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[Circuito Aberto] Diálogos Cênicos começa a fazer parte da programação do Circuito Cultural Praça da Liberdade a partir do dia 29 de outubro. Todas as quartas-feiras, até 10 de dezembro, os museus e praça ficarão ocupados com o projeto.

Os grupos e coletivos participantes foram selecionados por meio do edital aberto em julho de 2014. Ao todo, 185 inscrições foram realizadas e por meio de uma curadoria assinada pelo diretor, professor e gestor na área teatral, Marcelo Bones, pelo autor e diretor de espetáculos de teatro, dança e bonecos, Rodrigo Campos e também pela jornalista, mestranda em Artes na UFMG, Soraya Belusi. Os curadores selecionaram 21 atividades, sendo distribuídas em 14 apresentações e seis ações formativas de circo, dança, performance e teatro.

O [Circuito Aberto] Diálogos Cênicos apresenta uma democratização do acesso à cultura, e proporciona a diversidade da produção em artes cênicas do estado, promovendo assim, um diálogo e uma reflexão a fim de contribuir para a ocupação de espaços públicos. Toda a programação é gratuita. O público participante poderá doar livros para a ampliação da biblioteca do Centro Cultural “Lá da favelinha”, do Aglomerado da Serra e para o GASS – Grupo de Apoio Social Solidariedade, no Santa Tereza.

O projeto foi idealizado pela Associação No Ato em parceria com o Instituto Cultural Sérgio Magnani e faz parte da plataforma #ClaroExperiências por meio da Lei Estadual de Incentivo a Cultura (LeiC).

No primeiro dia de projeto

No dia da abertura, 29, logo pela manhã, entre 9h e 13h, está marcado no Centro de Arte Popular – Cemig,a atividade formativa, com o Ateliê de Crítica e Reflexão Teatral. O encontro, que acontecerá todas as quartas-feiras, trazendo o debate e a produção de textos críticos, com jornalistas, críticos, artistas e público interessados.

A programação continua a partir das 18h30, na Praça da Liberdade com muita dança. Os projetos “Se essa rua fosse nossa”, e “FDR AllStyles – Desafio na Pista”, apresenta a dança de rua, conhecida como breaking no asfalto. No desafio realizado pelo Coletivo Família de Rua e com curadoria do ícone das danças urbanas no Brasil, Eduardo Sô, o vencedor receberá um prêmio no valor R$1.000,00.

Para finalizar a programação desta quarta-feira, o projeto “Dança em projeção”, apresenta videodanças de obras de artistas de Belo Horizonte. Neste projeto, a união de dança com audiovisual apresentando trabalhos ricos em detalhes e percepções imagéticas.

Texto: Lívia Tostes

Foto: Divulgação

Belo Horizonte é um lugar de contrastes. De onde menos se espera pode surgir uma história incrível ou um personagem surpreendente. Para os olhares e ouvidos desatentos, o semáforo é só um lugar para controle do fluxo de trânsito. Mas os olhares e ouvidos mais atentos, podem descobrir um relato fascinante, em pessoas capazes de transformar a rua em picadeiro.

Nosso personagem de hoje, estava trabalhando no cruzamento das ruas da Bahia e Gonçalves Dias, apitando e fazendo malabares. Seu nome, Juan Gomeza, o Palhaço Amadeu Pipovich. Vamos conhecê-lo?

Sua iniciação artística foi na escola ainda criança. “Desde os quatros anos, na escola, tenho o contato com a arte, a professora nos pedia que representássemos os mitos gregos, então a gente memorizava. Apresentávamos poesia também.” lembra.

Juan Gomeza, vem de uma linha familiar voltada para as artes. “Tenho um irmão, que é artista de circo, tem poetas e cineastas também.” Relata Juan.

Há dois anos ele vive no Brasil, e há um mês em Belo Horizonte. “Eu venho para Belo Horizonte arranjar uma graninha. Venho pra cá por que aqui é uma cidade grande, senão eu ficava lá na roça, em Furnas. Lá eu cuido das plantas, das galinhas e dos cavalos. E faço Permacultura, reciclando os recursos da natureza que o homem não aproveita, dá pra fazer casa, viveiro de plantas e casinha para os porcos.” explica Gomeza.

Ao falar do Brasil, ele diz que é o país mais moderno que conhece, ele já morou na Argentina, na Bolívia. “O Brasil é um país muito desenvolvido, tem muita informação, muita comunicação, com um modelo mais europeu. E o aqui também, tem a alegria, tem samba que se não tivesse já estaríamos afogados, em uma arte vazia.” avalia.

Em relação a família, ele é bem abrangente. “Minha família são, meus amigos, meu cachorro, meu pai, minha mãe, minha mulher, minha filha, meus irmãos, as árvores, as plantas o circo.”, e aproveita para brincar. – “A cerveja…” declara Gomeza.

Por: Hemerson Morais e Ana Carolina Nazareno

Foto: Hemerson Morais