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Público presente supera a estimativa e praça amanhece suja e com sinais de depredação.

Quem está acostumado a caminhar de manhã pela Praça da Liberdade se deparou, hoje, com lixo espalhado em toda a extensão da praça, grama pisoteada, lama e um poste, que faz parte do complexo arquitetônico, derrubado (veja galeria de fotos). A folia do pré-Carnaval, na noite de domingo, 12, atraiu mais de 20 mil pessoas para o concurso de marchinhas e as apresentações da Orquestra Mineira de Brega e da banda carioca Monobloco.

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Muito lixo foi recolhido na manhã seguinte ao evento.

De acordo com o Major Carlos Alves, da Polícia Militar, responsável pelo policiamento durante o evento, a previsão de público era de 5 a 8 mil pessoas, e o efetivo designado foi de 20 policiais. “No caso, o público foi maior e exigiria um efetivo de 60 policiais”, informa.

Segundo assessoria de comunicação da Regional Centro-Sul o evento foi autorizado, juntamente ao IEPHA após a análise de documentos específica e laudos do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e BHTrans. Quanto à manutenção e conservação da Praça da Liberdade, segundo a Regional, são feitas pela Companhia Vale do Rio Doce e pela SLU, mas em caso de eventos particulares, o organizador se responsabiliza pela limpeza e encaminha um parecer de danos. A SleepWalkers Entretenimento, responsável pela organização, não encontrada pela reportagem.

Povo-fala

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Luana Martins, estudante.

Segundo a estudante, Luana Martins, 23, o pré-Carnaval foi muito bom, mas ficou triste com a depredação do patrimônio público. “Eu acho que deve haver tais eventos, pois é um tipo de resgate do patrimônio cultural da cidade, desde que haja a estrutura necessária para preservar a praça”, defende. Já a auxiliar administrativa, Ivete Cunha, 44, é contra eventos desse tipo na Praça da Liberdade em qualquer hipótese. “A praça é um local de vivência cotidiana e deve ser preservada e não utilizada para shows desse tamanho”, justifica.

Por Bruno Maia e Bruno Coelho

Fotos: Bruno Maia

Passeata percorre a região Centro-Sul e impacta novamente sobre o trânsito

Os motoristas, os pedestres e os usuários do transporte coletivo que passaram pela região Cento-Sul de Belo Horizonte, na tarde desta quarta-feira (24), encontraram retenções no trânsito em diferentes pontos. A partir das 17h, os professores da rede estadual de ensino, em greve há 70 dias, saíram numa passeata que começou no pátio da Assembléia Legistlativa, no bairro Santo Agostinho e terminou na Praça Sete. Os principais corredores de trânsito como as avenidas Amazonas, Afonso Pena e Bias Fortes ficaram congestionadas.

Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), cerca de nove mil pessoas participaram do protesto. Na assembléia, os professores decidiram pela manutenção da greve por tempo indeterminado. De acordo com o sindicato a proposta de política salarial anunciada pelo Governo de Minas não atende às reivindicações da categoria e foi rejeitada. Os professores reivindicam a equiparação do piso salarial do Estado ao piso nacional.

Trânsito

Conforme a BHTrans, as principais vias de acesso ao centro ficaram interditadas. Contactada pela reportagem, horas antes da passeata, o órgão que gerencia o trânsito da cidade afirmou que desconhecia a informação de que haveria uma passeata na região Centro-Sul.

Muitos motoristas e pedestres ficaram revoltados com a situação, mesmo concordando com a legitimidade da greve. Para o assessor parlamentar Abraão Issa as  manifestações tem que ter lugar certo e a hora certa, tem que ser marcada. “Não concordo nem com a manifestação dos professores, nem com o trânsito idependente de manifestação, está tudo horroroso nesta cidade, muito mal planejada”, avalia.

Já o operador Felipe Guedes manifesta concordância com o manifesto. “Mesmo que esteja me atrapalhando no trânsito eu tenho que aceitar”, destaca. A funcionária pública Valdecir Batista endosssa essa opinião. “Com relação ao trânsito eu não gosto, mas eu sou a favor da manifestação dos professores”.

O empresário José Antônio Alcântara, por sua vez, critica o horário escolhido pelos professores. “A manifestação está atrapalhando o trânsito demais, me atrapalhou a buscar os meninos na escola, me atrasou totalmente. É uma falta de responsabilidade dos professores em fazer uma coisa dessa e logo no horário de pico, prejudica todo mundo”.

O cabelereiro Deivison Tavares também critica o horário escolhida para a passeata dos grevistas. “Deveria ter uns horários melhores, porque a gente sai cansado do serviço, fica agarrado dentro do ônibus”. Mas reconhece a importância do movimento. “Mas não deixa de estar certo fazer a manifestação, porque a categoria ganha muio mal”,conclui.

De acodo com o Sind-UTE/MG, a próxima assémbleia dos professores da rede estadual de ensino está prevista para o dia 31 de agosto.

Por: Bárbara de Andrade e Marina Costa

Fotos: Felipe Bueno

Parece que o novo Código de Posturas da cidade que proíbe o exercício dos “flanelinhas” nas ruas não passou do papel. Apesar da lei, que será regulamentada nas próximas semanas, eles continuarão atuando, salvos por um colete e um crachá de identificação. Na manhã de hoje, o contramão flagrou um cenário diferente desse exigido pela lei.

No quarteirão da Rua Bernardo Guimarães, entre as Ruas da Bahia e Avenida João Pinheiro, a terra ainda é dos “tomadores de conta”. A flanelinha Sônia Maria Gomes, atua a mais de dez anos nessa região. Apesar de garantir ser cadastrada, ela trabalha sem o colete, segundo ela, porque “está sujo”, e sem o crachá de identificação da prefeitura, porque hoje esqueceu o mesmo. Ela conta que já conhece a equipe de fiscalização da prefeitura e por isso não tem medo de ser pega em flagrante. “São sempre dois fiscais que passam por aqui, mas se hoje vierem estou perdida sem o meu crachá” relata a profissional, porém, sem demonstrar muita preocupação.

Maria Aparecida Souza, 48, trabalha na região e conta que frequentemente é abordada por um ou dois flanelinhas ao mesmo tempo. “Se você não paga num dia, no outro eles te cobram o do dia e o atrasado, e muitos cobram com tom de ameaça” relata Souza que é bancária e estaciona sempre em via pública, “eu acabo pagando por receio, pois estou aqui todos os dias e a maioria já me conhece de vista” explica.

Para se cadastrar, a prefeitura exige uma certidão de bons antecedentes criminais e cumprir algumas restrições, como por exemplo, não receber dinheiro que não seja por doação. Infelizmente, estas restrições que estão longe de serem respeitadas.

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Sônia Maria Souza trabalhando sem as exigências do Código de Posturas

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No mesmo quarteirão, carro estacionado em vaga para deficientes físicos

Texto e fotos Daniella Lages