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A partir desta terça-feira, 11, o Sesc Palladium oferece uma nova programação para o projeto “Cinema em Transe” que tem como objetivo exibir longas que dialogam com a linguagem cinematográfica e com a originalidade brasileira.

Ao final de cada seção, toda a plateia é convidada para um debate com o diretor da longa a respeito do tema e da estética adotada pela a obra, além de discutir as dificuldades de se fazer filmes no Brasil.

O primeiro longa a ser exibido no projeto é o premiadíssimo “Tatuagem” do diretor Hilton Lacarda, que ganhou os prêmios de Melhor filme no Festival de Rio e de Gramado, o Kikito. A seção esta marcada para iniciar às 20h e a retirada dos ingressos começara 2h antes da seção.

Dia 11/03 
Seção: 20h

Tatuagem (2013)
110min – Cor – Classificação 16 anos

Brasil, 1978. A ditadura militar, ainda atuante, mostra sinais de esgotamento. Em um teatro/cabaré, localizado na periferia, um grupo de artistas provoca o poder e a moral estabelecida com seus espetáculos e interferências públicas. Liderado por Clécio, a trupe conhecida como Chão de Estrelas ensaiam resistência política a partir do deboche e da anarquia. A vida de Clécio muda ao conhecer Fininha, apelido do soldado Arlindo Araújo. É esse encontro que estabelece a transformação de nosso filme para os dois universos. A aproximação cria uma marca que nos lança no futuro, como tatuagem: signo que carregamos junto com nossa história.

Dia 18/03 

Doce Amianto (2013)
70min – Cor – Classificação 16 anos

Amianto vive isolada num mundo de fantasia habitado por seus delírios de incontida esperança, onde sua ingenuidade e sua melancolia convivem de mãos dadas. Após sentir-se abandonada por seu amor (O Rapaz), Amianto encontra abrigo na presença de sua amiga morta, Blanche, que a protegerá contra suas dores. Seu universo interior choca-se com a realidade de um mundo que não a aceita, um mundo ao qual ela não pertence e invariavelmente ela torna a debruçar-se sobre seus delírios jocosos, misturando realidade e fantasia. Com a ajuda de sua Fada Madrinha, Amianto recolhe forças para continuar existindo na esperança de ser feliz algum dia. 

Dia 25/03

 Avanti Popolo (2012)
72min – Cor –  Classificação 14 anos.

Por meio do resgate de imagens Super-8mm captadas pelo seu irmão nos anos 70, André tenta reavivar a memória do seu pai que há 30 anos espera seu filho desaparecido.

Foto: Divulgação

Texto: João Alves

Desde de 1978 Marcelo Amâncio dos Santos é projecionista em casas de cinemas da capital mineira. Hoje, é o responsável pelas projeções do Cine Belas Artes, localizado na rua Gonçalves Dias, próximo ao Circuito Cultural da Praça da Liberdade. Conhecido pela exibição de filmes que raramente entram em cartaz em outras casas de cinema, Amâncio dos Santos considera o público do Belas Artes como mais maduro.

Desde adolescente Marcelo Amâncio já se interessava por sombras e projeções. Descoberto por seu vizinho, que na época era técnico do Cine Brasil, se viu lançar nesta profissão aos 18 anos. O profissional considera ter aptidão nata para a tarefa, precisando de apenas dois meses de curso, na época oferecidos pelo Cine Akaiaka, para se estabelecer como um dos mais respeitados operadores de cinema de BH.

Questionado sobre a modernização das salas de cinema e a experiência do espectador em ir ao mesmo, Marcelo Amâncio é enfático, lamentando que em algumas salas as películas venham sendo substituídas por projetores digitais: “o espectador está perdendo sim, porque o cinema é feito com 35”. É uma película tipo fotograma, cinema é o projetor, e tudo digital não é projetor. As pessoas perguntam qual a diferença do 35” para o digital: a cor no 35” é de um vermelho forte e bonito, diferente do digital, que é uma cor braquicela (sic). Isso para mim não tem graça nenhuma”, reclama.

Com tanto tempo dentro de um cinema, o operador tem gosto bem polido, tendo predileção para musicais como Embalos de Sábado a Noite e Greace: Nos Tempos da Brilhantina, ambos com destaque para a performance de John Travolta. Os filmes marcaram tanto que Marcelo Amâncio puxa na memória: “projetei eles no Cine Metrópolis, hoje fechado”. Com quase três décadas de carrreira, rememora sua história mais marcante enquanto projecionista: a sala estava cheia e o filme já havia começado quando o motor da máquina que roda a película queimou, deixando o profissional com poucas chances para continuar a projeção: “eu só sei que troquei o prato todinho e rodei o filme todo na mão. Mais de 40 minutos. Isso ficou na minha cabeça”, se orgulha deixando ver um sorriso satisfeito.

Foto por João Alves

Texto por Alex Bessas e João Alves

Na próxima segunda (29), será lançado, em exibição gratuita, no Cine Cento e Quatro, o curta “O tecido dos sonhos”, de Carlos Rocha e Marcelo Braga. A exibição do curta-metragem será às 20 horas. O projeto é um experimento audiovisual que une o universo shakespeariano ao cotidiano das ruas de Belo Horizonte. O título do filme remete à citação atribuída ao dramaturgo que diz: “Nós somos do tecido de que são feitos os sonhos”.

O elenco é formado por pessoas em situação de rua e associadas à ASMARE e ao Centro de Referência da População de Rua. Os diretores esclarecem que o encontro com esses grupos de ações sociais contribuiu para a consolidação da obra. “A posição passiva, anda de mão dada com a indiferença”, declara Carlos Rocha.

Com 17 minutos de duração, o curta traz textos de Shakeaspeare interpretados pela população que vive nas ruas da capital mineira e redescobre a literatura produzida no século XVI e aclamada no século XIX, vista por tipos populares que habitam, trabalham e cruzam a cidade de Belo Horizonte. Sobre a estreia na próxima segunda-feira Marcelo Braga, um dos idealizadores e diretores do projeto, afirma: “A expectativa é a melhor possível”.

As dificuldades encontradas foram as mais naturais possíveis: nem todos os moradores de rua estavam dispostos à participar das gravações devido a problemas particulares, outros inicialmente participaram, mas por fatores externos não finalizaram. Foram seis meses de trabalho, sendo três dedicados a oficinas de preparação do elenco, já que nenhum deles era profissional e mais três de filmagens – para levar essa realidade para as telas.

Cine Cento e Quatro está localizado Praça Ruy Barbosa (Praça da estação), número 104, no Centro de Belo Horizonte.

 

Por: Alex Bessas  e  Aline Viana

Foto de divulgação.

Dentre as diversas atrações que estavam acontecendo ontem, 26, no Centro Universitário UNA, no Vitrine 2012/02, a turma de Cinema Audiovisual apresentou o seu TIDIR, as 19h, na sala 8. A proposta foi realizar uma adaptação de contos do escritor Machado de Assis.

Os alunos tiveram que fazer um curta metragem de animação com apenas 3 minutos, em stop motion (fazer uma animação através de várias fotografias) e pixelation (animação com pessoas), podendo escolher qual deles iriam utilizar. “O nosso grupo adaptou o conto a Essência das Rosas. Nossa adaptação partiu da insatisfação do mundo, que ele criou as rosas e as rosas nunca estavam satisfeitas com nada, que as pessoas nunca estão satisfeitas com o que elas têm”, declara a estudante de cinema, Amanda Heisandres.

O outro grupo da turma de cinema escolheu o conto . Os alunos contam que tiveram uma preparação desde o início do semestre. “Tivemos alguns problemas relacionados à adaptação e o tema era stopmotion, mas a gente decidiu usar os dois temas tanto o stop motion quanto o pixelation”, conta a estudante de cinema, Natalie Matos.

 Por: Ana Carolina Nazareno

Foto: Ana Carolina Vitorino

As exibições dos filmes da 2ª Mostra de Cinema Espanhol e Latino-americano de Belo Horizonte- Latino 2012 começaram hoje no Cine Usiminas Belas Artes. Serão exibidos mais de 100 sessões de filmes latinos com legendas em português, a maioria deles inéditos em BH. Devido o parentesco cultural entre os latinos e os espanhóis, ambas as cinematografias são representadas na mostra, que apresenta ainda exposição, um concurso cultural de crítica cinematográfica e agenda de palestras.

Alguns dos temas do evento são Terror pop, Realismo no cinema espanhol dos anos 50, Novos autores, Cinema em construção, além de homenagens à Calpurnio e Ana Katz. No domingo as sessões de 16h e 19h45 exibirão filmes de animação sobre a personagem de quadrinhos Cuttlas, do desenhista espanhol Calpurnio. Já no dia 28, em sessões de 19h45, 21h e 21h30, será exibida a obra da argentina Ana Katz (formada na Universidad del Cine, realizou vários curtas como Ojala corriera viento. Estudou atuação nas escolas de Julio Chávez e Elena Tritek, além de escrever e dirigir obras teatrais).

Um dos destaques do festival é o documentário Como se a vida fosse música, que faz uma homenagem a Murilo Antunes. A produção conta a história do poeta e compositor mineiro por meio de música e depoimentos, o documentário será exibido no dia 27, às 21h30. A exposição O realismo espanhol também terá seu lugar na mostra, são dez fotografias de cenas marcantes de filmes produzidos em diferentes momentos da história. Outra atração do evento é o concurso de Crítica de Cinema Latino 2012, as três melhores críticas ganharão bolsa de estudo para um curso de espanhol.

Programação completa.

O endereço do Usiminas Belas Artes  é rua Gonçalves Dias, 1.581, Lourdes. A entrada é franca, porém com vagas limitadas. A distribuição de ingressos será feita 30 minutos antes de cada sessão.

Por Ana Carolina Nazareno e Rafaela Acar

Foto: filme Abraços Partidos de Pedro Almodóvar

O Cine Humberto Mauro recebe, a partir de hoje, mais uma edição do Festival do Filme Documentário e Etnográfico e Fórum de Antropologia e Cinema (ForumDoc). A abertura será com a exibição do documentário Xapiri, produzido coletivamente por brancos e índios. “Nossa expectativa é que tenhamos um bom público. Muitas pessoas nos acompanham desde as primeiras edições”, afirma o organizador Ewerton Belico.

O ForumDoc comemora nesta edição 20 anos da demarcação da terra indígena Yanomami (maior do Brasil) e também destaca a atual luta dos índios Guarani Kaiowá pela demarcação de seu território no Mato Grosso do Sul. Ainda de acordo com a organização, “a intenção do evento é promover um debate sobre cinema e documentário, mas sempre com um espaço reservado para a cinematografia indígena”.

Até o dia 2 de dezembro várias mostras serão promovidas. O destaque é a mostra A Mulher e a Câmera, que exibirá somente filmes dirigidos por mulheres. Além do Cine Humberto Mauro, os documentários serão exibidos na UFMG e em Inhotim. Durante o evento ocorrerão sessões comentadas com a presença dos diretores, além de oficinas. A sessão de abertura ocorrerá hoje às 19:30h no Cine Humberto Mauro. A entrada é franca e os ingressos devem ser retirados com 30 minutos de antecedência.

Por Marcelo Fraga e Paloma Sena

Foto: Internet