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Por: Ruth Pires

Pensar na população negra LGBTQIA+ é pensar para além de acolhimento, amor, representatividade, resistência e diversidade. A partir disso, os extensionistas dos projetos Pretança e Una-se contra a LGBTfobia do Centro Universitário Una,  promoveram entre os dias 21 e 26 de junho a ação “Pessoas Negras LGBTQIA+ que nos inspiram” em prol da celebração do mês do orgulho LGBTQIA+, que teve como objetivo evidenciar a memória de pessoas negras que fizeram e fazem parte do movimento em Minas Gerais.

O ato buscou enaltecer a existência de pessoas negras LGBTQIA+ importantes no contexto local. Por meio de publicações diárias, foram noticiadas a vida e carreira desses representantes que são fundamentais para o movimento LGBTQIA+ no estado por lutarem pela construção cotidiana de espaços, potencializando debates e conscientização.

Para integrar essa campanha, foram convidados dez representantes. A ação contou com a participação da Sindicalista e fundadora da Parada LGBT de BH e Associação das lésbicas Soraya Menezes, o ativista político Dú pente, a comunicadora e historiadora Giovanna Heliodoro, o produtor cultural e ativista Elian Duarte, a Doutoranda em Comunicação e coordenadora do projeto de extensão “Pretança” Tatiana Carvalho, a psicóloga Dalcira Ferrão, a escritora e mestranda em comunicação Olívia Pilar, a estudante de Cinema e audiovisual Lua Zanella e a ativista e transfeminista Gisella Lima.

A coordenadora do Pretança, Tatiana Carvalho, falou sobre a importância de campanhas como esta.n“Primeiro, acho importante porque promove o reconhecimento das ações de algumas pessoas que são de gerações anteriores à atual nas universidades, e é importantíssimo reconhecer que há um caminho que foi percorrido por outras pessoas para chegar até onde a gente está. Outra ponto é a sensação de pertencimento ver outras pessoas como nós”.

Mês do Orgulho LGBTQIA+

O mês de junho faz menção à Revolta de Stonewall, uma série de manifestações da comunidade LGBTQIA+, que enfrentou a frequente violência policial de caráter lgbtfóbico na época. A partir de então, o episódio, que ocorreu no dia 28 de junho de 1969, se transformou em uma luta pelos direitos da comunidade de uma forma mais ampla: passou a ser considerado como o ato da libertação e o dia 28 de junho foi considerado como  “O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+”.

 

Serviços:

Você pode acessar todo conteúdo no instagram do projeto de extensão Pretança  e Una-se contra Lgtbfobia. 

 

*Matéria supervisionada por Italo Charles e Daniela Reis

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Por Israel Junio Vasconcelos

23 jovens negros são mortos por dia no Brasil. Por ano, cerca de 30 mil pessoas negras com idade entre 15 e 29 anos são assassinadas. 92% dos homicídios cometidos no país atingem essa parcela da população e a cada 100 pessoas assassinadas, 71 são negras. Os dados são do Atlas da Violência 2017, pesquisa realizada pelo IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

No dia 17 de outubro de 2017 foi realizada a 2ª edição do projeto “Pautas Silenciadas” no CRJ – Centro de Referência da Juventude – dentro da programação do FAN – Festival de Arte Negra 2017. Nesta edição o tema foi o Genocídio da Juventude Negra: Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar.

“Essa é a realidade que  a gente em hoje num jovem de periferia. Quantas mães ficam acordadas até a noite porque a gente está vindo de um cursinho pré-Enem, porque a gente foi se reunir na praça para jogar futebol, foi tocar um violão, foi tomar uma cerveja. A gente enxerga nesse tema a aflição de cada mãe. […] Eu acho que no Brasil, a juventude negra é vítima da violência. O Brasil, historicamente, tem o racismo introjetado. Sempre foi colocada pra gente a exclusão social. […] A polícia não tem pudor nenhum de tratar um jovem negro como suspeito. Uma polícia que não tem pudor nenhum de fazer o famoso ‘auto de resistência’ e dar um tiro antes de perguntar o que eu estou fazendo naquele local onde eu estou parado, onde eu estou me divertindo, onde eu estou conversando com alguém. Então, a gente é vítima desse racismo introjetado.” Black, integrante do CONJUVE – Conselho Nacional de Juventude.

Ouça mais sobre a discussão em:

 

Diversidade pode ser a palavra que contextualiza todo o primeiro semestre no Instituto de Comunicação e Artes da UNA.

No inicio do mês de abril, entre os dias 08 e 09, ocorreu o Circuito Comunica: Cores da Igualdade, organizado pelo coletivo ABUNA. O coletivo que, em tupi-guarani significa “Homem Preto”, é um grupo institucional formado por 11 alunos do Centro Universitário UNA, responsável por realizar o evento.

Com palestras e workshops, o Circuito foi de grande sucesso no ICA (Instituto de Comunicação e Artes). O workshop “Turbantes: Origem, Significados e Torções para o Cotidiano”, realizado pela estudante Énia Dára Medina, teve a participação dos professores e dos alunos que não tiveram vergonha de se jogar na moda dos turbantes.

Sob o comando da professora Daniela Viegas, os alunos do 3º período de Relações Públicas, organizaram o II Fórum Comunica intitulado como Diversifica. O evento contou com a presença dos palestrantes Cris Guerra, blogueira e colunista de moda, Wesley Schunk, médico e ex-BBB, Gustavo Jabrazi, representante da agência Filadélfia, Roberto Reis, professor e coordenador do UNA-SE Contra a Homofobia e Tania Rodrigues, representante do grupo Black Soul de BH.

Segundo Viegas, a experiência de organizar o Fórum foi muito gratificante, não só para ela, como para os alunos e participantes, pois todas as decisões sobre o evento foram feitas em discussões democráticas em um processo deliberativo.

Texto: Luna Pontone
Foto: Diogo Fabrin