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Coronavírus

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*Por Jéssica Oliveira

O isolamento social devido a pandemia do Coronavírus deixou o ambiente doméstico mais estressante e mais propício aos abusos. Casos de violência doméstica têm crescido de forma assustadora e para tentar minimizar essa violência, empresas criaram ações e recursos para apoiar vítimas e coibir os atos violentos.

O Jornal Contramão preparou uma lista de empresas e suas ações, confira:

• A 99POP está custeando corridas para a delegacia da mulher, a iniciativa é uma forma incentivar as mulheres que são vítimas de qualquer situação de violência a denunciarem. Para mais informações acesse: https://99app.com/coronavirus/ .

• A Magazine Luiza liberou no seu aplicativo (disponível para Android e IOs)  um botão de denuncia para casos de violência doméstica, que faz com que a pessoa ligue diretamente para o 180, que é a Central de Atendimento à mulher.

• A Marisa se juntou à ONG Turma do Bem com o objetivo de contribuir com o projeto Apolônias do Bem, que consiste em reverter 100% da renda obtida com a venda de vários produtos para o programa que oferece tratamento odontológico gratuito as mulheres vítimas de violência que tiveram a dentição afetada.

• Recentemente as marcas Natura e Avon projetaram em alguns pontos do Brasil mensagens contra a violência doméstica. A iniciativa é parte de um projeto chamado “#IsoladasSimSozinhasNão” que criou uma rede de apoio para vizinhos e familiares, com informações sobre como lidar com um caso de violência doméstica.

Não se omita! Se for vítima, denuncie. Se souber de alguém sofrendo violência doméstica, denuncie!

 

 

*A matéria foi produzida sob a supervisão da jornalista Daniela Reis

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*Por Camila Toledo

Há algumas semanas, conversei com minha avó por telefone. A voz dela parecia sem esperança de dias melhores, conformada com toda a dificuldade do momento – não bastando todas as que a vida a fez passar. Não nos víamos, pessoalmente, há mais de um mês, por causa da pandemia, e a distância me fez refletir sobre o que fizemos com nosso tempo enquanto podíamos. Parece que a raiva causada pelo isolamento não é, necessariamente, por estarmos presos – quem pode se dar a esse luxo – em casa, mas, sim, porque somos alvejados com verdades dolorosas demais a partir das limitações impostas pelo surgimento dessa doença.

Eu, por exemplo, já fiquei um mês sem visitar minha avó, quando tudo ainda era “normal”. Dava mil e uma desculpas, de que tinha algo mais importante para fazer, quando, na verdade, preferia gastar meu tempo jogando videogame e comendo besteiras a me levantar e caminhar os quinze minutos que separam minha casa da dela, a fim de lhe dar um abraço. Agora que não posso fazê-lo quando eu quiser, porém, isso me incomoda muito.

Penso em como devem se sentir os idosos, privados de envelhecer em paz, como deveriam, por causa de uma doença nova, que os fez de alvo, uma vez que compõem o grupo de risco. Lembro-me ainda mais de pais e mães, avôs e avós de quem não pode parar de trabalhar porque são as principais fontes de renda numa casa onde os idosos não se aposentaram como previam, devido à reforma da previdência, em 2019. Há, também, os que, sem família e sem amparo do governo, saem às ruas para vender as verduras que plantam na pequena horta atrás da casinha de dois cômodos, ou as máscaras feitas com retalhos costurados à mão, expondo-se ao risco de não acordar no próximo dia, para ter o que comer na próxima refeição.

O isolamento é necessário, mas, assim, também, é o cuidado com a parcela mais necessitada da população. Talvez, a situação fosse melhor caso o panorama se revelasse diferente, caso nos importássemos mais uns com os outros e estivéssemos dispostos a lutar por uma causa que – no momento – não era nossa, mas que pode vir a ser. Escrevo isso de uma cadeira giratória suficientemente confortável, num computador suficientemente funcional, sob um teto que me ampara suficientemente da chuva e do sol. Mas, e se fossemos nós os que não têm o suficiente para viver dignamente? É preciso reconhecer nossos privilégios, para não minimizar as dores do outro.

Fui visitar meus avós no dia das mães, junto a minha mãe. Ao contrário dos tios, que, mesmo de máscara, se aglomeraram na casa dela com seus esposos, esposas e filhos, minha mãe preferiu que fôssemos quando a casa estivesse vazia. O que eu não sabia era que minha mãe havia feito essa escolha para – além de resguardar meus avós – ter privacidade e se emocionar em paz. Diante daquela cena, era realmente impossível segurar as lágrimas. Minha avó apareceu do lado de dentro do portãozinho da varanda, de máscara, e a realidade pareceu nos acometer: não haveria abraço naquele dia das mães. Doeu em mim cada fonema do “eu te amo” de minha mãe para minha avó.

O céu daquele domingo enganava, em seu mais puro azul, limpo, claro. Clareza essa que não temos acerca dos dias que virão. O cachorro – Marley, como o do filme, mas chamado por meus avós de Marlêi – queria meu carinho. Minha avó disse que ele sentia saudades de mim. Naquele momento, contudo, achei que ele sentia saudades de gente, uma vez que sempre me estranhava em minhas idas até lá: latia e rosnava como se eu fosse uma completa estranha. Bem… Pensando melhor, parece que Marley, de alguma forma, viu que era eu quem precisava de afeto e fez o que todos deveríamos fazer: reconhecer e se importar com a necessidade do outro, independentemente de ser ou não um estranho.

Tivemos de nos adaptar, de aprender a viver de forma diferente à que estávamos acostumados. Então, por que não procuramos ser a melhor versão de nós mesmos? Ouvimos, por anos e anos, algo sobre “fazer do mundo um lugar melhor”. Parece que, de tanto esperar, o mundo resolveu que era hora, e não há para onde fugir. Agora, mais do que nunca, precisamos uns dos outros porque a guerra é contra um mesmo inimigo, mas a batalha é mais difícil para alguns de nós.

 

*A crônica foi produzida sob a supervisão do professor Maurício Guilherme Silva Jr.

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Confira a lista completa das barreiras sanitárias de BH

*Por Bianca Morais

Começou ontem, dia 18, em Belo Horizonte, a fiscalização sanitária em algumas ruas, avenidas e rodovias da capital.

Com o objetivo de diminuir a transmissão do vírus do COVID-19, a fiscalização terá caráter compulsório, dando aos agentes públicos a possibilidade de exigir que motoristas e passageiros deixem os veículos para o rastreamento clínico.

No total serão 18 pontos na cidade, confira abaixo:

  • Avenida Amazonas, próximo ao viaduto do Anel Rodoviário;
  • Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, próximo à Rua Conde Pereira Carneiro;
  • Avenida Braúnas, próximo à Rua Xangrilá;
  • Avenida Professor Clóvis Salgado, próximo à Avenida Serrana;
  • Avenida Abílio Machado, próximo à Avenida Heráclito Mourão de Miranda;
  • Avenida Antônio Francisco Lisboa, próximo à Rua Expedicionário Paulo de Souza;
  • Rua Francisco Adolfo Viana, próximo à Rua Três;
  • Rua Júlio Mesquita, próximo à Rua Taboão da Serra;
  • Avenida Civilização, próximo à Rua dos Menezes;
  • Avenida Dom Pedro I, próximo à Rua Bernardo Ferreira da Cruz;
  • Avenida Cristiano Machado, próximo à Rua das Guabirobas;
  • Avenida Vereador Cícero Idelfonso, próximo à Rua Nogueira da Gama;
  • Avenida José Cândido da Silveira, no trecho entre a MG-05 e Rua José Moreira Barbosa;
  • Avenida dos Andradas, no trecho entre a Rua Itaguá e Rua Marzagânia;
  • Rua Jornalista Djalma Andrade, próximo à Avenida Dr. Marco Paulo Simon Jardim;
  • Avenida Raja Gabaglia, próximo à Rua Parentis;
  • Avenida Nossa Senhora do Carmo, no trecho do Belvedere;
  • Rua Haiti, no trecho entre a Avenida Presidente Eurico Dutra e Rua Patagônia.

 

*A matéria foi produzida sob a supervisão da jornalista Daniela Reis

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*Raphael Segato

Vivemos um dos piores momentos da história do mundo, devido à pandemia da Covid-19, que nos atinge. O isolamento social é a medida adotada, por três ou quatro meses, devido à falta de vacina ou medicamento que combata o coronavírus. Não temos escolha: precisamos e devemos adotar o isolamento. Isso tudo para que possamos proteger as pessoas, e a nós mesmos, ao mudarmos completamente a rotina, os costumes, as obrigações e os hábitos. Muitas pessoas se perguntam o porquê do isolamento social, e se ele é tão importante. Sim, isolamento é a melhor saída.

Um momento bastante delicado, com muitas mortes, pessoas infectadas, mas há aqueles que defendem somente a restrição de pessoas do chamado grupo de risco, pessoas com 60 anos de idade ou mais, ou portadoras de doenças crônicas, como hipertensão. Segundo tal visão, o restante da sociedade deveria retomar a rotina, para que diminua, assim, um pouco do impacto econômico no planeta.

Com o crescente ritmo de infectados em todo o mundo, a quarentena e o isolamento social são fundamentais para vencer a Covid-19 e diminuir o número de casos e de mortes. Se voltarmos ao normal, como ficará o sistema de saúde? Será possível comportar todas as pessoas que se infectarem? Existirão médicos para todas as pessoas? Logicamente, não. Nem mesmo os países mais desenvolvidos – ou melhor, as nações de “primeiro mundo” – aguentariam tamanha demanda de casos. Não existiria leitos suficientes para todas as pessoas.

O argumento de volta à normalidade não tem tratado, com a devida atenção, o problema da velocidade de pessoas infectadas, ou dos custos de atenção à saúde. Ignora-se o fato de que a volta à “normalidade” antes do prazo correto ampliará consideravelmente a taxa de mortalidade, pois maiores serão os processos de contágio e maior a pressão feita pelo sistema de saúde, já que não se trata de grupo específicos, pois o risco é eminente a todas as pessoas.

Os defensores da volta à normalidade querem simplificar algo da realidade dura e agressiva: a Covid-19 não oferece saída fácil, e as vidas social e econômica serão afetadas profundamente. Isso é inevitável. O isolamento social é de extrema importância, pois pode reduzir a contaminação, de modo a que garanta prioridade ao atendimento médico das pessoas que precisam trabalhar, com vistas às atividades sociais necessárias.

Tudo isso é necessário, para que a normalidade possa se reestabelecer o mais rápido possível. Mesmo com a taxa de mortalidade baixa, o risco de contágio é extremamente alto, e não há sistema de saúde que suporte. Ao invés de buscarem a volta à habitual, os defensores da “normalidade” deveriam trabalhar para minimizar os efeitos diretos humanitários e de saúde pública.

Por mais que a taxa de mortalidade seja relativamente baixa, em comparação a outros casos, os impactos sobre o sistema de saúde, e sobre toda a sociedade, são realmente preocupantes, pelo fato de que muita gente será infectada, e não haverá leitos de UTI, equipamentos respiratórios e médicos suficientes para a população.

O número de infectados que precisariam de maior atenção é tão alto que provocaria desorganização ainda maior. O isolamento está sendo feito em virtude da diminuição da curva da epidemia, para que possa reduzir o número de infectados e pacientes graves, e, principalmente, o número de mortos.

O momento, portanto, demanda atenção. E a não pratica do isolamento social temporário pode gerar catástrofe social sem precedentes, e não só social, mas também econômica. Se não for preservada a renda dos trabalhadores e empreendedores, o que é dramático, tudo ficará catastrófico. Não existe saída individual. Como sociedade, devemos buscar a saída juntos, de modo a respeitar o isolamento até que seja necessário.

A Covid-19 apresenta mensagem duríssima, de modo claro e direto: ou mudamos nosso pensamento, e buscamos uma saída em conjunto – ao pensar mais nas pessoas, e não só em si mesmo – ou perdermos a vida coletivamente. Devemos tirar lições deste vastao problema, para que, no futuro, não passemos, novamente, por uma crise tão grave como esta.

 

Recém-operados devem redobrar os cuidados durante a pandemia

Obesos e bariátricos devem redobrar a atenção ao Coronavírus

*Por Jéssica Araújo

Depois que o Coronavírus chegou ao Brasil, o país segue em quarentena. Muito se fala em grupos de risco, mas e os bariátricos e obesos? Quais os cuidados devem tomar em relação à pandemia?

Como têm sido noticiado, os idosos estão no topo do grupo de risco para contrair o Covid-19, mas o que muitos não sabem é que as pessoas que passaram pelo procedimento de cirurgia bariátrica e obesos mórbidos também se encaixam nos grupos de risco e devem ter maior atenção em relação ao contágio.

Segundo o balanço realizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Metabólica e Bariátrica (SBCBM), o número de procedimentos de redução de estômago aumentou em 84,73% em quatro anos, e, tende aumentar ainda mais até o ano de 2025. De acordo com os especialistas esses pacientes, principalmente os que possuem até três meses de cirurgia devem reforçar os cuidados em relação ao Covid-19.

Especialistas explicam que após o procedimento cirúrgico os pacientes ficam mais vulnerais e apresentam baixa imunidade por deixar de absorver alguns nutrientes necessários para manter uma vida saudável, por isso que os médicos em junção com os nutricionistas receitam vitaminas como: B12, vitamina C, D, cálcio e ferro.

O Cirurgião especializado em gastroplastia endoscópica, Dr. Hemerson Paul, alerta sobre as medidas de prevenção que os operados e obesos devem adotar nesse período de quarentena. “O ideal é que assim como os idosos e as pessoas que apresentem comorbidades, os recém-operados tenham uma atenção a mais contra o vírus, pois nos três primeiros meses essas pessoas estão com a imunidade mais baixa e podem contrair o vírus com mais facilidade e nem apresentar sintomas”, explica.

Ainda de acordo com o médico, alguns cuidados são fundamentais. “Continuar com a higienização das mãos com sabão e álcool em gel, manter a alimentação saudável, mas principalmente continuar tomando as vitaminas solicitadas aos pacientes que fizeram a cirurgia”. “Todos os bariátricos que puderem, devem ficar em casa e manter uma atividade física, mesmo que seja caminhar dentro de casa”, afirma Paul.

Muitos têm seguidos as recomendações médicas, mas os problemas vão além do contágio do vírus. A aposentada, Nanda de Oliva, operada há 12 anos ainda enfrenta dificuldade com a imunidade e a compulsão alimentar nessa fase de isolamento. “O meu maior problema tem sido a compulsão alimentar, tenho comido tudo que tenho em casa e mesmo assim não me sinto satisfeita. Já relação à prevenção, eu tenho usado muito álcool em gel e sempre atenda a ventilação da casa. Apesar de ser uma situação que envolve o mundo todo eu tenho tomado todos os cuidados, pois além de ser do grupo de bariátricos eu ainda tenho anemia e isso me deixa ainda mais vulnerável”, conclui.

Compulsão e ansiedade nos tempos da Pandemia

Os dias de quarentena têm sido muito difícil para os bariátricos e obesos que alegam ter compulsões alimentares e crises de ansiedade. “A melhor forma de lidar com a compulsão e ansiedade é se dedicar às coisas que te deixem feliz”, alega a Psicóloga Raphaella Rios.

“Você deve fazer coisas como se maquiar, ler um livro, assistir um filme, trabalhar, criar novos hobbies, realizar atividade física, ou seja, consumir o tempo com coisas que antes não tinha tempo para fazer ou seja: movimentar o corpo e a mente”, continua Raphaella.

“O essencial é ocupar os pensamentos para não dar espaço para a ansiedade e assim não acarretar na compulsão alimentar e evitar futuros problemas de saúde. É muito importante se alimentar bem e pensar que tudo isso é uma fase e que se fizermos nossa parte, mais rápido teremos boas respostas”, concluiu a psicóloga.

O Coronavírus

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que já são mais de meio milhão de casos da Covid-19 no mundo todo e no Brasil já foram confirmados 109 mil casos e mais de 7,3 mil mortos pela Covid-19. Vale lembrar que apesar de alguns especialistas alegarem que o vírus tenha uma baixa letalidade, os obesos e os bariátricos devem manter a atenção redobrada e assim como toda a população, manter a higienização e os cuidados para evitar a contaminação.

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Projeto Periferia Viva cria força tarefa para ações durante a pandemia

*Por Bianca Morais

Nesse período de pandemia, uma das camadas da sociedade que mais vem passando por dificuldades são as periferias. Com o objetivo de dar um suporte aos moradores das comunidades, na última sexta-feira, 17, a Associação Imagem Comunitária, que conta com uma aliança estratégica com o Fórum das Juventudes da Grande BH, a Laço Associação de Apoio Social e o grupo de pesquisa Mobiliza – UFMG se reuniram e lançaram a rede Periferia Viva – Força-Tarefa Covid-19.

Promover a vida onde ela está mais ameaçada pela pandemia, esse é o propósito do projeto que pretende auxiliar essa população que se encontra em um dos territórios de alto risco à saúde individual e coletiva. Dificuldade de moradia, alimentação e falta de saneamento básico, são os problemas mais enfrentados por eles, e nesse período de quarentena tem se intensificado. Se a pobreza já era um obstáculo, com muitos impossibilitados de trabalhar e receber seus salários as dificuldades só aumentam, e é nesse contexto que a iniciativa entra.

Com atuação prioritária na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG), a força tarefa foi criada para dar visibilidade e articular apoios e parcerias aos esforços já em curso de mobilização social e vigilância civil para o enfrentamento à pandemia do Coronavírus na perspectiva da defesa do direito à vida, à dignidade e à cidadania das populações periféricas. A ideia é conectar as iniciativas, desde saúde mental; informação e mobilização, ajudando o máximo de pessoas.

Dentre as ferramentas da referida tecnologia social, tem-se a plataforma online www.periferiaviva.org.br, que reúne e disponibiliza, de forma aberta, ampla e gratuita, todas as informações levantadas nas ações de articulação social. Na plataforma, a sociedade localiza no mapa da grande BH as iniciativas que estão em curso junto à população vulnerável e pode ter informações sobre como apoiar.

Acesse o site, conheça mais a iniciativa e veja como você pode ajudar mesmo de longe.

Faça a diferença!

 

Serviço:

Plataforma – www.periferiaviva.org.br

E-mail – [email protected]

Instagram –  @periferiaviva

WhatsApp – (31) 99124-3701