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Manifestação

Inicialmente pacífico, o protesto que ocorreu na tarde e noite do dia 17 do centro de Belo Horizonte à região do Mineirão, em Belo Horizonte, acabou em confusão em frente à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O que devia ser uma passeata tranquila foi substituída por bombas de efeito moral, gás lacrimogênio e cassetetes para quem não obedecia as ordens de recuo da PM. Reivindicando a melhoria do transporte público, saúde e educação, além de contestar os gastos com a Copa das Confederações, os 20.000 participantes do evento foram fortemente contidos, apesar do pouco registro de ocorrência. Três pessoas foram presas e três saíram feridas, como um estudante de 18 anos que caiu do viaduto da Avenida Abrahão Caram.

Com gritos de protestos, palavras de ordem e entoando o Hino Nacional, a população saiu da internet e ocupou as ruas da cidade. “Eu realmente estou orgulhosa da nossa geração finalmente fazer alguma coisa. O povo gritando foi de arrepiar”, comenta a estudante Nathalia Terayama.

Para Terayama o movimento precisa se organizar para ter algum efeito. “Eu acho que a gente não pode é perder o foco e ficar andando pelas ruas tomando fumaça na cara sem pedir, de fato, alguma coisa concreta”, argumenta.

O Trajeto percorrido foi tranquilo até as imediações do Mineirão. Quando os manifestantes chegaram à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e tentaram prosseguir com a passeata, foram coibidos por tiros de bala de borracha e bombas de gás lacrimogênio.

Em nota, a PMMG disse que a violência partiu dos manifestantes e os policiais agiram para conter o tumulto.

Tropa de choque fez cerco para impedir o acesso às proximidades do Mineirão, pelos manifestantes. (FOTO: Fred Karklin)

Novos protestos

Nas redes sócias estão sendo organizados novos protestos pela cidade. O próximo ato é hoje, as 17hs, em frente a UFMG, onde os manifestantes entram em conflito com a polícia na manifestação desta segunda.

Veja abaixo o calendário das próximas manifestações:

ATO NA UFMG – BH ACORDOU
Dia 18 de junho – terça feira ás 17:20
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O GIGANTE ACORDOU E NINGUÉM PODE FICAR PARADO
Dia 19 de junho – quarta feira ás 15 horas

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MAIS VINAGRE E MENOS VIOLÊNCIA
Dia 20 de junho – quinta-feira ás 17 horas

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CONTRA A PEC 37 – Nacional Dia Do Basta
Dia 22 de Junho – sábado

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O GIGANTE ACORDOU – BH
Dia 22 de Junho – sábado ás 15 horas

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SE A PASSAGEM AUMENTAR A CIDADE VAI PARAR – BH
Dia 26 de Junho, quarta-feira ás 18 horas

 

Visite a página do Contramão no Facebook e confira a cobertura completa das manifestações.

Por Joao Vitor Fernandes

Foto: Joao Alves

Esse ano a marcha das vadias de Belo Horizonte superou as expectativa  de todos inclusive das articuladoras como relata em seu site Adriana Torres, ativista do Movimento Nossa BH e uma das participantes da Marcha, “foi de encher os olhinhos d’água ver mais de mil pessoas – jovens, nem tão jovens, cis, trans, mono, hétero, crianças, unidos com alegria e irreverência na defesa da liberdade e contra a violência”.

 A concentração que começou na Praça Rio Branco,as 13 horas em frente à rodoviária da Capital Mineira, passou pela Praça da Estação, Rua da Bahia, Praça da Liberdade, Savassi. o evento esse ano cresceu, conquistou, e trouxe as ruas o encanto do afeto humano em prol de um só ideal. E agora pressiona, e convida a ir além. A formar uma base de um mundo diferente para nós e para os próximos habitantes desse globo de poucos, loucos, por um intelecto em comum.

As políticas públicas relacionadas à violência contra a mulher está mais focada no “pós-violência”. “Temos poucas ações para conscientização, prevenção e conhecimento de que o machismo, a cultura patriarcal, é um dos principais fatores dessa violência”, afirma Adriana torres.

Vejo que essa reflexão deve começar dentro de nós, transformando em atitudes não machistas, não homofóbicas e não racistas no nosso dia a dia. É fácil admitir isso, não é fácil é olhar para nosso espelho interior e assumir uma postura mais humana, olhando para os outros e menos para nosso próprio umbigo.

No ultimo sábado (25), As ativistas usaram roupas curtas e algumas deixaram os seios a mostra e  o próprio corpo usado como meio de vincular o protesto para contestar o machismo. Com palavras pintadas pelo corpo, cartazes nas mãos e uma grande mistura entre muitos  homens,Crianças , mulheres e afins defendendo que é preciso aprender a respeitar não só as mulheres mas todos os seres que o merecem.

A Marcha das Vadias teve início em 2011 na cidade de Toronto, no Canadá, organizada por estudantes da universidade local. Após uma declaração de um policial na instituição que disse que se as mulheres se vestissem como “vadias” poderiam estimular o estupro.

Como explica o site.

O manifesto pacífico e bem humorado  também foi marcado em São Paulo,Recife e Curitiba, e já teve diferentes versões em diversos países. Assim a marcha chama a atenção da população, para que o preconceito seja banido dos pensamentos controversos dessa sociedade imperfeita.

A nossa conduta não deveria ser alvo de julgamentos, principalmente, porque o defini o caracter de um ser, não é constituída por “fora”, pela “casca” e sim pela essência da integridade sentimental que compartilhamos. Para se juntar a marcha não é preciso se despir, bastar estar confortável, todos são bem vindos desde que venha com alma e coração aberto a liberdade de expressão.

Por: Aline Viana

Foto: Aline Viana

Profissionais e usuários dos serviços de saúde mental, além de familiares e simpatizantes da causa, animados pela escola de samba ‘Liberdade Ainda que Tam Tam’, saíram as ruas de Belo Horizonte hoje, 16, em comemoração à Luta Antimanicomial. Neste ano, a maior bandeira do desfile – que se concentrou na Praça da Liberdade por volta das 13h seguindo em passeata/desfile até a Praça da Estação depois das 15h – é a “defesa de uma política digna, inclusiva e responsável para os usuários de álcool e outras drogas”, segundo a presidente do Conselho Regional de Psicologia (CRP) Marta Elizabete.

Militantes da causa usavam coloridas fantasias criadas a partir de materiais recicláveis, alguns dançavam ao som de uma marchinha carnavalesca, que entre seus versos brincava: “psiu, psiu, psiu, estou ouvindo vozes”. Um trio elétrico ocupava a parte central da praça, onde os presentes faziam alegorias. O clima festivo é a marca da manifestação pela Luta Antimanicomial em Belo Horizonte. Neste ano o evento reuniu cerca de três mil pessoas sob o tema da resistência, representada pela a frase “Se não nos deixam sonhar, não os deixaremos dormir”. Dividido em seis alas, o desfile contou com homenagens a diversos movimentos: “Estamos falando da criança e do adolescente como o futuro, falando da loucura, falando da ditadura militar”, informou Marta Elizabete.

A usuária da rede de saúde mental e membro da Associação dos Usuários dos Serviços de Saúde Mental de Minas Gerais (Asussam-MG), Maria Soares Ferreira, afirma que o ideal dos militantes é lutar não só pelo fechamento de leitos psiquiátricos – “que tem essa lógica de trancar para tratar” – e sua substituição por uma rede substitutiva – “um serviço de portas abertas em que a pessoa possa ser tratada em liberdade, com cidadania” -, mas também de combater todas as formas de discriminação à pessoa que tenha algum sofrimento mental. Ela defende que “a luta antimanicomial tem como insignia a ética”.

Maria Soares enumera: “Em Belo Horizonte a rede esta bastante implantada. São 9 centros de convivência, 7 Centros de Referência em Saúde Mental (CERSAMs), o 3° Cersam-Ad – que atende dependentes de álcool e outras drogas – será inaugurado, embora isso seja um tanto tardio e a gente está correndo contra o tempo para ampliar a rede de apoio a estes usuários. Há um Centro de Referência Psicossocial (Caps-Ad) na pampulha que funciona 24 horas, foi inaugurado recentemente um no Barreiro e está para ser aberto outro na regional nordeste.”. Para ela a luta deve ser conduzida no sentido de ampliar essa rede, exemplifica: “há demanda para a abertura de mais dois CERSAMs”.

Marta Elizabete ratifica o pioneirismo mineiro no engajamento pela luta: “Nós temos manifestações em quase todos estados do Brasil, mas não podemos deixar de considerar que minas é um lugar de muita importância, porque Minas Gerais sempre esteve na luta pela liberdade”. A presidente do CRP comentou sobre a política de redução de danos, que procura diminuir os danos de viciados em crack a partir do uso de drogas lícitas: “Nós somos trabalhadores da saúde pública. E o Ministério da Saúde no Brasil adota a estratégia da redução de danos como uma das ações da política de álcool e outras drogas. Há uma série de ações que tem que ser desenvolvidas para a estratégia, que é razoavelmente recente, e envolve todo um trabalho de aproximação, de orientação, de informação aos usuários e as famílias.”. A militante acredita que o sucesso nas ações da política para tratamento de usuários de álcool e outras drogas implica em investimento do setor público para a construção de uma rede de serviços que inclui consultórios de rua, Caps-Ad, casas de acolhimento transitório (para pessoas que ainda não tiverem condição de retornar a suas casas), leitos em hospitais gerais para desintoxicação, abordagem com humanidade.

Sobre o caráter festivo do movimento, Marta Elizabete justifica: “hoje nós estamos fazendo um movimento comemorando e falando que nós estamos resistindo a políticas autoritárias do governo, de projetos de leis do parlamento e de projetos que vão contra um ideia de uma política de qualidade, digna, inclusiva. Nós estamos fazendo esta manifestação em homenagem a luta por uma sociedade brasileira melhor.”

 

Por Alex Bessas

Foto por João Alves

Na tarde desta sexta, 10, na Praça da Liberdade houve uma manifestação da Polícia Civil juntamente com Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas (SINDPOL/MG), para reivindicar: Lei orgânica da policia civil; desfiliação da central sindical de profissionais; e filiação a união geral dos trabalhadores; mobilização nacional pela manutenção da aposentadoria por atividade de risco. Anunciaram também a possível greve geral por prazo indeterminado em razão do não atendimento das revindicações da categoria.

Em entrevista com o diretor secretário geral do SINDPOL e investigador de polícia, Claúdio de Souza Pereira, 48,  explicou que o protesto de hoje iniciou depois que “o governo do estado prometeu enviar um projeto de lei orgânica, da policia civil de Minas Gerais para a Assembleia Legislativa, no dia 20 de abril, e até ontem não enviou, prometeu enviar hoje, talvez nos próximos dias, nas próximas semanas, só que a categoria cansou de esperar, e quer uma reação da entidade sindical, a promover a serenidade do envio desse projeto de lei orgânica para a assembleia legislativa”.

Ele afirma também ao ser questionado se o movimento engloba todas as policias, que o mesmo foi desencadeado pelo sindicato dos servidores da Policia Civil, então  o alcance  imediato  é apenas da categoria policial civil, mas obviamente quando você fecha uma delegacia, ou quando você reduz a capacidade de atendimento de uma unidade de policia judiciária, vai acarretar uma fila de viaturas policiais militares na porta, que vão estar paradas, aguardando atendimento e obviamente vai causando um prejuízo a prática da polícia preventiva nas comunidades, afeta os trabalhos do fórum Lafaiet, devido a apresentação de presos , afeta a questão da segurança pública que ficaria escassa. Pois os serviços prestados como, investigação criminal medicina legal e Detran, suspenderiam seus atendimentos, acarretando transtornos a população em geral. Uma outra revindicação da categoria é a redução do tempo de serviço para promoção de 10 para 5 anos.

Segundo o G1,o governo informou que a Polícia Civil já realizou concurso público para delegados e que 400 tomam posse ainda nesta semana. No próximo dia 18, serão abertas as inscrições para 1.497 vagas na área administrativa, para médico legista e para perito. Na Parte da manhã também ouve protesto na MG-10, em frente à Cidade Administrativa, sede do governo de Minas Gerais. De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, os manifestantes fecharam a pista no sentido Confins, e o trânsito ficou congestionado. A corporação não informou qual foi a extensão do engarrafamento.

No inicio da noite o SINDPOL informou por telefone que vai acontecer uma nova assembleia dia 24 para discutir novamente as reividicaçoes feitas se serão aceitas caso contrario cumprirão com o indicativo de greve proposto.

 

Por Aline Viana e Juliana Costa

Foto por Juliana Costa

Neste sábado, 11, acontece em Belo Horizonte a Marcha da Maconha com mais de 3,6 mil pessoas confirmando presença através do evento criado no Facebook, até agora. A manifestação acontece uma vez por ano em todo país simultaneamente a Global Marijuana March. Na mesma data Cuiabá, Rio de Janeiro e Teresinha também farão suas marchas e até julho várias outras cidades brasileiras sediarão a movimento.

A manifestação terá início às 13 horas na Praça da Estação, onde os manifestantes vão se concentrar. De lá seguem, às 16h20, pela Avenida Amazonas, passando pela Praça Sete. Da praça partem para a Avenida Afonso Pena e seguem pela Rua da Bahia até a Praça da Liberdade. A praça da Estação também vai receber o Fora Renan (outro evento, parte do Enxurrada BH, que sairá da praça Sete) entre 14 e 15 horas.

Essa é a sexta edição da Marcha da Maconha na capital mineira. Elas tem acontecido desde 2008. Este ano a expectativa é superar a marca de cinco mil presentes, público maior que o presente em 2012.

A Carta de Princípio do Coletivo Marcha da Maconha Brasil explica que o movimento não faz apologia ou incentiva o uso de qualquer droga, incluindo a Cannabis. Segundo o documento o objetivo é fazer frente “a política proibicionista radical hoje vigente no Brasil e na esmagadora maioria dos países do mundo [que] é um completo fracasso e que cobra um alto preço em vidas humanas e recursos públicos desperdiçados.”. Ainda segundo a carta, o coletivo “não tem posição sobre a legalização de qualquer outra substância além da Cannabis, a favor ou contra. O nosso objetivo limita-se a promover o debate sobre a planta em questão e demonstrar para a sociedade brasileira a inadequação de sua proibição.”.

O grupo também mantém um site e fórum para discutir questões relacionadas a legalização da Cannabis, o marchadamaconha.org. O coletivo ainda faz uma ressalva: “para atingir os seus objetivos, a Marcha da Maconha Brasil atuará estritamente dentro da Constituição e das Leis. Não abrimos mão da Liberdade de Expressão, mas também não promovemos a desobediência a nenhuma lei.”.

 

Por Alex Bessas

Imagem de divulgação

Em razão da Assembléia Geral dos Servidores Públicos Municipais agendada para o dia de hoje, a prefeitura de Belo Horizonte ajuizou ação cautelar no Tribunal de Justiça a fim de impedir o bloqueio completo de vias por manifestantes e garantir a fluidez do trânsito.

A liminar foi concedida nesta madrugada pelo desembargador Edgard Penna Amorim e determinou que os sindicatos responsáveis pela organização de manifestações e passeatas ocupem tão somente um terço da pista de rolamento das vias arteriais da cidade. O não cumprimento da liminar conduz a pena de multa diária no valor de R$ 100 mil por pista ocupada.

Segundo o BH Notícias Especial do dia 30 de abril divulgado pela prefeitura, “a decisão considera razoável que as manifestações em vias públicas arteriais do território municipal, organizadas e conduzidas pelas entidades acima citadas em defesa de suas reivindicações, ocorram de maneira que não comprometam o deslocamento da população, a segurança e a saúde da população belo-horizontina.”

Por: Fernanda Fonseca
Foto: João Alves