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Cultura

A um mês do carnaval os foliões que estão ansiosos para a festa já podem se aquecer. Começaram esse mês os ensaios abertos dos blocos de rua do carnaval de Belo Horizonte, que vem se firmando cada vez mais entre os mineiros e adquire a cada ano sua identidade própria.

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                                                                              Foto: Divulgação

Segue abaixo a lista dos dias e horários de ensaios de alguns blocos:

Tchanzinho Zona Norte

– 24 e 31 de janeiro – 14h – Praça Manoel dos Reis Filho, Jaraguá

Baianas Ozadas

– 10, 17, 24 e 31 de janeiro e 07 de fevereiro – 10h30 – Largo da Saideira – Av. Cristiano Machado, 3450, União

Juventude Bronzeada

– 11, 18 e 25 de janeiro e 01 e 08 de fevereiro – 16h – Praça Floriano Peixoto, Santa Efigênia

Então, Brilha!

– 15, 22, 29 de janeiro e 05 de fevereiro – 18h30 – Praça da Estação, no centro

Escola de Samba Acadêmicos de Venda Nova

– Todos sábados, das 17h às 19h – Rua Padre Pedro Pinto, 1500, em Venda Nova

Tchanzinho Zona Norte

– 24 e 31 de janeiro – 14h – Praça Manoel dos Reis Filho, Jaraguá

Baianas Ozadas

– 10, 17, 24 e 31 de janeiro e 07 de fevereiro – 10h30 – Largo da Saideira – Av. Cristiano Machado, 3450, União

Juventude Bronzeada

– 11, 18 e 25 de janeiro e 01 e 08 de fevereiro – 16h – Praça Floriano Peixoto, Santa Efigênia

Então, Brilha!

– 15, 22, 29 de janeiro e 05 de fevereiro – 18h30 – Praça da Estação, no centro

Escola de Samba Acadêmicos de Venda Nova

– Todos sábados, das 17h às 19h – Rua Padre Pedro Pinto, 1500, em Venda Nova

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                                                                          Foto: Divulgação

                                                                                                                        Por: Felipe Chagas

[Circuito Aberto] Diálogos Cênicos começa a fazer parte da programação do Circuito Cultural Praça da Liberdade a partir do dia 29 de outubro. Todas as quartas-feiras, até 10 de dezembro, os museus e praça ficarão ocupados com o projeto.

Os grupos e coletivos participantes foram selecionados por meio do edital aberto em julho de 2014. Ao todo, 185 inscrições foram realizadas e por meio de uma curadoria assinada pelo diretor, professor e gestor na área teatral, Marcelo Bones, pelo autor e diretor de espetáculos de teatro, dança e bonecos, Rodrigo Campos e também pela jornalista, mestranda em Artes na UFMG, Soraya Belusi. Os curadores selecionaram 21 atividades, sendo distribuídas em 14 apresentações e seis ações formativas de circo, dança, performance e teatro.

O [Circuito Aberto] Diálogos Cênicos apresenta uma democratização do acesso à cultura, e proporciona a diversidade da produção em artes cênicas do estado, promovendo assim, um diálogo e uma reflexão a fim de contribuir para a ocupação de espaços públicos. Toda a programação é gratuita. O público participante poderá doar livros para a ampliação da biblioteca do Centro Cultural “Lá da favelinha”, do Aglomerado da Serra e para o GASS – Grupo de Apoio Social Solidariedade, no Santa Tereza.

O projeto foi idealizado pela Associação No Ato em parceria com o Instituto Cultural Sérgio Magnani e faz parte da plataforma #ClaroExperiências por meio da Lei Estadual de Incentivo a Cultura (LeiC).

No primeiro dia de projeto

No dia da abertura, 29, logo pela manhã, entre 9h e 13h, está marcado no Centro de Arte Popular – Cemig,a atividade formativa, com o Ateliê de Crítica e Reflexão Teatral. O encontro, que acontecerá todas as quartas-feiras, trazendo o debate e a produção de textos críticos, com jornalistas, críticos, artistas e público interessados.

A programação continua a partir das 18h30, na Praça da Liberdade com muita dança. Os projetos “Se essa rua fosse nossa”, e “FDR AllStyles – Desafio na Pista”, apresenta a dança de rua, conhecida como breaking no asfalto. No desafio realizado pelo Coletivo Família de Rua e com curadoria do ícone das danças urbanas no Brasil, Eduardo Sô, o vencedor receberá um prêmio no valor R$1.000,00.

Para finalizar a programação desta quarta-feira, o projeto “Dança em projeção”, apresenta videodanças de obras de artistas de Belo Horizonte. Neste projeto, a união de dança com audiovisual apresentando trabalhos ricos em detalhes e percepções imagéticas.

Texto: Lívia Tostes

Foto: Divulgação

O sábado começou muito bem!

Por algum milagre, acordei cedo (por volta das 10h), abri meu e-mail e lá estava a notícia de que Antônio José Santana Martins, vulgo Tom Zé, me receberia no hotel em que estava hospedado para uma entrevista. Na hora achei que era uma pegadinha, mas realmente era um sonho se tornando realidade.

Cheguei no hotel acompanhada de um amigo, Felipe Dias Chagas, que também é estudante de Jornalismo e se dispôs a me ajudar. Por volta das 14h15min fomos recebidos por uma moça muito simpática, a Tânia. Ela é produtora do Tom Zé e há 13 anos convive com a pessoa mais encantadora que tive o prazer de conhecer. Tânia nos conduziu para a área da piscina e academia do hotel para que pudéssemos nos preparar.

Eu e Felipe estávamos ansiosos e nervosos, quando estava tudo pronto. De repente, surge homem baixinho, magro, de cabelo bagunçado e com uma cara de quem tinha acabado de acordar. Sim era ele, Tom Zé estava em nossa frente e logo abriu um sorriso, vindo nos abraçar. Como fomos muito bem recebidos, tratamos logo de ficar bem à vontade.

Durante a entrevista, ou melhor, a conversa, Tom Zé falou sobre a cultura da música brasileira, manifestações que tomaram as ruas, redes sociais (confessou não ser muito bom com elas), as novas bandas que estão surgindo, as ideias dos jovens, ética. Quando perguntei sobre o show e citei que a rua Guaicurus era famosa pelos “bordéis” ele riu. “Genial essa palavra bordel. Eu só vi essa palavra nos livros dos poetas franceses”, disse sorrindo. Com isso nos contou casos de sua infância em Irará e sua adolescência nos “bordéis”. “No tempo que eu nasci, não se comia namorada, ave maria, pelo amor de deus, comer uma namorada, ninguém nem sonhava com isso”, contou, chorando de rir.

No final, fez questão de nos perguntar em qual período e curso que estávamos. Quando dissemos Jornalismo, ele sorriu e disse “estão no caminho certo, um dia quero ver vocês no New York Times, e olha que lá paga-se bem”. Ao final da entrevista, conversamos sobre a situação da ocupação Isidoro e ele fez questão de tirar uma foto em apoio às famílias. No último abraço e beijo, pediu para que enviássemos o que seria produzido.

Saímos desse papo com a cabeça nas nuvens e seguimos para o centro. Já estava quase na hora da Virada Cultural começar. Paramos na praça para tomar uma cerveja em comemoração e encontrar com alguns amigos. A rua já estava movimentada e respirando as 24 horas de arte que já estava para começar em BH.

Segui para o Sesc Palladium, onde me deparei com a Céu. Não conhecia muito, mas ela me surpreendeu com sua voz doce cantando Bob Marley. Na rua Rio de Janeiro, onde o palco estava montado, havia muitas pessoas. Muitas delas continuaram ali e foram assistir filmes no Sesc Palladium, com uma programação muito bacana de filmes nacionais.

Descemos a rua no sentido da Praça da Estação. Quando chegamos, o rapper Flávio Renegado se encontrava no palco agitando a multidão. Logo em seguida, Raimundos sobe ao palco. Pra quem curtiu o rock dos anos 90, assistir o show e participar dos moshs, foi sensacional.

Em seguida, fui para a rua Guaicurus, já perdida da turma. No caminho encontrei com um amigo, Felipe Oliveira, e chegamos na famosa rua. Um local que nunca me dei a oportunidade de conhecer, e como eu, havia dezenas, centenas, milhares de pessoas que estavam vivenciando a Guaicurus pela primeira vez. Uma experiência inédita. As escadas que davam acesso aos “bordéis” não paravam, era um sobe e desce danado. Os cines-putaria também não paravam, e os comentários de quem assistia todo esse movimento eram os melhores. “O que deve ter de doença nesse lugar!”, “Olha o tio descendo a escada”, “olha a cara de feliz do sujeito”, “hoje elas devem estar faturando horrores”, “pobres coitadas”. Mas a energia daquela madrugada, naquela rua, foi fantástica. Era uma verdadeira miscelânea.

O show mais aguardado da Virada Cultural estava para começar. Tom Zé subiu ao palco as 2 horas da manhã. E que show! Perdemos a noção do tempo ali, em êxtase. As músicas que tiveram seus refrões acentuados, o clima de novidade e as projeções com figuras femininas mostrando toda a sua sensualidade e nudez que ilustravam a apresentação, sem dúvida marcaram todos que estavam presentes e a história da Virada Cultural de Belo Horizonte. Ele conseguiu mesclar o show com a própria rua.

Tom Zé criou uma marchinha especial para a famosa “rua das putas”. “Guaicurus, Guaicurus, toda menina aperta na medida / Guaicurus, Guaicurus, se não fosse tu, Belo Horizonte podia ‘tá’ fodida/Guaicurus, Guaicurus, carrega tua cruz que no buraco também tem luz”, e assim ensaiou várias vezes com o público, que cantou como se fosse um hino. Como mais cedo, ele manifestou-se favorável à ocupação Isidoro e durante o show falou sobre este exemplo de resistência. Alguns representantes do movimento levantaram a bandeira #resisteIsidoro. O povo foi a loucura e eu chorei!

Texto: Lívia Tostes

Foto: Maíra Cabral

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O Festival Internacional de Teatro Palco e Rua de Belo Horizonte (FIT-BH) comemora 20 anos. Dentre os dias 6 a 25 de maio, os apaixonados por teatro poderão acompanhar uma vasta e diferenciada programação de espetáculos. Ao todo, serão 160 apresentações, sendo, 13 nacionais, 25 locais e 17 peças internacionais. Além dos espetáculos para o público adulto, os curadores pensaram uma programação especialmente infantil, voltada para o público de até 12 anos, intitulado como “Fitinho”, visando à formação desse público na cidade de Belo Horizonte.

 Em 1994 e 1997, a trupe francesa Generik Vapeur, marcou presença com espetáculos de tirar o fôlego, o que fez com que muitas pessoas despertassem o interesse pela arte efêmera do teatro. Neste ano, em sua terceira passagem pela capital mineira, a trupe traz o espetáculo “Jamais 203”, que faz uma sátira agridoce da sociedade. O grupo francês apresenta a peça na Avenida dos Andradas, na Praça da Estação no dia 10 de maio e espera mais uma vez surpreender o público.

FIT-BH Comemora 450 anos de William Shakespeare

Em comemoração aos 20 anos, o FIT-BH celebra também os 450 anos do dramaturgo William Shakespeare, trazendo uma das obras mais importantes da carreira do autor, o dilema entre a consciência e decisão de “Hamlet”, da companhia alemã Berliner Ensemble. A apresentação será no Grande Teatro do Palácio das Artes, nos dias 17 e 18 de maio.

Um dos criadores do FIT-BH, o ator e diretor, Chico Pelúcio, destaca a importância das políticas públicas voltadas para o teatro, onde no Brasil o investimento ainda é muito baixo e se concentra no eixo Rio-SP, além de priorizar espetáculos em espaços fechados. No decorrer dos anos, o FIT-BH deixou de privilegiar de maneira igual o palco e a rua. Nesta edição serão 108 espetáculos em espaços fechados e apenas 52 em espaços públicos, diferente dos anos anteriores quer era meio a meio.

 Para participar os ingressos dos espetáculos podem ser adquiridos pela internet ou na bilheteria dos teatros com até 1 hora de antecedência. Os valores são de R$20,00 (inteira) e R$10,00 (meia).

Mais informações: https://www.fitbh.com.br/

Por: Lívia Tostes

Foto: Divulgação

O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) traz para Belo Horizonte entre 30 de abril a 5 de maio o Fórum Shakespeare. Em comemoração dos 450 anos de nascimento do poeta e dramaturgo William Shakespeare, o Centro Cultural está preparando uma programação gratuita que reúne oficinas, debates, palestras e exposições abertas para o público e voltados para atores, diretores e professores.

Grandes nomes da academia nacional e internacional marcam presença no Fórum, para repensar o dramaturgo sobre a ótica da realidade brasileira e analisando o por que que a obra de Shakespeare ainda é tão atual. Atores e diretores da Royal Shakespeare Company (RSC), uma das mais influentes companhias teatrais do mundo, e professores da Queen Mary University of London (QMUL), considerada em 2013 a mais importante universidade britânica em Artes Dramáticas, irão participar das palestras, oficinas e masterclass. Na programação, a fotógrafa Ellie Kurttz apresenta uma exposição com montagens de Shakespeare nos palcos das maiores companhias teatrais do Reino Unido.

A atriz, diretora e escritora do The Instant Café Theatre Company (Malásia),  Jo Kukathas, traz a oficina “Shakespeare, xamã e mágico”, que irá explorar o mundo revirado dos loucos e sábios de Shakespeare, dos tolos que falam a verdade desafiando o poder e, dos homens e mulheres que vivem à beira da loucura. Já a professora e mestre em encenação de Shakespeare do Royal Shakespeare Company (Reino Unido), Helen Leblique, traz a oficina “Shakespeare, Shakespeare, o mundo é um palco” que busca revelar as dicas de perfomaces que dramaturgo dá aos atores em seus textos. Através de exercícios simples, porém extremamente eficazes, os participantes poderão experimentar as palavras do autor de maneira visceral, descobrindo como se conectar a intimamente com os pensamentos e sentimentos dos personagens que interpreta.

Mais informações: https://culturabancodobrasil.com.br/portal/belo-horizonte/

Por: Lívia Tostes

Foto: Divulgação

À tarde de 15 de setembro fechou com chave de ouro, com a 1°edição da virada cultural BH, que teve fim após 24 horas de muita música, brincadeiras e diversão. Na Praça da Estação por volta das 14h15min cerca de 200 pessoas se concentrarão em frente ao museu de artes e ofícios, algumas pessoas se assentaram no chão, outras procuravam sombras para se esconder do sol. A animação também estava garantida no quarteirão fechado entre as Av. Afonso Pena e Espirito Santo, com mais ou menos 100 pessoas, tranquilidade a curtição tomaram conta do local.

Alguns comércios ficaram abertos até mais tarde, como farmácias e lanchonetes, para atender o movimento e a circulação de pessoas em prol do evento. A segurança estava reforçada em vários pontos da capital, principalmente, nos locais das apresentações e nas avenidas mais movimentadas. No Parque Municipal a alegria contagiava as pessoas, os eventos eram direcionados a todas as idades, a tarde, muitas crianças, cachorros e adultos se misturavam em uma mesma sintonia.

Tiago Lopes, 21, estudante, diz que estava na Virada desde as 18 horas de sábado e pretendia ficar o tempo que o corpo aguentasse. “A ideia da virada foi super legal, positiva e não tem como não vir”, ele afirma não ter uma preferência pelas apresentações, “gostei de tudo”. Na Praça Afonso Arinos, a apresentação do Aruanda, chamou a atenção de quem passava pelo local, por volta das 15 horas. Maria da cruz, 40, doméstica, tirou um tempinho no trabalho para aproveitar os últimos minutos da virada ela diz que: “Gostei muito, adorei, muito lindo”.

Na Praça da Liberdade uma das apresentações finais, foi do Quarteto Cobra Coral, que encantou os olhos da plateia que observava atentos a cada detalhe das apresentações. Aurea Estáquia, 65, professora aposentada, ficou impressionada com a quantidade de pessoas que estavam nas ruas de diferentes regiões da cidade e classes sociais “Estava em casa com dor de cabeça, lembrei da virada e resolvi tomar um remédio e vim para cá. Já estou preparada para as próximas que virão”, garante.

Segundo a organização do evento cerca de 200 mil pessoas passaram por todos os Oito pontos  da capital, apreciando, musica, teatro, cinema, vídeo, moda, fotografia, literatura, dança entre outros , de sábado para domingo.

Texto: Aline Viana

Foto: Aline viana