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Casa Una

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Dentro da universidade, Casa Una é o espaço que acolherá ideias disruptivas, projetos empreendedores e empresas do setor 

Por Keven Souza

O Jornal Contramão se propôs escrever 60 matérias para marcar o sexagenário da Una. Foram pesquisas, entrevistas, conversas e mais conversas com diretores, professores, colaboradores e alunos. A nossa série “60 anos. 60 histórias.” chega ao fim com um sentimento de dever cumprido e a certeza que essa instituição evoluiu muito durante essa jornada. 

E para fechar esse projeto escolhemos falar da Casa Una, o centro de inovação que vem por aí, confira! 

Casa Una 

O Centro Universitário Una está elaborando o seu próprio centro de inovação, um projeto surpreendente em toda sua substância que promete aquecer o ecossistema de inovação e educação de Belo Horizonte. O hub se chama Casa Una, se localizará no campus Aimorés para conectar o passado, que permeia através do tombamento cultural do prédio, e o futuro, que abraça a integração da tecnologia, na simbiose perfeita para apresentar uma estrutura completa e ideal para o trabalho colaborativo e o aprendizado experiencial. O espaço trará novos negócios e convergirá todos em uma mesma sintonia a partir do ano que vem. 

Os hubs de inovação são espaços multifuncionais que valorizam o conhecimento voltado à cultura contemporânea e ao empreendedorismo tecnológico. São feitos por uma comunidade que acredita na força e no poder de compartilhar ideias, desenvolver conexões e impulsionar experiências criativas. Nestes espaços podem operar laboratórios, startups, empresas, investidores e o próprio mercado. Ou seja, são imprescindíveis para a economia e o desenvolvimento de grandes projetos e até da cidade onde eles se instalam. 

Em Belo Horizonte, existem diversas empresas que se atentam à tecnologia e são do nicho inovador, como a Órbi e o Centro de Inovação e Tecnologia do SENAI. Contudo, através da implementação da Casa Una, o ecossistema mercadológico da capital está prestes a conhecer algo diferente do que se tem hoje de centro de inovação. É o que explica a administradora e diretora da Cidade Universitária da Una, Carol Sarmento. “O mercado que se tem hoje precisa da participação da academia. Acredito que para BH, o nosso hub de inovação é essencial, porque o setor daqui precisa dessa visão diferente que vem de dentro da universidade. Aquele olhar renovado, sem ruído e totalmente novo. E este é o nosso diferencial, oferecer um capital intelectual qualificado na solução de problemas do mundo real”, diz.

E é exatamente com este diferencial, de ter um espaço que explora, cria, compartilha e experimenta, que o hub da Una trará projetos de interesse social e acadêmico, parcerias com grandes empresas do setor, espaços multidisciplinares, programas e eventos exclusivos, entre outras ações que poderão surgir a partir de uma estrutura inovadora, focada no desenvolvimento de pessoas e no empreendedorismo jovial.

Para acontecer todo esse processo, o projeto arquitetônico tem envolvido diversos profissionais de diferentes áreas para construir um local que abrigue o futuro e não rejeite o passado. Hoje, os espaços projetados para a Casa Una contam com uma infraestrutura única, de dois andares, que preserva o patrimônio cultural do Casarão e abordam um design biofílico (junção da área urbana com a natureza) moderno e arrojado, além de ser acessível a todas as pessoas, incluindo aquelas com necessidades especiais.  

Com ineditismo, o Contramão traz a você os principais ambientes do centro de inovação da Una, confira. 

1º andar 

– Área de convivência externa

– Espaço café/recepção

– Espaço yoga

– Espaço linklab 

– Sala de reunião

– Sala de produção e identidade audiovisual 

– Flow school

2º andar 

– Sala de produção 3D

– Sala de projetos

– Sala de treinamentos

– Sala de colab

– Varanda 

O hub da Una está sendo desenvolvido para integrar não só espaços inovadores na cidade, como seus alunos a um local onde o futuro já começou. A comunidade acadêmica, é um dos pilares da Casa Una, com o propósito de que estejam inteiramente mobilizados a favor de uma visão macro ligada a soluções de problemas do mundo real e que os estudantes possam construir competências e habilidades que o mercado, enquanto campo de evolução, busca nos profissionais. 

De acordo com Carol, essa ideia de ir na contramão do gap de mão-de-obra, já tem sido utilizada pela Una a partir do seu currículo integrado e interdisciplinar. Mas é agora, com o funcionamento do hub de inovação, que tende a modernizar o conceito de ensino superior e trazer um aprendizado acadêmico ainda mais rico e diverso aos alunos. 

“Estamos trazendo uma forma de ensinar diferente do que se tem hoje, totalmente inovadora, um ensino mais próximo de problemas reais, com desenvolvimento de habilidades socioemocionais, que é o que o setor tem buscado dos profissionais, e que propicia interação contínua com o entorno. Na nossa visão este tipo de iniciativa, como a Casa Una, traz um aprendizado diferente, mais rico e completamente inovador, alinhado com as necessidades do mercado de trabalho”, afirma. 

Ela ressalta que, durante anos, as universidades não têm tido uma troca sinérgica com o mercado. “Por muito tempo, a academia tem se distanciando do mercado e as empresas têm criado suas próprias faculdades corporativas. Isso faz com que quando os alunos saem das universidades precisem passar por um treinamento extensivo antes de começarem a trabalhar e atuar nos cargos.”

A partir dessa premissa, o hub tenciona reconquistar essa aproximação com o mercado, mediante o preparo e o entendimento do perfil ideal, de habilidades e competências necessárias, para que os alunos se tornem profissionais genuínos e comecem no setor pronto para poder produzir e entregar resultados incomparáveis. 

A Casa Una, em síntese, é uma iniciativa grandiosa, ousada e traz a expertise necessária para ampliar o conceito de educar. Inclina-se para que empresas, estudantes e frequentadores se apropriem do espaço e sintam-se parte da proposta. O hub encerra o sexagenário da Una neste ano de 2021, como uma das ações visionárias e inovadoras que a instituição entrega mais uma vez aos seus alunos. Um presente que irá abrilhantar a cidade, fomentar a boa convivência e beneficiar o entorno. 

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A moda mineira tem crescido de forma considerável anualmente. Ganhando espaço com eventos semanais de moda como recém-acontecido Minas Trend Preview e com nomes que já conquistaram seu espaço até em cenário nacional. A escritora e blogueira Cris Guerra é sem dúvida um nome que vem quando se pensa em moda mineira. No mês de março, Cris Guerra esteve presente num bate papo na Casa UNA de Cultura, o “Inventando Moda”.

Durante a conversa, Cris mostrou fotos de suas grifes preferidas de Minas Gerais e diz que tem gosto pela peça feito à mão. “Gosto de roupa bem feita”, garante Cris Guerra que admira o acabamento e a escolha certa de tecidos numa peça.

Escritora e blogueira Cris Guerra na Casa Una de Cultura

Sobre os blogs de moda, a blogueira ressaltou que sucesso desse formato de blog deu certo pelo fato de serem garotas reais falando para garotas reais, e há muita verdade nas opiniões que são ditas nesses blogs. muita verdade nisso. “As pessoas se interessam pela verdade” diz Cris Guerra ,  autora do primeiro blog de looks diários do Brasil, o “Hoje vou assim”.

No “Hoje vou assim”, ela elabora looks reais de como ela sai às ruas em seu dia a dia, “tem pessoas que me perguntam: – Mas você saiu assim de casa mesmo?” brinca a escritora no sai que postou o visual da calça com saia. Cris Guerra se considera uma cronista de moda e jura que não planeja com antecedência os looks que vai usar. “Isso vai do dia, da inspiração”, esclarece.

Além do blog de moda, Cris Guerra também escreve o “Cartas para Francisco” e o “Para Francisco” dedicado a seu filho, além de seu colunista nas revistas mineiras Ragga e Encontro e de fazer podcats para a rádio Band News FM.

Detalhe: o sapato fashionista da blogueira

Texto e foto: Natália Alvarenga

 

 

Hoje, no dia do primeiro aniversário da Casa UNA o gestor cultural Guaracy Araújo diz estar muito contente e satisfeito pelo aniversário e espera que seja o primeiro de muitos outros. “É uma alegria para todos”, afirma. “A gente sabe como é difícil levar um projeto cultural adiante. Temos que comemorar”. Durante este primeiro ano, o centro cultural trouxe para o público grandes exposições, oficinas e artistas como Elke Maravilha e Sérgio Britto.

A coordenadora Janaína Vaz resume em duas palavras este momento: “alegria e construção”. E destaca ainda, que este primeiro ano foi de aprendizado e superação. “Foi uma fase de entender o projeto”. “O objetivo de agora em diante é viabilizar parcerias, dar continuidade ao projeto e continuar abrigando a boa cultura”, explica a coordenadora.

Localizada no casarão antigo à Rua Aimorés, 1451, no bairro de Lourdes, a Casa UNA conta com temas mensais, que norteiam as intervenções artísticas e culturais do espaço. Ao longo deste ano foram explorados diversos assuntos como o riso, a cultura Árabe, a poesia dentre outros.

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A Casa UNA fica localizada no casarão antigo à Rua Aimorés, 1451, no bairro de Lourdes.

No mês de maio o tema abordado foi poesia. O mês de julho contou com manifestações artísticas que rodearam o mundo Árabe . A coordenadora da Casa UNA, contou na ocasião que “o objetivo é propor um novo olhar acerca de uma região que muitas vezes é mal interpretada”.

Ainda no mês de julho, a atração paralela foi o cantor e integrante da banda Titãs, Sérgio Britto, que estava em Belo Horizonte para um show de divulgação do seu CD solo “SP55”. No mês de agosto o tema foi “O riso” e Guaracy Araújo marcou presença com a palestra “O riso contra o poder”. “O riso embala bem as coisas, aquilo que parece muito doloroso, muito difícil e até muito ofensivo, o riso de certa forma atenua isso, além do mais quando as pessoas são capazes de rir de alguma coisa, elas também são capazes de se identificar e se posicionar em relação àquilo”, explicou o gestor durante sua palestra.

Este mês

No dia de seu primeiro aniversário a Casa UNA receberá o ator Marco Ricca, o autor do Grupo Galpão Chico Pelúcio e o diretor Sérgio Borges.

Confira no site da Casa UNA mais informações e a programação completa:

https://www.casauna.com.br/

Por: Bárbara de Andrade

Fotos: Felipe Bueno

O fotografo e professor Thiago Theófhilo, conhecido como Thiago Théo, está em cartaz na Casa Una, com sua primeira exposição “Recortes Atemporais”. A exposição revela imagens de três ensaios produzidos em 2011, possui a presença das mulheres na intensidade de sua sensibilidade, sensualidade e força. A exposição está sendo exibida entre os dias 10 de Março e 05 de Abril, de segunda a sexta-feira, das 14 às 22 horas.

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Imagens sensuais marcam o trabalho de Thiago Theo

Em cada trabalho, todas as mulheres envolvidas mostram seu lado feminino intensamente. Desta forma o fotógrafo contempla a beleza e delicadeza das mulheres envolvidas na mesma expectativa de um apreciador. As performances criadas por estas mulheres: Cacá Zech, Cibele Maia, Letícia Castilho, Marcelle Louzada, Naiara Beleza e Paloma Parentoni, apresentam nesta exposição e dão continuidade a sua pesquisa, formando nos expectadores memórias duradouras, unindo a exposição ao momento ao vivo.

Thiago Théo iniciou a carreira de fotografo aos 17 anos, com apoio dos pais, também fotógrafos. Marcos e Solange Theóphilo. Em sua primeira exposição ele revela “Estou tendo um feedback muito interessante, quis expor minhas fotos não nas paredes e sim no centro da sala, de forma pode perceber que trouxe o público para dentro da arte” declara Thiago. As fotografias que procuram trazer as mulheres de forma performática, apresentam um recorte específico trazendo a tona, toda sua particularidade.” A mulher me traz um sentimento muito poderoso, ao mesmo tempo que elas se esforçam para ser bonitas têm que ser fortes” conclui Thiago.

Por Anelisa Ribeiro e Bruno Coelho

Fotos: Felipe Bueno

Autor de “Marvin”, “Homem Primata”, “Diversão” e tantas outras músicas que redefiniram o cenário musical brasileiro nos anos 1980, o Titã, Sérgio Britto trilhou uma carreira sólida e, hoje, mostra acordes mais suaves em uma apresentação solo. Aproveitando as férias do conjunto, Britto abre espaço na sua agenda para divulgar o seu mais recente CD intitulado “SP55”. O nome do álbum é sugestivo e guarda relação afetiva com a rodovia em que tantas vezes ele passou a caminho do litoral norte de São Paulo.

Na noite da quinta-feira, 7, o Contramão Online esteve presente no bate papo com Sérgio Britto, na Casa UNA de Cultura, oportunidade em que o cantor e compositor destacou as características do seu trabalho solo que reúne influências das diferentes vertentes da música brasileira, como o samba paulista e a bossa nova em um formato pop. O cantor que já havia gravado dois CDs solos, disse que nos shows dos anteriores tocava muito Titãs, e que a sonoridade lembrava um pouco a banda, mas que nesta turnê do álbum SP55, vai tocar mais músicas do mesmo. “Não estou cantando muitas músicas do Titãs nestes shows, toco duas músicas do Titãs, mas o grosso é desse disco”, revela Sérgio.

No inicio do bate papo, Britto destacou as diferenças entre o seu trabalho nos Titãs e o seu trabalho solo. Confira no áudio:

“É outro clima eu vou fazer um show em um teatro, são shows que tem percussão, dois violões, baixo, bateria é um show com mais ritmo, muito diferente dos Titãs”, define. Ouça o áudio:

Estrada da vida

Para Britto, a rodovia é uma metáfora da estrada da vida. “É um caminho pessoal, de uma descoberta e uma coisa que você vai seguindo. A SP-55 é uma espécie de microcosmo do Brasil como todo lugar você vê miséria de um lado da estrada e luxo do outro, tem violência, tem tudo. Eu achei que era um título sugestivo, o nome é sonoro e por isso resolvi colocar”, observa.

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Fotos de Divulgação – Marcelo Tinoco

O novo álbum explora uma sonoridade pop unida ao lirismo rítmico da bossa nova, é um produto do contato que Britto teve, ainda jovem, com os grandes nomes da Bossa e da MPB, nas décadas de 1960 e 1970. Nesta época, Sérgio Britto morava no Chile, devido o exílio de seus pais, durante o regime militar no Brasil. Assim a música brasileira era ouvida em sua casa com carinho, algo que despertava a saudade.

“Eu sempre ouvi todos os estilos desde Bossa Nova, os Tropicalistas e Jovem Guarda. Isso também faz parte da minha vida, assim como bandas de rock gringas. Acho que isso tudo ajudou na minha formação musical. E o Titãs é uma banda que tem um cuidado com as letras das canções, com a adequação de música e letra, um cuidado muito que é típico da música brasileira. Essa é uma influência forte no nosso trabalho e as pessoas reconhecem isso”, avalia Britto.

Intimista, cool, essa é uma definição possível para o novo álbum de Britto que mescla, ainda, drum’n’bass e música latina. O autoral “SP55” é o seu terceiro trabalho solo. Vozes femininas dão um tom ainda mais suave ao álbum, as participações são de Wanderléia, Marina de La Riva e Negra Li.

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Clique aqui e confira a galeria de fotos, conversa com Sérgio Britto na Casa Una de Cultura

O tecladista falou das indecisões antes de optar pela música. “Já quis ser artista plástico, comecei a fazer faculdade de artes plásticas e filosofia, parei as duas”, relata. Sérgio Britto estudou piano e resolveu depois de assistir um show de Nelson Cavaquinho e Cartola, show este que lhe despertou o desejo de fazer música popular. “A música popular é muito rica, mistura muita coisa. Poesia com música, experimentar milhares de coisas dentro daqueles três minutos. É uma coisa mágica”, afirma Britto.

Sobre a relação com os Titãs, Sérgio não pretende deixar a banda. “Eu acredito que a gente possa fazer coisas ainda muito legais que a gente não fez e que eu só faço com eles. Tem coisas que eu não faria na minha carreira solo, que posso fazer com os Titãs, que eu quero fazer”, relata. “Eu não tenho essa vontade de sair, é claro que o futuro a Deus pertence”, reforça.

O tempo é um problema real diz o compositor. “Os shows de lançamento do CD estão sendo feitos no 15 dias de férias dos Titãs pra tentar pegar algo próximo de um fim de semana, mas em geral eu tenho uma quinta-feira, uma quarta-feira, é tudo meio a conta gota porque a prioridade pra quem está na banda é a banda”, conclui.

Mercado fonográfico

Segundo o artista por causa da internet as pessoas criaram o hábito de não pagarem mais por música, de achar que não devem pagar, mesmo as pessoas eu gostam do teu trabalho acham caro. “O padrão que é causa de tudo isso mudou, acho que a gente ainda está em uma fase de transição, com essa coisa da internet. Como os artistas terão ganhos com isso, para poder investir no trabalho, isso ainda está em um processo”, avalia.

Para Britto a alternativa é um trabalho com mais qualidade, um preço razoável, e coisas estimulantes para as pessoas como: promoções. “Isso vai ter que ser inventado aos poucos pra recuperar esse tipo de relação”, afirma.

Por Felipe Bueno e Bárbara de Andrade

O tema do mês de maio na Casa UNA de Cultura é “A poesia em todos os lugares – Zona de Invenção Poesia & (ZIP)” e conta com a presença do artista Chico de Paula que sustenta que as experimentações poéticas da ZIP tem como conceito a poieses. “O termos vem do grego arcaico e está ligado ao fazer, ao criar”, esclarece, “a gente trabalha com a poesia no sentido da criação, da imaginação, da invenção”, explica.

A tônica das criações da ZIP alia poesia e tecnologia em sentidos ampliados. “A gente não faz a distinção entre um computador e o corpo. Tudo é tecnologia e linguagem para manifestação da poesia, o computador não é uma ferramenta, ele determina uma linguagem”, explica. “O pincel é uma ferramenta tecnológica, inventada num determinado momento para pintura, mas não é uma ferramenta é um recurso de linguagem assim como é o cinema que nasce junto com a câmera e o vídeo que nasce junto com os aparelhos portáteis de vídeo”, exemplifica. “A tecnologia e a linguagem caminham juntas, não podem ser vistas separadas, toda arte nasce com sua tecnologia e vai demandando novas tecnologias,” finaliza.

Para o artista um exemplo dessa possibilidade vem desde o primeiro grande poema que se tem notícia, segundo ele, “A odisséia”, de Homero, um poema oral, extenso, com origem na forma tradicional oral grega de contar histórias. “Era mais feito para ser cantado do que falado, então a poesia de certa maneira já nasce multimídia, já nasce para ser encenada”, explica Chico de Paula. “A gente costuma dizer que o ato de dizer poesia é muito mais vocalizar do que declamar. Declamar é muito enquadrado, parece mais leitura com interpretação, a gente trabalha mais com vocalizar, reforçar um som, às vezes, alterar a voz; às vezes, usar efeito da voz para a leitura e trabalhar isso conceitualmente”, detalha.

Em 03 de maio, Chico de Paula, em mostra de vídeos, destacou o seu objetivo de recuperar a história do audiovisual e relembrar as origens da poesia e do audiovisual. Durante a exposição, o artista traçou um panorama dos primeiros registros poético no Brasil desde 1.500 até os dias de hoje, passando pelo cinema, pela vídeoarte e pela performance, destacando as iniciativas mineiras nesse campo.

Chico de Paula nos conta mais sobre a produção poética mineira:

Natural de Ouro Preto, Chico de Paula em 1999 juntamente com um grupo de autores criaram o “Projeto Feito a Mãos”, cujo objetivo era investigação da autoria coletiva, interfaces digitais e formas de realização deste trabalho.

O evento sobre poesia na Casa UNA de Cultura vai até o dia dois de junho, para mais informações acesse o site www.casauna.com.br

Por: Bárbara de Andrade

Foto: Felipe Bueno