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Meio Ambiente

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Por: Henrique Faria Marques

Dois anos após o rompimento da Barragem de Fundão, na cidade de Mariana, no interior de Minas, cerca de 30 famílias ainda lutam para serem reconhecidas, pela a empresa Samarco, como atingidas. O rompimento da barragem resultou no maior desastre ambiental já ocorrido no País, ocasionando um grande rastro de lama por todos os distritos situados em volta do Rio Doce, como Bento Rodrigues, Paracatu de Cima e Paracatu de Baixo.

Recentemente, o Ministério Público identificou 25 casos de auxílio financeiro, quatro ressarcimentos de aluguel, cinco de antecipação de indenização e cinco de moradia adequada, que não havia sido identificado pela mineradora na época. Em agosto deste ano, o MP ajuizou o segundo cumprimento de sentença homologatória que reconhece a obrigação de pagar o que é de direito, das famílias ainda não reconhecidas.

Os demais atingidos pelo rompimento, já reconhecidos pela empresa como vítimas também não se mostram satisfeitos com o andamento do processo. O projeto sofreu uma recusa preliminar da Câmara Técnica de Infraestrutura, por não atender uma condição de parcelamento dos lotes. No distrito de Paracatu, os impactados ainda aguardam a compra total dos lotes, sendo assim, em nenhum dos casos a Fundação possui o registro dos mesmos, o que barra o início das obras.

De acordo com a Assessora Técnica das vítimas de Mariana, Ana Paula Alves, na época do rompimento, as mídias tradicionais não deram voz aos atingidos como foi apurado nas mídias alternativas. Para ela, as mídias independentes têm uma leitura crítica sobre os fatos e também conhece o papel de cada um no território.

 

Atingidos e o olhar da mídia

 

Na época, as mídias tradicionais e as mídias independentes foram até a cidade e realizaram várias coberturas, porém, é nítido que as mídias alternativas apoiaram e deram mais voz aos atingidos, conforme entrevista com Ana Paula (Assessoria Técnica), ela diz que “sendo assim, é de se deduzir que as mídias tradicionais, não atribuiu voz a quem atingido pela barragem e continuam a revelar apenas um lado da história. Sendo assim, é de se deduzir que as mídias tradicionais, não atribuiu voz há quem foi atingido pela barragem e continuam a revelar apenas um lado da história.

Desde 2011 uma parceria entre a Fundação de Desenvolvimento Científico e Cultural (FUNDECC), Cemig e prefeitura de Belo Horizonte (PBH), vem realizado o inventário das árvores da capital. O registro tem como objetivo, o levantamento das espécies que se encontram distribuídas pela cidade, além de uma análise de poda e saúde das árvores e o georreferenciamento que terão o detalhamento da situação que as árvores se encontram.

“O inventário é um projeto extenso, ao todo já foram avaliadas cerca de 180 mil árvores na cidade, mas que está longe de chegar ao final.”, destaca o ecólogo Bráulio Guilherme. No total, serão avaliadas mais de 470 mil árvores contemplando toda Belo Horizonte. Segundo Bráulio, este número ainda é pouco para a cidade do tamanho de BH. Depois que o projeto começou, foram plantadas 50 mil árvores e até o final, esse número pode chegar a 100 mil.

A maioria das árvores encontradas e cadastradas até agora foram, Magnólia, Leucena, Quaresmeira e quatro espécies de Ipê. Também encontraram vários paus-brasis espalhados pela cidade. “O famoso Pau Brasil é uma árvore que todo mundo tem interesse em ver, mas passam por eles todos os dias e nem imaginam que está ali”, comenta Bráulio.

Hoje, a equipe está dividia em quatro grupos de seis pessoas, entre biólogos, engenheiros florestais, ecólogos, geógrafos e técnicos em meio ambiente. Durante o projeto, já foram roubados nove tablets. Tivemos que fazer uma nova licitação para adquirir novos equipamentos, por isso houve atrasos no inventário, ressalta o écologo. Para garantir a segurança dos profissionais e equipamentos, todos os grupos são acompanhados por um Guarda Municipal, para “intimidar” possíveis assaltantes.

A cidade possui árvores que em sua maioria foram plantadas sem planejamento prévio, ou seja, não existia um projeto para buscar espécies específicas de arborização urbana. Isso fez com que muitas delas, crescessem e com a força de sua raiz quebrassem uma calçada e/ou rua inteira.

 

Ficus

Ainda não foi realizado um levantamento dos famosos Ficus de Belo Horizonte, apenas uma visita na Rua Bernardo Monteiro, onde estão localizados. De acordo com os profissionais, os Ficus estão podados de um lado, mas já apareceram novas brotações, sinal de que eles estão reagindo com controle biológico que vem sendo aplicado e a saúde delas é visivelmente reversível.

Segundo fontes que pediram para não serem identificadas, a PBH quer a poda e destoca de todos os Ficus da região Bernardo Monteiro, para implantar mais uma unidade do Highway To Hell (leia-se BRT-MOVE). Assim a prefeitura alega que as árvores estão mortas e/ou muito doentes e sem possibilidade de cura. Para evitar o corte, surgiu o Movimento Fica Ficus, alertando a população para as questões ambientais.

Texto: Lívia Tostes

Foto: Luna Pontone

NASCENTE DO HEMOMINAS POSSUI UMA VAZÃO DE 100.000 LITROS/DIA E SE TORNOU A PRINCIPAL FONTE A ABASTECER AS TRÊS LAGOAS DO PARQUE MUNICIPAL AMÉRICO RENNÉ GIANETTI

É fácil se habituar com a desvalorização dos meios naturais diante do cenário ‘cinza’ e  corriqueiro da cidade. Desta maneira,  é inevitável o sentimento de surpresa ao descobrir uma nascente principal, com a capacidade de abastecer as três grandes lagoas do Parque Municipal. A preservação da nascente desde o ano de 1897, que fornece 100.000 litros de águas cristalinas por dia, se tornou sinônimo de atração para os visitantes do local. A canalização da nascente, ainda possibilitou a construção de duas cascatas naturais na área de lazer situado no centro da capital mineira.

“Belo Horizonte possui muitas nascentes. Algumas só reaparecem em períodos pluviais. Mas a nascente do Hemominas é a única a nos fornecer tantos litros ao dia, com a capacidade de sustentar as três lagoas do parque.” orienta a Bióloga do Parque, Andrea Paiva de Oliveira. A nascente caudalosa deixa o Parque em destaque pelo seu potencial biótico e aquífero.

O Parque possui três lagoas que são alimentadas diariamente pela nascente do Hemominas, onde posteriormente são direcionadas ao Ribeirão Arrudas, rio que recebe ainda as águas do córrego “Acaba Mundo”. “A nascente corta pelo parque inteiro. Em ambientes onde não possui muitos visitantes ou transeuntes; é possível escutar o barulho dela correndo, que ecoa pelas bocas de lobo.” destaca Andrea.

Pela região central da cidade de Belo Horizonte ser bem aquífera, com intuito de manter o cuidado com as nascentes locais, foi desenvolvido o projeto urbano “Valorização das Nascentes Urbanas”. Projeto Hidroambiental que visa evidenciar para a população a importância de preservar os aspectos naturais nos meios urbanos. Estão sendo cadastrados o mapeamento das nascentes existentes e seus devidos responsáveis nomeados de ‘Cuidadores da Nascente’ – pessoas que estarão próximas; para acompanhar o desenvolvimento das nascentes.

Texto e Foto: Ana Paula Gonzaga

 

Conexão BH está chegando ao fim de sua 14ª edição. A programação extensa seguiu por toda a Copa do Mundo. Durante os meses junho e julho, o projeto vem conectando diversos estilos musicais e ocupando lugares inusitados, como as Estações do BRT-Move, Mercado do Cruzeiro, Mercado das Borboletas, Casa dos Jornalistas e o já conhecido, Parque Municipal Américo Renné Giannetti.

“A ocupação da cidade em 27 dias em lugares distintos, contou com uma programação descentralizada, dando oportunidade tanto para os artistas se apresentarem em locais que nunca imaginaram e para o público que nunca pensaria em ver um show numa estação, por exemplo,” diz o produtor Maurílio Kuru Lima. A programação foi focada na cena musical e cultural da capital mineira, tendo em vista sua diversidade, a produção do evento buscou “conectar” forró, samba, rock, música eletrônica, rap e vários outros estilos em uma extensa programação agradando a todos.

 A tradição do Conexão BH no Parque Municipal não poderia ter sido melhor! Em três dias de programação, a estrutura contava com dois palcos, um espaço de música eletrônica, barracas de restaurantes e uma feirinha. O show mais esperado, segundo o público, era do cantor e percussionista pernambucano Otto. “Não é a primeira vez que o Otto toca em BH, mas é sempre como convidado de outra banda. Agora ele está aqui, com um show só dele, isso é fantástico”, ressaltou a estudante Mariana Rios.

 Além da grande atração do Parque, bandas independentes e de outros países puderam se apresentar. Durante os intervalos dos shows, o Samba da Meia Noite com todo seu batuque fazia um cortejo pelo Parque, acompanhado pelo público que sambava e se divertia. Durante 27 dias de programação, 130 atrações ocuparam a cidade.

 Conexão consciente!

 Nesta 14ª edição, foi pensado uma campanha de conscientização ambiental #MeuCopoEco. Um sistema de empréstimo de copos reutilizáveis, onde o público tem a opção de comprar ou alugar o um copo no valor de R$ 5,00 reais. Ao final do evento, quem alugou, pode devolver e pegar o dinheiro de volta ou levar o objeto como recordação.

O Conexão BH chega ao fim no dia 13 de julho. Para comemorar o dia mundial do Rock, a programação de encerramento será no Mercado das Borboletas, com o evento chamado Virada do Rock.

 Mais informações: https://www.facebook.com/conexoeslivres?fref=ts

Texto: Lívia Tostes

Foto: Luis Gustavo Lima

Os automóveis surgiram para facilitar a locomoção do ser humano, essa grande invenção tem causado grandes transtornos nos grandes centros, onde a concentração de veículos motorizados beira o caos. Em Belo Horizonte são mais de 1,4 milhão de veículos motorizados, causando engarrafamentos, emitindo gases poluentes e gerando poluição sonora. Tudo isso influi diretamente na qualidade de vida dos cidadãos da capital mineira.

A Mobilidade Urbana Sustentável vai de encontro as necessidades ambientais, se oferecendo como uma possível saída para o trânsito de BH. A Mobilidade Urbana Sustentável, tem o foco nas formas não poluentes de transporte, tais como, Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), metrô e bicicletas.

 

O ciclista Tiago Batista Cerqueira, de 21 anos, comenta, “Acho que tá faltando muita coisa ainda. Mobilidade urbana sustentável não se resume apenas na construção de vias e por outro lado aumentar o número de carros na rua, pois aumenta a via e ainda continua o congestionamento. Falta incentivar o transporte coletivo, a construção de ciclovias, para esvaziamento do trânsito.”.

O taxista Ricardo Tosatti,  de 36 anos, fala da complicação no trânsito, e dá um exemplo pra diminuir a poluição. “O trânsito fica mais difícil a cada dia. Com a facilidade das pessoas comprarem carros, cresceu muito o trânsito em BH, nos horários de pico, principalmente nas quintas e sextas, que o pessoal vai de carro pra voltar mais rápido. Lá em São Paulo as pessoas dão carona, tem uma pista exclusiva pra isso, é muito bom, para redução da emissão da poluição, menos carros na via é igual a menos veículos queimando combustível.” Comenta.

A pedestre Larissa Lauar,  de 19 anos fala um pouco sobre a mobilidade na região central e sobre sustentabilidade. “Eu ando fácil, mas ali no centro podiam dar uma recauchutada em quase todas as calçadas, né? Tá terrível, tudo desnivelado e sujo. Sou a favor do transporte público pra diminuir a quantidade de carros nas ruas pra fazer o trânsito fluir e emitir menos gases poluentes, com as pessoas andando de ônibus e bicicleta e metrô, carros menos poluentes e essas coisas.” Afirma.

Por: Hemerson Morais e Heberth Zschaber.

Fotos: Hemerson Morais.

Formas alternativas de tratamento que valorizam o equilíbrio entre corpo e mente são as atrações do 5ºFestival Internacional Andando de Bem com a Vida, entre os dias no dia 29 e 30 de junho e 1º de julho, na Praça da Liberdade.  De acordo com o organizador do festival, o médico, Ulisses Martins Filho, o objetivo é revelar ao público as várias possibilidades de garantir saúde e bem-estar. “Pretendo criar nas pessoas uma responsabilidade de buscar realmente umas relações nelas mesmas e com o planeta que é a fonte da existência da biodiversidade e da raça humana”, explica o médico.

Durante o festival, o público terá a oportunidade de participar de palestras, workshops, e de oficinas sobre as vantagens da mulher se preparar para um parto natural, Tai Chi Chuan, Yoga, Chi kung e outras técnicas de relaxamento e equilíbrio entre corpo e a mente. A importância de uma alimentação saudável também é na pauta. “Qual a importância dos alimentos naturais e orgânicos para a saúde, além dos exercícios inteligentes? O que se percebe e que as pessoas querem viver de bem com a vida, mas não sabem como”, declara Martins Filho.

Uma atenção especial será dada às crianças em sinergia com a preservação do meio ambiente. “Não temos a intenção de deixar planeta melhor pra criança, mas, sim, deixar as crianças melhores para o planeta, e uma mudança de raciocínio”, defende o organizador do festival. “O ser humano precisar rever seus hábitos, optar por coisas mais saudáveis, deixar de ser um pouco consumista, pois o planeta não consegue produzir na mesma velocidade que as pessoas estão necessitando”, explica.

Por: Ana Carolina Nazareno

Foto: Heberth Zschaber