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Contramão

Por Melina Cattoni
Fotografia: Ana Luísa Arrunátegui
Agradecimento: Museu Inimá de Paula

 

Fotografias, colagens, esculturas e pinturas são referências de artes visuais e o acesso à elas são de diversas formas, por uma exposição ou pela internet, por exemplo. Mas, não se esqueça que as ruas e becos das cidades também são grandes murais para um outro tipo de arte. Entre cores e formas, o Graffiti narra o cotidiano e os aspectos sociais vivenciados, principalmente, na periferia.

As primeiras aparições de marcas e desenhos foram na década de 1970, em Nova York e, no final da mesma década em São Paulo. Considerada inicialmente como arte de rua, a dualidade de opiniões era presente: Arte, forma de se manifestar e expressão ou poluição visual? Hoje intitulada arte urbana, também ocupa espaços como museus e centros culturais. Para Hely Costa Aguiar, de 47 anos, artista visual e empreendedor cultural, a expansão do Graffiti para esses locais é importante, uma vez que se passa a observar com um olhar mais atento às obras, o artista e para as ruas também. “No dia a dia das grandes metrópoles as pessoas não se atentam a isso, somente olham e gostam ou não. Em uma exposição, o apreciador tem mais tempo de apreciar o trabalho e acaba instigando a um conhecimento mais aprofundado, tanto da obra quanto ao artista”, aponta o artista.

Ao pensar em proporcionar uma imersão da sociedade no contexto do grafiteiro e seu ofício, o Museu Inimá de Paula estende a exposição Memórias Urbanas, idealizada pelo Projeto Arte Favela, até domingo, dia 29 de Abril. Os 35 painéis expostos dialogam a influência dos elementos históricos na criação da obra e no espaço. Ataíde Miranda, ED-Mun, Gud Assis, Hely Costa, John Viana, Nilo Zack e Scalabrini Kaos são os artistas responsáveis pela criação das artes.

“A Exposição Memórias Urbanas surgiu, justamente, da ideia de retratar os graffitis produzidos nas ruas. A memória de cada artista com relação a sua produção no meio urbano. A arte do grafite, muitas vezes, é efêmera e o que temos do trabalho são fotos ou memória da arte em determinado local.”, revela o coordenador do projeto Arte Favela.

 

ARTE FAVELA

Projeto sociocultural direcionado aos jovens artistas que vivem em vilas e favelas. Cada ano com novos integrantes, o projeto tem como suas ações grafitar espaços da periferia, envolver outros jovens artistas e produzir trabalhos no exterior.

Enfim, o Graffiti presente no cotidiano das pessoas e, principalmente do jovem, é uma ferramenta para transformar vidas. “Essa arte é de identidade cultural da juventude favelada e urbana, com isso há um grande interesse e poder de mudar as pessoas pro bem”, segundo Hely. Ao caminhar junto às diversas expressões de arte depara-se com uma cidade menos cinza e mais colorida!

 

Exposição Memórias Urbanas – Arte Favela

Museu Inimá de Paula
Endereço: R. da Bahia, 1201 – Centro, Belo Horizonte – MG, 30160-011
Período: até 29 de abril (domingo)
Horários:
Terça, quarta, sexta e sábado de 10h às 18h30
Quinta de 12h às 20h30
Domingos e feriados de 10h às 16h30
Entrada franca

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Por Lucas Henrique – Start – Parceiros Contramão Hub

O filme da Batgirl pode ter perdido Joss Whedon, mas o projeto ainda está avançando com um novo escritor.

De acordo com o The Hollywood Reporter, a Warner Bros. contratou Christina Hodson para escrever o roteiro do filme, que se diz baseado na estréia de The Million Dollar Debut of Batgirl! arco de história da DC Comics no momento em que Whedon ainda estava a bordo. Whedon foi originalmente definido para escrever, dirigir e produzir o projeto, mas saiu depois de uma tentativa fracassada de decifrar a história.

Por enquanto, a DC se concentra em dois projetos com data marcada: Aquaman (20 de dezembro de 2018) e Shazam! (05 de abril de 2019).

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Por Débora Gomes – as cores dela – Parceira Contramão Hub

algumas vezes, desenho palavras que só fazem sentido aqui, no meu coração.
que nem meu amor pelo que é teu: só parece valer alguma pena, quando conjugado, em silêncio, na primeira pessoa de dentro de mim.
eu sei que é meio hard, sombrio e antigo falar de amor nesses tempos tão cruéis. mas se não escrevo sobre ele (e você), que mais vou fazer com esse tanto que me resta?
uns poemas sem rima, umas estrofes sem qualquer emoção: é isso que vira o tempo quando tento girar os ponteiros sem ouvir teu coração.
é que sei muito pouco sobre a vida. mas sei que a sinto muito, principalmente quando tua voz me chama às 2 da manhã, pra falar sobre poesias e constelações.
quando paro ~ e me atento ~ sei que tem muito mais de amor em mim quando cê vai embora, do que quando chega. e é assim, também, que aprendo sobre permanências sem prisões, sobre pertencimento sem arriscar a chance do voo, sobre amar em liberdade, sem importância com distâncias ou abismos…

penso muito (e é quase sempre) que às vezes já é tarde demais pra esperançar nosso rastro. mas quando ouço o trilhar do tempo no tom da tua voz, volto a acreditar em potes de ouro no fim do arco-íris, a sonhar com finais felizes, a ter fé num destino que, se antes inventado, hoje nos foi dado como sinal de paz…

se a gente tiver mesmo a chance de voar, acho que nunca mais voltarei a cravar pés e desejos ao chão…

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Por Giovanna Silveira – Métrica Livre – Parceiros Contramão Hub

Talvez não exista imitação entre arte e vida. Um não passa de um representação homérica do outro.

Enquanto você caminha pelas calçadas e arrisca viver na cidade, uma voz segue narrando seus passos, ou uma música vai ditando seus clímax, enquanto os dias bailam entre uma peça trágica ou uma drama documental. E nos muitos dias você se vê preso em papéis coadjuvantes… quando poderia ter sido o principal.

E então, sai de cena.

Mas então percebe que foi só o fim do primeiro ato, e a vida, na realidade é feita de muitos atos mais. E você vai marcar cada um dos personagens e lugares por onde passar;  por quê afinal, não importa, entre a arte e a vida, você vai ser sua melhor obra.

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Por Yamí Couto – Poligrafias – Parceiros Contramão Hub

Tá pronta para ter disciplina? Ser uma boa menina como todo mundo acha que você deve ser? Você está preparada? Preparada para falar sem questionar, aceitar o que o sistema te falar, rir e perguntar na hora que qualquer outra pessoa mandar? Ah, mas que beleza! Temos mais uma pessoa para mandar. Mais uma força que vai fazer tudo sem questionar. Que vai entender que pensar é apenas mais uma forma de perder tempo de uma coisa que você nunca vai conseguir assimilar. Perfeito. Temos mesmo mais uma pessoa pronta para essa famosa vida adulta. Que sinta culpa se você tiver dificuldade em encontrar um bom emprego, pois não é boa o suficiente para poder entrar numa faculdade que sempre vai estar em greve, pois a cota da educação foi a primeira a ser cortada depois de não conseguirem cortar as cotas para político ladrão. Ah, mas é claro que não. Você é mais um peso para esse Estado, mina. Você tem que aceitar o seu papel de submissão. Pois quem rouba é quem faz o melhor por essa nação. Se hoje somos o país do carnaval é por deixarmos de lado pessoas mais cultas que nunca terão apoio da Elite, o que dirá do pessoal. Ah, menina… Eu fico mesmo feliz que você esteja preparada para experimentar a sua primeira cachaça depois dos dezoito anos, que agora você possa entrar nas festas para maiores e esquecer do seu nome. Fico feliz de verdade que você jamais se encontre e ouça o que as pessoas têm mais falado do que olhar para o lado de dentro e escutado. É assim mesmo.

Bem vinda mesmo, menina. Bem vinda a vida adulta onde você acha que vai se encontrar, mas é uma cilada para você continuar perdida.

Bem vinda a vida adulta onde você será mais uma nessa multidão de pessoas sorrindo por fora, mas por dentro estão mortalmente feridas. Bem vinda ao mundo adulto onde sempre vai ter alguém de fora dizendo o que vestir, o que comer ou qualquer outra coisa que você decida. Bem vinda ao mundo adulto, mina, onde você só chega a algum lugar se for tão sujo quanto eles e minta. Nós estaremos te recebendo de braços abertos e esperando roubar a sua mente e a sua língua até o momento que você não será mais útil para a nossa “humilde” carnificina.

Eu espero que você seja capaz de entender no meu texto a quantidade de ironia.
Caia fora enquanto há tempo.

Por Henrique Faria

Capital mineira já registra a primeira vítima das chuvas. Na tarde desta segunda-feira, 2, a forte chuva que caiu sobre a cidade provocou a queda de várias árvores. Na região Centro-Sul, três árvores de grande e um poste de luz porte caíram sobre três carros na rua Timbiras, entre Av. João Pinheiro e Rua da Bahia. De acordo com o 2º Tenente Wanderson Mendonça do Corpo de Bombeiros, houve duas pessoas com ferimentos leves e o motorista de táxi, Fabio Teixeira, de 35 anos, que passava na região no momento, foi atingido pela árvore e não resistiu aos ferimentos, chegando a óbito no local.  

O Corpo de Bombeiros alerta para o risco de quedas de árvores durante as tempestades em Minas Gerais “Muitas pessoas também, costumam se abrigar debaixo delas quando começa a chover aumentando o risco de quedas e choques.. Segundo dados do órgão em 2017, de janeiro a agosto houve o corte de 1914 árvores com risco de queda no estado. #contramaonasruas