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Politica

Os servidores municipais de Belo Horizonte entraram, em greve desde a sexta, 2, realizaram um ato, hoje, pela manhã, na Avenida Afonso Pena. A manifestação ocupou uma faixa da avenida, no sentido bairro Mangabeiras, até às 12:30. Os servidores reivindicam aumento de 25% em seus salários, a PBH oferece um aumento de 2,8%, que, se aceito começaria a ser ser pago em janeiro de 2016.

A previsão é de que amanhã os servidores se reúnam na Praça Afonso Arinos, às 9h, na região centro-sul, para uma nova assembleia da área de saúde e posteriormente haverá atos no SINDIBEL.

A Prefeitura de Belo Horizonte divulgará ainda hoje, relatório referente ao número de servidores que aderiram à greve. Em nota a PBH afirma que, contabilizando as receitas acumuladas no segundo quadrimestre de 2015, a arrecadação demonstrou um quadro de estagnação. Isso pode ser observado ao analisar o valor da arrecadação total do Município neste ano:

PBH

Proposta

Para o sindicato, a proposta apresentada pela prefeitura representa uma redução de quase 13% nos salários, o que exige neste momento da categoria é firmeza para permanecer na luta. “Sabemos das dificuldades de iniciar um novo processo de mobilização, ainda mais por estarmos no meio do pagamento de greves anteriores”, argumenta o assessor de comunicação do SINDIBEL.

Segundo o sindicato, a greve é por tempo indeterminado e eles estão se mobilizando para mais atos na capital. O objetivo é sensibilizar a prefeitura para a negociação. De acordo com os servidores o reajuste apresentado significa uma queda de 13% nos salários dos servidores e que não acompanha a inflação.

Por Raphael Duarte

No Dia Nacional de Paralização, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), juntamente com outras organizações, se reuniram, hoje, na Praça Afonso Arinos, para protestarem contra o Projeto de Lei 4.330/2004, que permite a ampliação da terceirização do trabalho no país. O Plenário da Câmara iniciou, nesta quarta-feira (15), às 14h, para continuar a votação do projeto.

Os argumentos do CTB, conforme publicado no Jornal da empresa, se baseiam nos prejuízos que a sociedade pode ter com a aprovação do projeto. Segundo os manifestantes, o Projeto causará: redução dos direitos trabalhistas; diminuição da segurança no trabalho; associações com práticas discriminatórias; sobrecarga do Sistema único de Saúde (SUS) e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); diminuição da arrecadação fiscal; reduções e prejuízos na arrecadação previdenciária e tributária.

Para a manifestante, Maria Rita, 52, da FETAEMG (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais), o protesto revela a unidade dos trabalhadores em uma mesma causa. “Precisamos transformar as nossas bandeiras nesse momento em uma bandeira de luta. A unidade entre os trabalhadores é para dar uma resposta para os congressistas descomprometidos, não só com os trabalhadores, mas com o desenvolvimento dos estados e dos municípios. O retrocesso dos direitos dos trabalhadores é um retrocesso na economia brasileira também, e infelizmente a maioria no congresso nacional, não entendeu a importância dos direitos dos trabalhadores para o desenvolvimento do nosso país”, declarou a manifestante.

Texto: Ítalo Lopes e Victor Barboza

Imagens: Victor Barboza

 

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Em época de campanha eleitoral o que não sai da cabeça dos cidadãos é a corrupção. Nas redes sociais ou nas próprias propagandas políticas vemos menções aos escândalos de desvios de verbas públicas, os mensalões ou casos como da Petrobras. Entretanto, corrupto não é só aquele que rouba de uma nação, um povo. Isso só intensifica e dimensiona o ato.

De acordo com o dicionário Houaiss da língua portuguesa, a palavra em si, significa “ato ou efeito de subornar uma ou mais pessoas em causa própria ou alheia […]”. Em outras palavras, corrupção é adquirir benefícios de formas inapropriadas ou fora da lei. Nessa linha de raciocínio, conseguimos ver diversos atos que são corruptos e que acontecem no nosso dia a dia como, coisas corriqueiras e comuns. Furar filas, estacionar em vagas para deficientes físicos sem ser um, por exemplo. Há ainda coisas mais graves, como falsificar carteiras de identidade ou de estudante, não declarar imposto de renda, entre outros.

A pedido da BBC Brasil, o promotor de Justiça Jairo Cruz Moreira listou o que seriam os 10 principais atos corruptos do dia a dia do brasileiro, veja a lista:

– Não dar nota fiscal;
– Não declarar Imposto de Renda;
– Tentar subornar o guarda para evitar multas;
– Falsificar carteirinha de estudante;
– Dar/aceitar troco errado;
– Roubar TV a cabo;
– Furar fila;
– Comprar produtos falsificados;
– No trabalho, bater ponto pelo colega;
– Falsificar assinaturas.

A relação entre a corrupção e a política estreita o entendimento da ação. O uso da palavra relacionada aos governantes gera uma associação quase involuntária, mas há quem consiga compreender que vai além dos atos contra o povo. “Corrupção para mim é quando há um abuso de poder para ter vantagens”, afirmou Clara Reis, 20, estudante de publicidade e propaganda. Aline Andrade, 24, estudante de jornalismo, disse que o uso de determinadas situações para ganhar maior proveito para si também fazem parte da corrupção diária.

Entretanto, há também aqueles que praticavam atos corruptos no dia a dia, mesmo que sem intenção. Como caso de Izabella Lopes, 20, também estudante de publicidade e propaganda, que assumiu já ter comprado produtos falsificados ou de origem dúbia. “Não mais, mas já fiz”, explicou a estudante.

Visando uma necessidade de mudança, o promotor de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina, Affonso Ghizzo Neto, idealizou a campanha “O que você tem a ver com a corrupção?” que foi lançada em 27 de agosto de 2004. A campanha tem como objetivo conscientizar a sociedade a partir do incentivo à honestidade e à transparência das atitudes do cidadão comum. Reduzir a impunidade nacional, educar e estimular as novas gerações através da construção em longo prazo de um país mais justo, aproveitar momentos cotidianos para colocar jovens em contato com esses princípios e divulgar a ideia em locais e eventos informais são outros pontos de específicos da iniciativa.

Texto e foto: Umberto Nunes

Membro do Fórum brasileiro de Segurança Pública e ex-secretário Adjunto de Segurança Pública de Minas Gerais, Flávio Sapori, conversou com o Jornal Contramão sobre a Desmilitarização da Polícia Militar. Para Sapori, a discussão ideal não seria desmilitarizar e sim, unificar as polícias. Leia a entrevista.

Jornal Contramão – Dentre as principais demandas dos movimentos sociais está a desmilitarização da Polícia Militar. Para você, qual é o principal problema da militarização da PM?

Flávio Sapori – A bandeira da desmilitarização está tomando conta do debate nacional partindo da premissa que a estrutura militar seria incompatível com a democracia e os direitos humanos. Esta teoria induz o profissional a ser agressivo no exercício de sua função, ela forma profissionais que tendem a tratar o cidadão como inimigo. Isto explica de certa forma, o alto índice de letalidade da PM, que é uma das policias que mais mata no mundo. O profissional militar e formado pela lógica da guerra, e o combate ao crime deve ser pautado pela lógica comunitária, respaldado pelos direitos humanos e mais próximos do cidadão.

JC – Para além do combate ao crime, como seria a logística de desmilitarização da PM?

FS – Não mudaria nada, desmilitarizar na prática significaria retirar a vinculação da Polícia Militar de todo os estados brasileiros do regime militar, ou seja, eles deixariam de ser uma reserva do exército. Estes policias estão submetidos a um mesmo código militar, eles tem um código penal próprio, regulamentos próprios de aposentaria. Desmilitarizar significaria reestruturar toda a dinâmica dentro da polícia.

JC – E o combate ao crime, como ficaria?

FS – Este, no meu modo de ver, é que é o problema da discussão. Está maneira simplista de associar a cultura militar é que explica a violência do policial. No meu modo de ver a violência da policia está relacionada a uma cultura policial da violência. As duas policias no Brasil são violentas, vale lembrar que a tortura, o pau de arara, são práticas costumeiras da policia civil. Parece-me ingênuo atrelar a violência no combate ao crime à cultura militar ou civil, o fenômeno está ligado a um histórico de lidar com crime sem regras, sem limites, sem qualificação técnica adequada. O policial usa do seu conhecimento prático, ai a violência passa a ser um instrumento efetivo. Eu não acredito que a desmilitarização vai fazer a polícia ser menos violenta, que ela vai matar menos. Temos que tomar muito cuidado com esta discussão.

JC – Qual seria então a solução?

FS – Seria fundamental mexer nos regulamentos disciplinares das policias brasileiras. De maneira geral as policias militares brasileiras tem regulamentos muito draconianos, onde os oficiais tem poder de vida e de morte sobre os praças, isto tem que acabar, o que o código militar de Minas Gerais já faz em certa medida. Os praças hoje em Minas gozam de direitos de defesa que não há precedentes em outras polícias militares do país. O que precisaria fazer é diminuir o grau de militarização da polícia, diminuir a militarização na formação, retirá-los da vinculação do código penal militar, da justiça militar.

JC – Sobre a PEC-51, que visa à integração da polícia, o que você tem a dizer?

FS – Ao meu modo de ver, a discussão sobre desmilitarizar fica no campo de medidas paliativas. No meu modo de ver o maior problema é a divisão entre polícia ostensiva e polícia investigativa, a divisão entre Polícia Militar e Polícia Civil. Criar uma polícia de ciclo completo, quando a mesma polícia teria uma ação ostensiva e investigativa. Eu não acredito em integração, as duas polícias são muito diferentes e a competição entre elas é muito grande.

Talvez se falar em unificação, criando uma nova polícia, única para todos os Estados, ou então atribuir a função ostensiva e investigativa as duas polícias. Esta me parece à discussão mais plausível como pode viabilizar uma polícia de ciclo completo. A discussão sobre desmilitarizar me parece secundária, neste momento.

Texto: Alex Bessas e João Vitor Fernandes

Foto: João Alves

Belo Horizonte, 24 de setembro, 17 horas. Um casal de estudantes foi advertido devido a um beijo dado em um bar. Brasil, 28 de setembro – Debate presidencial.  O candidato à presidência da republica, Levy Fidelix (PRTB),  declara em rede nacional o repudio a famílias homoafetivas.

Rede Social

Através do Facebook, um estudante de Moda desabafa sobre o caso de homofobia que sofreu no Bar Ponto Bahia na última quarta-feira, 24. O jovem relatou que estava com o seu namorado no bar e afirma que ao trocar beijos com ele, o garçom do estabelecimento os descriminou, alertando que ali era um lugar tradicional e pediu para “maneirar” nos carinhos.  O estudante alega que eles tinham dado um simples beijo como qualquer casal. Após conversar com a gerente do estabelecimento, e confirmar que era a política da casa, eles chamaram a polícia e registraram um boletim de ocorrência contra o bar. Uma lei Municipal e Estadual garante o penalidade ao estabelecimento que descriminar pessoa em virtude da sua orientação sexual.

Em reação ao episódio ocorrido e a tantos outros casos de LGBTfobia, um evento no Facebook foi criado em apoio, mais de 7 mil pessoas convidadas para participar. O “Beijaço contra a LGBTfobia no Bar Ponto Bahia”, ocorreu na sexta-feira, 26,  com cerca de 200 pessoas. Enquanto alguns curiosos assistiam, a bandeira LGBT era erguida em frente ao Ponto Bahia. Um abraço coletivo foi dado em volta do estabelecimento pelos presentes. Palavras de respeito e amor eram entoadas e os líderes do ato garantiram que não estavam chateados com o garçom, mas questionavam a política adotada pelo o dono do bar, que até o fechamento dessa reportagem não quis dar declarações sobre o ocorrido.

Política

Outro caso que ganhou destaque nas redes sociais foi relacionado às declarações do candidato Levy Fidelix (PRTB) no debate televisionado pela TV Record.

Ao ser questionado a respeito da aceitação de famílias do mesmo sexo, pela também candidata à presidência da republica, Luciana Genro (PSOL), Levi foi enfático ao dizer: “Então, gente, vamos ter coragem, nós somos maioria, vamos enfrentar essa minoria [gays]”. Ele afirmou também “Dois iguais não fazem filhos e digo mais: aparelho excretor não se reproduz”.

A reação nas redes sociais não poderia ser diferente. De forma instantânea, os usuários do twitter criaram a tag #LevyVcÉNojento para comentar as declarações do candidato, que atingiu a categoria dos tópicos mais comentado no país.

Além da revolta do usuários nas redes sociais, a Comissão Especial da Diversidade Sexual do Conselho Federal da OAB, pediu ao Tribunal Superior Eleitoral a cassação da Candidatura de Levy Fidelix pela as declarações. De acordo com a denúncia a OAB, o candidato violou o Artigo 286 do Código Penal, que puni a incitação publica à pratica de crimes, à pratica da violência, quando declarou que eles, a maioria, deveria tomar atitudes contra essa minoria, os homossexuais, para que eles não continuem tendo direitos reconhecidos. De acordo com a Comissão isso também fere os objetivos centrais do país que estão presentes na constituição.

Acompanhe, nas próximas semanas, uma série de reportagens especiais sobre cidadania e direitos LGBT no Jornal Contramão.

Por: João Alves
Foto: Gustavo Melo

 

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Na noite da última segunda-feira, 29, o auditório do ICBEU recebeu o debate “Política e Cotidiano – E eu com isso?” realizado pelo curso de Relações Públicas e Jornalismo Multimídia do Centro Universitário UNA. Estiveram presentes no evento a jornalista e doutoranda em ciências políticas na UFMG, Márcia Maria, o assessor do Tribunal Regional Eleitoral (TER), Rogério Tavares e o coordenador executivo do Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT da UFMG, Igor Monteiro.

O debate teve como principal objetivo discutir aspectos ligados ao cotidiano, despertando a importância da política nas ações do dia-a-dia, e não só no período eleitoral, destacou a professora Kenya Valadares, organizadora do debate.

Para Márcia Maria, viver na sociedade é fazer política, e por isso, a conscientização do que é política é um dos fatores primordiais para pensar na hora de votar.

O assessor do TRE, Rogério Tavares, afirmou sobre a importância de pesquisar sobre o candidato antes de votar. Além disso, ele também falou sobre como a mídia só se preocupa com os candidatos “grandes” e só falam sobre eles. Para o assessor, o principal poder é o legislativo e como as pessoas não se importam em quem votar para deputado federal e estadual, são eleitos deputados como o Tiririca, que era cantor, palhaço e agora político.

Texto: Luna Pontone

Foto: Umberto Nunes