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Homossexualidade

Sábado, 27 de abril, centenas de pessoas prestigiaram a sessão extra de fotografias da campanha Beijos Contra a Intolerância, no laboratório de fotografia Campus Liberdade 2, ICA/UNA, em Lourdes, das 09h30 ao meio-dia e meia. As fotos foram feitas por ordem de chegada e menores de idade só podiam ser fotografados acompanhados de representante legal. O objetivo da campanha é promover e registrar em fotografias as diferentes expressões do amor, sendo que o projeto é encabeçado pelo coordenador dos cursos de Cinema e Moda Júlio Pessoa e pela professora de Jornalismo Multimídia Tatiana Carvalho, apoiados pelo projeto de extensão Una-se contra a homofobia, coordenado pelo professor Roberto Alves Reis.
A professora e coordenadora de Extensão Natália Alves ressalta que a UNA vem incentivando ações de inclusão e debate das diversidades. “A instituição vem mostrando atitudes muito inclusivas como o reconhecimento do nome social e outros movimentos, o apoio a projetos de extensão como o Una-se Contra a Homofobia e o Gloss. Mas essa campanha coroa esses esforços que vem sendo feitos nesses projetos”, declara. Ela salienta a importância da universidade na formação pessoal, pontuando “que a Universidade é o lugar da diversidade, em todas as suas formas, tanto na questão da homofobia, quanto na discussão do racismo e de outras formas de preconceito”.
Repercussão
A campanha foi idealizada a partir da ação dos professores Júlio Pessoa e do psicólogo e coordenador do NUH da UFMG, Marco Aurélio Máximo, que, há duas semanas, tiraram uma foto em preto e branco se beijando com os dizeres coloridos “Só o amor constrói”. A foto foi compartilhada mais de mil vezes no Facebook. A repercussão das imagens inspiraram o coordenador da UNA-SE contra a homofobia e a professora Tatiana Carvalho, também integrante do NUH, a criar uma campanha que abrangesse todo o Instituto de Comunicação e Artes (ICA/UNA). “A educação é o melhor antídoto contra o preconceito”, defende Pessoa. “A campanha reflete o comprometimento do Instituto de Comunicação e Artes e também da UNA com o incentivo aos direitos humanos e, principalmente, aos direitos LGBT”, ressalta Roberto Reis. “O propósito do projeto UNA-SE contra a homofobia é levar a discussão dos direitos LGBT, entendidos como direitos humanos, para os vários campi do centro universitário”, esclarece.
Desde o anúncio da primeira sessão de fotos, agendada para a segunda, 22, mais de 600 pessoas confirmaram presença. Aproximadamente 500 pessoas compareceram às sessões de fotos, entre alunos, professores, e funcionários do ICA/UNA. As fotos foram reunidas em galerias e divulgadas na fanpage, no Facebook, criada para a campanha e recebeu mais de 400 curtidas e 90 compartilhamentos. De acordo com a professora do ICA, Tatiana Carvalho, o sucesso da campanha inspira a criação de novas ações. “Estamos em conversas institucionais para fazer uma ação no dia dezessete de maio, dia internacional de luta contra a homofobia, em que se comemora o dia em que a homossexualidade saiu da lista de doenças da psiquiatria. Queremos fazer alguma coisa. Os alunos já marcaram um ‘beijaço’ na internet, por conta deles”
A repercussão, ao longo da semana nas redes sociais e os pedidos de internautas e pessoas do extramuros do centro universitário para que outra oportunidade marcada, para aqueles que não puderam estar presentes na segunda-feira, motivaram a organização da campanha a cria a Sessão extra” agendada para sábado (27). “A pedidos, sessão extra!!! Vamos continuar mostrando que nosso instituto e todos os nossos amigos e familiares respeitam o amor em todas as suas manifestações. A intenção é mostrar os afetos possíveis entre casais homo e hétero, entre amigos, entre parentes… Vamos participar!”, anuncia e convida o texto de apresentação da sessão extra da campanha, o professor e coordenador dos cursos Publicidade e Propaganda e Relações Públicas Pedro Coutinho demostra o orgulho em trabalhar para uma universidade que promove ações anti-intolerância. “Fico muito orgulhoso de trabalhar em um lugar que dá abertura para projetos como esse ou que ao menos não crie nenhuma barreira para isso. Acredito que as fotos não terão nenhuma repercussão negativa”

Por: Fernanda Fonseca e Gabriel Amorim

Fotos: Una-se Contra Homofobia

Hoje, às 19h30, a Casa UNA de Cultura encerra o mês das Diversidades com a mesa-redonda Diversidades, identidades: representação, gênero e orientação sexual que debaterá as atitudes e sentimentos negativos em relação aos homossexuais e como eles são vistos e representados pela sociedade. A mesa será composta pelo professores Júlio César Pessoa Nogueira, coordenador dos cursos de Moda e Cinema e Audiovisual, do Instituto de Comunicação e Artes da Una (ICA); Marco Aurélio Máximo Prado, professor do curso de Psicologia da UFMG e coordenador do Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT (NUH) da UFMG; e  Mariana Tavares, professora do curso de Moda do ICA/UNA. A mediação será feita pelo professor Roberto Alves Reis, ICA/UNA e coordenador do projeto de extensão “Una-se Contra a Homofobia”.

De acordo com coordenador dos cursos de Cinema e Audiovisual, Júlio Nogueira, os meios de comunicação exercem uma forte influência na construção de imagens e representações dos homossexuais na sociedade contemporânea. “Se ocorrem avanços na política e em todas as áreas, é necessário, então, um comprometimento geral para mudar a imagem dos homossexuais. A mídia é o reflexo da sociedade e se temos uma mídia homofóbica, temos uma sociedade homofóbica”, explica Nogueira.

O professor Marco Aurélio Prado analisa a situação da seguinte forma: “Verificando o histórico conceitual, percebemos como vem sofrendo mudanças do século 20 para o século 21 e como essas mudanças servem para analisar a sociedade brasileira”.

Já a professora de Moda, Mariana Tavares fará uma análise dos vestuários masculinos e femininos ao longo da história e os cruzamentos de referências que existe hoje. “Faço um acompanhamento histórico dos vestuários femininos e masculinos, e percebo que tudo que é usado, ultimamente, no vestuário feminino, já foi utilizado no vestuário masculino, como por exemplo, o espartilho”, explica. “Hoje, também é notável, o contrário, ou seja, peças do vestuário masculino sendo utilizadas pelo gênero feminino. A roupa é deferida pelo gênero e não pela sexualidade”, analisa.

A mesa redonda Diversidades, identidades: representação, gênero e orientação sexual começa às 19h30, a entrada é gratuita, mas há limitação quanto ao número de pessoas, para participar, os interessados são admitidos por ordem de chegada.

Mesa redonda debate a presença dos homossexuais nas séries de TV 

As escritoras Adriana Agostini, autora do livro Lésbicas na TV: The L Word, e Flávia Péret, autora de A Imprensa Gay, debateram as formas as personagens homossexuais são representadas na mídia e nos jornais. A mesa realizada, na terça-feira, 22, foi mediada pelos professores do Centro Universitário UNA Tatiana Carvalho Costa e Roberto Alves Reis.

 Assista ao vídeo com as entrevistas de Adriana Agostini e Flávia Péret:

Por: Bárbara de Andrade e Rute de Santa

Foto: Felipe Bueno