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Cultura

Com o objetivo de iniciar a formação de novos profissionais e ampliar a indústria do audiovisual em Minas Gerais foram realizadas dentro da programação da 18ª Mostra de Cinema de Tiradentes dez oficinas gratuitas voltadas para o público adulto e infanto-juvenil. Os participantes tiveram aulas em diferentes áreas de criação.

 

A professora Anna Rosaura que ministrou a oficina “Por trás da câmera: o suspense no cinema” destaca que as aulas são oferecidas desde a quarta mostra e que como ‘oficineira’ acha fundamental esse trabalho para o evento. “É uma forma de o público interagir com a mostra e para aqueles que têm o objetivo de produzir filmes esse trabalho faz com que criem com qualidade e responsabilidade. É uma sensibilização para quem participa e com isso eles consequentemente ficam com o olhar mais crítico diante do que eles assistem e recebem como imagem e audiovisual”.

 

Renata Fernandes, que ofertou a oficina de Stop Motion para adolescentes, diz que é sempre um grande desafio trabalhar com esse público e despertar neles o interesse pela criação. Ela optou por incluir os participantes nos vídeos, e na produção para que eles interagissem e se identificassem com produto final. Renata participou de oficinas na mostra e vê esse trabalho como fundamental, pois foi a partir dessas oficinas que se interessou ainda mais pelo cinema. “Ter a oportunidade de deixar a semente do audiovisual é fascinante, com a idade que os alunos têm se eles inventarem um bom roteiro, a gente consegue fazer um filme e exibir na mostra, isso pra mim é muito legal”.

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Renata Fernandes, ex-aluna das oficinas e professora

As oficinas tiveram aulas teóricas e práticas, e no final da mostra foi exibido um longa produzido pelos alunos participantes das oficinas.

Texto Felipe Chagas

Imagens Yuran Khan

No sábado, 31 de janeiro, ocorreu o encerramento da 18ª Mostra de Cinema de Tiradentes e nesta data foram anunciados os vencedores da Mostra. Ao todo, foram exibidos 128 filmes nacionais, em três espaços da cidade, além de 28 debates que discutiram, entre outros assuntos, o lugar do cinema brasileiro e as perspectivas para o audiovisual em 2015.

O vencedor da Mostra Aurora foi o longa “Mais do que eu possa me reconhecer”, de Allan Ribeiro. O filme levou o prêmio Itamaraty no valor de R$ 50 mil. “A mostra Aurora foi o melhor lugar para esse filme estrear, porque é onde esse tipo de obra encontra crítica e público de uma forma muito especial para nascer”, destacou Ribeiro.

Na categoria Melhor Longa, o filme que documenta a vitória do Clube Atlético Mineiro na Libertadores, “O dia do Galo” levou o prêmio. Já o Melhor Curta eleito pelo público foi “De castigo”, de Helena Ungaretti. Eleito pelo júri jovem na Mostra Transições, o longa “O tempo não existe no lugar em que estamos”, de Dellani Lima foi o vencedor.

“Estátua”, de Gabriela Amaral Almeida foi eleito pela crítica e recebeu a premiação na Mostra Foco. O Prêmio Aquisição Canal Brasil foi para o curta “Outubro Acabou”, de Karen Akermane e Miguel Seabra Lopes, além do prêmio de 15 mil reais, o curta ainda pode concorrer ao Grande Prêmio Canal Brasil no valor de R$ 50 mil.

Texto Felipe Chagas

Imagens Divulgação Universo Produções

Em busca de resposta para as perspectivas para o audiovisual brasileiro em 2015, cineastas e produtores de diversas regiões do país participaram  na segunda, 26, do debate  com Rodrigo Camargo, coordenador do departamento de fomento da ANCINE – Agência Nacional do Cinema -, ligada ao Ministério da Cultura. A discussão teve como mediador o critico de cinema Pedro Brecher.

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Rodrigo Camargo destacou algumas realizações nos últimos anos da Agência  e citou os quatro principais eixos de ação para o FSA (Fundo Setorial de Audiovisual): o desenvolvimento, a produção, a exibição e difusão e a capacitação.  Rodrigo aproveitou o espaço para divulgar editais que estão com inscrições abertas. São editais para produção e desenvolvimento de projetos audiovisuais. “Esses editais  contemplam não só projetos de cinema, mas, como o desenvolvimento de séries de tv, series para vídeos por demanda e formato de programa de televisão também”, destacou.

Rodrigo falou também de editais contínuos, que ficam abertos durante o ano todo e que são destinados a produções independentes, complementação de recursos e verba para lançamento de filmes: “ a perspectiva é de produzir trezentos longas metragens , 400 obras seriadas dando um total de duas mil horas de programação, o equivalente a toda a exibição de tv paga no ano de 2012”.

Os realizadores presentes lamentaram a ausência do presidente da ANCINE Manoel Rangel, anunciado na programação do evento, pois, buscavam uma discussão sobre  a política nacional para o audiovisual. Durante o debate,  apresentaram problemas  que encontram como o alto grau burocrático para aprovação de seus projetos, e o baixo incentivo para exibição de filmes independentes. Algumas questões não puderam ser respondidas por Rodrigo. “O que a gente vê é um distanciamento da ANCINE  para essa conversa com o setor de audiovisual no Brasil, e  quando o presidente não vem e manda um representante ele é só um representante,  e aqui é um local de interlocução”, lamentou Karen Abreu, vice-presidente do Congresso Brasileiro de Cinema e membro do Fórum Mineiro de Audiovisual.

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O Presidente do Congresso Brasileiro de Cinema, Frederico Cardoso,  levantou questões negativas presentes no próprio relatório anual da ANCINE. Entre elas, o baixo número de espectadores nas exibições de filmes brasileiros no cinema. E aproveitou para tentar mobilizar os cineastas, “quero convocar os realizadores a se unir e pensarem juntos em politicas publicas efetivas para o setor”.

Texto e reportagem: Felipe Chagas
Fotos/imagens: Yuran Khan

A Mostra de Cinema de Tiradentes colocou em debate no sábado, 24, o seu tema central: “Qual o lugar do cinema hoje”. Participaram da conversa ,o crítico de cinema e curador da mostra , Cleber Eduardo e o cineasta Felipe Bragança. A conversa teve como mediador o crítico e curador Francis Vogner. Além do tema principal, outras questões como as mudanças na realidade do cinema com o surgimento de várias outras mídias e o papel do cineasta na atualidade foram discutidos.

O mediador Francis Vogner iniciou o debate falando de como o surgimento de diferentes formas de escoamento do que é produzido pelo cinema hoje trouxe a necessidade de uma reflexão sobre qual seria o seu papel na arte na contemporaneidade. Ele se disse preocupado com essa nova maneira de contato com as obras, com as possibilidades de uma pessoa, ao mesmo tempo, ter acesso a muitas telas, a não estar mais em contato com uma obra do começo ao fim,falou ainda da ansiedade das pessoas, que ficam mais preocupadas em checar o status do facebook que seguir a história do filme até o final.

Cleber Eduardo afirmou que é difícil manter a atenção dos jovens durante um longo período vendo um filme, pois, eventualmente eles irão se dispersar usando seus celulares ou conversando com as pessoas ao lado. Ele concluiu dizendo que o lugar do cinema deveria ser nas salas de exibição, porém, alguns enxergam isso como autoritário, já que não têm a possibilidade de parar de assistir ou mudar de canal como feito na tv por exemplo. “É difícil competir com uma tela que está dentro de casa e que as pessoas acreditam que não estão pagando nada para tela ali dentro”, lamenta.

Felipe Bragança defendeu de que tão importante quanto o lugar do cinema hoje é o lugar do cineasta. Realizador com filmes exibidos nos principais festivais do mundo, Felipe defende que os cineastas devem “se jogar mais para o mundo” e criar usando as varias opções disponívels: “é possível fazer coisa boa e usar como forma de exibição a TV, internet e as diferentes mídias”. “ O cinema é forte o suficiente pra lidar e se misturar com esses outro espaços e sair de lá criando um novo território”, conclui.

Texto Felipe Chagas

Imagens Yuran Khan

Começa hoje, 23, a 18ª “Mostra de Cinema de Tiradentes”, evento mais esperado pelos amantes da sétima arte. Ao todo, 128 filmes representaram 16 estados brasileiros durante toda a mostra, além dos filmes, oficinas, seminários com bate-papo, ocorrerá lançamentos de livros e DVDs entre outras atrações.

A edição 2015 irá homenagear a atriz paraense Dira Paes, em reconhecimento aos 30 anos de carreira da artista nas telas do cinema. Paes, que participa do filme “Órfão do Eldorado”, do diretor Guilherme Coelho, estará presente na estreia do filme que oficialmente abrirá o evento.

Com o tema “Qual o lugar do cinema hoje?”, 27 debates e 20 bate-papos que integram a série: “Encontro com a crítica, o diretor e o público”, acontecerão no decorrer das duas semanas. O público infanto-juvenil também tem programação garantida com a Mostrinha de Cinema, que tem como objetivo formar novas plateias e novos públicos para o cinema brasileiro.

O evento irá promover uma temporada de atividades culturais. Ao todo serão 10 oficinas de formação com a oferta de 270 vagas, 10 lançamentos de livros e Dvds, cortejo e teatro de rua, performances audiovisuais e intervenções artísticas. A programação vai até 31 de janeiro, e é totalmente gratuita.

Texto: Felipe Chagas/ Foto: Divulgação

Confira alguns dos eventos para este final de semana na região Centro-Sul de Belo Horizonte.  A agenda inclui atrações para todos os públicos entre shows, teatro, dança e exposições.

Dança

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Performance multimídia resultante do trabalho colaborativo entre Dorothé Depeaw, Maya Dalinski e trio experimental  “Infinito Menos”.

CCB ( Praça da Liberdade, 127, Funcionários). Sexta e sábado ás 19h. R$ 10,00.

41ª Campanha de popularização do Teatro e da Dança

Eles também falam de amor

Direção: Raquel Castro. O universo da artista popular que transformou o papel de bala em matéria-prima para suas obras e sua filosofia de sustentabilidade.

SESC Palladium- Teatro Júlio Mackenzi ( Rua Rio de Janeiro,1046, Centro) Sexta, às 18:30h e às 20:30h. R$10,00.

Toda nudez será castigada

Direção: Kalluh Araújo. Com texto de Nelson Rodrigues, a peça faz uma crítica à família de classe média brasileira, expondo suas visões hipócritas e degradações.

Teatro Francisco Nunes ( Avenida Afonso Pena, centro, ao lado do parque Municipal). Sexta e sábado, ás 20h30; e domingo às 19h. R$15,00

 3 vezes comédia… babado e confusão

Direção:  Ilvo Amaral. Três irmãos gêmeos gays, que vivem como drag queens fazendo shows, brigam se acharem diferentes uns dos outros. Para resolver os problemas, eles relembram fatos de suas vidas.

Teatro Izabela Hendrix ( Rua da Bahia, 2.020, Lourdes). Sexta às 21h, sábado às 21h e domingo às 19h. R$ 15,00

Shows     

Péricles Garcia e Beatriz & a fita

Péricles toca rock, com músicas autorais e covers. Beatriz apresenta músicas próprias e releituras de artistas como Arnaldo Antunes, Karina Bhur e Vanessa da Mata.

CCCP( Rua Levindo Lopes, 358, Savassi). Sexta ás 23h. R$ 30,00

Rock de Férias

Show com as bandas Karbono, Tchowzeen, Reds Band, Asfíxya, Incolor, Black Straight e Mundo Virtual.

Matriz ( Rua Guajajaras,  1353, Centro, 3212-6122). Sábado às 20h. Entrada sob consulta.

Exposições

Presença de Inimá

Mostra composta por 26 quadros, revisita a trajetória do artista mineiro.

Museu  Inimá de Paula ( Rua da Bahia, 1201, Centro). De terça a sábado das 10h às 19h; domingo das 12h às 19h. até 28/02

Família Julião

A mostra é composta por esculturas em madeira esculpidas por descentes de Antônio Julião- o Julião Boiadeiro, escultores qye se destacaram na arte popular da cidade de Prados.

Centro de Arte Popular- Cemig ( Rua Gonçalves Dias, 1608, Funcionários). Terça, quarta e sexta, das 10h às 19h; quinta, das 12h ás 21h; sábado e domingo das 12h ás 19h. Até 15/02

Por Felipe Chagas