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Cine Humberto Mauro

Começou nessa sexta-feira, 27, e vai até o dia 19 do próximo mês, no Cine Humberto Mauro a mostra Cinema e Rock ‘n Roll, que traz filmes sobre o universo musical do rock em suas várias gerações. Vários ícones e épocas desse estilo musical foram lembrados na escolha dos filmes, como Jimi Hendrix e Neil Young, que surgiram na década de 1960, e o movimento hippie, no longa adaptado do musical de mesmo nome, Hair, de 1979.

A mostra, que já está na terceira edição, tem se tornado tradicional no cinema. De acordo com o gerente do cinema e curador da mostra, Philipe Ratton, “a ideia da mostra é trazer a relação da música, em especial o rock and roll, com o cinema”.  O diferencial dessas exibições em relações às outras, é que nessa edição serão lembrados estilos musicais que ainda não haviam sido retratados.  “O blues, o soul e o glam rock”, cita o coordenador e também curador da mostra, Bruno Hilário.

A junção de música com cinema é comum, e atrai publicados variados.  Segundo Ratton, as duas primeiras edições lotavam a sala do cinema. Ele explica que “o rock é um movimento cultural, até pela sua própria origem de contestação e do desejo de se mudar antigos valores, e essa é a relação primordial com o cinema, que também busca conseguir isso”. O coordenador ainda acrescenta que um dos momentos em que podemos ver esse fenômeno bem explícito é quando o conhecido como rei do rock, Elvis Presley, começa a gravar seus filmes. “Um auge interessante é nos filmes do Elvis, quando o cinema pega as músicas desses camaradas e começa a acompanhar a indústria fonográfica e fazer ela movimentar. Os filmes do Elvis funcionavam como uma grande propaganda para os seus discos”, esclarece Hilário.

O estudante João Brandão, que esperava com a namorada a sessão começar conta que um dos motivos de vir ao evento são as variadas histórias que se conta dos bastidores do estilo. “Sempre têm muitas histórias e lendas, e elas são muito legais e interessantes, e é ótimo quando trazem isso pra gente”, conta Brandão.

De acordo com os curadores, o sucesso é tanto que já se planeja uma quarta edição. Ainda sem uma data estabelecida o projeto já está em mente. “A mostra vai ter uma continuidade, e sem dúvidas teremos uma parte quatro”, esclarece Ratton.

Por: Ítalo Lopes

Imagem: Cena do filme Hair, de Milos Forman

Desde o dia 20 até o dia 30 deste mês está acontecendo o 18º Fórum de Antropologia e Cinema, com mostras de filmes etnográficos e documentários.

Realizado em parceria com o Ministério das Relações Exteriores, o Fórum trouxe um dos cineastas mais ilustres de Israel, conhecido por seu compromisso com a justiça social, cultural e política do Oriente Médio.  Avi Mograbi é referência por seu experimentalismo e contribuição inovadora para a linguagem cinematográfica.

Hoje, no Cine Humberto Mauro, uma das mais prestigiadas obras de Avi será exibida: “Uma vez entrei num jardim”, às 21h. E o melhor de tudo é que o próprio diretor conduzirá os expectadores durante a exibição!

A entrada é gratuita e os ingressos serão distribuídos 30 minutos antes do inicio da sessão. Recomenda-se chegar com antecedência.

Cine Humberto Mauro: Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte.

Tel: (31) 3236-7400

Para saber mais sobre Avi Mograbi e conhecer o trabalho do cineasta acesse: https://www.avimograbi.com/#!watch-now/ck0q

Texto: Camila Lopes

Foto: Divulgação

O Palácio das Artes realiza de 26 de setembro até 3 de outubro, no Cine Humberto Mauro, uma mostra que destaca o trabalho de um dos maiores nomes do cinema mundial, o norte-americano Clint Eastwood. Serão exibidos 11 longas-metragens, todos dirigidos por Eastwood. “A mostra tem o intuito de mostrar o quanto Clint é um diretor clássico, capaz de frequentar os mais diversos gêneros cinematográficos”, afirma o gerente de cinema da Fundação Clóvis Salgado, Rafael Ciccarini.

Apesar de ser conhecido principalmente como ator, Clint Eastwood tem uma longa carreira como diretor. Já dirigiu um total de 35 filmes, e ganhou por quatro vezes o mais importante prêmio do cinema mundial, o Oscar. Ainda de acordo com Ciccarini, os filmes escolhidos para exibição na mostra são da fase mais madura da carreira de Eastwood. “São os filmes mais íntegros dele. Onde ele foi mais capaz de emprestar, de maneira muito vigorosa, a linguagem do cinema à narrativa”, comenta.

O gerente conta que teve também com a idealização da mostra, a intenção de destacar a face política-cinematográfica de Clint Eastwood, uma vez que os Estados Unidos vivem um período de eleições presidenciais e o diretor tem uma forte ligação com a política americana, inclusive recentemente deu uma declaração defendendo o Partido Republicano. “Isso traz uma reflexão entre a posição política do Clint e sua valoração humana. Nos obriga a pensar política de uma maneira mais poética”, analisa Rafael Ciccarini.

O Cine Humberto Mauro fica no Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537 – Centro), a entrada para os filmes da mostra é gratuita, e os ingressos devem ser retirados na bilheteria do cinema meia-hora antes do início de cada sessão. A programação completa está disponível no site da Fundação Clóvis Salgado (www.fcs.mg.gov.br).

Por Marcelo Fraga

Imagem: Menina de Ouro (Clint Eastwood) / Fundação Clóvis Salgado – Divulgação

 

A mostra “Luís Buñel, O Fantasma da Liberdade”, cartaz do Cine Humberto Mauro, no Palácio das Artes, resgata a obra integral do cineasta espanhol. Serão exibidos os 33 filmes de Buñuel até o dia 22 de abril, com sessões seguidas de debates sobre os temas abordados pelo cineasta e seu estilo de filmar. “Essa é a maior mostra já feita sobre Buñel, no Brasil. Além disso, dois terços dos filmes são películas. Algo raro!”, informa o curador da mostra, Rafael Ciccarini.

Gênio incontestável do cinema surrealista, Luis Buñel através de seus filmes soube como poucos dosar crítica à sociedade e suas convenções e, ao mesmo tempo, lançar esse discurso sob a ótica artística, sem que com isso seu trabalho transparecesse numa panfletagem. Sua obra data de 1928 a 1977 e, ainda assim, contribui para a discussão de questões do século 21, de acordo com Ciccarini.

Debate

No dia 21 de abril, das 14 às 16h30, o Palácio das Artes abrigará um debate sobre a contribuição poética, estética, política e crítica de Luís Buñel, bem como a manutenção de suas ideias no contexto presente. “O Buñel é o único cineasta que conheço que é efetivamente imperecível. Os temas do Buñel eram tópicos de abrangência universal”, explica o coordenador do curso de Cinema e Audiovisual do Centro Universitário UNA, Júlio Pessoa, que no será o palestrante da noite.

De acordo com Pessoa, o cinema até a metade do século passado estava ligado à psicanálise, à psique. “O Buñel trabalha com o recôndito da alma humana, sua referência na sociedade e sua interferência na questão de gênero, em questões sociais, as opressões e desopressões, os mecanismos internos de força da psique”, explica Júlio Pessoa.

Por Felipe Bueno

Imagem: arte de divulgação da curadoria