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A Casa UNA de Cultura (Rua dos Aimorés, 1451, Lourdes) receberá a exposição “Mamulengo – Nas Linhas da Mão”. A mostra reúne materiais dos dez meses de produção do documentário de nome homônimo realizado durante a turnê “Trilogia do Mundo Moderno”, do Grupo Giramundo. O projeto foi parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Natália Alvarenga para o curso de Jornalismo Multimídia do Centro Universitário UNA.

De acordo com Alvarenga, a ideia de fazer um TCC em forma de documentário já era antiga, mas só no 5º período, graças a uma amiga de sala, teve contato com o Grupo Giramundo. “Chegando lá me encantei totalmente, pois era a primeira vez que estava tendo contato com este tipo de arte na vida”, diz Natália.

De acordo com Natália, logo no incio o projeto foi contemplado pelo 1º Chamado Universitário do Canal Futura, um edital que seleciona propostas de produção apresentada por estudantes. “Eles nos acompanharam durante todo o processo”, conta Alvarenga. O grupo teve a curadoria de Luís Nachbin, um importante documentarista da TV Globo. Natália também ressalta a oportunidade que teve de fazer um workshop no Projac. “Esta parceria foi fundamental pro projeto”, comenta.

FICBIC

Durante o Festival Internacional de Cinema da Bienal de Curitiba (FICBIC), “Mamulengo – Nas Linhas da Mão” ficou em 3º lugar na categoria Documentário da Mostra Universitária Competitiva. Natália Alvarenga, que foi a diretora do projeto, ressalta a importância e gratificação de receber a premiação. “Pessoalmente por ser um reconhecimento, este é meu primeiro trabalho como diretora, mas, principalmente, para a minha equipe. Brinco que eles foram os meus braços e coração durante esse tempo, e, vê-los felizes, satisfeitos pelo trabalho que me ajudaram a fazer não tem preço.”

Apesar da premiação em Curitiba, ela explica que a principal dificuldade em fazer filmes em Belo Horizonte está na distribuição de verbas e é difícil fazer cinema independente. “No caso do nosso curta, em específico, mesmo sendo contemplado no Chamado Universitário do Canal Futura e recebendo uma ajuda de custo, não conseguiria pagar toda a equipe que participou de forma justa”, explica.

Exposição

A exposição “Mamulengo – Nas Linhas da Mão” na Casa UNA de Cultura vai de 17 a 30 de janeiro. A abertura será sexta-feira, 16, às 19hs. Natália explica que durante os dez meses de produção, muito material acabou não entrando no curta, além de fotografias de Still e mais. “Nossa intenção com a exposição é mostrar um pouco desses bastidores e permitir que o espectador perceba os detalhes que poderão ser vistos tanto pelas fotografias quanto pelos bonecos do Giramundo que estarão expostos”, explica Natália Alvarenga, que também é curadora da exposição. A visitação na Casa UNA de Cultura é gratuita, de segunda a sexta-feira, de 14h às 22h, e aos sábados, das 9h às 13h.

 

Texto: Umberto Nunes

Foto: Divulgação

Hoje, às 19h30, a Casa UNA de Cultura encerra o mês das Diversidades com a mesa-redonda Diversidades, identidades: representação, gênero e orientação sexual que debaterá as atitudes e sentimentos negativos em relação aos homossexuais e como eles são vistos e representados pela sociedade. A mesa será composta pelo professores Júlio César Pessoa Nogueira, coordenador dos cursos de Moda e Cinema e Audiovisual, do Instituto de Comunicação e Artes da Una (ICA); Marco Aurélio Máximo Prado, professor do curso de Psicologia da UFMG e coordenador do Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT (NUH) da UFMG; e  Mariana Tavares, professora do curso de Moda do ICA/UNA. A mediação será feita pelo professor Roberto Alves Reis, ICA/UNA e coordenador do projeto de extensão “Una-se Contra a Homofobia”.

De acordo com coordenador dos cursos de Cinema e Audiovisual, Júlio Nogueira, os meios de comunicação exercem uma forte influência na construção de imagens e representações dos homossexuais na sociedade contemporânea. “Se ocorrem avanços na política e em todas as áreas, é necessário, então, um comprometimento geral para mudar a imagem dos homossexuais. A mídia é o reflexo da sociedade e se temos uma mídia homofóbica, temos uma sociedade homofóbica”, explica Nogueira.

O professor Marco Aurélio Prado analisa a situação da seguinte forma: “Verificando o histórico conceitual, percebemos como vem sofrendo mudanças do século 20 para o século 21 e como essas mudanças servem para analisar a sociedade brasileira”.

Já a professora de Moda, Mariana Tavares fará uma análise dos vestuários masculinos e femininos ao longo da história e os cruzamentos de referências que existe hoje. “Faço um acompanhamento histórico dos vestuários femininos e masculinos, e percebo que tudo que é usado, ultimamente, no vestuário feminino, já foi utilizado no vestuário masculino, como por exemplo, o espartilho”, explica. “Hoje, também é notável, o contrário, ou seja, peças do vestuário masculino sendo utilizadas pelo gênero feminino. A roupa é deferida pelo gênero e não pela sexualidade”, analisa.

A mesa redonda Diversidades, identidades: representação, gênero e orientação sexual começa às 19h30, a entrada é gratuita, mas há limitação quanto ao número de pessoas, para participar, os interessados são admitidos por ordem de chegada.

Mesa redonda debate a presença dos homossexuais nas séries de TV 

As escritoras Adriana Agostini, autora do livro Lésbicas na TV: The L Word, e Flávia Péret, autora de A Imprensa Gay, debateram as formas as personagens homossexuais são representadas na mídia e nos jornais. A mesa realizada, na terça-feira, 22, foi mediada pelos professores do Centro Universitário UNA Tatiana Carvalho Costa e Roberto Alves Reis.

 Assista ao vídeo com as entrevistas de Adriana Agostini e Flávia Péret:

Por: Bárbara de Andrade e Rute de Santa

Foto: Felipe Bueno

O psicólogo e escritor, João W. Nery, 62, lançou na Casa UNA de Cultura o livro Viagem solitária, uma autobiografia que narra os preconceitos e problemas enfrentado pelo primeiro transhomem do Brasil. O lançamento reuniu aproximadamente 60 pessoas, na noite de ontem, e foi seguido de um debate, cujo tema foi “Diversidades”. “Meu livro é uma autobiografia, é todo em primeira pessoa. Eu sou considerado o primeiro transhomem. Eu gosto dessa palavra, transhomem”, informa João Nery.

O termo transhomem, quando uma mulher se torna homem, ainda, hoje, é pouco conhecido no país. “Eu sempre me senti um menino”, esclarece o autor que se submeteu ao procedimento cirúrgico em 1977, aos 27 anos, em plena ditadura militar no Brasil. “Eu nasci na década de 50 e não se falava na palavra transexualismo. Ninguém no Brasil sabia o que era isso, só no exterior”, informa.

Bate Papo com João Nery

De acordo com Nery, mestre em psicologia, todo o processo de reconhecimento do sujeito ocorre por meio do reconhecimento do outro. “Eu acredito que a partir dos 3 anos mais ou menos, quando a gente começa a pronunciar o pronome “eu” é que a gente começa a se tornar uma pessoa, a se diferenciar do outro. E a partir do outro que a gente se reconhece. A gente sabe que é moreno porque tem o loiro, a gente sabe que é magro porque tem o gordo”, explica João Nery.

João W. Nery está em Belo Horizonte para divulgar o livro e participar do 7º Encontro de Travestis e Transexuais da Região Sudeste e 1º Encontro Nacional da Rede Trans Educ, na UFMG. Militante da causa LGBT, Nery se diz defensor das minorias. “Eu também sou muito feminista. Eu luto contra qualquer tipo de discriminação. Eu sou pelas minorias”, enfatiza.

Bate papo com João Nery

Confira o video:

Por: Raquel Ribas e João Vitor Fernandes

Foto: João Vitor Fernandes

A coordenadora de Recursos Humanos da Google, Julia Crosman, esteve presente ao encontro que debateu as formas de atrair e cativar funcionário nas empresas

Na  manhã desta quarta-feira, 29 de fevereiro, a Casa Una recepcionou profissionais de Recursos Humanos de grandes empresas, convidados e funcionários da UNA durante um “Café com Conteúdo”. O evento organizado pelo Núcleo de Carreiras da UNA tem como objetivo debater como descobrir e reter novos talentos.

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diretor executivo do Great Place to Work, Ruy Shiozowa

O mediador foi o diretor executivo do Great Place to Work, Ruy Shiozowa, ao lado da diretora de recursos humanos da Mendes  Junior Trading e Engenharia SA, Livia Santana, convidada para explicar as estratégias da empresa para cativar seus talentos. Esteve presente, ainda, a coordenadora de Recursos Humanos em Belo Horizonte e Chicago da Google que, também versou sobre as iniciativas da empresa eleita como a melhor para se trabalhar.

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coordenadora de Recursos Humanos em Belo Horizonte e Chicago da Google,Julia Crosman

O evento celebra, ainda, o reconhecimento do Centro Universitário UNA dentre as Cem 100 melhores empresas do Brasil para se trabalhar, em 2011, de acordo com o instituo Great Place to Work. O Presidente do Grupo Anima de Educação, Daniel Castanho, esteve presente e comentou esta conquista. “Quando fiquei sabendo que a UNA foi eleita umas das melhores empresas para se trabalhar e a primeira instituição de ensino do Brasil a entrar no ranking minha vontade foi gritar! Muito bacana.”, declarou, também estiveram presentes o Vice-presidente do Grupo Ânima de educação, Mauricio Escobar e o vice-reitor do Centro Universitário Una, Átila Simões.

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O Presidente do Grupo Anima de Educação, Daniel Castanho

por : Bruno Coelho

fotos : Pedro Lacerda

A declaração já conhecida “quem ama o feio é porque o bonito não aparece” do Barão do Itararé, foi uma das frases citadas na noite de quarta-feira, 31, na Casa UNA de Cultura pelo professor da PUC-Minas, da Fundação Dom Cabral e programador Cultural da Casa UNA, Guaracy Araújo, que ministrou a palestra “o riso contra o poder”.

A ideia geral da palestra foi mostrar como muitas vezes escritores, filósofos, pensadores e humanistas, de um modo geral, usaram o riso como ferramenta para denunciar. “Em muitos momentos da história a gente tem exemplo de situações nas quais o uso do riso foi uma ferramenta para mostrar aquilo que não podia ser dito diretamente”, esclarece. “A ideia foi também lidar com a expectativa de, por meio do riso, mostrar o mundo de cabeça para baixo, pois o riso tem esse poder desestabilizador”, destaca.

O riso tem várias formas, mas a sua forma clássica é a ironia. Por meio dela que se encontra uma maneira de tornar as coisas visíveis e de brincar com as coisas, de usar da linguagem de forma que gere uma impressão de ambiguidade. “A partir da ironia é possível a gente ver como o riso é capaz de suscitar as pessoas numa percepção daquilo que, na realidade, elas não manifestam diretamente ou manifestam às vezes de uma forma sutil”, explica Araújo.

Durante a palestra, Araújo falou sobre personagens de várias fases da história que com poemas, textos e anedotas despertavam muitos risos, dentre eles estão: Diógenes o cão, Alexandre o grande, os bobos da corte, Gregório de Matos, Voltaire, com suas críticas à Igreja e aos poderes políticos. Na Modernidade, foram destaques Swift e Karl Kraus. Já na Antiguidade, o destaque foi Júlio César. Já no século XX, foram citados Oscar Wilde por meio de sua frase: “Quando era jovem achava que o dinheiro era tudo, hoje tenho certeza”; George Bernard Shaw, o jornalista e crítico H.L Mencken, o grande frasista Winston Churchill, Dorothy Parker, Millor Fernandes, com suas piadas sobre o Sarney e o Collor; e Wood Allen. No século XXI, foi destacado o humor involuntário de George W. Bush

“O riso é uma percepção, um momento, uma situação em que todo mundo sabe o que é, todo mundo se reconheci nisso e a partir daí faz com que seja possível usá-lo como um instrumento muito eficaz de crítica política”, destaca Guaracy. “A ironia é a forma mais famosa, mas a sátira, a alegoria e até mesmo a caricatura são maneiras através das quais se pode fazer rir. Rir é fazer as pessoas pensarem também”, conclui.

Guaracy Araújo durante a palestra
Guaracy Araújo durante a palestra

Boa embalagem

O tempo todo se percebe a relação entre o riso e o poder nos jornais. “O riso embala bem as coisas, aquilo que parece muito doloroso, muito difícil e até muito ofensivo, o riso de certa forma atenua isso, além do mais quando as pessoas são capazes de rir de alguma coisa, elas também são capazes de se identificar e se posicionar em relação àquilo”, afirma Araújo.

Ainda segundo Araújo o riso em todas as suas formas “o riso faz com que a gente, ao invés de perceber as coisas de uma forma rotineira, perceba de uma forma transformada. Em muitos momentos da história, essa ferramenta foi usada”, finaliza.

Por: Bárbara de Andrade

Fotos: Jéssica Moreira e Marina Costa