras áreas que a padronização foi implantada, como em trechos das Avenidas Amazonas e Afonso Pena.

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Rua da Bahia e seus buracos

“O estado das calçadas está muito ruim. A gente tem que ficar desviando, eles deveriam melhorar as calçadas” conta Vera Lucia.

A auxiliar de serviços gerais relatou que já sofreu uma queda na Rua da Bahia, mas mesmo assim não denunciou o perigo aos órgãos responsáveis. “A prefeitura deveria cuidar mais das calçadas, é um perigo, uma pessoa pode torcer, quebrar um pé.”,

Em 2003 a pesquisa “Impactos sociais e econômicos dos acidentes de trânsito nas aglomerações urbanas” do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) revelou que nove entre nove pessoas em mil habitantes já sofreram alguma queda nas grandes cidades do país, a pesquisa analisou casos em que a queda foi relaciona a falhas nas calçadas.

João Neto é comerciante da área do entorno da Praça da liberdade, e desce todos os dias pela Rua da Bahia. O comerciante comenta sobre o assunto. Confira o áudio:

A revolta do pedestre também é a mesma de Luiz Carlos Mingote, soldador que passava atento aos buracos da Rua da Bahia. Escute:

Para a quem quiser reclamar dos buracos na Rua da Bahia ou de qualquer rua da capital o telefone é 156, no atendimento da prefeitura de Belo Horizonte. O telefone é o mesmo para 22 serviços , a pessoa que ligar deve escolher a opção Tapa buraca. Segundo o site da PBH a central de atendimento recebe em média 220 mil ligações por mês.

Por: Andressa Silva e Marcos Oliveira

Fotos: Marcos Oliveira

Os buracos, vilões dos pneus de carros e dos tornozelos de pedestres, fazem parte da rotina daqueles que passam pelas ruas Bernardo Guimarães e Gonçalves Dias, no bairro Lourdes. Ocupando grande parte das calçadas, os buracos causam transtornos e incômodo aos pedestres, que quando não conseguem desviar a tempo, torcem o tornozelo ou até mesmo caem.
De acordo com os funcionários de um restaurante situado na Rua Bernardo Guimarães, é comum ouvir reclamações de clientes sobre os buracos: “Principalmente mulheres que usam salto. Elas sempre passam por aqui reclamando dos buracos, mas ninguém faz nada para arrumar.”, conta um dos funcionários. Para a dona de casa Maria Inês da Silva, 49, os buracos são uma armadilha: “Às vezes a gente passa distraído, sem nem lembrar dos buracos e por pouco não cai. Para pessoas mais velhas é um perigo, principalmente a noite, que não dá para enxergar muito bem.”, afirma a pedestre.
Em contato com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) pelo telefone 156, a informação é que os fiscais tem o prazo máximo de cinco dias úteis para analisar o local após a solicitação de reparo das calçadas e tomar as devidas providencias como uma “operação tapa buracos”.

Por: Débora Gomes
Foto: Débora Gomes