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Projeto social promove ações humanitárias em comunidades carentes da capital mineira e cidades do estado

Por Keven Souza

Acolher vidas, desenvolver histórias e transformar realidades. Essas são as premissas da ONG NAAÇÃO nos seus mais de 15 mil atendimentos já realizados a serviço de pessoas necessitadas que vivem em situações de risco e crises humanitárias. A entidade é uma organização sediada na Av. Dom Pedro II, em Belo Horizonte, sem fins lucrativos e 100% social, que atua desde 2016 para combater a falta de assistência psicológica, a fome, a vulnerabilidade, a falta de recursos para a educação de áreas carentes e pretende ser referência até 2025 a partir dessas ações. 

Fundada por Carol Antunes, Gabi Crego e Guilhermina Abreu, princípio, a ONG foi desenvolvida através de ideias empreendedoras e independentes para valorizar o desenvolvimento de lideranças sociais, e atitudes protagonistas que olhem para o futuro.  O nome da instituição traz a palavra “ação” em sua composição para ressaltar que além de fazer o bem é preciso agir com constância a favor de acolher, dar segurança e enxergar quem necessita de atenção. “A NAAÇÃO tem o objetivo de ajudar qualquer pessoa que esteja desamparada, seja criança, idoso, homem e mulher por meio do desenvolvimento da autonomia intelectual, financeira e emocional”, diz a gestora geral da ONG, Sophia Guimarães.

Por ser uma iniciativa de caráter humanitário, está presente na vida de mais de 5 mil crianças acolhidas pelo projeto, com mobilização de 80 voluntários ativos que trabalham para o bem-estar social em setores onde as ações do poder público não são suficientes para resolver determinados problemas. Hoje possui diferentes serviços prestados às comunidades. Os principais são o acompanhamento psicológico, reforço escolar,  oficinas, alfabetização, qualificação profissional, alimentação, vestuário e moradia.

A NAAÇÃO se pauta por um trabalho afinco que coloca o ser humano como protagonista de sua própria história. Há cerca de 4 anos desenvolve ações em Brumadinho (MG) para ajudar as vítimas do rompimento da barragem da Vale, em janeiro de 2019. Para a coordenadora de comunicação da entidade, Mirlene Fernandes, os recursos financeiros são de vital importância para manter a assistência de forma adequada e abrangente. “A quantidade de indivíduos beneficiados depende de quanto recebemos de doação. Na cidade de Brumadinho a ONG apresenta 96 crianças que são beneficiadas atualmente, pontua.

A ONG também está à frente no combate aos efeitos sociais e econômicos provocados pela Covid-19 em várias comunidades mineiras com o projeto e plataforma “Amparo”. A operação surgiu para ampliar o alcance de suporte às pessoas e transformar a vida das famílias que foram impactadas pela pandemia de coronavírus, através de doações e apoio psicológico.

Neste final de ano, a NAAÇÃO realiza eventos para a véspera de Natal nas comunidades de Brumadinho (MG) e Portelinha (MG). O intuito das ações é trazer o espírito natalino às famílias carentes em um momento de celebração. De acordo com a pedagoga e coordenadora de projetos, Larissa de Moura Ferreira, a ação visa encerrar o ano de 2021 e projetar novos planos para o próximo, que em suma dará continuidade nos projetos que estão em prática e expandirá o impacto que causa nos diferentes espaços sociais.

“Em Brumadinho, os esforços estarão voltados para a formação da comunidade em Gastronomia e Negócios do Cozinha-Escola e na escola contraturno em parceria com o Alicerce Educação. Buscando também dar início nas aulas de Judô para 30 crianças com o auxílio da Geração Tatame. Em Portelinha, temos a intenção de levar nossas formações empreendedoras e aulas no contraturno escolar para os adultos. Com a plataforma Amparo, vamos buscar mantê-la aberta para os acolhimentos psicológicos on-line e as demandas de insumos alimentícios”, explica Larissa, sobre ações que estão por vir da ONG NAAÇÃO.

 

Ajude a ONG NAAÇÃO

Av. Pedro II, 1689, Carlos Prates, Belo Horizonte – MG

(31) 99197-3535

[email protected]

Horário de funcionamento: segunda, quarta e sexta-feira, das 9h às 17h

Para mais informações acesse o site disponível ou o Instagram oficial.

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Foto: Igor Cerqueira

A coordenadora de comunicação da Transvest, Luísa Reiff, conta sobre as ações da ONG e quais medidas adotadas no período de pandemia

Por Bianca Moraes

Em meio às comemorações do mês da visibilidade trans, o Jornal Contramão vem trazendo uma série de reportagens sobre o assunto. Mas, é no dia 29 que se celebra o marco das manifestações de pessoas trans que lutam por justiça, igualdade e reconhecimento todos os dias.

Para dar início, hoje você confere uma entrevista sobre a ONG Transvest com uma de suas voluntárias, Luísa Reiff, jornalista, pós-graduada em Comunicação Digital pela PUC Minas e mestranda em Comunicação e Gestão de Indústrias Criativas pela Universidade do Porto. Hoje, Luísa coordena o Núcleo de Comunicação da ONG desde fevereiro de 2020 ao lado das designers Fernanda Carvalho e Camila Moraes.

A TRANSVEST é uma ONG que tem como principal objetivo combater a transfobia e incluir travestis, transexuais e transgêneres na sociedade. E, foi fundada no final de 2015 a partir de uma inquietação de professores que lecionam em colégios de classe média e classe alta, acreditando no poder transformador da educação.

A idealizadora do projeto é Duda Salbert, ativista, professora e vereadora mais votada de Belo Horizonte. No Brasil, 90% das travestis e transexuais estão na prostituição. Segundo Duda, em um vídeo publicado em seu instagram sobre a Transvest, a transfobia odiosa da sociedade expulsa esse público do mercado formal de trabalho, e por isso, a ONG aparece como uma esperança para eles.

Confira abaixo a entrevista que conta um pouco sobre essa organização.

Qual a principal diferença da Transvest de quando começou para atualmente?

A pandemia alterou muito o funcionamento da ONG. O cursinho preparatório para Enem, as oficinas, aulas de defesa pessoal e passeios culturais foram inviabilizadas pelo Covid-19, portanto, hoje nossa atividade principal é o programa de Renda Mínima Trans, idealizado pela fundadora, vereadora e professora Duda Salabert e efetivado pela equipe da ONG, em especial a coordenadora e psicóloga Patrícia Oliveira. Temos cerca de 150 pessoas cadastradas e, mensalmente, trans e travestis recebem um depósito de R$100. Para trans e travestis idosas (ou seja, acima de 35 anos devido à expectativa de vida), o valor é R$200. Também distribuímos cestas básicas, roupas e outros artigos que chegam à ONG através de doações.

Como o cursinho tem se mantido durante a pandemia? Como tem sido as aulas?

Todas as nossas atividades presenciais foram interrompidas. Nosses alunes não têm acesso garantido à internet ou a aparelhos que permitam o acompanhamento das aulas e nós não teríamos como garantir um ambiente seguro para todes. Neste momento, o foco principal é a sobrevivência.

Quais têm sido as maiores dificuldades para vocês nesse momento?

A manutenção das doações. Nossa vaquinha online  é nossa única forma de sobrevivência e o momento é delicado. Através das redes reforçamos a grande necessidade da ONG de manter – e aumentar – as doações e isso tem sido uma grande dificuldade. Vale dizer que temos profunda gratidão por todes que nos apoiam com doações fixas, pontuais ou que divulgam nosso trabalho.

Como são escolhidos os voluntários e quais são as principais funções que eles exercem?

Nossa equipe no momento é enxuta porque as aulas estão pausadas. No funcionamento normal temos uma série de professores que chegam até a ONG pelas redes sociais ou por conhecidos. Atualmente, nossa equipe fixa é a Duda Salabert (fundadora e coordenadora), Patrícia Oliveira (coordenadora e psicóloga), Luísa Reiff (coordenadora do Núcleo de Comunicação), Fernanda Carvalho e Camila Moraes (designers) e Luciana Gravito (dentista). Também contamos com a colaboração pontual de muitas outras pessoas e contamos com professores voluntários que são captados no início de cada ano letivo.

Qual nível de aceitação da ONG na cidade?

Temos uma resposta muito positiva em BH e em diversos outros lugares do Brasil (apesar de nossa atuação ser limitada à capital mineira). Porém é inegável o enorme preconceito e perigo passado pelas pessoas trans e travestis seja em Belo Horizonte ou em qualquer outro lugar. Nós somos um movimento de resistência.

Vocês ainda mantêm a sala no Maletta? E a casa? Se não, por qual motivo elas não funcionam mais?

Não temos uma sede fixa porque não há verba, mas esse é o nosso grande sonho! A sala do Ed. Maleta é cordialmente emprestada pela Patrícia Oliveira para algumas de nossas atividades.

Os cursos oferecidos aos alunes trans e travestis têm ajudado no mercado de trabalho?

Têm sim. Nós temos muites alunes que conseguiram entrar em cursos superiores graças à preparação que lhes foi oferecida. E para além disso, o atendimento psicológico gratuito também auxilia es alunes a lidarem melhor com os estudos, a vida e com suas lutas internas.

Houve avanço em relação aos alunes?

Houve sim, além dos citados acima, no ingresso a cursos superiores, também temos exemplos de alunes que abriram pequenas empresas ou conseguiram trabalhos e freelas com o auxílio da ONG e de voluntáries.

Vocês tem alguma notícias de ex alunes que fizeram o curso, se conseguiram passar em alguma faculdade, alguma história interessante?

Temos atualmente 3 ex alunas matriculadas em universidades públicas de Minas, um grande orgulho para ONG!

A iniciativa da ONG tem contribuído na autoestima e no aumento da confiança das pessoas trans?

A ONG viabiliza a autoestima de diversas formas, seja auxiliando no processo de retificação de nome e gênero, auxiliando na inserção social, apresentando novas possibilidades de existência e ajudando a executar a mudança concreta que é almejada por todes.

De qual maneira as pessoas podem estar ajudando a ONG?

Através da vaquinha online. Também temos um Picpay: @ongtransvest

E vale dizer que o engajamento em nossas redes sociais, comentários, compartilhamentos e indicações é de enorme ajuda!

Qual a importância da ONG na visibilidade trans e na luta contra a transfobia?

É um instrumento, mas uma andorinha só não faz verão. Formar profissionais trans e travestis é muito importante, mas precisamos de empregadores, colegas de trabalho, vizinhos, e conhecidos que sejam esclarecidos quanto à questão de gênero. Todes precisam ser agentes contra a transfobia. A luta por direito e igualdade vai além da própria bandeira e o nosso objetivo só será alcançado se tivermos todes ao nosso lado. É preciso ser atuante, ser aliado, ser agente de transformação e lutar sempre pela vida, respeito e justiça. Não podemos deixar de citar também a importância urgente de políticas públicas voltadas para os direitos das pessoas trans.

Conheça mais sobre a ação Renda Mínima Trans @ongetransvest

“As palavras destacadas em itálico tem como função promover a inclusão de todas pessoas sem o uso do gênero”.

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ONG Amigos de Minas atua desde 2001, promovendo ações no interior do Estado

Voluntários viajam a cidade com menor IDH de Minas Gerais levando equipamentos e donativos para pessoas carentes

*Por: Izabela Avelar

Famílias abandonadas e desnutridas, sem auxílio ou assistência, que vivem em situação que muitos considerariam sub-humanas, sem acesso ao básico de educação, saúde, informação no norte do Estado de Minas Gerais. É a realidade ocasionada pela falta de investimento em políticas públicas e evidenciada por um trabalho de acolhimento e doação por voluntários da ONG Amigos de Minas.

“É muito difícil colocar em palavras tudo o que vivemos nas cidades. São experiências muito fortes. A injustiça e a desigualdade se escancaram diante de nossos olhos.”, relata Leticia de Freitas Batista, voluntária nas missões. Há 19 anos a Associação Heitor Rodrigues Graciano mobiliza pessoas, através do trabalho voluntário e de arrecadação de doações, em prol da população carente do norte mineiro. O trabalho surgiu após Idair Antônio Vieira, idealizador do projeto, perder o filho de 5 anos enquanto brincava no passeio de sua casa atropelado por um motorista menor de idade, embriagado. Depois de receber o seguro DPVAT, indenização às vítimas de acidente de trânsito, e sem enxergar um destino para o dinheiro Idair então resolveu revertê-lo em cestas básicas e doar. Assim, desde que foi fundada, a ONG já atendeu mais de trinta cidades. O critério para a escolha da cidade que irá receber as doações são as que apresentam o menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), posto que atualmente é ocupado pela cidade de São João das Missões, localizada a 687 km da capital Belo Horizonte, com um índice de apenas 0,529.

As viagens ao interior são realizadas trimestralmente e nesse meio tempo entre as missões é feita a mobilização dos parceiros e voluntários, não só para receber e direcionar as doações, como também para realizar rifas, bazares, eventos solidários, bingos e entre outros, para arrecadar a quantidade de material necessário para o município. Mais do que bens materiais a ONG Amigos de Minas, doa, principalmente, amor e esperança, e para Leticia a recompensa maior e para as pessoas que se desdobram para ajudar o próximo, “ Sempre falam que nós vamos para dar, mas na verdade somos nós quem mais ganhamos. Recebemos o carinho e o acolhimento de quem mal nos conhece, porém insiste em dividir conosco o pouco que tem. Deparamo-nos com famílias que, apesar da dura realidade, continuam resistindo, seguem com muita fé e nos dão aula sobre força, determinação e esperança.”, conta.

A colaboradora Sheila Fernanda, 43, explica que não há critérios para entrar no projeto, basta ter força de vontade para querer transformar vidas “Quando a pessoa se interessa pelo trabalho ela preenche um cadastro, apenas para controle interno, e a convidamos para participar de algum de nossos grupos do WhatsApp, por onde divulgamos todas as informações sobre nossas atividades e viagens. Não há critério para se tornar voluntário, basta querer ajudar e fazer o que puder dentro da sua realidade para arrecadar as doações.”. A sede da ONG Amigos de Minas está localizada na cidade de Ribeirão das Neves, na Rua José Camilo Bittencourt, n°80. Para dar continuidade ao trabalho, a instituição necessita da mobilização social para arrecadar alimentos, produtos de higiene, brinquedos, roupas, calçados e colchões e material escolar. A solicitação para ser um voluntário pode ser feita pelas redes sociais (Instagram ou Facebook) ou através do site.

 

*A matéria foi produzida sob a supervisão do professor Maurício Guilherme Silva Jr. e da jornalista Daniela Reis