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Manifestação

Amanhã, 30, de abril, os professores e médicos da rede municipal irão realizar uma paralisação. Os profissionais se reunirão na praça da Estação, às 9h, para uma assembleia geral unificada, que reivindica melhorias nos setores e reajuste salarial. Os médicos farão uma assembleia no sindicato marcada para às 19h.

Os professores querem debater com a secretaria de ensino a retirada de Educação Física e Ensino Religioso nos primeiros anos do Ensino Fundamental. No dia 13 de março uma petição foi entregue à prefeitura que ainda não enviou nenhuma resposta aos sindicatos. Os médicos farão uma paralisação de 24h (7h da manhã do dia 30 às 7h do dia do trabalho). No dia 1º de maio e farão às 19h uma assembleia no sindicato.

As principais reivindicações dos professores são, pagamento do piso salarial retroativo, descongelamento do plano de carreira, atendimento digno no Ipsemg (Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais), cumprimento da hora atividade sem o aumento da jornada de trabalho, nomeação de todos os concursados, valorização e respeito.

Os médicos reivindicam a criação de um novo concurso público, carreira de 24 horas para os médicos da urgência, solução imediata dos problemas relativos a velocidade da internet nas unidades de saúde da PBH, substituição das impressoras matriciais por impressoras mais silenciosas, organização dos estágios curriculares dentro das unidades da PBH, com garantia de preceptor próprio para o acompanhamento de alunos e residentes, organização do serviço de saúde do trabalhador da PBH.

Por: Gabriel Amorim

Foto: João Alves

Depois dos protestos da Guarda Municipal de Belo Horizonte, que causaram congestionamento no trânsito em vários pontos da capital na quinta-feira, 25, a Prefeitura de Belo Horizonte emitiu nota decretando estado de emergência sob a justificativa que a greve pode comprometer a segurança das pessoas e de bens e serviços públicos. Com o decreto a administração municipal pode adotar medidas extraordinárias como a contratação de pessoal, em regime de urgência, para atender as necessidades precedentes da população.

Na ocasião das manifestações os grevistas se reuniram na região central, em frente à Prefeitura – onde paralisaram uma das vias da Av. Afonso Pena -, e seguiram até a Secretaria de Planejamento. Entre as exigências dos grevistas estão a melhoria nas condições de trabalho, porte de armas de fogo e expulsão de militares reformados do corpo da Guarda. A Prefeitura, em nota, informa que o reajuste de 83,75% para a Guarda Municipais, em relação aos anos de 2007 a 2012, foi superior a inflação acumulada do mesmo período que marcou 39,83%. Ainda segundo a nota, a prefeitura implantou o plano de carreiras o que amplia direitos, como o caso da férias-prêmio.

Desmilitarização

Apesar da exigência do uso de armamento, o advogado da SINDGUARDAS, Ronaldo Antônio Brito Junior, revela o desejo de desmilitarização da Guarda Municipal de BH. Sob os gritos de “Fora Coronel” e “Fora Capitão” ele explica que os servidores querem compor uma “guarda cidadã”. O presidente do Sindicato, Pedro Ivo Bueno inteira: “exigimos a expulsão imediata dos 200 militares reformados que estão no comando da Guarda, isso deixa ela inoperante e militarizada”. Para o advogado a presença dos militares “é o câncer da Guarda”.

Para Roger Victor, assessor de comunicação da Guarda Municipal a queixa do SINDGUARDAS não procede. “Pedro Ivo Bueno mente ao dizer que na instituição possui 200 militares”, garante em entrevista, por telefone. Em e-mail, o assessor esclarece que na guarda há apenas 18 profissionais de segurança egressos da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). “Não há impedimentos legais para essas contratações e justifica que a medida é positiva já que a Guarda tem apenas 10 anos e por isso precisa do apoio de profissionais experientes”, acrescenta.

Exigências

O Guarda Municipal Rogério Gonçalves conta que desde 2009, portanto a 4 anos, não há recomposição de salários e o ticket alimentação é de R$ 1,50 desde 2003. Segundo Gonçalves, os manifestantes também exigem o uso de armas de fogo por prestarem serviço 24 horas e para ilustrar o risco a que estão expostos exemplifica “só nesse mês apreendemos 30 armas”.

Além da expulsão dos militares e do porte de armas, a manifestação exigia recomposição salarial de 25,8% referente aos anos de 2009, 2010, 2011 e 2012, aumento do ticket alimentação para R$ 6,00, 25% de gratificação por disponibilidade integral e pagamento de adicional de risco.

A assessoria de comunicação da Guarda Municipal informou que o armamento já foi adquirido. Em nota a Prefeitura esclareceu que a recomposição salarial foi encaminhado a Câmara Municipal por meio do Projeto de Lei 248/2013, de autoria do Executivo. O documento em questão concede abono no valor de R$ 1.148,13 a ser repassado uma única vez.

Confusão

Na tarde da quinta-feira, 25, quando os manifestantes se aproximavam da área hospitalar o presidente do sindicato, Pedro Ivo Bueno, com intenção de demonstrar que a Guarda Municipal tem respeito pelos pacientes pediu “sem cornetas, sem buzinas”. Pouco depois houve confusão envolvendo um civil e militares, que fizeram uso de spray de pimenta e o golpearam com chutes. O Presidente do Sindicato interviu: “Não entrem nessa briga, isso é coisa da oposição! Somos profissionais da segurança pública, não devemos entrar em brigas”.

Em nota, a Assessoria de Comunicação da Guarda Municipal de Belo Horizonte informou que durante a noite, depois das manifestações, cerca de 200 grevistas invadiram a sede e a Sala de Operações da Guarda liderados pelo Presidente do Sindicato. Segundo a nota eles agrediram colegas que estavam trabalhando e vandalizaram o lugar, fazendo necessária a presença de agentes da Polícia Militar para conter os manifestantes.

Irregularidades

Roger Victor acusou o SINDGUARDAS de atuar de maneira irregular por não possuir carta sindical e registro no Ministério do Trabalho, questionou: “como um sindicato irregular pode fazer aquela confusão?”. O assessor de comunicação da Guarda ainda alega que Pedro Ivo Bueno não pode estar a frente do sindicato porque “teve o ato de posse cancelado por omissão de doença pré-existente” e portanto, desde 19 de outubro, não serve mais a instituição.

Por Alex Bessas e Juliana Costa

Foto: João Alves

Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, aproximadamente 30 organizações irão transformar o centro de Belo Horizonte em palco de manifestações  no evento “Mulheres na luta contra a violência”. No dia 8, cinco praças e o viaduto Santa Tereza serão ocupados pelos manifestantes, que depois se reunirão em frente ao Palácio da Justiça.

A partir das 13h, blocos se reunirão nas praças Raul Soares, Afonso Arinos, Rodoviária, Estação, Assembleia e no viaduto Santa Tereza. Os temas de cada praça são respectivamente: mulheres na luta contra a lesbofobia, violência doméstica, mercantilização, violência do estado, violência do campo e o bloco das pretas e nordestinas.

De acordo com uma das organizadoras do evento, Larissa Costa, a ideia das concentrações nas praças é uma estratégia para atrair as mulheres que circulam por ali. “A divisão dos temas nas praças foi para garantir que todos os temas fossem abarcados. Precisamos dizer para a sociedade que a violência não é só física e sexual, mas também moral, psicológica”, argumenta.

Em sua segunda edição, o evento tem a intenção de reunir mulheres de todas as regiões da cidade pela mesma causa. A organizadora destaca a importância dessa união. “O 8 de março para nós mulheres é um dia de luta, um dia que devemos nos organizar e ir pra ruas denunciar o sistema capitalista patriarcal e todas as suas formas de opressão contras as mulheres”, protesta.

Até o fechamento desta edição, não recebemos retorno da Polícia Civil e da Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS) sobre o número de ocorrências registradas de violência contra mulher.

Por Ana Carolina Vitorino e Juliana Costa

Imagem: Divulgação do evento

Cerca de 80 integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST) realizaram hoje, na Avenida Afonso Pena, uma manifestação pedindo a condenação dos envolvidos em um massacre ocorrido no ano de 2004, na cidade de Felisburgo, interior do estado. “Eu estava marcada para morrer, mas por uma coincidência precisei viajar. Não perdi a vida, mas todos os meus pertences foram queimados”, afirma Maria Gomes dos Santos, 55. Ainda segundo a sobrevivente, um homem que é pai das suas filhas foi baleado durante a ação.

A manifestação ocorreu em frente ao Palácio da Justiça, no centro da capital. De acordo com o MST, a campanha Justiça para Felisburgo também pede indenização para as vítimas do massacre, emissão de posse de uma parte da Fazenda Nova Alegria (local onde ocorreram os assassinatos) e o fim da violência contra os sem-terra.

O trânsito ficou lento no local da manifestação. A Polícia Militar monitorou a movimentação e informou que nenhuma ocorrência foi registrada. Ainda de acordo com a PM, viaturas iriam acompanhar os manifestantes que seguiriam em uma caminhada pela Avenida Afonso Pena até a Praça Sete.

O massacre

No dia 20 de novembro de 2004, o empresário e réu confesso, Adriano Chafik, invadiu, juntamente com outros quinze homens, a Fazenda Nova Alegria, no Vale do Jequitinhonha. O bando teria executado cinco pessoas e ferido outras 20. Chafik também é acusado de atear fogo nas barracas que faziam parte do acampamento. Os acusados foram presos logo após o ocorrido, mas conseguiram habeas corpus e respondem ao processo em liberdade. O julgamento está marcado para o dia 17 de janeiro de 2013.

Por Marcelo Fraga e Paloma Sena

Foto: Marcelo Fraga

Os rodoviários decidiram iniciar uma paralisação na segunda-feira, dia 12 de março, a partir das 17 horas, em Belo Horizonte. Motoristas e cobradores, que reivindicam 49% de reajuste salarial, realizaram passeata no centro da cidade, no período da tarde, o que causou lentidão no trânsito, que já costuma ser bem lento às sextas-feiras. Os manifestantes iriam para a sede da Prefeitura (av. Afonso Pena, 1212) . Lá, guardas-municipais estavam a postos. Até ás 17h45 os manifestantes ainda não tinham chegado. Quatro fios de corda, presos nas colunas, para se evitar a entrada dos grevistas.

Nos pontos de ônibus, havia apreensão por parte dos usuários. Na av. João Pinheiro, Ana Paula, estudante, disse que estava no ponto havia meia hora, mas “isto é comum, pois meu ônibus demora mesmo”. Ela defende a paralisação dos rodoviários: “A classe tem que se mobilizar mesmo, não pode só ficar esperando o governo. Eu sei que vou ser afetada, mas cada um tem de correr atrás de seu direito”.

Já a estudante Marina Costa, que cursa Jornalismo na UNA, conta que já antes de os rodoviários decidirem pela greve, por volta do meio-dia, o trânsito na av. Amazonas, na altura da Av. Contorno, já “estava praticamente parado e o percurso que faço em meia hora, gastei uma hora e meia. O resultado foi que cheguei atrasada no trabalho e levei uma advertência do chefe”.

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A estudante Ana Paula no ponto de ônibus na Av. João Pinheiro

Texto e foto: Bruno Coelho