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Belo Horizonte é a terceira cidade que mais tem recebido estrangeiros durante a Copa. Pouca sinalização de placas e pessoas mal preparadas para atender os visitantes em outro idioma fazem parte deste cotidiano. Não é apenas os hoteleiros que precisam de uma boa preparação nesse período mas os taxistas também.

O taxista João Batista, que exerce a profissão há 17 anos, faz uma grave denúncia ao falar sobre a preparação dos profissionais para receberem os turistas durante  o mundial. Segundo ele, a demanda de drogas, prostituição e bandidagem subiu muito neste período. Esse aumento não foi acompanhado, segundo ele, por um crescimento no número de corridas, ponto estas que estão sendo feitas, em sua maioria, por parte de translado. João alega que a única preparação que teve  veio por meio de uma orientação que recebeu por parte das Policias juntamente com a BH Trans no qual proíbe, que eles (taxistas) levem qualquer estrangeiro na Delegacia. Em caso de comparecimento eles seriam detidos com seus carros, enquanto o gringo seria liberado e eles continuariam na delegacia até todos os fatos serem apurados. Outro problema que, de acordo com João, os taxistas estariam enfrentando seria a diferença entre os câmbios. Ao realizarem a conversão de moedas, os taxistas não estariam conseguindo vender pelo preço real.

A partir da denúncia recebida, procuramos o Centro de Apoio aos Taxistas. José Estevão, presidente do Centro, nos passou algumas informações sobre a frota de táxis de Belo Horizonte. Esta que sofreu um aumento de 40% no número de corridas no período que vem recebendo a Copa do Mundo. De acordo com ele, a falta de informação para os estrangeiros ocorre devido às poucas placas de sinalização na cidade e que a provável dificuldade que os taxistas possam enfrentar ao lidar com os turistas dentro do carro é por parte do idioma. Para que essa dificuldade de comunicação não acontecesse, foram ofertados vários cursos de turismo e idiomas antes da Copa, mas para que a realização destes cursos causassem efeitos, dependia apenas da boa vontade de cada taxista participar do projeto.

Rogério Siqueira, que é taxista há 6 anos, disse que o número de corridas realmente não aumentou como o esperado pois os estrangeiros já possuem responsáveis que fazem seu descolamento ou então fazem isso por conta própria, principalmente os que estão hospedados da região do centro. Ele confirma que realmente houve um oferecimento de cursos de idiomas, no qual presenciou aulas de espanhol já que fazia curso de inglês por conta própria e disse que isso o tem ajudado bastante ao se comunicar com os estrangeiros que fazem viagem com ele.

A BH Trans não quis se pronunciar sobre o assunto, alegando que apenas a Polícia Militar poderia responder. Esta também não se pronunciou sobre as acusações.

 Texto e Foto: Bárbara Carvalhaes

Foram entregues em 440 apartamentos do edifício JK, bloco B, localizado na Praça Raul Soares, panfletos contendo mensagem homofóbica e difamatória contra um morador do conjunto de apartamentos. O morador denuncia que essa situação tem se repetido e está tomando ares de perseguição.

Os panfletos são uma represália ao fato desse morador ter criado no Facebook de nome “Reage JK”, na qual são postadas mensagens contra a atual administração do complexo. Ele cita o nome da atual síndica do bloco no perfil da fanpage e pede mudanças na atual gestão.

Em entrevista a nossa reportagem o advogado Ângelo Diniz Moura disse que estão acontecendo várias violações, “Lá existe violação de democracia, mas acho que a violação mais grave é a violação de direitos humanos.”, comenta o advogado.

Segundo Diniz faz 18 anos que essa situação acontece com outros moradores, “a partir do momento em que eu divulguei o trabalho, uma senhora me procurou para contar sua história, que inclusive eu já conhecia. Ela tem cerca de 67 anos e hoje sofre pelo pânico causado pela atual administração”.

“Acho uma falta de respeito esta veiculação de conteúdo homofóbico no bloco B. Moro no bloco A e tive acesso a este folheto através de um amigo. Com tantos problemas a resolver, com tanta coisa mais útil pra fazer, me indignaria muito saber que este tipo de material partiu da administração. Por que não gastar o dinheiro para concluir as obras, melhorar o prédio, ao invés de gastar com um material tão fútil”, avalia o analista de sistemas, Thiago Antonio.

Nossa reportagem procurou a síndica do bloco B, Maria Lima das Graças, que não se manifestou até o fechamento desta edição.

Por Ana Carolina Vitorino e Hemerson Morais

Foto: Hemerson Morais