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Entrevista

Foto por Ana Luísa Arrunátegui

Texto por Henrique F Marques
Vídeo e edição por Ana Luísa Arrunátegui e Henrique F Marques

Expedições surgiu de algumas conversas no NUC (Núcleo de Convergência de Mídia) base do Jornal Contramão, este é um projeto baseado na idéia de se aprofundar no desconhecido e conseguir coletar suas histórias, não se importando com a veracidade dela e sim, em mostrar as pessoas ali presentes. Sem nenhuma pauta fixa, com uma mochila, câmeras e quase sem contatos, os representantes do Contramão, chegam a cidade para descobrir o quais são as histórias e lendas do lugar.

No lançamento os estagiários Ana Luísa Arrunátegui e Henrique Faria Marques, viajaram para a cidade de Rio Acima, localizada à cerca de 36km do centro de Belo Horizonte. A região é conhecida pelas suas lindas cachoeiras abertas ao público, com cerca de 8 mil habitantes, a cidade passa a impressão de não ser tão acolhedora, como na verdade é, entre alguns olhares estranhos, que falava “olha os dois turistas”, os viajantes encontraram pessoas que os recebiam, com um pouco de receio, porém com muita educação como por exemplo “Preta”, que tem uma loja no centro do município.

Preta os recebeu muito educadamente e com pouco tempo de conversa, já soltava risadas e contava alguns casos que vira, em companhia de Ninilza, que no começo foi uma pouco mais reservada, explicou um pouco de como as coisas funcionavam por ali.

Mesmo sem pauta fixa, o vídeo abaixo foi produzido com as histórias nos contadas e com elas, temos a idéia de como que a cidade e seus habitantes se comportam, tanto entre si, tanto com seus visitantes.

 

Fotografia: Lucas D'Ambrosio

Banda mineira, Pink Floyd Reunion apresenta espetáculo conceitual para o público de Belo Horizonte.

Reportagem: Lucas D’Ambrosio

As noites de Belo Horizonte são conhecidas, entre outras atrações, pela sua cena musical. Diferentes bandas se apresentam periodicamente pelos pub’s e casas especializadas, trazendo trabalhos autorais ou obras já consagradas. Um dos grupos que se destacam nesse cenário é o Pink Floyd Reunion.

Nos dias 10, 11 e 12 de março (sexta, sábado e domingo), a banda apresenta o espetáculo “The Wall, o filme”. O palco será o Cine Theatro Brasil Vallourec, na Praça Sete, região central de Belo Horizonte.

A Reunião

Criada em 2003 por um grupo de amigos, ela se consolidou na noite belo-horizontina pela fiel reprodução do trabalho criado pelo Pink Floyd. Outro ponto de destaque, são as apresentações conceituais, que misturam a música com reproduções e experiências audiovisuais, presentes em parte do repertório de shows da banda mineira.

Para os ensaios, um estúdio de garagem é o local para a reunião dos sete integrantes da banda: Marcelo Canaan, Fernando Grossi, Raphael Rocha, Fernando Nigro, Raquel Carneiro, Marcelo Dias e Thiago Barbosa. Entre uma pausa e outra para ajustes de instrumentos, um café e água servida em filtro de barro, alguns instrumentos aguardavam as mãos dos músicos para iniciarem os trabalhos.

Em um quarto de garagem, na cidade de Belo Horizonte, acordes, notas, cantos e ajustes abrigam o Pink Floyd Reunion. Fernando Nigro é quem conduz a bateria da banda.  Fotografia: Lucas D’Ambrosio
Entre um ajuste e outro, leva tempo até organizar todos os instrumentos. No meio de cabos, teclados e contrabaixo, os integrantes Thiago Barbosa, Raphael Rocha e Marcelo Dias se preparam para mais uma maratona de ensaios. Fotografia: Lucas D’Ambrosio
O processo de imersão da banda para a realização do espetáculo já dura três meses. Ensaios, encontros, reuniões e acertos finais se fazem necessários para que a identidade na fidelidade de execução possa ser mantida. Na foto, os fundadores da banda, Fernando Grossi e Marcelo Canaan. Fotografia: Lucas D’Ambrosio

Dentre incontáveis cabos distribuídos pelo chão, 14 instrumentos de corda, uma bateria e três teclados, os ajustes são realizados pelos integrantes da banda, que preparavam os equipamentos para o início do ensaio. Os pés nas pedaleiras sincronizavam os últimos ajustes para o seu início. O repertório? A trilha sonora do filme “The Wall”, inspirado no disco de mesmo nome (lançado em 1979), da banda britânica. Para o espetáculo, a banda terá a companhia de um coral e orquestra, comandados pelo maestro Rodrigo Garcia.

Veja a entrevista completa com Marcelo Canaan. O Produtor executivo, guitarrista e vocalista do Pink Floyd Reunion conta mais sobre o espetáculo “The Wall”: 

No mês de janeiro é comemorado o Dia do Farmacêutico. Para celebrar essa profissão que desempenha um papel fundamental na saúde da sociedade, o Jornal Contramão percorreu farmácias do centro de Belo Horizonte e conversou com a farmacêutica Isabelle Figueiredo Marques, 30, que há sete anos atua na área. Em em nosso bate papo, ela conta sobre o trabalho desempenhado pelo profissional da área.

Contramão: Como é a atuação do Farmacêutico que trabalha nas drogarias?

Isabelle Marques: Ela se baseia na orientação do paciente quando ele chega no balcão de uma drogaria ou farmácia. Estamos sempre ao lado do balconista, que está realizando o atendimento. Nosso papel é verificar as receitas, ver se as doses dos medicamentos estão adequadas, se a patologia (doença) está descrita, se a idade coincide com o paciente, se o remédio é adequado para ele ou para quem irá efetuar o consumo. Também verificamos se ele tem noção da sua correta utilização ou se utiliza outros medicamentos que possam ter contraindicação. Se não houver qualquer tipo desses quesitos, a dispensação (liberação do medicamento para o paciente) é realizada. Se ele tiver qualquer dúvida sobre o medicamento, resolvemos todas elas na hora. Efetuamos um visto dessa receita para ele estar ciente da dispensação. Liberamos esse paciente com o medicamento e com todas as informações necessárias para a sua adequada utilização.

Contramão: Como é realizada a capacitação do Farmacêutico?

Isabelle Marques: A maioria das faculdades capacitam os alunos que serão farmacêuticos. Além da faculdade, as empresas de grande porte também oferecem uma capacitação profissional para que a dispensação seja adequada. Quando o farmacêutico sai da faculdade, ele ainda não tem toda a informação prática necessária para atuar no mercado. É comum que as chamadas “farmácias de bairro” ainda peque na capacitação do profissional. Ele deve buscar, durante sua carreira, o maior número de informações para poder se capacitar cada vez mais. Temos a obrigação de ajudar com resolução de dúvidas e informações sobre patologias e formas adequadas na utilização dos medicamentos.

Contramão: Quais são as diferenças entre a farmácia de manipulação e as drogarias comuns?

Isabelle Marques: As farmácias de manipulação trabalham com a matéria-prima básica dos medicamentos e irão produzir conforme as necessidades de cada um dos pacientes. Por exemplo, se eu preciso de uma fluoxetina de 10 mg, mas minha mãe precisa de 22,5 mg, será na farmácia de manipulação que este medicamento será produzido. Nela, os profissionais irão manipular aquela quantidade específica que a pessoa precisa. Além disso, as drogarias vendem um número menor de medicamentos e possuem um menor número de opções de produtos controlados, em relação às farmácias de manipulação.

Contramão: Você acredita que os medicamentos produzidos no brasil são seguros?

Isabelle Marques: Definitivamente, não. Existem estudos fora do país que são muito superiores para pesquisarem esses medicamentos. Lá fora, vários remédios já foram suspensos e aqui no Brasil ainda existem alguns que continuam circulando. Por mais que exista uma instrução e uma orientação do farmacêutico, esses medicamentos ainda estão no mercado e as pessoas continuam consumindo cada um deles. (Nos Estados Unidos a pílula Diane 35 e a dipirona, comumente consumidas no Brasil, estão proibidas desde 2015).

Contramão: Quais os riscos da automedicação?

Isabelle Marques: Nosso papel é oferecer a medicação de forma responsável, em que os farmacêuticos serão instruídos para realizar orientações à população sobre os remédios referentes à cada patologia. Infelizmente a saúde pública no país é muito escassa. As pessoas que não tem acesso ao SUS ou à planos de saúde privados, recorrem às farmácias buscando soluções para as suas patologias. Tentamos ajudar dentro dos limites que existem na nossa atuação, oferecendo por exemplo, medicamentos que não precisam de prescrição. Tentamos trabalhar da melhor forma possível para ajudar o paciente. Mas é importante lembrar que o médico é o responsável pelo diagnóstico do paciente, enquanto que os farmacêuticos são os responsáveis por oferecer meios para o tratamento mais adequado à cada caso.

Contramão: Como é o controle de qualidade dos remédios produzidos no Brasil?

Isabelle Marques: Existem três tipos de medicamentos: referência, genéricos e similares. Este último já possui maior qualidade devido a uma lei que saiu em 2015 e exige que ele tenha o mesmo padrão de qualidade dos que são referências. Aqueles que passaram e foram aprovados por testes de bioequivalência e biodisponibilidade, possuem eficácia similar aos ditos de referência. Agora, esse tipo de medicamento (similar) são intercambiáveis. A lei provou que se você tiver uma prescrição de medicamento referência e não tiver condição de pagar por ele, se existir no mercado um similar autorizado pelo teste da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), ele pode ser trocado pelo outro. Nesses casos, fazemos a dispensação do medicamento similar. Isso prova que quando o paciente toma o medicamento, sua utilização terá efeito e sua qualidade será próxima ao referencial. Eles são praticamente iguais, senão a vigilância não autoriza a troca.

Contramão: Qual o recado que você passa como farmacêutica:

Isabelle Marques: Estamos aqui para ajudar a população. não queremos o consumo inconsciente dos medicamentos. É comprovado que a automedicação pode causar outras patologias, muitos casos de intoxicação e muitas vezes por medicamentos banais. Tá na dúvida, procure o farmacêutico. Existem várias farmácias no país inteiro e lugares que tem sua responsabilidade e sabem valorizar o papel do farmacêutico. As pessoas devem começar a enxergar com bons olhos o trabalho que realizamos. Os pacientes têm medo de conversar com seus médicos. É aconselhável que as pessoas procurem pelo nosso trabalho com antecedência, para tentarmos promover a melhor solução possível às suas patologias. Nosso papel é esse, promover a saúde e orientar, da melhor forma possível, os pacientes que nos procuram. Evitar que eles se desgastam com a compra equivocada de medicamentos.

Reportagem: Lucas D`Ambrosio

Arte: Isabela Castro e Laís Brina

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Diante da crise econômica que cerca o Brasil, os preços nas prateleiras tendem a aumentar cada dia mais. O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) está muito superior ao teto da meta de inflação do Banco Central, que é de 6,5%. O resultado também ficou acima da previsão dos economistas do mercado financeiro para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a chamada inflação oficial. A taxa para a baixa renda ficou acima da registrada para o conjunto da população, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que atingiu 9,73% nos últimos 12 meses.

Segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no dia 07 de Agosto, a inflação sobre alimentos e bebidas, em julho deste ano, foi de 0,65%.

As maiores altas foram no feijão-mulatinho com aumento de 8,88%, 3,53% no fubá, 3,09% no leite longa vida e 2,85% na cebola, esta que subiu menos do que em junho, quando o preço havia aumentado 23,78% – uma vez que comparando os preços de 2014 e 2015, este teve alta de 155,19%, mais do que o dobro.

No geral do ano de 2015, até Agosto, os alimentos que mais subiram de preço foram, depois da cebola: feijão-mulatinho (35,57%), batata-inglesa (24,6%), feijão carioca (22,66%) e ovos (15,52%), já o café ficou 10,52% mais caro de janeiro a julho.

Mas nem tudo teve alta, alguns alimentos caíram de preço em julho, como o tomate, que teve queda de 10,77%, mas ainda acumula alta de 41,24% em 2015. Também caiu em julho o preço do açaí (-7,51%), do feijão fradinho (-4,13%), do feijão preto (-4,04%) e da cenoura (-3,37%).

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Em entrevista com José Jorge de Oliveira, 61 anos, aposentado pelo Correios há 5 anos, a inflação tem tornado sua vida mais complicada, já que seu salário não acompanha o aumento dos preços e nem mesmo o aumento de outros salários, como o salário mínimo. “Quando trabalhava, na época de Fernando Collor, ainda dava para segurar as pontas, hoje tudo está bem mais caro e o salário só tem diminuído… Claro que o ajuste fiscal pode ser algo passageiro, o Brasil passou por outras crises e conseguiu sair delas, mas estamos vivendo um momento de apreensão.”

“Não é apenas o governo que tem cortado dinheiro de seus principais programas, a população está tendo que lidar com os cortes na hora de fazer compras, por exemplo,” complementou José Jorge. O aposentado, que trabalha atualmente em uma ONG como voluntário administrativo desde 2010, confirma também que o alto preço e a instabilidade deles tem prejudicado seu trabalho. “Todo início de mês tenho que repassar o dinheiro para pagar as contas e também para o pessoal que trabalha na cozinha. O que tem nos ajudado são as doações que estamos recebendo de alguns mercados, já que a luz e a água aumentaram o dobro do que pagávamos aqui”.

Segundo Mirian Leitão, durante uma matéria sobre a inflação nos alimentos para o jornal Bom Dia Brasil, da Rede Globo, “a previsão dos economistas para o ano que vem é otimista: a inflação vai cair bastante – do nível de 9%, 9,5% para 5%, 5,5%. Essa é a previsão da maioria dos analistas, economistas, gente do mercado. Mas quando perguntamos como, ninguém sabe muito bem.

Eles dizem o seguinte: ‘o aumento de energia deste ano não vai se repetir na mesma intensidade no ano que vem. Então isso tira uma parte grande da inflação desse ano. O risco é a indexação. Quando a inflação fica muito alta, a tendência das pessoas ou das empresas é tentar correr atrás desse número antigo, ou seja, a indexação’”.

Diante da alta dos preços dos alimentos, o nutricionista Aurélio Tofani nos deu dicas de como ter uma alimentação saudável gastando pouco. Ouça o podcast a baixo:

Por: Julia Guimarães, Sthefany Toso e Victor Barboza

Infográfico: Marina Rezende

 

Fernando Gabeira, jornalista e ex-deputado federal pelo Partido Verde do Rio de Janeiro (PV-RJ), esteve em Belo Horizonte para o lançamento de seu livro Onde está tudo aquilo agora?,  que aborda os 50 anos de sua  trajetória na política brasileira.

O jornalista mineiro começou sua carreira jornalística ainda em Juiz de Fora, sua cidade natal, na filial do jornal Binômio de Belo Horizonte. Militante político, participou efetivamente da luta armada contra a ditadura instaurada no Brasil em 1964. Após ser acusado de participar do sequestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick em 1969, foi preso e exilado pelo governo militar.

Na volta ao Brasil, candidatou-se ao governo do Rio de Janeiro e em 1989 à presidência da república. Seu primeiro cargo público veio apenas em 1994 quando se elegeu deputado federal, cargo que ocupou até 2008.

Durante o lançamento do Livro em Belo Horizonte, a equipe do CONTRAMÃO, bateu um papo com o escritor que contou um pouco desta trajetória.

Por João Vitor Fernandes

Foto: Willian Gomes

Os esportes entram em pauta no Jornal Contramão, buscando uma nova forma de falar do assunto nossa equipe produziu o vídeo abaixo apresentando a proposta do novo programa esportivo do Jornal, cujo nome será escolhido pelos alunos de jornalismo.

Curta o making-off.

 

Por: Hemerson Morais