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Mobilidade Urbana

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Foram inauguradas no dia das crianças, 12, mais duas ciclovias do projeto Pedala BH, realizado pela Prefeitura Municipal da cidade. As pistas foram construídas dentro do  Parque Municipal Renné Gianetti, mas mesmo sendo uma novidade, já conta com reclamações por parte dos usuários do local.

O que deixou boa parte dos frequentadores do parque avessos à situação são as regras para a utilização da ciclovia. A regulamentação diz que apenas crianças de até 12 anos podem utilizar as vias, desde que estejam utilizando bicicletas de aros 12, 14 ou 16. Por meio do blog “BH em ciclo”, organizadores do projeto Bike Anjo BH disseram que “ é possível que a criação desta ciclovia limitará o uso da bicicleta dentro do parque, agora (as crianças) terão que se limitar ao traçado da ciclovia e deixarão de usufruir de toda a estrutura do parque.”

Há ainda outro motivo que faz com que boa parte dos ciclistas não seja a favor dessas regras. Com a livre circulação dentro do parque sendo proibida, é impossibilitada uma ligação entre dois pontos importantes da cidade, as avenidas dos Andradas e Afonso Pena, diminuindo a mobilidade urbana no centro da cidade.

O projeto Pedala BH é uma criação da PBH por meio da BHtrans e tem a intenção de viabilizar o uso de bicicletas na capital, facilitando para quem prefere o uso desse tipo de transporte.  Em tempos em que a mobilidade urbana é pauta de discussão, projetos como a alteração da lei nº 12.587, de autoria do ex-senador do PSOL, Randolfe Rodrigues, e o próprio projeto realizado pela empresa de BH são essenciais para que o fluxo da cidade possa acontecer corretamente.

A primeira ciclovia foi instalada próxima do Largo do Sol e tem extensão de 302 metros, a outra tem 185 metros e fica localizada próxima ao Lago dos Marrecos. Elas só podem ser utilizadas desde que as crianças e os seus responsáveis sigam as regras determinadas pelos organizadores do projeto. Uma delas é que o ciclista deve pedalar apenas na área exclusiva de circulação e no sentido indicado pelas setas desenhadas na pista. O regulamento também diz que o responsável deve acompanhar a criança o tempo todo, o mais próximo possível e ficando fora da pista.

As discussões a respeito desta ciclovia serão pautas de uma reunião online em um fórum do Google, com o nome de GT Pedala BH, realizado por técnicos da BHtrans e ciclistas de Belo Horizonte no dia 5 de novembro. O grupo tem a intenção de discutir temas que contribuirão para o programa da prefeitura, como a implantação de novas rotas e idealizar estruturas para facilitar o uso da bicicleta como meio de transporte. O grupo é aberto à participação de qualquer cidadão.

Saiba mais sobre o projeto de lei do ex-senador Randolfe Rodrigues:

Fórum de discussão da BHtrans

Texto do blog BH em ciclo

Texto e foto: Ítalo Lopes

Às vésperas da Copa das Confederações, Belo Horizonte corre para se adequar em termos de mobilidade, com melhorias nas ruas e nos sistemas de transporte. O evento servirá de prévia para a Copa do Mundo de 2014, a capital mineira será uma das sedes. Mas há outro aspecto, as pessoas com deficiência reivindicam que essas melhorias também as contemplem. “Pra melhorar a acessibilidade é preciso ter mais respeito dos governantes pelos cadeirantes”, afirma o auxiliar administrativo Fábio Augusto Peixoto de Castro, cadeirante.

Para Castro, os ônibus adaptados com elevadores apresentam um problema, os cobradores e motorista não sabem usar o controle remoto. “Os ônibus [com elevadores] atendem a demanda. Apesar deles [motoristas e cobradores] dizerem que tem muitos equipamentos estragados, na realidade é o operador que não sabe manusear”, declara.

De acordo com a BH TRANS está em andamento, desde dezembro de 2011, um treinamento com os operadores do Transporte Coletivo da capital, visando capacitá-los em suas funções no transporte coletivo e, também, “aprimorar habilidades como mediação de conflitos no trânsito com outros ‘atores’”. Segundo o órgão, a previsão é de que até o final deste ano todos os treze mil operadores tenham passado pelo programa de treinamento. As avaliações de desempenho serão feitas durante um ano. Hoje, seis mil motorista e cobradores já foram capacitados.

Censo

De acordo com o IBGE, a partir dos resultados preliminares da Amostra do Censo Demográfico de 2010, o número de pessoas com deficiência corresponde a 23,9% da população brasileira (veja o infográfico), que encontram dificuldades em termos de acessibilidade, principalmente nos centros urbanos.  

Na capital mineira, de acordo com Edson Ferreira, da União dos Paraplégicos de Belo Horizonte existem 52.966 pessoas com deficiência, segundo dados aferidos pelo Instituto Esther Assumpção (de Betim). Para Ferreira  as obras empreendidas na cidade ainda não atendem, de forma integral, às necessidades dessa população.

Rampas somente nas laterais o canteiro central não foi rebaixado.

Obstáculos

No cruzamento da Avenida Augusto de Lima com a Rua Espírito Santo, por exemplo, há uma rampa dos dois lados da avenida, contudo o canteiro central não foi rebaixado, o que dificulta a travessia do cadeirante.

A regional centro-sul reconhece que não há o rebaixamento do canteiro central do trecho citado, é informa que será feita uma vistoria no local ainda sem data prevista.  afimar a assessora de comunicação Mara Damasceno.

 

 

Por: Ana Carolina Nazareno e Hemerson Morais.

Foto: Hemerson Morais.

Falar das dificuldades que pessoas portadoras de alguma necessidade especial encontram ao se locomoverem na capital, é falar de mobilidade urbana. Um dos problemas enfrentados, todos os dias, é o acesso ao transporte coletivo. “Os ônibus com elevador não atrapalham ninguém, mas um sem elevador atrapalha bastante. Já passei 40 minutos à espera de um adaptado, para depois descobrir que eles param de circular às 21h, isso não deveria acontecer”, declara o cadeirante e vendedor Salvador Lourenço.

Mobilidade Urbana é o maior desafio encontrado pelos cadeirantes

Assim como Lourenço, milhares de pessoas com alguma dificuldade de locomoção enfrentam ruas e calçadas esburacadas, paralelepípedos em lugar de rampas, pouca cidadania e muito desrespeito. Até mesmo os cidadãos que não têm necessidades especiais percebem a precariedade das vias e são solidários às dificuldades que eles enfrentam. Ricardo Vieira, comerciário da Savassi, preocupa-se com seus conterrâneos: “As calçadas de Belo Horizonte são horríveis e não têm rampas, os cadeirantes, as pessoas que utilizam muletas, os idosos, todos encontram grandes dificuldades para locomoção”, declara.

Mobilidade Urbana é o maior desafio encontrado pelos cadeirantes

“Eu creio que as pessoas que projetam as calçadas deveriam entender mais sobre as limitações de um cadeirante, porque elas fazem projetos que para elas são bons, mas que pra gente não resolve”, explica Salvador Lourenço. “Na maioria das vezes eu prefiro andar no asfalto do que nos passeios, pois as pedras atrapalham bastante. Se fizessem uma faixa de asfalto nos passeios para os cadeirantes, facilitaria muito”, conclui.

Por Kenia Tinôco, Paloma Sena e Rute de Santa

Fotos: Kenia Tinôco e Rute de Santa

Quando o assunto é mobilidade urbana e melhorias no trânsito da capital, são vários os problemas que transformam o transporte e a circulação de pessoas  em Belo Horizonte em um verdadeiro desafio de gestão para os candidatos á prefeitura.

Dentre as propostas apresentadas pelos candidatos está a continuação das obras e investimentos na implantação do Transporte rápido por ônibus (BRT),  melhorias e ampliação na linha do metrô, e há até mesmo que aposte na criação de um sistema de trens intermunicipais ligando todas as regiões metropolitanas.

O comerciante Neronilson virgilino, 35, aposta na melhoria e ampliação da linha do metro. “A ampliação ligando Sabará, Pampulha, Savassi, Buritis, com certeza já aliviaria muito o transito”, constata. Neronilsom também acredita na ampliação do Anel Rodoviário e na substituição de radares por quebra molas. “Colocar sempre ruas alternativas próximas aos principais corredores, como Pedro Segundo e Padre Eustáquio.” Completa.

Algumas pessoas não aprovam a medidas elaboradas pelos candidatos e pensam em novos projetos, como é ocaso do bombeiro militar, Miguel Lucas que dá como sugestão a implantação de um metro de subsolo. “Vai desafogar o transito, pode-se fazer interligando os municípios na chegada de Belo Horizonte. Proponho a construção de mais três rodoviárias, uma em Contagem e outra, próximo ao BH Shopping e interligar todas as rodoviárias com metro subterrâneo.”

– Hoje em dia as pessoas pensam mais em tempo e não tanto em conforto. O que a população quer é chegar mais rápido no serviço e em casa- conclui Miguel Lucas.

Por Perla Gomes

Foto: Hemerson Luiz

O assunto mobilidade urbana tem aparecido constantemente nas campanhas políticas atuais. Um dos motivos de tanta atenção é a realização da Copa em 2014 no Brasil. Os investimentos nesta área visam melhorias nos sistemas de transporte público, bem como implantação e integração de novas modalidades de transporte, buscando melhorar o trânsito das grandes capitais e garantir acessibilidade à população.

Em Belo Horizonte, os candidatos à Prefeitura também aderiram o tema em seus planos de governo. O atual prefeito, e candidato a reeleição, Márcio Lacerda (PSB) garante em seus projetos a conclusão de todas as obras que estão em andamento, e pretende também, caso reeleito, dar continuidade às obras de melhoria e expansão do metrô, cujos recursos já estão garantidos pelo Governo Federal.

Já o candidato Tadeu Martins (PPL) pretende, em seus projetos, dar continuidade às obras do BRT e aumentar a frota de ônibus. A ampliação do metrô e a implantação do sistema de monotrilho na Via Expressa, e nas avenidas dos Andradas e Catalão, também fazem parte de suas propostas.

A criação de um sistema de trens intermunicipais ligando todas as regiões metropolitanas de Belo Horizonte de forma rápida, segura, barata e não poluente, é a aposta da candidata Vanessa Portugal (PSTU). “Os trens devem ser integrados ao metrô e ao sistema viário, através de terminais próximos das cidades”.

O candidato Patrus Ananias (PT) também pretende investir no metrô priorizando a linha Barreiro até os hospitais e criando uma Secretaria Extraordinária do metrô. Além de viabilizar a divisão da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), criando uma empresa Federal com sede em Belo Horizonte para operar e construir metrô.

Até o fechamento desta edição os demais candidatos não apresentaram seus planos de governo.

Por Perla Gomes e Rute de Santa

Fotos: Internet