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A tecnologia chegou para facilitar e transformar a vida das pessoas

Por: Mariana Aroni

Programado por meio do celular, o despertador toca. Você acorda, desliga-o, desbloqueia o telefone e entra em suas redes sociais. Vê, por meio de um post, que sua loja favorita está com diversas promoções. “Momento perfeito para comprar aquele produto que tanto queria”, pensa. Após realizar a compra, por celular mesmo, entra no site de buscas e verifica como está a temperatura em sua cidade, para saber que roupa usar. Enquanto prepara o café, escuta rádio, para saber as principais notícias do dia. Lembra-se de fazer o depósito da taxa de condomínio, entra no aplicativo do banco e já realiza a transferência. Junto ao café, responde as conversas que deixou acumular na caixa de entrada do app de mensagem. “Ah, preciso contar para Fulano sobre a nova série incrível, lançada, ontem, naquele aplicativo de streaming”. Dá mais algumas checadas nas redes sociais. Acaba por se distrair, e, quando percebe, já está atrasado! Toma um banho correndo. Como já perdeu o ônibus, decide pedir um carro no aplicativo de caronas pagas, para ir ao trabalho. “Ooops! Esqueci o lanche na geladeira. Ah, peço alguma coisa pelo aplicativo de comida”.

E aí, você identificou-se com a descrição acima?

A tecnologia tem se revelado grande aliada da humanidade. Impossível pensar em algo em que ela não esteja presente. O grande facilitador, a permite nosso acesso a tantas tecnologias, é a internet.

Criada nos Estados Unidos, em 1969, a rede mundial pertencia ao Departamento de Defesa daquele país. Sua função era interligar laboratórios de pesquisa para permitir a comunicação entre cientistas e militares. Após alguns anos, em 1982, seu uso se ampliou para assuntos educacionais e acadêmicos, e, pouco depois, disseminou-se para o ramo comercial. Chega ao Brasil em 1988, com o foco em assuntos educacionais. Sua popularidade, por aqui, se inicia a partir de 1994, ao se expandir para uso comercial. Desde então, diversas mudanças ocorreram.

Dados da pesquisa “TIC Domicílios”, realizada em 2019, mostrou que aproximadamente 127 milhões de pessoas no Brasil já têm a internet como parte de seu dia a dia. O número equivale a 70% da população. O celular é o principal meio de acesso à rede mundial, sendo responsável por 97% dos acessos.

Com pouco mais de duas décadas na vida dos brasileiros, a internet conseguiu revolucionar a vida das pessoas. Os adventos tecnológicos estão tão incrustados na sociedade que é inimaginável viver um dia sequer sem o auxílio deles. A tecnologia permite acessar contas bancárias, pedir comida e transporte por aplicativos, encontrar alguém para namorar, conversar com pessoas do outro lado do mundo, fazer compras e, até mesmo, trabalhar sem sair de casa. Tais rotinas seriam impensáveis há alguns anos.

“Resolvi pesquisar rotas e meios de transportes, para alguns lugares, no Google, que me sugeriu o Moovit. Desde então, só ando com ele ligado, como um mapa do tesouro”, afirma Isabela Paradela, técnica em mecânica. O Moovit permite criar rotas de viagens para transporte público, como ônibus e metrô. “A tecnologia mudou, e continua mudando, uma série de coisas em minha vida. Além da comodidade, apps como o Moovit me fizeram criar independência, de modo rápido, fácil e seguro”, completa.

Rapidez, acessibilidade e independência são apenas alguns dos benefícios das inovações ao dia a dia das sociedades. Também cresceu o número de pessoas que usam o computador, as redes sociais e a internet como meios de trabalho. São criadores de conteúdo, programadores, webdesigners, marketeiros digitais… Até profissões como motorista, hoje, têm novos horizontes por conta da tecnologia, como no caso de pessoas que trabalham com aplicativos de caronas pagas.

Gerações

A rápida adaptação às transformações e a aceitação das novas possibilidades tecnológicas abrem espaço o debate acerca de como todas essas novidades se instalaram na vida contemporânea. Com tantas mudanças a todo momento, é possível ver que jovens e crianças têm mais facilidade de inserção no mundo virtual e tecnológico. Parte da população adulta sente certa dificuldade, ou apresenta resistência, às novas tecnologias.

“As novas gerações já chegaram em um mundo tecnológico. Ou seja, a tecnologia começou a fazer parte de seu cotidiano desde muito cedo. Por isso, a familiaridade, o aprendizado e a adaptação são bem mais rápidos, e nos dão a sensação de que estão mais abertas às mudanças tecnológicas. Entretanto, elas vivem seu tempo”, afirma Wânia Araújo, antropóloga e doutora em Ciências Sociais pela PUC Minas.

Não é difícil ver adultos e idosos perdidos em meio a tanta novidade tecnológica. Além do desconhecimento, há o medo de compartilhar informações pessoais na rede. Telma Ferreira, servidora pública aposentada, diz que a inovação traz benefícios, como avanços nas pesquisas – principalmente, na área médica –, acessibilidade a informações e comodidade para o comércio, mas, também, pontos negativos, como as fraudes, os roubos virtuais e as fake news.

O receio de ingressar no mundo tecno-virtual traz dificuldades a quem está “de fora” desses assuntos. Telma, por exemplo, afirma ter certa dificuldade com o uso do celular, que apresenta múltiplas funções dispositivas e aplicativos. “Também sinto dificuladade, com a internet e as redes sociais, com o atendimento eletrônico das agências bancárias, e a solicitação de serviços no dia a dia””, explica, ao destacar que encara a tecnologia como forma de progresso: “Mas toda essa modernidade me traz medo e insegurança e afirma. Tanta tecnologia me assusta”.

Wânia Araújo lembra que, como todo e qualquer processo que traz alterações, e muda as formas de viver e interagir socialmente, é necessário que se passe o tempo, para que as novidades sejam assimiladas e passem a fazer parte do cotidiano das pessoas. “Isto se aplica a qualquer tipo de mudança na sociedade. A adaptação à novidade, seja ela de que ordem for, demanda tempo. Algumas mais, outras menos”, explica.

Para o bem ou para o mal, a tecnologia veio para ficar. É certo que a sociedade se adapta e transforma sua forma de encarar toda essa mudança a cada inovação – o que irá requerer que as pessoas saibam filtrar e medir o quanto de tecnologia participará de suas vidas. “Vivemos um tempo de contradições mais complexas”, completa Wânia Araújo.

*A matéria foi produzida sob a supervisão do professor Maurício Guilherme Silva Jr. e da jornalista Daniela Reis

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*Crédito Arte Beró

Por Amanda Gouvêa

Em 2019, “cultura de cancelamento” foi eleita a expressão do ano pelo Dicionário Macquarie, um dos responsáveis por selecionar e divulgar, anualmente, os termos e palavras mais usados, e, dessa forma, analisar comportamentos da sociedade. Esse termo inicialmente tinha o intuito de conscientizar e suspender apoio/consumo a artistas, empresas e pessoas públicas que reproduziam atitudes consideradas inaceitáveis.

Assim, a cultura de cancelamento fez com que a internet, grandes marcas e influencers, mudassem sua forma de agir e pensar. Este ponto foi positivo, para que transformações acontecessem em vários âmbitos e, principalmente, no que se diz respeito à representatividade. Porém, o assunto deve ser tratado com mais cautela e diálogo.

Os indivíduos são construídos com características dos locais que ocupam, das pessoas com quem convivem e das situações que vivenciam. Por meio de tais relações, é perceptível que reproduzamos falas e estruturas do “nosso coletivo”.

Um aspecto a se analisar é o fenômeno causado pelo Big Brother Brasil deste ano, assunto em constante discussão nas redes sociais, com destaque para o Twitter, onde as informações e notícias se propagam com maior velocidade.

O programa é um ambiente no qual podemos ver, claramente, várias questões da sociedade, e onde são levantados debates sobre machismo, homofobia, gordofobia, racismo e assédio. Nesse aspecto, as pessoas confinadas são julgadas a todo o momento, e canceladas, no programa, quase que diariamente.

Os participantes passam, semana a semana, por situações as mais diversas, do pódio á “berlinda” e, consequentemente, à eliminação no paredão. Como exemplo, destaque para o que aconteceu com Daniel e Ivy, dupla escolhida pelo público para ingressar no programa, após confinamento na casa de vidro. Há grande apelo popular pela eliminação de ambos, devido atitudes controversas e polêmicas.

Porém, até que ponto o cancelamento em massa afeta a vida de cada um?

No início do programa, havia um grupo de homens que reproduziam, sem filtros, os aspectos machistas, xenofóbicos e pejorativos da sociedade. Tais atitudes geraram tanto incômodo que eles foram apelidados com o termo “chernoboys”, imediatamente a internet se mobilizou para cancelá-los e eliminá-los, assim que fossem ao paredão.

A cada novo cancelamento feito pelo grande público, percebemos a discussão rasa, despolitizada e seletiva. Mulheres, homens negros e outras minorias são, sempre, mais apedrejados e postos à prova. Exemplo claro disso é o ator Babu Santana, também confinado no programa. Seus posicionamentos são taxados como “agressivos”. Sua pessoa, muitas vezes, é considerada “de difícil convivência” e, por vezes, é cancelado nas redes sociais e ganha muitos hatters.

Enquanto Babu sofre, diariamente, com os reflexos de nossa sociedade racista, vários outros participantes têm seus “defeitos” e falas legitimadas. Um destes personagens, Felipe Prior, caiu nas graças dos telespectadores, e suas atitudes dúbias, muitas vezes, são aceitas.

Portanto, é preciso que esse assunto seja tratado com mais diálogo, e com discussões para fora da “bolha”. Afinal, faz-se necessário analisar o contexto social de cada atitude e de cada pessoa. Todas as pessoas ganham com debates e aprendizados. Levar essa pauta ao grande público torna-se o objetivo principal da cultura de cancelamento.

*O artigo foi produzido sob a supervisão do professor Maurício Guilherme Silva Jr. e da jornalista Daniela Reis

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Por Samuel Aguiar – Poligrafias – Parceiros Contramão HUB

Em um dia cruelmente tedioso, a internet parou de funcionar. Não a Internet inteira, aquela com i maiúsculo, mas a parte dela que reside num daqueles aparelhos pretos que povoam o digníssimo “quartinho”. Num dia normal, de temperatura agradável e silêncio ensurdecedor, as luzinhas verdes do modem piscariam agitadas e alegres, mas acho que o cansaço dominou até o mais feliz dos dispositivos.

O problema é que aqui, no interior, o sinal de telefonia celular só dá as caras quando quer. À medida que a internet perdia potência, os cantores do Spotify pareciam mergulhar mais fundo. O chiado dos mergulhadores continuou até que, sem aguentar o próprio barulho, cessou. Foi mais ou menos nesse momento que decidi, como cientista de computação, resolver o problema.

Admito, sou cheio de promessas. Disse aos meus pais que daria um jeito na situação, mas sinceramente não fazia ideia do que tinha acontecido. Os olhares calmos e atentos foram gradativamente substituídos pelo semblante de desespero depois que, por três ou quatro vezes, reiniciei os apetrechos e ainda assim não vi o maldito dinossauro saltitante desaparecer das nossas telas. Passados uns trinta minutos, cheguei a pensar que nem uma desfibrilação ressuscitaria a minha rede. Com a mão no telefone para acionar a assistência técnica, recebi a iluminação divina: substituir os cabos de rede.

Bom, no final das contas, acho que ser um entusiasta dos computadores salvou meu dia. Busquei a caixa de tecnologias reservas, encontrei tudo que precisava e encarei a árdua tarefa de desembolar, retirar e substituir os cabos que poderiam ter dado defeito. Um minutinho depois e as encantadoras luzes verdes voltaram a dançar felizes naquele quarto inóspito. A questão é que, como escritor e divagador, fiquei impressionado com o tosco caráter físico da situação. É desconcertante imaginar que um ou dois cabos podem me conectar ou desconectar da Internet, a mais poderosa e ágil das redes de informação do planeta.

Confesso que a essência da coisa – essa que alguns cabos fazem funcionar – me escapava. Sempre estive conectado, mas a realidade tangível de todo o processo nunca me passou pela cabeça. As luzes verdes me diziam que a Internet – como conceito abstrato e indiscutível – estava ligada. Estive, desde muito novo, conectado a alguma coisa que eu nunca soube o que era. Na faculdade – ou talvez um pouco antes – tomei conhecimento de que existem diversos datacenters por aí, espalhados em lugares distantes e meio inimagináveis. Dizem que é por lá que se hospedam as informações que acessamos todos os dias, mas eu não sei é bem assim.

Dois bilhões de pessoas usam a tão aclamada Internet diariamente. Imagino que para a grande maior parte delas, o aspecto físico de uma vastidão totalmente sem corpo e sem características definidas não é importante. A grande complicação é que, eu e você, sem entendermos como essa estrutura funciona, nos tornamos incapazes de refletir sobre seus limites. Estranhamente, encontrei um dos limites da minha conexão. Minha internet estava estragada, deixou de ser planeta pra ser uma ilha momentaneamente incomunicável.

A interrupção do meu estado de tédio foi, no mínimo, oportuna. Depois que as músicas voltaram a tocar sem chiados, percebi que, por anos, a Internet foi uma exceção aos meus instintos curiosos. A rede das redes sempre foi uma ideia facilmente aceitável, dessas que vêm junto com as novidades tecnológicas e pouco se importam em divulgar o próprio comportamento. Sempre esteve ali, no computador, no celular, na televisão e em praticamente tudo que tem tela. Havia o mundo virtual e o mundo físico, o ciberespaço e os lugares reais. Nunca pensei na interseção entre eles.

E se a Internet não for um lugar qualquer, invisível e inalcançável, mas algum lugar? Tenho certeza que a Internet não é só um emaranhado de cabos, mas também não é totalmente wireless. A Internet não está em toda parte, não dá acesso a todos e pode não ser tão democrática quanto dizem que é.

Existem tubos que ligam Londres a Nova Iorque. Tubos que ligam o Google ao Facebook. Existem prédios cheios de cabos e existem centenas de milhares de quilômetros de estradas e ferrovias cujas margens contêm tubos enterrados. Tubos dentro dos quais encontramos fibras ópticas. Dentro das fibras, luz. Codificados na luz, estamos nós – cada vez mais perdidos nessa imensidão de dados.

Sinceramente, fico embasbacado com as metáforas que a televisão anda fazendo sobre a rede. Desde 1990, quando a Internet de fato decolou, as placas de “superestrada da informação” foram derrubadas. Faz tempo que pensamos na internet como uma teia de seda em que cada lugar é igualmente acessível aos outros. Imaginamos as nossas conexões como imediatas e completas – a não ser quando não ocorrem. É tão raro não poder chegar a uma parte qualquer da Internet a partir de outra que ela mesma parece não ter parte alguma.

Pensando sobre todo esse “silício que nos cerca”, cheguei à conclusão que a Internet pode até não fazer sentido pra maioria das pessoas, mas há uma pitada conceitual que converge sempre no mesmo sentido. A rede das redes é, no ideário do povo, a ágora digital, é onde todos os usuários se encontram e têm voz, é onde devem florescer os ímpetos democráticos.

Talvez por isso eu tenha ficado extremamente assustado com a notícia de que os Estados Unidos podem abolir a neutralidade da rede. A ideia é tão contrária à lógica em que pensamos nossas conexões – mesmo que sem entendê-las a fundo – que fica difícil imaginar como uma proposta dessas passou pelo primeiro estágio de aprovação. Pior é perceber que a mídia tradicional, com todo aquele desejo de informar e elucidar os fatos, simplesmente ignorou a lógica, os valores e o próprio conceito – socialmente forjado – da Internet.

A proposta de explicação que inundou todos os veículos midiáticos regrediu violentamente no tempo, e insistiu que a Internet é uma superestrada. Não basta explicar que numa rede sem neutralidade os dados podem ter vias prioritárias. Isso é menosprezar a essência de interconectividade e de amplidão e ignorar completamente a mais amedrontadora das possibilidades: a perda de conexões.

Imaginar a Internet como uma teia parece-me muito mais justo e prático, porque evidencia a necessidade óbvia de podermos nos comunicar com qualquer parte da malha. Mais que explicitar que sites e empresas poderiam ter maior velocidade de acesso e transmissão de dados, eu gostaria que a televisão e os jornais deixassem claro que numa rede sem neutralidade, a teia pode e muito provavelmente será cortada. Nós, usuários, poderemos ter que pagar taxas extras para acessar diversos sites – isto é, se eles ainda puderem ser acessados.

Monopólio. Preços Altos. Censura. Alienação. Extermínio dos pequenos produtores de conteúdo. Não há necessidade de explicar os resultados mais que evidentes da possível aceitação de uma proposta como essa.

Faz uns dias que a internet parou de funcionar aqui em casa. Agora, o tédio passou. Ainda não entendi direito o que é essa tal Internet com i maiúsculo, mas fico feliz em poder me conectar a ela com um ou dois cabos. Se você está lendo este texto, provavelmente tá conectado também. É legal podermos nos encontrar, é legal termos voz, é legal acessarmos esse algum lugar. Aqui, estamos em pé de igualdade. Daqui, podemos ir a qualquer outro canto. Isso é neutralidade, isso é o que nós precisamos da Internet.

Devido a um impasse na Câmara dos Deputados, o projeto de lei que cria o Marco Civil da Internet, até então tido como principal pauta em tramitação na casa, teve sua votação, que teria acontecido no ultimo dia 29, adiada. Os princípios e garantias de uso da Internet: essa é a síntese de um assunto que interessa aos milhões de usuários no Brasil.

O Marco Civil da Internet foi lançado em 2009, e sua construção foi toda feita de forma colaborativa, através de uma consulta publica. Esse conjunto de normas garante ao internauta que todos os seus dados continuarão circulando na rede e devem ser tratados de forma neutra, mantendo assim o principio chamado de neutralidade.

A privacidade do usuário também é um ponto importante do Marco Civil. Esse ponto defende que o usuário tem o direito de ter sua navegação guardada sob sigilo, sendo assim os provedores de internet não poderiam fornecer dados, por exemplo. O usuário só poderia ter seus dados vazados através de uma ordem judicial. O mesmo vale para dados pessoais que o identifique, além de ter o direito a excluir definitivamente todos os seu histórico de navegação na Internet.

A liberdade de expressão na rede é outro ponto importante. Hoje no Brasil, os provedores tem o papel de “juízes” do mundo virtual, isso porque estes administradores tem o poder de retirar qualquer dado da rede, sem nada que regulamente esta ação. Neste caso, o Marco Civil propõe que qualquer material posto na rede só deve ser retirado sob ordem judicial.

Por: Heberth Zschaber

Foto: Reprodução da Internet

Pensando nas redes sociais, como elas influenciam no nosso dia a dia e na formação da opinião principalmente do internauta, a equipe do CONTRAMÃO conversou com uma especialista em Marketing Digital para fazer um panorama sobre o uso das redes sociais na campanha municipal de 2012. A publicitária e professora de novas mídias do Centro Universitário UNA, Suzana Cohen, comenta sobre a utilização das redes pelos candidatos.

Jornal Contramão: Pensando na internet, como você analisa a campanha dos candidatos na eleição municipal de 2012?

Suzana Cohen: Acredito que está incipiente, pois está sendo pouco explorada. Até o momento não vi nenhuma campanha efetiva nas redes sociais.

JC: Até que ponto as redes sociais influenciam as campanhas?

SC: Os candidatos podem fazer uso das redes sociais nas campanhas politicas e influenciar os formadores de opinião que circulam na rede. Mais da metade da população ainda não tem acesso à internet e grande parte dos que acessam ainda não votam, então a influencia ainda é pouca. Então os candidatos procuram as redes sociais na tentativa de influenciar os que ainda não acessam a internet através dos que tem acesso.

JC: OS candidatos estão usando de forma correta as ferramentas online?

SC: Eu acredito que não, e por vezes fica muito repetitivo. Sempre o mesmo conteúdo. Por outro lado, quando vira uma coisa muito intrusiva, as pessoas podem bloquear o candidato. De certa forma isso pode ter um impacto negativo na imagem do candidato.

Por João Vitor Fernandes e Ana Carolina Nazareno

Arte: Diego Gurgel

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O cineasta que já teve uma experiência anterior com webséries quando lançou Hérois, há quase um ano, explica que há um entrave muito grande para a “popularização” de produtos como esse, que é a distribuição. “Quando a gente faz um filme, a gente tem que pensar, ‘onde vou passar este filme’. Ao menos no meu conceito o filme só existe quando há um telespectador. Eu não posso fazer um filme para ficar guardado no armário ou estocado em algum lugar. Então, preciso fazer com que este produto chegue em algum lugar”, destaca o diretor.

 Ainda segundo o Guto Aeraphe, a Internet é um meio extremamente eficaz para ajudar a contornar esse problema e isto está mais que provado. “A gente tem hoje, algo em torno de 16 milhões de internautas conectados em banda larga, então são pessoas que tem conexão que dá possibilidade de assistir vídeos e se tiver um pouco mais de paciência, vídeos em alta definição”,

O cineasta acredita que a tendência é que este tempo fique cada vez maior até atingir os padrões da TV, que são 40, 50 minutos por episódio. “Por que isso? Primeiro a tecnologia: cada vez a banda está ficando mais larga. A gente tem cada vez mais tecnologia, mais acesso a esta tecnologia, as pessoas estão substituindo seus telefones por smartphones”. “Hoje, para se ter uma ideia, o mercado de smart tvs, que são as TVs conectadas a Internet, já representam 20% de todas as TVs vendidas no país, e elas vão ficam cada vez mais inteligentes”, diz .

Por: Bárbara de Andrade

Ilustração: Diego Gurgel (4° período – Publicidade e Propaganda)