Por Italo Charles
Há exatos dez anos, o Japão passava por uma tríplice tragédia que mudaria toda a história do país. Por volta das 14h46 (horário local) foi registrado um terremoto de magnitude 9,1 graus, que ocasionou um enorme tsunami e em sequência um acidente nuclear.
O designado “Grande terremoto de Sendai” aconteceu a 130 quilômetros da costa leste de Tohoku, no Oceano Pacífico, com profundidade de 24,4 km. O abalo provocou o deslocamento de aproximadamente 2,4 para leste da ilha de Honshu.
O atrito entre as placas tectônicas localizadas da Eurásia e do Pacífico no ponto exato do abalo sísmico provocou a maior movimentação de terra já registrada em um terremoto – 50 metros.
A movimentação gerou uma série de ondas gigantes formando um tsunami que atingiu a costa leste. O tsunami foi o maior responsável pelas mais de 18 mil mortes e desaparecimentos. Hoje, após dez anos, ainda há desaparecidos.
Em decorrência aos acontecimentos, os núcleos de três dos seis reatores da usina de Fukushima, na província de Fukushima Daiishi, sofreram uma fusão, o que causou um dos maiores acidentes nucleares da história.
Com o rompimento das usinas, mais de 160 mil pessoas foram evacuadas das proximidades. Após dez anos do ocorrido, a área continua inabitável devido a grande quantidade de resíduos radioativos dispersos na água e no ar.
Durante a história, o Japão passou por várias crises derivadas de terremotos de menor escala, além do ataque de bombas nucleares sofridos em Hiroshima e Nagasaki no ano de 1945.
Ao decorrer do tempo, o arquipélago foi se estruturando para tais situações. Após a tripla tragédia de 2011, o Japão tem se preparado cada vez mais para suportar terremotos e possíveis tsunamis.
*Edição: Daniela Reis