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Hoje, às 20h, estreia, no Grande Teatro do Palácio das Artes, a opereta “A Viúva Alegre”. A obra conta à história de amor entre uma viúva e um conde, sendo este um dos espetáculos mais encenado em todo o mundo. A peça foi escrita por Victor Léon e Leo Stein, com música de Franz Lehár e tradução de Millôr Fernandes e conta com a participação da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, regida pelo maestro e diretor musical Silvio Viegas, com direção de Jorge Takla.

O espetáculo relata a história de uma viúva rica e passa-se na pequena cidade de Pontevedrino norte da Europa. Os moradores da província, considerando a possibilidade de a viúva viajar para Paris e gastar todo o seu dinheiro em compras ou com algum explorador, começam a pensar em maneiras de fazê-la permanecer na pequena cidade. “É uma obra de leveza encantadora, retrato de uma Europa sem preocupações, onde as intrigas amorosas eram mais importantes do que as questões políticas”, afirma o diretor Jorge Takla.

A Fundação Clóvis Salgado apresentou pela primeira vez o espetáculo “A Viúva Alegre”, em 1984, e em 1999 realizou sua segunda produção. Agora em 2012 a Fundação aposta novamente na opereta. “O figurino e cenário estão sendo recriados, com o desafio de levar o público ao início do século passado, mas com uma releitura atual”, adianta Takla.

A obra será apresentada nos dias 16, 18, 20, 22, 24 e 26 de outubro. Os ingressos já estão à venda nas bilheterias do Palácio das Artes e no site fcs.mg.gov.br.

Por Paloma Sena e Rute de Santa

Crédito das fotos: João Marcos Rosa.

O Palácio das Artes realiza de 26 de setembro até 3 de outubro, no Cine Humberto Mauro, uma mostra que destaca o trabalho de um dos maiores nomes do cinema mundial, o norte-americano Clint Eastwood. Serão exibidos 11 longas-metragens, todos dirigidos por Eastwood. “A mostra tem o intuito de mostrar o quanto Clint é um diretor clássico, capaz de frequentar os mais diversos gêneros cinematográficos”, afirma o gerente de cinema da Fundação Clóvis Salgado, Rafael Ciccarini.

Apesar de ser conhecido principalmente como ator, Clint Eastwood tem uma longa carreira como diretor. Já dirigiu um total de 35 filmes, e ganhou por quatro vezes o mais importante prêmio do cinema mundial, o Oscar. Ainda de acordo com Ciccarini, os filmes escolhidos para exibição na mostra são da fase mais madura da carreira de Eastwood. “São os filmes mais íntegros dele. Onde ele foi mais capaz de emprestar, de maneira muito vigorosa, a linguagem do cinema à narrativa”, comenta.

O gerente conta que teve também com a idealização da mostra, a intenção de destacar a face política-cinematográfica de Clint Eastwood, uma vez que os Estados Unidos vivem um período de eleições presidenciais e o diretor tem uma forte ligação com a política americana, inclusive recentemente deu uma declaração defendendo o Partido Republicano. “Isso traz uma reflexão entre a posição política do Clint e sua valoração humana. Nos obriga a pensar política de uma maneira mais poética”, analisa Rafael Ciccarini.

O Cine Humberto Mauro fica no Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537 – Centro), a entrada para os filmes da mostra é gratuita, e os ingressos devem ser retirados na bilheteria do cinema meia-hora antes do início de cada sessão. A programação completa está disponível no site da Fundação Clóvis Salgado (www.fcs.mg.gov.br).

Por Marcelo Fraga

Imagem: Menina de Ouro (Clint Eastwood) / Fundação Clóvis Salgado – Divulgação

 

A Fundação Clóvis Salgado realiza o Projeto Cineminha que consiste em proporcionar as crianças de escolas públicas, com idades entre 8  e 11 anos, um primeiro contato com o cinema e com outras artes. “O Palácio das Artes é um ambiente cultural. Um momento diferente para essas crianças, que são de baixa renda, e muitas não estão acostumadas a espaços como este”, explica Cristiane Reis, coordenadora de uma das escolas participantes, localizada no bairro Heliópolis, região norte da capital.

Quando as crianças chegam ao jardim interno do Palácio, participam de algumas atividades recreativas antes de seguir para o Cine Humberto Mauro, onde ouvem um pouco da história do cinema. Logo depois, vem o tão esperado momento em que as luzes se apagam e começa a exibição de um longa-metragem infantil.

A coordenadora conta que há tempos leva os alunos de sua escola para o projeto. “Venho trazendo os alunos há mais de quatro anos. É muito importante que eles conheçam a sétima arte. E ainda há a intervenção dessas pessoas aqui do Palácio das Artes, o que agrega bastante no crescimento deles”, comenta Cristiane.

Para participar do projeto, as instituições devem se inscrever através do telefone (31) 3236-7389 e fazer o agendamento. As sessões acontecem às 08:15h e às 14:00h. São disponibilizadas 136 vagas a cada sessão e a entrada é gratuita.

Por Marcelo Fraga

Foto: Marcelo Fraga

Começa hoje a 12º edição festival Conexão Vivo. O evento, que privilegia a música independente de todo o país, traz a Belo Horizonte 51 atrações que irão animar as noites da capital até o dia 27 de maio.

A abertura do evento será no Grande Teatro do Palácio das Artes, com shows de Lise + Barulhista (MG) e Gabi Amarantos (PA), que irá lançar seu primeiro CD intitulado Treme. Outros nomes da música independente como Bnegão e os Seletores de Frequência (RJ), o rapper Crioulo (SP), Thiago Petih (SP) e Tulipa Ruiz (SP) se juntam a nomes já consagrados como Toninho Horta (MG) e Marku Ribas (MG) no line up do evento.

Os shows serão realizados no Palácio das Artes, Parque Municipal (com venda de ingresso) e Praça do Papa. Os organizadores esperam um público de 40.000 pessoas durante os dias de programação.

Programação completa e outras informações: clique aqui.

por João Vitor Fernandes

Foto: Divulgação do Festival

A mostra “Luís Buñel, O Fantasma da Liberdade”, cartaz do Cine Humberto Mauro, no Palácio das Artes, resgata a obra integral do cineasta espanhol. Serão exibidos os 33 filmes de Buñuel até o dia 22 de abril, com sessões seguidas de debates sobre os temas abordados pelo cineasta e seu estilo de filmar. “Essa é a maior mostra já feita sobre Buñel, no Brasil. Além disso, dois terços dos filmes são películas. Algo raro!”, informa o curador da mostra, Rafael Ciccarini.

Gênio incontestável do cinema surrealista, Luis Buñel através de seus filmes soube como poucos dosar crítica à sociedade e suas convenções e, ao mesmo tempo, lançar esse discurso sob a ótica artística, sem que com isso seu trabalho transparecesse numa panfletagem. Sua obra data de 1928 a 1977 e, ainda assim, contribui para a discussão de questões do século 21, de acordo com Ciccarini.

Debate

No dia 21 de abril, das 14 às 16h30, o Palácio das Artes abrigará um debate sobre a contribuição poética, estética, política e crítica de Luís Buñel, bem como a manutenção de suas ideias no contexto presente. “O Buñel é o único cineasta que conheço que é efetivamente imperecível. Os temas do Buñel eram tópicos de abrangência universal”, explica o coordenador do curso de Cinema e Audiovisual do Centro Universitário UNA, Júlio Pessoa, que no será o palestrante da noite.

De acordo com Pessoa, o cinema até a metade do século passado estava ligado à psicanálise, à psique. “O Buñel trabalha com o recôndito da alma humana, sua referência na sociedade e sua interferência na questão de gênero, em questões sociais, as opressões e desopressões, os mecanismos internos de força da psique”, explica Júlio Pessoa.

Por Felipe Bueno

Imagem: arte de divulgação da curadoria

Antes mesmo de entrar no Palácio das Artes já se ouvia pessoas com tons de angustia na voz, pois queriam comprar ingressos de quem chegava ao local. Logo na portaria, um homem me parou para perguntar se eu tinha ingresso, depois que respondi que sim, ele me disse quase em desespero que sua prima, que estava com seu ingresso, havia sumido e não atendia ao celular.

Ao entrar no Palácio, percebi na feição de muitos uma grande ansiedade. Enfim, quando os seguranças disseram que o show iria começar, as pessoas foram entrando aos poucos no grande teatro, onde logo começaria o show de Chico Buarque de Holanda.

As luzes se apagaram e depois de algum suspense, o tão aguardado músico subiu ao palco. O ambiente se transformou, em poucos instantes. A platéia gritava, batia palmas e assobiava. Uma mulher que sentava na fileira atrás de mim estava em prantos. Logo percebi que ela não era a única. Ao meu lado, outra mulher estava aflita por não conseguir tirar fotos focadas do artista.

Pessoas que queriam ficar mais próximo de Chico se aglomeravam nos corredores, sentadas no chão cantavam e se emocionavam. Quando a plateia percebeu que a próxima música era “Geni e o Zepellin” foi ao delírio. O refrão não tinha quem não o cantasse.

Em um momento em que Chico Buarque foi à frente do palco, as pessoas se levantaram e ficaram próximas do artistas. Algumas se escoraram no palco. Uma menina subia na cadeira para ver e tirar fotos melhores. Outra me pediu licença para subir na cadeira em que eu estava sentada, já que também me levantei. Chico obedeceu aos gritos de bis da plateia duas vezes, deixando a todos muito felizes e empolgados. As pessoas não paravam de gritar e cantar juntas. Quando Chico saiu do palco pela terceira vez, não mais voltou e os gritos de “mais um” do público foi se espalhando aos poucos.

Na saída do teatro, olhos brilhantes e rostos de satisfação eram perceptíveis. Uma senhora parou meu irmão para pedir que ele enviasse a ela os vídeos que fez durante o show, pois queria guardar lembranças concretas de um show tão lindo.

Chico Buarque, durante a apresentação no Palácio das Arte, no dia 9 de novembro
Chico Buarque, durante apresentação no Palácio das Artes no dia 9 de novembro

Na fila

Para presenciar tal show não foi fácil, dormir na fila, pois não é nada agradável. Durante a espera para comprar o ingresso muitas pessoas dormiram na rua. Cada um se ajeitava como podia. Ao meu lado um casal levou um puff e se acomodou nele. Uma menina dormia profundamente em cobertas empilhadas.

Para o tempo passar mais rápido, as pessoas já entravam no clima do show, cantando e tocando músicas de Chico Buarque. Quando amanheceu o dia, olhos cansados eram evidentes no rosto de quem estava na fila, que crescia cada vez mais.

Por: Bárbara de Andrade

Fotos: Bárbara de Andrade