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Poluição visual

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No último domingo, Belo Horizonte ficou conhecendo os seus novos deputados federais e estaduais, governador e senadores, além da confirmação de Segundo Turno para a eleição presidencial. Em Minas Gerais, foram 14.513.934 votos computados nas 43.851 zonas eleitorais.

Mas quem foi votar ficou surpreso com o tamanho das filas na hora da votação e, principalmente com a sujeira na entrada dos colégios eleitorais. O colégio Padre Machado situado na Avenida do Contorno, na região da Savassi, foi um dos alvos da panfletagem que espalhou milhares de “santinhos” pelo chão.

A professora Regina Lima, 28, reclama da falta de cuidado dos políticos em dias de votação. “É inaceitável, no período de eleição, todos falam sobre o cuidado com o meio ambiente”, afirma. “Olha o estado da rua! Todo esse papel gasto pra nada é um absurdo”, indigna-se.

A engenheira Camila Fernandes, 27, endossa a fala da professora. “Toda eleição é a mesma coisa, a sujeira de sempre, eles não tem a mínima consciência do estrago que estão fazendo para a natureza.”

O analista de sistema Túlio Júnior, 29, vê utilidade na distribuição dos “santinhos”, mas não concorda com a sujeira provocada por aqueles que jogam o papel pelas ruas.

O gerente de limpeza urbana (SLU),da regional centro-sul Denílson Pereira de Freitas,explica que foram retiradas cerca de 40 toneladas de placas e papeis espalhados por toda cidade. “Abrimos trabalho com a equipe multitarefa que faz a limpeza das ruas com a ajuda de caminhões disponibilizados, especificamente, para isso”, explica.


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Texto e Foto : Henrique Muzzi


A intensa campanha de propaganda política feita esta tarde na Rua da Bahia esquina com Avenida Augusto de Lima deixou o trânsito de veículos e pedestres tumultuado. Cerca de 150 pessoas balançavam bandeiras nas calçadas, entregavam panfletos e jornais para os pedestres, colavam adesivos nos carros quando os motoristas autorizavam e um carro de som garantia que os ouvidos das pessoas que por ali transitavam estivessem ligados nas indicações de voto, para as próximas eleições.

Alguns motoristas entrevistados disseram não aprovar a campanha, “Eu sinceramente não gosto, atrapalha bastante, nas ruas os motoristas não tem muita visibilidade, essas manifestações escondem as placas e pode causar até um acidente”, disse Samuel, motorista de ônibus coletivo que trafega pelo local. O também motorista de ônibus Edmilson Otávio da Silva, 32, disse se sentir prejudicado: ”Não gosto dessas campanhas eleitorais, acredito que muito dinheiro é jogado fora assim, além de prejudicar o trânsito que na sexta-feira já é ruim”.

De acordo com Danilo Furtado, 36, um dos coordenadores da ação, cada equipe é composta por 44 pessoas e nessa semana estão no centro de Belo Horizonte 800 pessoas aproximadamente. Sobre a escolha dos locais que serão feitas as ações, furtado diz que é feita em reunião, “Somos distribuídos em diversos pontos da cidade como Praça Sete, Augusto de Lima com Rua da Bahia e Praça da Estação, os pontos escolhidos são os mais movimentados de Belo Horizonte”.

A BHtrans foi consultada pela equipe do Contramão sobre a necessidade de autorização para esse tipo de evento, em resposta informou que não conta nos sistemas nenhuma solicitação para campanha naquele local.

A prefeitura também consultada informou que não constam solicitações para as campanhas nos sistemas, mas que seria interessante entrar em contato com o TRE, ou seja, ninguém respondeu pelo tumulto no trânsito e pela insatisfação da população.


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Repórter: Iara Fonseca

Texto: Danielle Pinheiro

Emprego temporário nas Eleições

As propagandas eleitorais movimentam os cruzamentos e semáforos da região centro-sul da capital. Com a aproximação das eleições, os políticos investem e apostam nas campanhas por meio de publicidade nas ruas. Foi o caso do deputado federal Rodrigo de Castro que contratou mais de 20 jovens para realizar panfletagem e “bandeirada” (balançar bandeiras do candidato) em pontos estratégicos da capital.

O estudante Lucas Vieira, 17, conta que descobriu o emprego temporário por uma amiga. “O deputado é morador do bairro Nova Cintra, onde mora grande parte do pessoal que está aqui. Então ele chamou a gente para trabalhar com ele.”, conta Vieira. O trabalho começou a cerca de 20 dias e perdurará por mais 2 meses, sendo uma jornada de 6 horas por dia que rende em média R$ 400,00 por mês. “Nós não somos fixos em nenhum lugar. Hoje estamos aqui na Savassi, mas semana que vem podemos estar em outro bairro”, conta o estudante.

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O outro lado da história – Poluição visual e sonora

Com as novas tecnologias os candidatos as eleições 2010 ainda aderem à moda antiga, distribuem materiais publicitários, como fly’s e adesivos pelas ruas da capital.

Em vias como a Avenida João Pinheiro, no bairro de Lourdes, encontram-se faixas, placas, cartazes e bandeiras com a imagem e nome dos respectivos candidatos. Além, da grande quantidade de fly’s jogados pelo chão, o que desfigura a imagem da cidade. Seguindo o percurso da avenida deparamos com o rosto de candidatos do PTdoB e do PT em pelo menos 8 placas.

Além da poluição visual das vias publicas ainda existem os candidatos que aderiram à poluição sonora, hora e meia passa carros de som com canções como “é 1311, é… garra e atitude é Gabriel Guimarães (…) vem você também (…) deputado federal…”

O Tribunal Regional Eleitoral de Minas (TER) é responsável pela campanha “Sujeira não é Legal”. Essa campanha tem como o intuito evitar as irregularidades dos candidatos com as propagandas. E este ano estão mais rígidos, para punir quem desrespeitar as regras.

No site da campanha os candidatos podem encontrar as orientações de como fazer sua propaganda limpa.

Por Ana Paula Sandim, Débora Gomes, João Marcelo Siqueira
Fotos Débora Gomes