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Veterano de oitenta e poucos anos destaca-se entre os diretores que estão iniciando suas carreiras com filmes de longa-metragem. O roteirista e diretor baiano, Luiz Paulino dos Santos, está entre os setes filmes escolhidos para a Mostra Aurora – espaço que prestigia iniciantes, com o documentário “Índios Zoró – Antes, Agora e Depois?”.

Não que Paulino não tenha em seu currículo grandes filmes, mas por ter ficado muitos anos sem produzir algum, os curadores selecionaram sua nova obra para competir com outros diretores dessa nova geração, como as cariocas Julia De Simone e Aline Portugal do filme Aracati e Lincoln Péricles, diretor do Filme de Aborto.

Com mais de sessenta anos de carreira, o roteirista e diretor Luiz Paulino dos Santos tem muita história para contar sobre sua jornada, tanto no cinema quanto vida pessoal. Nascido no interior da Bahia no ano de 1932, Santos foi criado por sua irmã mais velha, sua mãe veio a falecer quando ele acabara de nascer, foi o único dentre seus irmãos a ser alfabetizado. “Venho de uma família pobre, minha irmã comprou um ABC e me colocou na escola”, conta. Nunca quis ser médico ou doutor. “Passava a maior parte do meu tempo no cinema”, ressalta do diretor.

No início de sua carreira, mais precisamente em 1960, Luiz Paulino criou o roteiro e dirigiu o curta-metragem “Um dia na rampa”, filme tombado como Patrimônio Audiovisual, que se passava na rampa do Mercado Modelo, na capital da Bahia, Salvador, e mostrava as idas e vindas dos homens e os relacionamentos místicos com o mar. Além deste curta, Santos possui em seu currículo projetos como Barravento (1962), Mar Corrente (1967), Insônia (1980) e Crueldade Mortal, filme indicado ao Kikito de melhor filme no Festival de Cinema de Gramado em 1976.

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19ª Mostra de Cinema de Tiradentes

Índios Zoró – Antes, Agora e Depois?”, exibe o retorno do diretor Paulino após trinta anos a tribo indígena dos Zoró. Os adultos de hoje, que eram as crianças que tomavam banho nos rios durante sua primeira visita e alegravam a tribo, agora estão evangelizados e muito da sua cultura foi modificada. “Eles diziam que antes estavam perdidos adorando outros deuses que não existiam”, explica do Santos. “É um filme para nos fazer pensar no próximo, para pessoas do governo assistir e se conscientizar”, finaliza.

Assista no vídeo abaixo a entrevista do diretor Luiz Paulino dos Santos na 19ª Mostra de Cinema de Tiradentes:

Matéria por Julia Guimarães
Fotos: Gael Benítez

Filme Clarisse ou alguma coisa sobre nós dois encerra trilogia sobre a morte do diretor Petrus Cariry

O longa-metragem, Clarisse ou alguma coisa sobre nós dois, do diretor Petrus Cariry, conta a história e os dilemas de Clarisse para conseguir sua “libertação” após traumas vividos na infância que insistem em retornar durante a última visita feita a seu pai.

Com direção e fotografia de Petrus Cariry, a produção foi toda realizada no Ceará, “com uma equipe 90% cearense”, destaca a produtora e irmã do diretor, Bárbara Cariry.  O filme de suspense vem para encerrar a trilogia sobre a morte, produzida por Cariry.

Durante a exibição do filme, nesta quarta-feira (27), no Cine-Tenda na Mostra Transições, uma forte chuva despencou na cidade de Tiradentes, deixando a sala de projeção com um ar ainda mais apreensivo durante as cenas de suspense vividas pela personagem principal. “Algumas pessoas me perguntaram se as trovoadas faziam parte do filme ou eram da chuva. Não temos nenhum som de trovão no longa”, brinca o diretor. “Fui para a sala de projeção ajustar o som, já que o barulho da chuva e do vento estava mais alto. Foi interessante ver dali de cima a apreensão das pessoas”, conta.

Nesta quinta-feira (28), um bate papo entre publico e diretor foi mediado pelo curador e professor Pedro Maciel Guimarães, com a presença da crítica Guiomar Ramos.

Cariry possui uma longa conexão com a Mostra de Cinema de Tiradentes, já que seu primeiro filme da trilogia sobre a morte, “O Grão”, participou da Mostra Aurora há dez anos. O segundo filme da trilogia, foi gravado com orçamento de curta, e se chama “Mãe e Filha”.  O diretor, além de conversar sobre o filme e deixar uma interrogação sobre a história que ronda na sua produção, que pode ser interpretado das mais diversas formas, também apresentou ao publico um pouco do seu novo projeto previsto para ser lançado no segundo semestre de 2016. “O Barco será um filme menos sombrio, mas também fala sobre deslocamentos e sobre a luta para sair da ilha”, finaliza.

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O resultado das Mostras competitivas acontecerá no sábado dia (30) no Cine-Tenda e terá cobertura completa pelo Jornal Contramão em parceria com o Jornal Hoje em Dia.

Por Julia Guimarães e Gael Benítez
Foto capa: Divulgação do filme

Com grandes curtas metragens no currículo, as professoras e diretoras Aline Portugal e Julia Simone, estrearam na terça-feira, 26, o documentário de longa-metragem Aracati, no Cine Tenda da 19ª Mostra de Cinema de Tiradentes.

O filme, que traz “uma fotografia impecável e sútil”, segundo o crítico de cinema Ticiano Monteiro, foi produzido durante os estudos das diretoras sobre o vento Aracati, no Vale do Jaguaribe, no estado do Ceará. Mesmo que o foco seja a trilha do vento, moradores locais participam do filme e contam a história do Vale e de suas vidas na região cheia de mudanças desde a construção do açude Castanhão, que, segundo os locais, fez com que a cidade de Jaguaribara deixasse de existir.

O destaque da obra é dado ao som produzido pelo vento, pelo o movimento das águas e das árvores, e também a delicadeza como as imagens foram capturadas pelo diretor de fotografia Victor de Melo.

Durante as pesquisas para obter o resultado final, ainda foram gravados dois curtas, o “Estudo Para o Vento”, em 2011 e “Vento Aracati” em 2014. Com a renda arrecadada para a produção do longa, foi contratado o pesquisador Victor Furtado para auxiliar na busca de cenários e personagens, além de seguir a trilha do próprio vento Aracati.

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Aracati – Encontro com a crítica

No seminário realizado nesta quarta-feira, 27, no Cine Teatro Sesi, as diretoras Aline e Juliana, diretor de fotografia Victor Melo, e o pesquisador Victor Furtado bateram um papo sobre a produção do filme com o crítico de cinema Ticiano Monteiro e com o público presente. De acordo com as diretoras, a produção do filme levou cerca de sete anos. “O filme refaz o percurso do vento em busca de entender o que ele está movimentando naquele espaço”, explica a diretora Simone enquanto complementa também a diretora Portugal sobre o Vento Aracati, “Limites, divisão e espacialização”, finaliza. . As diretoras também produziram: Sinfonia.

Em entrevista para a UNA TV/ Jornal Contramão em parceria com o Jornal Hoje em Dia, a diretora Aline Portugal fala como foi produzir o longa e da sua experiência em participar da 19ª Mostra de cinema de Tiradentes.

Texto por Julia Guimarães
Fotos: Gael Benítez

Começa hoje, 23, a 18ª “Mostra de Cinema de Tiradentes”, evento mais esperado pelos amantes da sétima arte. Ao todo, 128 filmes representaram 16 estados brasileiros durante toda a mostra, além dos filmes, oficinas, seminários com bate-papo, ocorrerá lançamentos de livros e DVDs entre outras atrações.

A edição 2015 irá homenagear a atriz paraense Dira Paes, em reconhecimento aos 30 anos de carreira da artista nas telas do cinema. Paes, que participa do filme “Órfão do Eldorado”, do diretor Guilherme Coelho, estará presente na estreia do filme que oficialmente abrirá o evento.

Com o tema “Qual o lugar do cinema hoje?”, 27 debates e 20 bate-papos que integram a série: “Encontro com a crítica, o diretor e o público”, acontecerão no decorrer das duas semanas. O público infanto-juvenil também tem programação garantida com a Mostrinha de Cinema, que tem como objetivo formar novas plateias e novos públicos para o cinema brasileiro.

O evento irá promover uma temporada de atividades culturais. Ao todo serão 10 oficinas de formação com a oferta de 270 vagas, 10 lançamentos de livros e Dvds, cortejo e teatro de rua, performances audiovisuais e intervenções artísticas. A programação vai até 31 de janeiro, e é totalmente gratuita.

Texto: Felipe Chagas/ Foto: Divulgação

O universo do mestre do suspense  (1899-1980) chega à capital mineira  com a mostra “Hitchcock é o cinema”, cartaz de hoje até 5 de setembro, no  Cine Humberto Mauro. Os admiradores do cineasta poderão assistir na telona os 54 filmes do diretor inglês e outras além de 94 produções feitas para a televisão, entre as décadas de 1950 e 1960.

 

A atração de hoje é a apresentação Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, sob regência do maestro Marcelo Ramos que interpretará da trilha de abertura da mostra composta por Patrick Cohen, 25. Na parte da manhã desta quarta-feira (31), a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, ensaiou juntamente com as cenas dos filmes que serão exibidos, à noite.

 

A sensação para quem assiste ao ensaio da orquestra é de entusiasmo e emoção, pois além de ser a primeira mostra de Hitchcock na cidade é também a primeira junção de música erudita, ao vivo, acompanhando as cenas mudas do primeiro filme de Alfred Hitchcock, O jardim dos Prazeres (1925). Os ingressos para a apresentação de hoje já se encontra com ingressos esgotados.

 

O maestro Marcelo Ramos explica que o humor britânico de Hitchcock ajuda no usos dos instrumentos, mas é um desafio conferir som a filmes mudos.  “Para essa apresentação a música composta muda de tempo, constantemente, por ser mais longa que o filme, mas isso é apenas um aperitivo que atrai a atenção. Já sabia dos contratempos e até ajudei no alerta.”, explica.

 Por Aline Viana

Que tal uma sessão de cinema? E que tal uma sessão de cinema a um preço que cabe no bolso? É essa a proposta do Projeta Brasil, que, hoje, exibe somente filmes brasileiros com o ingresso a R$ 3,00. Integram o Projeta Brasil, as salas Cinemark do Diamond Mall, Pátio Savassi e BH Shopping. É uma bela oportunidade para ver ou rever filmes nacionais que estiveram em cartaz entre novembro de 2011 e 2012.
O Projeta Brasil foi criado há 13 anos para incentivar a exibição de produções brasileiras. Serão 466 salas, em todo o país, exibindo o que de melhor foi produzido no último ano. Vão ser exibidos 22 longas-metragens no total. Entre os quais estarão em cartaz as comédias, “Até que a Sorte Nos Separe” e “E aí, Comeu?”.

Em 2011  foi registrado um público de mais de 130 mil pessoas, e juntando as 12 edições já foram contabilizadas pelas bilheterias do Cinemark mais de 1,6 milhões de espectadores.

O público tem visto de forma muito positiva essa iniciativa, “Ótima iniciativa, é uma ótima oportunidade para quem perdeu os filmes, além de ser um incentivo e tanto para as pessoas prestigiarem o cinema brasileiro.”, comenta a estudante de jornalismo Paloma Morais.

É também uma possibilidade de tornar as produções culturais nacionais mais acessíveis, “A iniciativa é incrível e estimula as pessoas que não tem o costume de ir ao cinema. isso é excelente para a cultura. as vezes , por meio dos filmes, a pessoa se interessa por outro tipo de expressão cultural, como teatro, por exemplo.”, aponta a também estudante de comunicação Marina Costa.

 

Por Hemerson Morais e Rute de Santa

Ilustração Tiago Magno