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Coxinha

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Foto reprodução internet

Por Sérgio Fraga do Nascimento Neto  

Toda vez que ligo a TV em um jornal qualquer, vejo a roubalheira dos nossos políticos. É dinheiro que não acaba mais, independente do partido ou época. Nesse momento fico pensando naqueles brasileiros que trocavam “farpas” com todo mundo por causa dessa política podre. Fico imaginado o motivo daquela briga e raiva em cima de outros cidadãos de bem e não nesses ladrões de “quinta”.

Recordo-me que no começo dessas brigas, para defender partido “A” ou “B”, pareciam discussões entre torcidas de futebol, em que o meu era melhor que o seu e vice-versa. Esses brasileiros tinham em mente que só um partido ou um grupo de políticos eram corrupto nesse país. Isso seria o maior de todos os sonhos, se os nossos problemas se resumissem somente em um nome ou em um partido. Se isso realmente fosse verdade, talvez a gente não estivesse passando por esse momento tão difícil.

Nesse período dava vergonha as atitudes da nossa nação, brigas sem sentido, sem argumentos sólidos e uma desunião desnecessária.  Em vez de se juntar para uma causa comum, que era acabar com a corrupção, foi para redes sociais ou rodas de conversas defenderem seu partido ou político, parecendo até que eles mereciam ser defendidos. Independentemente se era o melhor amigo, pai, mãe, irmão ou irmã, se desse uma opinião contrária que seu líder implantou na sua cabeça, era o fim da relação, e a guerra estava iniciada.

Muitas amizades e relações familiares nesses últimos anos terminaram do nada, só para mostrar que o pensamento da pessoa estava equivocado, que a escolha dela tinha afundado ou iria afundar o país. Resultado: o Brasil caiu numa crise profunda e a população em guerra, dividida entre “coxinhas e mortadelas”, perdendo tempo defendendo políticos enquanto eles se uniam para não serem descobertos e continuarem no poder.

Hoje as delações nos mostra como fomos ingênuos, como colocamos as nossas relações de afeto em segundo ou até mesmo em terceiro plano, por uma coisa que estava na nossa cara o tempo todo, que sempre existiu desde quando o Brasil foi descoberto, mas não queríamos ver. Que todos eles nos manipularam e ainda fizeram de tudo para ter essa separação no país, porque eles sabem do poder de uma sociedade unida, em busca de um só objetivo, e isso acabaria com todas as mordomias deles.

Pelo menos esses grupos acalmaram os ânimos um pouco, talvez tenham, mesmo que tarde, acordado e visto que a situação está muito pior que a gente imaginava. Que agora é o momento de todos se unirem, mostrar que a população tem muito mais força que qualquer corrupção, impunidade ou alianças de “caciques” para tentar sobreviver até as próximas eleições.

Que não é vergonha ter votado em corrupto, ter defendido um corrupto, pois nesse momento eles trabalham dia e noite para nos passar essa imagem que não corresponde com a realidade. Vergonha mesmo é continuar a acreditar neles, fechando os olhos para tudo ao nosso redor e continuar achando que a gente não tem poder para mudar o país.

Chega de ofensas, chega de bandeiras, chega de brigas entre torcidas, isso o que o país está vivendo agora é muito sério e precisamos que os amigos, familiares e toda a sociedade lutem juntos para um Brasil mais forte, honesto e que tudo isso não acabe em “pizza”, como sempre acabou. Precisamos construir uma nova nação!

O Presidente da Câmara de vereadores de Belo Horizonte, Léo Burgues (PSDB) que teve seu mandato cassado pelo Juiz Manoel Morais da 29º Zona Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral(TRE), não ficou nem um dia fora da câmara. Menos de 24hs após a decisão, uma medida cautelar foi deferida pelo Juiz do TRE Maurício Ferreira, dando efeito suspensivo ao pedido de cassação. Para o especialista em direito eleitoral Daniel Fernandes, a medida cautelar “é uma manobra pra que a sentença de juízo de 1º grau, não produza seus efeitos, até uma decisão final”. Com está manobra, os advogados de defesa do vereador garantem sua permanência no cargo até a decisão final do processo.

Segundo Daniel Fernandes, os processos na justiça eleitoral são rápidos. “O processo eleitoral, de forma geral é célere, tendo em vista que, em alguns casos, envolve mandatos eletivos que, via de regra, são de quatro anos”, explica.

Mesmo depois da decisão final do Supremo Tribunal Eleitoral (STE) a mesa diretora ainda pode intervir no futuro do vereador. “Dependendo do caso, serão tratadas as questões de elegibilidade, que são requisitos para concorrer a algum cargo eletivo, contudo, o que se observa é que as decisões judiciais, são acatadas pelos poderes executivo e legislativo.

População

A população de Belo Horizonte, enxerga este processocom desconfiança. O músico Carlos Carajá crê que o episódio seja apenas uma manobra política. “Como o Burguês conseguiu ser eleito presidente da câmara diante de tantas denúncias? Tem que observar o que realmente está por trás disso tudo”, opina.

Já a administradora de empresas Iara Braga, não acredita que está cassação tenha algum significado. “O fato é que, mesmo se ele for cassado, as brechas na nossa lei, brevemente, permitirão que ele retome seu posto”. A administradora ainda completa que “cabe a quem está lá representando o povo tentar mudar isso. Porque são eles que ficam queimados, a imagem deles que está na berlinda”, argumenta.

Por João Vitor Fernandes e Hemerson Morais

Foto: Nasavassi

Atualizada em 21/02/2013 as 11:08