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#CineUmbertoMauro

Frases épicas como “Toto, eu tenho a impressão de que não estamos mais no Kansas”, da Dorothy, no filme O mágico de Oz, de Victor Fleming, e cenas como a que personagem Scarlett O’Hara (Vivien Leigh) do filme …E o vento levou volta para a fazenda da sua família e a vê destruída podem ser revistas, agora, na tela grande. A Mostra 1939, cartaz do Cine Umberto Mauro, termina no dia 5 de fevereiro com a reexibição de clássicos da chamada Era de Ouro de Hollywood (1930-1940).

O assistente de programação da mostra, Bruno Hilário, 29, explica que vários fatores influenciaram para esse ano ter sido tão marcante para o cinema. “Cada produtora tinha seu próprio elenco e diretores inventivos e audaciosos, como é o caso do Victor Fleming. Eles fizeram esses filmes que se tornarem grandes clássicos e entraram no imaginário do homem”, esclarece. O programador ainda complementa dizendo que o público que visita o evento é bem diversificado. “Jovens, adultos e idosos, dos mais saudosistas até os que querem conhecer sobre esse cenário do cinema”.

Veja a Programação completa:

Conversas de saguão

Quando eu saí da redação para ir conversar com o público da mostra, por volta das 16h30, acreditei que iria encontrar um ambiente vazio e de saudosistas. O tempo abafado e os sinais da chuva me faziam acreditar na previsão. Minha surpresa foi grande ao encontrar a fila dando voltas no espaço. Pessoas chateadas por não ter conseguido ingresso, e maior ainda ao ver crianças acompanhando seus responsáveis. O filme a ser exibido era O Morro dos ventos uivantes. “Quero saber como era naquela época, então vou ver esses filmes mais antigos para saber. E não é ruim, é bem legal”, declarou a estudante Lua Clara, 12.

A secretária executiva aposentada Giselda Prazeres já havia assistido ao filme e não hesitou em rever Merle Oberone e Merle Oberon em cena. “Os atores contracenavam melhor e eram talentosos. Não existia essas tecnologias de efeitos especiais. Hoje em dia, os filmes são todos projetados em computador”, explicou. Para a aposentada os atores, em 1939, eram mais versáteis. “Os atores eram re-al-men-te [disse enfatizando cada sílaba] talentosos, dançavam, cantavam e eram muitos mais bonitos [risos]. Meus bonitões preferidos eram o Clark Gable e o Cary Grant.

Pouco antes de a sessão começar mais pessoas chegavam a procura de ingressos, mas sessão estava esgotados. Enquanto aguardava o próximo filme, a jornalista Barbara Profeta, 25, destacava a importância de rever os clássicos na Mostra. “É ótimo porque nem todo mundo tem acesso a esse conteúdo. Quem tem apenas TV aberta não vai assistir, a não ser que corra atrás. Uma mostra dessa e no Palácio das Artes é um atrativo a mais”.

Por: Ítalo Lopes

Imagem:  Warner Bros. Home Entertainment Group