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Foi exibido ontem, 20, no Cine Humberto Mauro no Palácio das Artes um clássico do cinema brasileiro, o filme “Amante Latino” (1979) estrelado pelo cantor Sidney Magal, 61, que presenciou e interagiu com participantes no fim da sessão. A presença do cantor fechou a Mostra Curta Circuito que apresentou no mês de setembro clássicos do cinema brasileiro.

Apesar da demora para se abrirem as portas e dar inicio a sessão, a carreira do artista e algumas histórias dos anos 1970, contadas por idosos que aguardavam na fila, deixaram a espera menos tortuosa. As portas foram abertas e os organizadores do Curta Circuito apresentaram o objetivo da mostra e agradeceram a todos que colaboraram para a sua realização.

Ao som de Sandra Rosa Madalena, o cantor surgiu no palco, dando o ar de sua graça. Com o seu bom humor clássico, Magal fez piadas sobre o seu peso e sobre a sua atuação sem experiência no longa. O músico contou ao público como foi descoberto para o papel e o motivo de ter poucas falas: “Inexperiência!”, destacou.

O filme entrou na tela acompanhado com palmas e mais uma trilha musical do cantor. A história trata de temas como ecologia e pessoas que são expulsas do lugar ondem moram, ciganos e hoje, sem-teto. Apesar de polêmica, a temática foi tratada com muito humor, pela irreverência dos personagens.

Com o encerramento da sessão, o artista deu início a um depoimento emocionado, falando sobre as amizades que fez durante as gravações e que foi emocionante ver depois de tanto tempo o filme sendo exibido em uma sala de cinema. Relatou também, com a voz embargada, que vários atores já faleceram, e que isso tornou ainda mais gratificante a participação na mostra.

O bate-papo como era de se esperar, foi bem divertido. O público fez perguntas e contou ao artista histórias que tinham em relação a ele. Sidney agradeceu aos participantes o carinho e disse estar satisfeito pelo que fez ao longo da carreira, deixando em evidencia que mesmo depois de tanto tempo ainda é aclamado pelo público, que só teve histórias boas a contar.

Texto e foto: Ítalo Lopes


 

 

 

A ação cineclubista começou no Brasil em 1928, com o Chaplin Club, no Rio de Janeiro e desde então foi se espalhando por todas as regiões do país. Hoje, totalizam cerca de 1370 cineclubes ativos, segundo o Conselho Nacional de Cineclubes no Brasil. Após 50 anos de Ditadura Militar, o cineclubismo continua a ser uma prática vanguardista. Em 1964, após o golpe, foram fechados vários cineclubes que eram vistos como prática subversiva. Em Belo Horizonte, a repressão fechou na década de 70, o curso de cinema da PUC Minas.

Sempre com local, data e horários fixos, os cineclubes exibem filmes de diversas temáticas – política, social, ou até mesmo a filmografia de alguns cineastas que marcaram, geralmente pensando na democratização do acesso e filmes que não circulam dentro das salas comerciais. A exibição é sempre acompanhada de debate, que tem ampla participação e importância. Nos debates os cinéfilos trocam experiências e despertam sua criticidade.
Texto: Luna Pontone
Foto: Danilo Vilaça

Nesta quinta-feira, 29, aconteceu a abertura oficial da 9ª Edição do CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto. A cerimônia aconteceu no Cine Vila Rica, onde apresentou à temática e os homenageados desta edição.

A CineOP se caracteriza pelo único evento a ter enfoque a preservação, a história e a educação audiovisual no Brasil. Entre os homenageados, estão os cineastas Luiz Rosemberg Filho, Ricardo Miranda e ao grande preservador e ex-curador da Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), Cosme Alves Netto.

Na temática histórica, Rosemberg, é considerado um dos mais inventivos, radicais artistas da geração de 68, onde desenvolveu um cinema mesclando erotismo, crítica, política e amor ao cinema. Já Ricardo Miranda, foi um artista, montador, cineasta, professor e um cinéfilo que o fez uma das grandes referências da sétima arte das duas últimas décadas. Pensando na temática de preservação, ninguém melhor do que Cosme Alves Netto, que esteve à frente da cinemateca do MAM entre 65 e 88, resistindo à ditadura militar, lutando e organizando a memória do cinema, além de ter sido um dos maiores incentivadores da produção cultural e independente da época.

Durante a cerimônia, os homenageados receberam o simbólico troféu Vila Rica. As viúvas de Ricardo e Cosme subiram ao palco para receber o prêmio e falaram da importância do reconhecimento do trabalho de ambos para o cinema brasileiro. Rosemberg, foi aplaudido de pé e, como já era de se esperar, não fez nenhuma declaração, visto que sempre se manteve longe dos holofotes da mídia, mas dedicou o prêmio aos amigos mais próximos.

Após a cerimônia de abertura, a pré-estreia do documentário “Tudo por amor ao cinema”, de Aluísio Michiles, que narra à trajetória da vida de Cosme Alves Netto através de depoimentos de amigos e cenas de filmes, que ajudam a narrar um momento de sua vida – intercalação de filmes que ajudam a ilustrar e narrar cada momento relembrado em cena. Michiles contou que “Desde jovem, me perguntava para onde iam os filmes aos quais assistia no cinema, eu queria saber o que acontecia com eles”, por isso resolveu dirigir um longa-metragem que contasse a vida de um dos homens que mais representam essa memória cinematográfica no país.

Mais informações: www.cineop.com.br 

Por Lívia Tostes
Fotos: Leo Lara/Universo Produções

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Longa retrata a história do elenco de Cidade de Deus uma década depois do lançamento do filme.

O documentário “Cidade de Deus – 10 anos depois” inspirado em um dos maiores filmes brasileiros dos últimos tempos, Cidade de Deus, do diretor Fernando Meirelles, será lançado nesta sexta-feira, 11, em Belo Horizonte, no Cine Centro e Quatro, às 20h30. O longa dirigido pelo carioca Cavi Borges mostra o que aconteceu com os atores do filme, após dez anos do lançamento.

A ideia de produzir o longa, surgiu após que Cavi Borges, ajudou a jornalista Maria Rosário Caetano em uma matéria sobre onde os participantes (atores) do longa se encontravam nos dias de hoje. Diante da proposta sugerida pela jornalista, Borges convidou o ator, diretor e roteirista, Luciano Vidigal para dividir com ele a direção do projeto. E foi da parceria com Vidigal que surgiu a ideia de transformar o documentário em uma análise sobre os obstáculos de ser um ator negro no Brasil.

A Mostra faz parte da Sessão Livres Filmes de Cinema Brasileiro, que também acontece em Vitória, Aracaju, São Paulo e Rio de Janeiro. A exibição desta sexta-feira na capital mineira conta com sessão comentada com o diretor Cavi Borges.

Ingressos: Sessão das 17h | R$10 (inteira) R$5,00 (meia)
Sessão das 20h30 | ingresso promocional | R$5,00 (inteira) R$2,50 (meia)

Por: Luna Pontone

Foto: Divulgação

O Festival Varilux de Cinema Francês começa nesta quinta-feira, 10, em BH. O evento está na 5ª edição e cria um circuito entre 45 cidades das regiões sul, sudeste e nordeste do país. Na programação, 15 filmes inéditos que foram lançados nas últimas semanas na França, além do clássico “Os Incompreendidos”, em versão restaurada, que faz uma homenagem aos 30 anos da morte do diretor François Truffaut.

Um dos destaques da programação é o filme “’Yves Saint Laurent’, dirigido por Jalil Lespert, que conta a história do estilista que assume a marca Christian Dior e do encontro dele com o companheiro e sócio Pierre Bergé. O longa ganha sua exibição comercial ainda esta semana.

Outro destaque do festival é a presença do diretor do filme “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”, Jean-Pierre Jeunet, que apresenta seu mais novo filme “Uma viagem extraordinária”. Segundo a organização do evento, o longa será projetado em 3D gratuitamente para crianças em sessões educativas, nos dias 11 de abril, às 13h30, no Cine Belas Artes, e 13 de abril, às 15h30, no Cine Art Ponteio e Belas Artes.

“Uma Viagem Extraordinária”, de Jean-Pierre Jeunet

A expectativa de público para este ano é de mais de 100.000 pessoas. O diretor do festival, Christian Boudier, diz que o sucesso do Varilux é mais uma prova que o público brasileiro gosta muito e confia no cinema francês: “ao longo dos anos, o Festival Varilux se tornou um dos maiores eventos de cinema a nível nacional”. Para ele, “esse feito só é possível graças ao crescente interesse do público pela cinematografia francesa; nesta edição, não será diferente”.

Para o estudante Luis Gustavo Lima, que participa pela primeira vez do evento, a expectativa é enorme. Segundo ele, o cinema francês vem nos presenteando com grandes produções nos últimos anos: “o fato de termos filmes inéditos no festival serve como mais um grande atrativo para o evento e a possibilidade de acesso a filmes que ainda não entraram em cartaz nos grandes centros é um grande presente aos admiradores do cinema francês”. “É uma iniciativa fantástica”, elogia. Luis Gustavo também comenta sobre a agitada programação de cinema de Belo Horizonte. Para ele, “esse modelo de evento que Belo Horizonte vem participando – mostra de filme Alemão, Bergman e Varilux – nos dá a oportunidade para apreciar e conhecer o cinema de todos os cantos do planeta, sem nenhuma restrição”.

Em Belo Horizonte, a extensa programação do Festival Varilux segue entre os dias 10 a 16 de abril,  no Cine Belas Artes e no Cine Art Ponteio Lar Shopping.

Rio e São Paulo

Na edição de 2014, o festival traz a atriz Isabelle Huppert e os diretores Jean-Pierre Jeunet, Jean Marie Larrieu, Arnaud Larieu, Jalil Lespert, MarcFitoussi, Philippe Claudel, Laurent Tuel, Nicole Garcia, que participam dos debates nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.

O Varilux traz o renomado diretor Jean-Pierre Jeunet para ministrar um masterclass que será realizado no dia 8 de abril em São Paulo e no dia 10 de abril no Rio de Janeiro. Além do masterclass, a programação oferece diversas oficinas, com destaque para a 3ª oficina Franco-Brasileira de Roteiros Audiovisuais, voltada para o desenvolvimento de roteiros de longa-metragem, direcionado para o público de estudantes e profissionais do cinema.

Maiores informações: https://variluxcinefrances.com/

Por Lívia Tostes

Foto: Divulgação

A partir desta quinta-feira, 13, os amantes de cinema poderão sentir o gostinho de começar o final de semana um pouco mais cedo – com estreias. Há duas semanas, a FENEEC (Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas) anunciou a mudança do dia dos lançamentos de sexta, para quinta-feira, com o objetivo de diminuir as filas nos cinemas no fim da semana e atrair mais o público em um dia em que os filmes são menos procurados.

Segundo o presidente do sindicato dos exibidores, Ricardo Difini Leite, o preço pode variar de cinema para cinema, mas Leite garante que, durante a semana, os preços continuaram mais acessíveis do que aos finais de semana, que podem chegar a até R$ 40 reais nos finais de semana. O presidente também afirma que não há uma obrigatoriedade na mudança de preços e que cada cinema define o seu, mas que não é uma intensão do mercado aumentar o valor da quinta. Ele acredita que se aumentar, o dia vai perder o atrativo tão desejado: a estreia.

O gerente operacional do Cine Belas Artes, de Belo Horizonte, Jorge Vale, ainda não sabe se haverá a mudança no valor das sessões das quintas-feiras. “Essa mudança me pegou de surpresa, não sabia. Como fazemos parte do circuito de São Paulo, fui verificar a programação e notei que tinha algo errado. Procurei saber o que tinha acontecido e fui informado sobre a mudança, não só nos circuitos, mas em todos os cinemas do país”. Segundo ele, o pessoal espera ganhar mais um dia de final de semana, mas acha que inicialmente não vai ter muita mudança.

Veja alguns dos filmes que têm estreia confirmada para esta quinta-feira:

Need for Speed – O Filme (3D)

Shopping Cidade
Horário: 15:50, 18:25 e 21:10.
Informações: (31) 3279-1200.

Pátio Savassi
Horário: 16h10, 19h00 e 22h00.
Informações: (31) 3288-3205

Alemão

 Shopping Cidade
Horário: 16:20, 18:30 e 20:50.
Informações: (31) 3279-1200.

 Pátio Savassi
Horário: 18h10, 20h40 e 23h10
Informações: (31) 3288-3205

Em cartaz no Belas Artes:

Ninfomaníaca: 16h30, 19h, 19h30 e 21h30.

Philomena: 14h, 18h e 21h40.
Informações: (31) 3252-7232

Por Luna Pontone
Foto: João Alves e Divulgação