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Dentro da universidade, Casa Una é o espaço que acolherá ideias disruptivas, projetos empreendedores e empresas do setor 

Por Keven Souza

O Jornal Contramão se propôs escrever 60 matérias para marcar o sexagenário da Una. Foram pesquisas, entrevistas, conversas e mais conversas com diretores, professores, colaboradores e alunos. A nossa série “60 anos. 60 histórias.” chega ao fim com um sentimento de dever cumprido e a certeza que essa instituição evoluiu muito durante essa jornada. 

E para fechar esse projeto escolhemos falar da Casa Una, o centro de inovação que vem por aí, confira! 

Casa Una 

O Centro Universitário Una está elaborando o seu próprio centro de inovação, um projeto surpreendente em toda sua substância que promete aquecer o ecossistema de inovação e educação de Belo Horizonte. O hub se chama Casa Una, se localizará no campus Aimorés para conectar o passado, que permeia através do tombamento cultural do prédio, e o futuro, que abraça a integração da tecnologia, na simbiose perfeita para apresentar uma estrutura completa e ideal para o trabalho colaborativo e o aprendizado experiencial. O espaço trará novos negócios e convergirá todos em uma mesma sintonia a partir do ano que vem. 

Os hubs de inovação são espaços multifuncionais que valorizam o conhecimento voltado à cultura contemporânea e ao empreendedorismo tecnológico. São feitos por uma comunidade que acredita na força e no poder de compartilhar ideias, desenvolver conexões e impulsionar experiências criativas. Nestes espaços podem operar laboratórios, startups, empresas, investidores e o próprio mercado. Ou seja, são imprescindíveis para a economia e o desenvolvimento de grandes projetos e até da cidade onde eles se instalam. 

Em Belo Horizonte, existem diversas empresas que se atentam à tecnologia e são do nicho inovador, como a Órbi e o Centro de Inovação e Tecnologia do SENAI. Contudo, através da implementação da Casa Una, o ecossistema mercadológico da capital está prestes a conhecer algo diferente do que se tem hoje de centro de inovação. É o que explica a administradora e diretora da Cidade Universitária da Una, Carol Sarmento. “O mercado que se tem hoje precisa da participação da academia. Acredito que para BH, o nosso hub de inovação é essencial, porque o setor daqui precisa dessa visão diferente que vem de dentro da universidade. Aquele olhar renovado, sem ruído e totalmente novo. E este é o nosso diferencial, oferecer um capital intelectual qualificado na solução de problemas do mundo real”, diz.

E é exatamente com este diferencial, de ter um espaço que explora, cria, compartilha e experimenta, que o hub da Una trará projetos de interesse social e acadêmico, parcerias com grandes empresas do setor, espaços multidisciplinares, programas e eventos exclusivos, entre outras ações que poderão surgir a partir de uma estrutura inovadora, focada no desenvolvimento de pessoas e no empreendedorismo jovial.

Para acontecer todo esse processo, o projeto arquitetônico tem envolvido diversos profissionais de diferentes áreas para construir um local que abrigue o futuro e não rejeite o passado. Hoje, os espaços projetados para a Casa Una contam com uma infraestrutura única, de dois andares, que preserva o patrimônio cultural do Casarão e abordam um design biofílico (junção da área urbana com a natureza) moderno e arrojado, além de ser acessível a todas as pessoas, incluindo aquelas com necessidades especiais.  

Com ineditismo, o Contramão traz a você os principais ambientes do centro de inovação da Una, confira. 

1º andar 

– Área de convivência externa

– Espaço café/recepção

– Espaço yoga

– Espaço linklab 

– Sala de reunião

– Sala de produção e identidade audiovisual 

– Flow school

2º andar 

– Sala de produção 3D

– Sala de projetos

– Sala de treinamentos

– Sala de colab

– Varanda 

O hub da Una está sendo desenvolvido para integrar não só espaços inovadores na cidade, como seus alunos a um local onde o futuro já começou. A comunidade acadêmica, é um dos pilares da Casa Una, com o propósito de que estejam inteiramente mobilizados a favor de uma visão macro ligada a soluções de problemas do mundo real e que os estudantes possam construir competências e habilidades que o mercado, enquanto campo de evolução, busca nos profissionais. 

De acordo com Carol, essa ideia de ir na contramão do gap de mão-de-obra, já tem sido utilizada pela Una a partir do seu currículo integrado e interdisciplinar. Mas é agora, com o funcionamento do hub de inovação, que tende a modernizar o conceito de ensino superior e trazer um aprendizado acadêmico ainda mais rico e diverso aos alunos. 

“Estamos trazendo uma forma de ensinar diferente do que se tem hoje, totalmente inovadora, um ensino mais próximo de problemas reais, com desenvolvimento de habilidades socioemocionais, que é o que o setor tem buscado dos profissionais, e que propicia interação contínua com o entorno. Na nossa visão este tipo de iniciativa, como a Casa Una, traz um aprendizado diferente, mais rico e completamente inovador, alinhado com as necessidades do mercado de trabalho”, afirma. 

Ela ressalta que, durante anos, as universidades não têm tido uma troca sinérgica com o mercado. “Por muito tempo, a academia tem se distanciando do mercado e as empresas têm criado suas próprias faculdades corporativas. Isso faz com que quando os alunos saem das universidades precisem passar por um treinamento extensivo antes de começarem a trabalhar e atuar nos cargos.”

A partir dessa premissa, o hub tenciona reconquistar essa aproximação com o mercado, mediante o preparo e o entendimento do perfil ideal, de habilidades e competências necessárias, para que os alunos se tornem profissionais genuínos e comecem no setor pronto para poder produzir e entregar resultados incomparáveis. 

A Casa Una, em síntese, é uma iniciativa grandiosa, ousada e traz a expertise necessária para ampliar o conceito de educar. Inclina-se para que empresas, estudantes e frequentadores se apropriem do espaço e sintam-se parte da proposta. O hub encerra o sexagenário da Una neste ano de 2021, como uma das ações visionárias e inovadoras que a instituição entrega mais uma vez aos seus alunos. Um presente que irá abrilhantar a cidade, fomentar a boa convivência e beneficiar o entorno. 

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Por Daniela Reis 

Você que acompanha as redes sociais do Centro Universitário Una, com certeza já viu nossos conteúdos falando sobre futuro, tecnologia e inovação. No Instagram (@unaoficial) publicamos diversos conteúdos, incluindo vídeos sobre esses assuntos e também sobre o que o mercado espera dos profissionais do futuro. Tudo isso faz parte de uma série de ações que a instituição vem promovendo junto aos alunos, para que cada vez mais ele possa estar inserido em um ambiente que o permita explorar, criar, experimentar e compartilhar.

A gente tem visto que os profissionais do futuro serão exigidos, cada vez mais, nas suas competências. Aquele que tem senso de liderança, que é criativo, que possui inteligência emocional e que desenvolve constantemente suas habilidades através do aperfeiçoamento, é quem vai se destacar. O mundo está em constante evolução e o profissional deve estar também.

E é exatamente esse o diferencial da Una, ter uma formação baseada nos quesitos exigidos pelo mercado. Em entrevista ao Contramão no final do mês de julho a diretora da Cidade Universitária, Ana Carolina Sarmento, salientou sobre essa formação dos alunos Una:

“Temos um currículo baseado em competências, ele desenvolve e traz os conteúdos técnicos de uma forma que possibilita o desenvolvimento dessas competências socioemocionais, que vão para além do conteúdo técnico. Ele é integrado, como a vida é integrada, não estamos divididos em caixinhas de disciplinas separadas, a gente trata de problemas de forma interdisciplinar”.

Uma outra capacidade é a de resolução de problemas e o nosso currículo nos possibilita tudo isso, também temos componentes curriculares que nos impulsionam nesse sentido, como as próprias práticas dos projetos e cursos de extensão, os trabalhos interdisciplinares voltados e baseados para a resolução de problemas, são técnicas que contribuem para o desenvolvimento e para que nossos alunos saiam mais preparados para esse mundo do trabalho”.

E partindo dessa premissa, a instituição está elaborando o seu próprio centro de inovação, um projeto grandioso em toda sua essência. Por enquanto,  chamado internamente de “Alma Una” tem envolvido diversos profissionais de diferentes áreas (diretoria, marketing, estratégica, gestão, arquitetura, etc.) em sua condução. A ideia é trazer algo extremamente novo e diferenciado para que nossos alunos tenham a oportunidade de desenvolver suas habilidades e estar em contato direto com a tecnologia e a inovação.

Para conduzir todo esse processo, uma equipe visitou os principais Centros de Inovação país, como: Ágora Tech Park, Acate, Leaning Village, Campus Park e Órbi.

Essas visitas tiveram o objetivo de conectar nosso time com o que há de melhor e mais moderno no conceito de inovação, para construir em BH o “Alma Una” com foco no desenvolvimento de ideias, pessoas, e principalmente, no empreendedorismo focado em tecnologia, desenvolvimento e educação.

Para quem não está por dentro do que são os centros de inovação, são espaços multidisciplinares e multifuncionais para promoção eventos, reuniões e treinamentos, além de promover a ligação entre incubadoras, startups, investidores e mercado. Enfim, um local voltado para unir pessoas e ideias na promoção de ações em prol do desenvolvimento profissional.

Imagina ter tudo isso dentro da sua instituição  de ensino? Realizar projetos, conhecer pessoas, ampliar seus conhecimentos e estar conectado diariamente com o futuro. A Una mais uma vez sai na frente para trazer para os seus alunos uma experiência de prática muito além das salas de aulas. O planejamento é que em outubro, mês que a Una completará seus 60 anos, seja entregue um espaço para início das obras de estruturação do centro de inovação.

Quer acompanhar tudo sobre o “Alma Una”? Então fique ligado nas nossas redes sociais, que constantemente vamos soltar mais conteúdos e novidades! Inclusive, amanhã, dia 20, saí o Papo com a Fábrica que fizemos com Daniel Lopes, um dos fundarores da startup 3DLopes que trabalha com impressões 3D. Ele fala sobre sua trajetória, inovação e profissionais do futuro.

O programa será lançado no canal TV Una Fábrica.

Por Bianca Morais

Ana Carolina Sarmento trabalhou durante muito tempo na Diretoria de Planejamento e Expansão da Una, se mudou para Joinville, onde assumiu a liderança da Diretoria de Marketing e Comunicação da UniSociesc, instituição que também integra o Grupo Ânima. Por lá, desenvolveu grande aprendizado, e retornou a Belo Horizonte recentemente para assumir a diretoria da Cidade Universitária.

Com vasta experiência de mercado, Sarmento, promete trazer vários novos projetos para a instituição, incluindo grandes propostas relacionadas a inovação. Em entrevista para o Jornal Contramão, a diretora compartilha experiências de vida e visões de mercado. Confira.

Como surgiu o convite para ser diretora da Cidade Universitária?

O Cicarini, reitor da Una, com quem já trabalhei há um tempo atrás, quando ele era diretor do Campus Liberdade e eu Diretora de Planejamento e Expansão, me ligou e me fez esse convite, dizendo que a Cidade Universitária precisava de um gás diferente, de um olhar mais voltado para o mercado, com mais força de ocupação da cidade de Belo Horizonte. 

Como eu estava em Joinville, juntaram-se duas grandes possibilidades para mim, uma de aceitar e assumir esse desafio, que é algo que me motiva muito, principalmente porque eu entrei na Ânima pela Una, e a Cidade Universitária é o coração da Una e também conciliando a parte familiar, pois já era um desejo ficar mais perto da família. 

Como você avalia sua trajetória no mercado de trabalho e crescimento profissional até hoje?

Uma das coisas mais importantes para mim é trabalhar com algo que realmente faça meus olhos brilharem, encontrei isso na educação, já são 17 anos dos meus 21 anos como profissional da Ânima e realmente fazendo diferença, tanto para as pessoas as quais trabalho, quanto para os alunos que passam pela instituição e também para mim, que vivencio tudo isso.

Tenho muito orgulho e gratidão pelo aprendizado, pelas trocas, pela possibilidade de entregar projetos tão diferentes e que me fizeram crescer. Orgulho principalmente das relações e profissionais que encontrei durante essa trajetória. 

Com tantos anos de mercado, o que você pretende trazer de novo para a Cidade Universitária?

Essa minha ida para Santa Catarina me trouxe um olhar diferente sobre inovação e tecnologia, o estado tem uma densidade tecnológica de inovação muito grande, um ecossistema muito sólido, isso em todas as cidades que atuamos, tanto em Joinville, quanto Florianópolis e em Jaraguá. A gente percebe um ecossistema mais pronto e fazendo aí uma ligação entre os três atores, o público, a academia e a iniciativa privada. 

O que eu pretendo trazer é essa conexão com o mundo do futuro do trabalho, colocando os alunos dentro como protagonistas dessa iniciativa, para que eles possam fazer essa ponte com o que vai ser esse futuro do trabalho. 

Estamos desenvolvendo um grande projeto que internamente temos chamado de Alma Una, que será esse centro de conexões, inovações, conhecimentos e de transformação, no qual os alunos estarão a frente, por meio de uma cocriação e da própria participação do dia a dia dessa comunidade acadêmica, alunos, professores e o entorno.

Um grande objetivo também é abraçar esse entorno, entender as necessidade e colocar essa nossa comunidade acadêmica a disposição na resolução e entrega de projetos que façam realmente a diferença na comunidade na qual estamos inseridos, sempre olhando para os pilares da Una que são: diversidade, inclusão, empregabilidade, acessos e comodidade. 

Quais são suas expectativas para o futuro da Cidade Universitária?

Minha expectativa é que a gente realmente faça uma entrega diferenciada para a nossa comunidade acadêmica e para o nosso entorno, e que sejamos referência em educação no ensino superior em Belo Horizonte.

Falamos também em projetos de transformação, de extensão voltados para o mundo do trabalho e que consigamos colocar a CDU em lugar de destaque na cidade, crescendo nosso número de alunos, fazendo com que as pessoas que pretendem fazer um curso superior deseje cada vez mais estar nesse lugar diferente.

E da Una como um todo?

Tenho a expectativa de tudo aquilo que estamos pensando e construindo na Cidade Universitária possa reverberar para toda Una, e que a Una, seja vista como a escola de referência nos estados de Minas Gerais e Goiás, que possamos ser cada vez mais lembrados como o lugar que prepara os nossos estudantes para o mundo do trabalho, seja qual for este mundo, por meio de competências e habilidades que são desenvolvidas no nosso dia a dia por meio de um modelo acadêmico inovador.

Como você avalia a educação superior como base da transformação do país? 

A educação é a base de transformação de qualquer sociedade, ela está ali no centro dessa transformação, é por meio do acesso ao conhecimento, ao desenvolvimento dessas habilidades que as pessoas conseguem gerar conhecimentos, se empoderar, ganhar confiança, autoestima para poder entregar para o mundo o trabalho que elas aprenderam.

Eu diria que sem educação não temos crescimento, não abrimos nem expandimos. Não evoluímos, a evolução é a base de toda essa transformação, ela começa com uma transformação individual, que vai impactando a família, o mundo do trabalho, e essas transformações somadas conseguem elevar uma sociedade em um patamar de desenvolvimento muito maior, geração ciência, de mais empregos, empreendedorismo, tudo isso como um motor de economia de um país, gerando melhores rendas e melhores condições de vida.

Na sua opinião, como a educação, principalmente nas universidades, vem se transformando através dos projetos de inovação e tecnologia?

Hoje a inovação e tecnologia fazem parte da nossa vida, não tem como dissociar mais, vivendo esse ecossistema de inovação, respirando tudo isso, o que vem de dentro da universidade e do mundo do trabalho, é algo que se conecta, uma interação desses dois atores que entregam de volta para a sociedade algo que vai melhorar nossas condições de vida.

Dentro do próprio ensino superior vemos uma evolução também, por meio do uso de tecnologias dentro das metodologias de aprendizagem, em sala de aula. Não temos como negar que o acesso à informação hoje é muito diferente do que era antigamente, por causa dessa tecnologia que proporcionou tudo isso. Então também precisamos evoluir as metodologias de ensino, as formas de aprender, as novas ferramentas, o debate com os professores, eles que se reinventam e estão mais preparados para essa nova realidade.

Como você avalia o futuro da educação superior pós-pandemia? 

A pandemia acelerou um processo de hibridez das relações, hoje percebemos que não precisamos nos deslocar fisicamente para estar em alguns lugares, em algumas reuniões e da mesma forma a sala de aula. Óbvio que muitas das coisas dependem do presencial, mas muitas vão acabar sendo colocadas em prática com a ajuda da tecnologia, uma tecnologia mais avançada, por meio de simuladores, de realidade virtual, realidade aumentada, e muito vai ser a distância.

Eu enxergo três vertentes dentro da sala de aula, a presencialidade, a sala de aula online e o uso de ferramentas de aprendizagem por meio dessas novas tecnologias, não vejo como voltarmos para o patamar que tínhamos antes da pandemia.

Na sua opinião, quais as características do profissional do futuro? 

A gente tem visto que os profissionais do futuro cada vez mais serão exigidos nas suas competências socioemocionais, então destacamos muito forte a questão da liderança, da criatividade, da comunicação e relacionamento interpessoal, também a flexibilidade, adaptabilidade, que são competências na inteligência emocional a serem desenvolvidas dentro de um contexto educacional que irá colocar esses estudantes diante de situações que exijam isso deles.

Como a Una tem se preparado para formar esses profissionais?

Temos um currículo baseado em competências, ele desenvolve e trás os conteúdos técnicos de uma forma que possibilita o desenvolvimento dessas competências socioemocionais, que vão para além do conteúdo técnico. Ele é integrado, como a vida é integrada, não estamos divididos em caixinhas de disciplinas separadas, a gente trata de problemas de forma interdisciplinar.

Uma outra capacidade é a de resolução de problemas e o nosso currículo nos possibilita tudo isso, também temos componentes curriculares que nos impulsionam nesse sentido, como as próprias práticas dos projetos e cursos de extensão, os trabalhos interdisciplinares voltados e baseados para a resolução de problemas, são técnicas que contribuem para o desenvolvimento e para que nossos alunos saiam mais preparados para esse mundo do trabalho.

Além de profissional você também exerce outro grande cargo, o de mãe. Como você concilia sua carreira com a maternidade?

Ana Carolina Sarmento e família

Outro dia eu recebi uma charge que mostra uma corrida com as mulheres e os homens, as mulheres com aquelas atividades todas da casa, da maternidade. Eu sempre tive a sensação que eu entrei em uma reunião devendo, menos preparada para aquela reunião do que um outro colega.

Digo que é complexo conciliar tudo isso, mas é possível, extremamente possível, e gratificante, porque eu sempre quis ser mãe, eu sempre me enxerguei nesse papel e eu sou muito feliz, não me imagino não tendo meus filhos, é uma responsabilidade enorme e que precisamos nos dedicar, aprendo todos os dias.

Meu grande recado para as mulheres é que elas não desistam das suas carreiras, dos seus sonhos, de serem protagonistas da sua própria vida e que é possível conciliar todos esses papéis, com uma grande rede de apoio, contando com os pais dos filhos como sendo parte, dividindo igualmente essa responsabilidade, apesar das crianças ainda terem essa questão da mãe como uma referência, a gente acaba tendo com eles um papel diferente, mas que tenho buscado sempre tentar fazer com que eles vejam que nós dois temos o mesmo peso. 

Durante a pandemia vimos muitas mulheres abrindo mão de seus empregos para ficar em casa e cuidar dos filhos. Em algum momento isso passou pela sua cabeça?

Não, em nenhum momento isso passou pela minha cabeça. Os meus filhos são um pouco maiores, por isso eles têm um pouco mais de autonomia. Foi um desafio, mas eu sempre tive na minha cabeça de que a gente iria passar por isso junto, como eu disse, ter o pai das crianças comigo, dividindo essa responsabilidade da aula online, quando um não pode o outro pode estar ali ao lado deles, pensar em alternativas para eles nesse momento de isolamento que fosse para além das telas, busquei uma professora que pudesse dar aula umas duas vezes na semana, principalmente para o meu menor, que teve muita dificuldade de adaptação sobre o ensino remoto. É pensar em alternativas junto com meu marido, e ter persistência, resiliência, porque tinha dias em que tudo dava errado, todo mundo ficava nervoso, mas em nenhum momento o pensamento de desistir assim.

Qual o principal desafio enfrentado por você no dia-a-dia?

Acho que o principal desafio é ocupar um cargo de liderança importante e conciliar alguns compromissos com os outros papéis, o de mãe, esposa, dona de casa e de filha. Acho que conciliar isso e manter o equilíbrio, sempre pensando no bem estar de todo mundo é bem difícil.

Outro desafio é separar o profissional do pessoal, é impossível, não existe isso, nós somos uma pessoa só, mas saber colocar limite, no momento em que você está se dedicando ao trabalho e na hora em que você está se dedicando aos seus filhos, saber até aonde você vai com uma coisa e com outra. Acho que isso é muito importante, até a hora de parar, de dar atenção para um filho, de olhar ali pela educação deles, um outro grande desafio é fazer esse dia a dia deles ser produtivo e construtivo, de grandes desenvolvimentos, gerando memórias afetivas, de estar presente, isso tudo para mim é muito importante para que eles cresçam e se tornem adultos emocionalmente saudáveis.

Precisamos também nos manter saudáveis, ter um tempo para a gente, o tempo do lazer, do esporte, da prática do esporte, para cuidar da saúde, do corpo, e da própria mente, porque esses esportes nos desconectam do ritmo frenético e nos conectam conosco.

Tudo isso falta tempo, o desafio é conciliar tudo e sem ter culpa se as vezes não deu certo, se em um dia, não produzi o tanto que tinha que produzir, ou não fiquei com meus filhos o tanto que gostaria. Não sentir culpa e levar de uma forma leve, porque afinal a vida é uma só, e temos que ser felizes para conseguir evoluir, acho que estamos aqui para isso, evoluir através das relações que a gente tem com as pessoas.

Estando onde chegou, qual conselho você daria às mulheres que enfrentam diariamente as dificuldades do mercado de trabalho?

Não desistam, lutem pelos seus sonhos, busquem ao máximo o seu desenvolvimento e crescimento, lembre-se que vocês são incríveis, que cada uma de nós tem um talento que precisa ser colocado a favor do mundo. Descubram e valorizem seus talentos, sejam felizes, tenham um propósito e se realizem.

 

Edição: Daniela Reis 

 

 

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O projeto proporcionou uma imersão na solução de problemas entre os empresários, estudantes, professores e o consultor de negócios do Sebrae

*Por Italo Charles

A 3ª edição do Hackatur – Desafios de inovações no Turismo –  teve encerramento no dia 10 de dezembro. O último encontro, que foi transmitido online, contou com apresentação do consultor de empreendimentos, Marcos Fábio, e teve a participação dos empresários assistidos, professores e estudantes do Centro Universitário Una.

Desenvolvido em parceria entre Sebrae, Belotur e Una, o programa teve como objetivo proporcionar aos empresários de bares e restaurantes de Belo Horizonte e alunos uma imersão na elaboração de ideias inovadoras para melhorar a gestão e posicionar esses estabelecimentos durante e após o período de pandemia. 

O programa selecionou 14 estabelecimentos, 5 professores e 15 estudantes para que, através de uma série de palestras, treinamentos e consultorias os participantes pudessem identificar os problemas e assim junto a equipe criar estratégias para resolução dessas adversidades. A consultoria e treinamento aconteceram de forma híbrida, online e presencial, ministrada por Marcos Fábio (consultor do Sebrae) com a finalidade de auxiliar os empresários a identificarem qual era o real estado do empreendimento naquele momento.

Durante o encerramento, o consultor responsável pelo evento, Marcos Fábio, realizou a apresentação e fez agradecimentos a todos que participaram no decorrer dos três meses de trabalho, que mesmo em tempos de pandemia encontraram maneiras de se reerguer buscando novas ferramentas para realização do programa.

“Foi um projeto muito bacana que teve como execução do Sebrae, patrocínio da Belotur e parceria com a Una. Foram 14 restaurantes participantes, eles saíram no mínimo mais conscientes do seu negócio. Nós tivemos um caso muito legal também de uma pessoa que fechou o restaurante e parou com a estratégia de pensar no restaurante CNPJ. Projetamos e agora ela vai trabalhar muito mais o nome dela como chef do que como um restaurante”, comentou Marcos.

Para o professor do Centro Universitário Una, Edson Puiati, é de suma importância a participação dos estudantes no evento por se tratar de desafios da vida real. “Eu diria que é um reality show ao vivo, os alunos vão aos estabelecimentos, escutam os empresários, sentem de fato os problemas que eles possuem, o que impacta no desenvolvimento, rentabilidade e no sucesso dos estabelecimentos, a partir daí os próprios alunos propõem soluções criativas”. 

Depoimentos 

Diogo Medeiros – Canto de Mainha

“Nós do Canto de Mainha aprendemos e somamos muito conhecimento através do Hackatur. Temos certeza que saímos dessa etapa muito mais preparados para desenvolver o nosso restaurante. Agradecemos muito a todos envolvidos, Belotur, Una, Sebrae e principalmente ao Marcos Fábio que nos auxiliou e entregou muito conteúdo para que pudéssemos enxergar o que havia de falha e possíveis melhorias para o nosso negócio”.

Ruy Oliveira  – Takos Mexican Gastrobar

“Só tenho a agradecer pelo projeto que foi desenvolvido com a gente. O Marcos esteve presente e agregou muito com a sua visão e experiência. Eu acho que foi uma consultoria muito proveitosa, muito por ele realizar uma abordagem mais profunda e não só aplicar as ferramentas de gestão geralmente conhecemos, mas, realmente uma análise do negócio, perfil do empreendedor. E, além disso, ele nos orientou muito bem”.

Pedro Márquez – Tacomtudo Taqueria Mexicana

“O programa Hackatur foi um suporte muito valioso para a nossa empresa, principalmente pelas dificuldades que o momento de isolamento está impondo. No início da pandemia nos vimos forçados a trabalhar somente com o delivery, mas, junto com os consultores do programa, nós conseguimos enxergar que esse já seria um caminho a ser trilhado pelo negócio e que deveríamos aprender com ele.

Passamos por um longo processo de olhar para dentro da empresa e ver onde deveríamos inovar e como fazê-lo. Começamos reposicionando a marca, que antes era restaurante e agora se assumiu como fast-food, mudamos o conceito, a identidade da marca e a maneira como nos comunicamos com nossos clientes.

Não foi fácil, pois mudar e inovar requer muita coragem, mas com os profissionais super competentes do Hackatur ao nosso lado nesse desafio se fez possível. Ficamos extremamente contentes com o resultado e agradecemos muito a todos que se empenharam nessa jornada”.

Marlúcia – Tele-marmitex do Prado

“Foi bem proveitoso, eu aprendi muito. O Sebrae é muito muito organizado, então foi um curso que deu para aproveitar bastante, deu para agregar valores, entender a importância da gestão, da qualidade e do planejamento, percebi que o negócio precisa de planejamento, do contrário ele não vai para frente. Estou muito agradecida pela oportunidade!”

Cintia Regina – Bar da Cintia 

“O inova gastronomia para mim foi ótimo. Obtive um crescimento em relação assim a visão de administração e percebi que já tinha já um pouco de noção, mas depois que vi os exemplos através de estudos apresentados e a informações tive a real certeza que não é só a cozinha, tudo dependendo um do outro. Não adianta ser muito bom na cozinha e não saber como administrar o negócio.

Se a gente não tiver uma ficha de cliente, saber realmente o que o cliente precisa não vai servir eu achar que o que eu tenho vai ser o suficiente. Aprendi que tudo tem que ser analisado, para que assim eu consiga entregar um bom serviço. Eu só tenho a agradecer pela participação e pelos ensinamentos”.

David Garandy – Único Pampulha

“Apesar de ter participado pouco das reuniões, mas todas aquelas que eu pude participar e todas as informações que eu recebi de toda equipe foram muito bem absorvidas, me ajudaram bastante até para desenvolver uma linha de raciocínio. Consegui alinhar o padrão do meu restaurante, elaborar ficha técnica, custos e administrar funcionários, horário de trabalho e cardápio.

Hoje, estou com o restaurante mais estruturado. Neste momento de pandemia estamos trabalhando duro, fazendo eventos e promoções, com isso conseguimos atrair os clientes.

O Inova gastronomia me ajudou bastante pelo pouco que eu participei das reuniões gostaria de agradecer muito ao pessoal da Betolur, Sebrae e Una que me ajudaram”.

Fernanda Maranhão – Recanto da Portelinha

 “Com essa pandemia que nós estamos enfrentando sem poder ir trabalhar, e para não ficar atoa em casa,  tomei a coragem  de empreender e construir o meu próprio negócio, sair do emprego de carteira assinada para ser uma empresária no ramo de gastronomia, montei um delivery na casa da minha mãe em junho de 2020, então tive o conhecimento do  projeto pelo grupo de bares e restaurantes para ajudar micro pequenos empresários no ramo de gastronomia, confesso que a empresa precisava de um empurrãozinho para começar a caminhar. As reuniões online e presenciais com o consultor Marcos Fábio  foram essenciais, trouxe conhecimentos na área de gestão e Marketing auxiliando com CRM, o Pedro com a sua formação em design que trouxe uma nova cara para empresa a troca da logo Recanto da Portelinha para Fernanda Maranhão Parmegiana Gourmet, mudanças nas embalagens uma nova apresentação mais padronizada, a formação do site e redes sociais. 

O projeto Hackatur Inova gastronomia  foi uma rica troca de experiências e um aprendizado maravilhoso com a parceria entre o Centro Universitário Una, Sebrae MG e Belotur. Aprendemos a fazer e colocar em prática várias dicas de sucesso, técnicas e recomendações. O conteúdo bem preparado é atual e será com certeza aplicado no dia-a- dia da minha empresa Recanto da Portelinha por sua vez ter a mudança do nome para Fernanda Maranhão Parmegiana Gourmet”. 

 

**Revisão: Bianca Morais e Daniela Reis

***Essa matéria foi produzida sob a supervisão da jornalista Daniela Reis

 

 

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Peça da coleção do aluno de moda da Una, Carlos Henrique Santos, evoca a diversidade. Foto: Divulgação.

Em evento que serve de vitrine, alunos do curso de moda da Una, que recebeu nota 5 do MEC, apresentarão as tendências do verão de 2019/2020 para o público e imprensa

Por Moisés Martins*

Coleção da aluna de moda da Una, Fernanda Maia, tem como inspiração a arquitetura e o ferro. Foto: Divulgação.

Inovação

Coleção de Carlos Henrique Santos foi inspirada no Museu Muquifu. Foto: Divulgação.

Prêmio da Moda Mineira

A 11ª edição do Prêmio Moda Mineira, em comemoração ao conceito 5 do MEC, será especial e somente anunciada no dia do evento. O prêmio ocorre semestralmente em cada edição do UNA Trendsetters e reconhece os profissionais do mercado mineiro que contribuem ou contribuíram de forma efetiva para o desenvolvimento da moda em Minas Gerais. E neste ano, a grande novidade é que os professores serão laureados com a premiação no dia do evento.

*(O estagiário escreveu a reportagem sob a supervisão do jornalista Felipe Bueno).