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PBH

Todo fim de ano a história se repete. Pessoas felizes se preparando para o Natal, uma expectativa imensa para o ano que está por vir e o aumento da tarifa do transporte público. No ano de 2013, milhares de pessoas foram as ruas protestar contra o aumento das tarifas. Porém, nada mudou, os valores ficaram congelados por um tempo. Em abril de 2014, o reajuste foi aprovado e as passagem foram de R$ 2,60 para R$ 2,85.

No dia 28 de dezembro de 2014, os belorizontinos foram pegos de surpresa com o novo aumento das tarifas, que passaram de R$ 2,85 para R$ 3,10, causando revolta nas redes sociais. O estudante João Paulo Barbosa, 20, estava viajando e não sabia do aumento da tarifa, somente quando foi subir no transporte coletivo, sentiu o peso do aumento. “Estava descendo na rodoviária e como estava cheio de malas, separei o dinheiro. Quando o cobrador me informou que era R$ 3,10, levei um susto, foi pra um valor muito alto.” destacou o jovem.

Atos contra a Tarifa

Manifestações contra o aumento da tarifa foram programadas após a mudança nos preços. A primeira concentração, próxima a uma estação do BRT MOVE, teve pouco mais de 30 pessoas. A última manifestação, que ocorreu na sexta-feira, 09, cerca de 500 pessoas participaram do ato. A reunião foi no quarteirão fechado da Av. Afonso Pena, entre a Praça Sete e a rua Tamoios. Durante o protesto, os manifestantes fizeram uma passeata até uma estação do BRT na Av. Antônio Carlos.

Ainda na sexta-feira, 09, o desembargador Elias Camilo, da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), decretou a suspensão do aumento das tarifas para as linhas suplementares da capital. De acordo com ele, a decisão do aumento da passagem para os ônibus dessa linha é dever do chefe do poder executivo do município e não da BHTrans. Contudo, as linhas regulares e metropolitanas mantém o aumento realizado pela  portaria BHTRANS DPR Nº 144 de 26 de dezembro. O coletivo Tarifa Zero BH já organiza um 2º Ato Contra a Tarifa. O proposito da manifestação, de acordo com o evento marcado nas redes sociais, é tornar a suspensão definitiva e fazer com que englobe as outras linhas também. A concentração está marcada para está sexta-feira, dia 16, às 17hs na Praça Sete.

Texto: Luna Pontone

Foto: Yuran Khan

O uso da música para auxiliar no aprendizado é uma das propostas do projeto da Escola Integrada, da Prefeitura de Belo Horizonte. A parceria do projeto com as escolas do ensino fundamental já beneficia milhares de estudantes, como os alunos do Colégio Imaculado Coração de Maria (Imaco). Os adolescentes participantes passam a ter aulas de manhã e participam de disciplinas extracurriculares, como percussão, capoeira, circo, teatro e dança, no período da tarde.

Na tarde dessa terça-feira, 23, o professor Ricardo Britto esteve na Praça da Liberdade, região centro-sul de Belo Horizonte, com alguns alunos do Imaco para uma aula de percussão ao ar livre. Para Britto é importante que os jovens tenham algumas aulas fora do colégio. “Os alunos ficam na escola o dia inteiro. Às vezes a gente vem para a praça para eles terem contato com um ambiente mais natural”, afirma o professor.

O projeto trabalha com crianças de 11 a 14 anos. Britto também chama atenção para as apresentações que as crianças fazem na cidade, como no Parque das Mangabeiras ou na própria Praça da Liberdade. Durante o ano, as crianças praticam as músicas e em algumas datas, como o dia das crianças e o final de ano, elas se apresentam para o público.

As crianças que marcaram presença na aula na praça de hoje, disseram que gostam do projeto por se sentirem bem nas aulas. Algumas fazem apenas percussão, outras, teatro e circo também. Um dos jovens disse preferir fazer as aulas de música porque futebol da para fazer durante as aulas de educação física da própria escola. Todas elas reafirmaram ser muito boa a iniciativa da Escola.

 

Texto e foto: Umberto Nunes.

 

Desde 2011 uma parceria entre a Fundação de Desenvolvimento Científico e Cultural (FUNDECC), Cemig e prefeitura de Belo Horizonte (PBH), vem realizado o inventário das árvores da capital. O registro tem como objetivo, o levantamento das espécies que se encontram distribuídas pela cidade, além de uma análise de poda e saúde das árvores e o georreferenciamento que terão o detalhamento da situação que as árvores se encontram.

“O inventário é um projeto extenso, ao todo já foram avaliadas cerca de 180 mil árvores na cidade, mas que está longe de chegar ao final.”, destaca o ecólogo Bráulio Guilherme. No total, serão avaliadas mais de 470 mil árvores contemplando toda Belo Horizonte. Segundo Bráulio, este número ainda é pouco para a cidade do tamanho de BH. Depois que o projeto começou, foram plantadas 50 mil árvores e até o final, esse número pode chegar a 100 mil.

A maioria das árvores encontradas e cadastradas até agora foram, Magnólia, Leucena, Quaresmeira e quatro espécies de Ipê. Também encontraram vários paus-brasis espalhados pela cidade. “O famoso Pau Brasil é uma árvore que todo mundo tem interesse em ver, mas passam por eles todos os dias e nem imaginam que está ali”, comenta Bráulio.

Hoje, a equipe está dividia em quatro grupos de seis pessoas, entre biólogos, engenheiros florestais, ecólogos, geógrafos e técnicos em meio ambiente. Durante o projeto, já foram roubados nove tablets. Tivemos que fazer uma nova licitação para adquirir novos equipamentos, por isso houve atrasos no inventário, ressalta o écologo. Para garantir a segurança dos profissionais e equipamentos, todos os grupos são acompanhados por um Guarda Municipal, para “intimidar” possíveis assaltantes.

A cidade possui árvores que em sua maioria foram plantadas sem planejamento prévio, ou seja, não existia um projeto para buscar espécies específicas de arborização urbana. Isso fez com que muitas delas, crescessem e com a força de sua raiz quebrassem uma calçada e/ou rua inteira.

 

Ficus

Ainda não foi realizado um levantamento dos famosos Ficus de Belo Horizonte, apenas uma visita na Rua Bernardo Monteiro, onde estão localizados. De acordo com os profissionais, os Ficus estão podados de um lado, mas já apareceram novas brotações, sinal de que eles estão reagindo com controle biológico que vem sendo aplicado e a saúde delas é visivelmente reversível.

Segundo fontes que pediram para não serem identificadas, a PBH quer a poda e destoca de todos os Ficus da região Bernardo Monteiro, para implantar mais uma unidade do Highway To Hell (leia-se BRT-MOVE). Assim a prefeitura alega que as árvores estão mortas e/ou muito doentes e sem possibilidade de cura. Para evitar o corte, surgiu o Movimento Fica Ficus, alertando a população para as questões ambientais.

Texto: Lívia Tostes

Foto: Luna Pontone

Durante a assembléia unificada dos servidores públicos com a participação dos professores da rede estadual, os grevistas fecharam parcialmente os dois sentidos da av. Afonso Pena, na região central de Belo Horizonte, na manhã desta quinta. O ato foi em recusa a proposta salarial feita pela prefeitura. Os servidores decidiram por manter a greve que já dura 23 dias.

Os servidores reivindicam o reajuste salarial e pedem o aumento do vale-alimentação de R$ 17 para R$ 28. A proposta apresentada pela PBH foi de 7% de reajuste salarial, a ser pago em duas etapas, nas folhas de julho e em novembro deste ano, com parcelas iguais, além do aumento do salário a proposta prevê o reajuste do vale alimentação de R$ 17,00 para R$ 18,50.

Na quarta, 28, funcionários realizaram uma assembléia em três pontos da capital, Praça da Estação, Praça Afonso Arinos e Praça da Assembleia, ao término os servidores caminharam até a Praça Sete de Setembro, no centro.

Por: Gabriel Amorim
Foto: João Alves

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais decidiu contra o recurso movido pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) que visava manter o reajuste no valor das tarifas do transporte público. A decisão, publicada na tarde de quinta-feira, 24, garante o congelamento dos preços praticados pelas concessionárias de ônibus até o dia 5 de maio, conforme decisão judicial que a PBH tentava indeferir. A validade do reajuste segue sendo analisado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que convidou a Auditoria Cidadã da Dívida Pública e o Movimento Tarifa Zero BH (TZ) para colaborar com as investigações.

Quando a PBH entrou com o recurso para derrubar a decisão judicial que congela o valor tarifário por pelo menos 30 dias, justificou o agravo argumentando que os reajustes têm sido feitos em valores inferiores a inflação, portanto, os 7,5% de aumento seriam de recomposição inflacionária.

Entre as razões que motivaram que a ação não tivesse sucesso está o atraso na entrega dos resultados da auditoria conduzida pela Ernst & Young – que deviam ser entregues em novembro do ano passado, mas só foram entregues em março deste ano – e a proximidade das datas da entrega destes documentos e do anúncio do reajuste – o relatório foi entregue no dia 31 de março e o anúncio do aumento foi feito em 4 de abril.

O porta-voz do Setra-BH, Edson Rios, informou que o recurso movido pelo sindicato ainda não foi julgado e que, portanto, não irá comentar sobre a decisão do desembargador. A postura é a mesma da BHTrans. Já a PBH informou que só responderá as perguntas sobre o caso depois da publicação da decisão final. O TZ classificou a decisão como “uma grande vitória”.

Por Alex Bessas
Foto: João Alves 

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) deu inicio as obras de implantação e recuperação do Viaduto Santa Tereza sem a autorização do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico de Minas Gerais (IEPHA). Questionada sobre as obras, a prefeitura alega que o projeto de recuperação da área já foi enviado ao órgão e está sob avaliação. Em nota, a PBH declara que o fato do projeto ainda não ter sido aprovado, não impede de que as obras sejam iniciadas. “Encaminhamos ao IEPHA o projeto executivo da obra de implantação do Circuito de Esportes Radicais Santa Tereza e Recuperação Estrutural do Viaduto, e esclarece que o projeto estar sob análise, não inviabiliza o início das obras básicas”.

O Movimento Viaduto Ocupado, responsável pela denúncia, vem criticando a atitude da prefeitura, pois no entender dos integrantes, a obra além de ilegal, está sendo usada para desarticular os movimentos sociais que se reúnem no espaço. “A obra serviu pra tirar movimentos políticos e culturais do viaduto. Como é o caso da família de rua, que esse ano não conseguiu realizar nem o duelo de MC’s e nem o “Game of Skate”, por causa da obra. Não existe possibilidade da obra ficar pronta antes da copa. É inviável. Se ficar pronta vai ficar do jeito que o Prefeito quer. Não atendendo nenhuma exigência dos movimentos Sociais.” Afirma Izabela Egídio, membro do Movimento Viaduto Ocupado.

As criticas não param por ai. O Movimento afirma ainda que a obra ilegal tem caráter higienista, pois com está ação, a prefeitura pretende retirar os moradores de rua que vivem no entorno do viaduto. “A PBH está tentando de toda forma tirar a População de rua de lá antes da copa, essa reforma vai servindo pra isso também”, ressalta Izabela.

No decorrer desse impasse o Movimento Viaduto Ocupado está marcando assembleias e convocando a população para dialogar sobre as arbitrariedades que a PBH tem feito para impedir os movimentos sociais de atuarem no local. “O Movimento Viaduto Ocupado continua trabalhando e se articulando para que a obra não seja concluída antes das reivindicações serem atendidas. A obra é totalmente irregular, não foi aprovada pelo IEPHA e pelo jeito, precisa ser embargada”, finaliza a participante do Viaduto Ocupado.

Por: Heberth Zschaber e Alex Bessas
Foto: Movimento Viaduto Ocupado