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A MPB está em festa hoje. Milton Nascimento, dono de uma voz inconfundível e de um falsete sutil, faz aniversário hoje e o público celebra esse ícone da música mundial. Compositor de sucessos como Maria, Maria, Canção da América e Coração de Estudante,  a última se tornou hino da campanha Diretas Já.

Nada melhor que uma boa homenagem dos fãs, para lembrar mais um ano de vida, de um dos maiores representantes da mineiridade, tão bem apreendida por ele.

Por: Hemerson Morais

Foto: Divulgação

 

Assista ao vídeo.

A vida pulsa embaixo do Viaduto Santa Tereza, no centro da capital, e é nas noites de sexta-feira que o Duelo de MCs confere ao espaço ritmo e suingue. O , evento musical que conta com apresentações de artistas do hip-hop, além de outras atividades ligadas ao gênero, como skate e Graffiti. “É um evento onde a cultura hip-hop pode ser vivenciada no centro de Belo Horizonte, em um ambiente onde as pessoas podem se encontrar”, afirma Pedro Valentim um dos organizadores.

O Duelo de MCs é organizado pelo grupo Família de Rua, que é formado pelos idealizadores do evento para defender a preservação da cultura hip-hop. O projeto começou na Praça da Estação e, devido à falta de autorização da prefeitura da capital, se transferiu para outro local ali perto. Com a chegada do período de chuvas, o duelo foi finalmente transferido para embaixo do viaduto Santa Tereza. “Percebemos que o espaço do viaduto era o melhor pra gente. Passamos a conhecer a história daquele local que estava praticamente abandonado. Era um local onde ninguém queria estar, e conseguimos mudar isso”, comenta Valentim.

Programação

Na noite de hoje, a partir das 21h, o duelo será entre oito MCs que foram, previamente, sorteados. Para animar ainda mais a noite, haverá dois shows e o público também poderá ver e participar das tradicionais rodas-de-dança.

Por Marcelo Fraga e Rute de Santa

Foto: Família de Rua / Divulgação

Em 2014, será inaugurado o Museu do Clube da esquina, uma parceria da escola de Música da UFMG com a Associação de Amigos do Clube da Esquina, o espaço vai integrar o Circuito Cultural Praça da Liberdade e será o primeiro voltado para a música. “Desde novembro de 2011, começou essa parceria e o projeto é uma espécie de museu científico, um centro de referência de música”, explica o professor da Escola de Música da UFMG Mauro Rodrigues.

 O espaço contará com uma exposição permanente sobre a vida dos integrantes do Clube da Esquina, além da participação da Escola de Música da UFMG que irá desenvolver atividades em um espaço destinado a ela. “A ideia é ter um espaço de teatro e um café Concerto, nesses ambientes haverá eventos de natureza musical”, declara Rodrigues.

Por: Ana Carolina Nazareno e Paloma Sena

Foto: Ana Carolina Nazareno

Em pleno vai e vem de pessoas, no hipercentro de Belo Horizonte, fãs de Wando falam das emoções que sentem ao lembrar das músicas do cantor e compositor considerado um ícone da música romântica, também chamada de brega.

De forma alegre e descontraída, os fãs revivem o espírito bem humorado e sedutor de Wando, cantando versos consagrados das letras de “Fogo e Paixão” e “Moça”. Na Praça Sete, nossa equipe abriu os microfones e uma torrente de memórias vieram à cena: “Ele atirava calcinhas na platéia e as mulheres arremessavam calcinhas no palco”, lembrou Tatiane Lisboa. Os versos “você é luz é raio, estrela e luar” foram cantados como nunca. Pois, até mesmo, os mais eruditos se renderam aos hits românticos do incorrigível colecionador de peças íntimas femininas.

Indagados sobre as lembranças que vão permanecer do artista, os fãs são unânimes: “ele era um vencedor, uma pessoa simples, humilde, alegre e de bem com a vida”. As músicas de Wando, em sua maioria, falam de amor, afinal, quem que nunca curtiu uma dor de cotovelo, ou mesmo, já não caiu de amores? Pelos galanteios feitos às mulheres, em suas letras, podemos considera-lo um trovador moderno. Wando foi reconhecido, ainda em vida, como um grande artista brasileiro.

Wando foi internado no dia 27 de janeiro com problemas cardíacos. O seu quadro de saúde era instável, apresentando em determinados momentos melhoras. O que dava esperanças de recuperação para boa parte das pessoas que rezavam por ele, em todo o Brasil. O corpo foi sepultado, hoje, às 11 horas. No velório, fãs se despediram em silêncio, por vontade dos familiares. Agnaldo Timóteo, um dos presentes no velório, foi expulso da cerimônia religiosa, pela filha de Wando, após uma tentativa de discursar.

Confiram a homenagem que os fãs fizeram ao cantor Wando no vídeo:

Vídeo: Duda Gonzalez
Reportagem em vídeo: Natália Alvarenga
Texto: Felipe Bueno
Fotos: Divulgação


Durante uma conversa descontraída, na Praça da Liberdade, na tarde desta quarta-feira, a cantora Aline Calixto, umas das representantes da música mineira contemporânea, mostra a sua afinidade com o samba. “Hoje, em Belo Horizonte, tem uma gama de espaços noturnos que dedicam a sua programação ao samba, os próprios programas estão dando muita abertura ao samba. Eu, enquanto sambista, fico feliz em poder ver esse gênero se estabelecendo e fortalecendo cada vez mais aqui”, declara a cantora nos intervalos do programa Viação Cipó, da TV Alterosa, que aconteciam no local.

Bastidores do programa Viação Cipó com a cantora Aline Calixto
Bastidores do programa Viação Cipó com a cantora Aline Calixto

De acordo com Aline Calixto, apesar de Minas Gerais não ter o samba como o ritmo musical predominante, o Estado tem um histórico grande de sambistas importantes. “Muitos cantores e compositores saíram daqui, mas, claro, foram se estabelecer no eixo Rio – São Paulo, a gente pode citar o João Bosco, a Clara Nunes, o Ari Barroso e o Ataulfo Alves”, enumera.

Vinda do Rio de Janeiro para Belo Horizonte, aos 6 anos de idade, Aline Calixto enfatiza a pluralidade cultural do país ao avaliar o seu trabalho como uma mescla de influências do samba carioca com a música mineira. “O samba que eu faço tem a presença muito marcante das harmonias de Minas, como Toninho Horta, o João Bosco, Thiago Delegado, acho que isso faz a diferença aqui e fora”, explica.

“Na atualidade a gente passa por um momento muito expressivo da música como um todo e, também do samba claro. Isso se deu muito em função aos espaços que se abriram mais para esse gênero”, avalia a cantora. O novo CD “Flor Morena”, fruto dessa diversidade, está disponível no site da cantora que aposta nas mídias digitais para divulgar o seu trabalho. Flor morena também é nome de uma das músicas do CD, uma parceria de Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho, a canção foi composta para a filha mais nova de Zeca.

Para quem quiser conferir mais de perto a sintonia do samba de Aline Calixto, o show de lançamento do CD aqui em Belo Horizonte será no dia 26 de agosto, às 21 horas, no SESC Palladium. Ingressos à venda na bilheteria do centro cultural.  Os preços são de 30 reais a inteira, e 15 reais a meia.

Por Felipe Bueno

Fotos: Felipe Bueno

Autor de “Marvin”, “Homem Primata”, “Diversão” e tantas outras músicas que redefiniram o cenário musical brasileiro nos anos 1980, o Titã, Sérgio Britto trilhou uma carreira sólida e, hoje, mostra acordes mais suaves em uma apresentação solo. Aproveitando as férias do conjunto, Britto abre espaço na sua agenda para divulgar o seu mais recente CD intitulado “SP55”. O nome do álbum é sugestivo e guarda relação afetiva com a rodovia em que tantas vezes ele passou a caminho do litoral norte de São Paulo.

Na noite da quinta-feira, 7, o Contramão Online esteve presente no bate papo com Sérgio Britto, na Casa UNA de Cultura, oportunidade em que o cantor e compositor destacou as características do seu trabalho solo que reúne influências das diferentes vertentes da música brasileira, como o samba paulista e a bossa nova em um formato pop. O cantor que já havia gravado dois CDs solos, disse que nos shows dos anteriores tocava muito Titãs, e que a sonoridade lembrava um pouco a banda, mas que nesta turnê do álbum SP55, vai tocar mais músicas do mesmo. “Não estou cantando muitas músicas do Titãs nestes shows, toco duas músicas do Titãs, mas o grosso é desse disco”, revela Sérgio.

No inicio do bate papo, Britto destacou as diferenças entre o seu trabalho nos Titãs e o seu trabalho solo. Confira no áudio:

“É outro clima eu vou fazer um show em um teatro, são shows que tem percussão, dois violões, baixo, bateria é um show com mais ritmo, muito diferente dos Titãs”, define. Ouça o áudio:

Estrada da vida

Para Britto, a rodovia é uma metáfora da estrada da vida. “É um caminho pessoal, de uma descoberta e uma coisa que você vai seguindo. A SP-55 é uma espécie de microcosmo do Brasil como todo lugar você vê miséria de um lado da estrada e luxo do outro, tem violência, tem tudo. Eu achei que era um título sugestivo, o nome é sonoro e por isso resolvi colocar”, observa.

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Fotos de Divulgação – Marcelo Tinoco

O novo álbum explora uma sonoridade pop unida ao lirismo rítmico da bossa nova, é um produto do contato que Britto teve, ainda jovem, com os grandes nomes da Bossa e da MPB, nas décadas de 1960 e 1970. Nesta época, Sérgio Britto morava no Chile, devido o exílio de seus pais, durante o regime militar no Brasil. Assim a música brasileira era ouvida em sua casa com carinho, algo que despertava a saudade.

“Eu sempre ouvi todos os estilos desde Bossa Nova, os Tropicalistas e Jovem Guarda. Isso também faz parte da minha vida, assim como bandas de rock gringas. Acho que isso tudo ajudou na minha formação musical. E o Titãs é uma banda que tem um cuidado com as letras das canções, com a adequação de música e letra, um cuidado muito que é típico da música brasileira. Essa é uma influência forte no nosso trabalho e as pessoas reconhecem isso”, avalia Britto.

Intimista, cool, essa é uma definição possível para o novo álbum de Britto que mescla, ainda, drum’n’bass e música latina. O autoral “SP55” é o seu terceiro trabalho solo. Vozes femininas dão um tom ainda mais suave ao álbum, as participações são de Wanderléia, Marina de La Riva e Negra Li.

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Clique aqui e confira a galeria de fotos, conversa com Sérgio Britto na Casa Una de Cultura

O tecladista falou das indecisões antes de optar pela música. “Já quis ser artista plástico, comecei a fazer faculdade de artes plásticas e filosofia, parei as duas”, relata. Sérgio Britto estudou piano e resolveu depois de assistir um show de Nelson Cavaquinho e Cartola, show este que lhe despertou o desejo de fazer música popular. “A música popular é muito rica, mistura muita coisa. Poesia com música, experimentar milhares de coisas dentro daqueles três minutos. É uma coisa mágica”, afirma Britto.

Sobre a relação com os Titãs, Sérgio não pretende deixar a banda. “Eu acredito que a gente possa fazer coisas ainda muito legais que a gente não fez e que eu só faço com eles. Tem coisas que eu não faria na minha carreira solo, que posso fazer com os Titãs, que eu quero fazer”, relata. “Eu não tenho essa vontade de sair, é claro que o futuro a Deus pertence”, reforça.

O tempo é um problema real diz o compositor. “Os shows de lançamento do CD estão sendo feitos no 15 dias de férias dos Titãs pra tentar pegar algo próximo de um fim de semana, mas em geral eu tenho uma quinta-feira, uma quarta-feira, é tudo meio a conta gota porque a prioridade pra quem está na banda é a banda”, conclui.

Mercado fonográfico

Segundo o artista por causa da internet as pessoas criaram o hábito de não pagarem mais por música, de achar que não devem pagar, mesmo as pessoas eu gostam do teu trabalho acham caro. “O padrão que é causa de tudo isso mudou, acho que a gente ainda está em uma fase de transição, com essa coisa da internet. Como os artistas terão ganhos com isso, para poder investir no trabalho, isso ainda está em um processo”, avalia.

Para Britto a alternativa é um trabalho com mais qualidade, um preço razoável, e coisas estimulantes para as pessoas como: promoções. “Isso vai ter que ser inventado aos poucos pra recuperar esse tipo de relação”, afirma.

Por Felipe Bueno e Bárbara de Andrade