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Praça da Estação

Evento é considerado a maior manifestação popular de massa de caráter social de Minas Gerais e uma das mais antigas do país

Por Gustavo Meira

Acontece no próximo domingo (09), a 24ª edição da Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ de Belo Horizonte, com o tema ‘’Democracia: Liberdade e Direito para Todes’’.  Um evento de luta coletiva para combater a opressão, o preconceito e a invisibilidade presente dentro da própria comunidade. A concentração é a partir dàs 11h na Praça da Estação, onde haverá um palco principal para a apresentação de mais de 50 atrações. 

Multidão de pessoas reunidas na Parada do Orgulho na Praça da Estação. Foto: Cellos MG.

A artista drag Mannu Mallibu interpretada por Daniel Gerth é uma delas. Ela se apresentará pela primeira vez na Parada do Orgulho da capital, o maior palco em que já se apresentou. A inspiração da performance ao lado de duas amigas será em ‘’RuPaul’s Drag Race’’, programa que tem um significado pessoal à artista, que a influenciou diretamente em sua carreira. 

‘’Ser uma das atrações do palco principal da Parada me traz uma sensação de muita felicidade. De saber que alguma pessoa, nem que seja uma só, vai me ver e vai pensar ‘nossa, eu queria estar lá!’. Então, eu acho que a importância que tem pra mim, é de ser vista como possibilidade para alguém de algo real, que é válido, que é possível. Que ser drag queen é algo que é, que pode e que deve ser celebrado’’, diz.  

Artista Mannu Mallibu, interpretada por Daniel Gerth. Foto: redes sociais/divulgação.

A celebração contará também com cortejo de cinco trios elétricos que agitam o público durante todo o percurso com músicas que tem como destino final a Praça Raul Soares, no Barro Preto. Segundo a Prefeitura da capital, são esperadas 250 mil pessoas, 100 mil a mais do que na edição do ano passado, que aconteceu em novembro.

Além da Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ ser um movimento de resistência, luta e celebração, ela serve também para dar visibilidade às drags queens ‘’Além do Carnaval, a parada provavelmente é o lugar em que um artista drag mais vai ter público. É você estar em um lugar que majoritariamente entende e celebra a arte que você faz, a arte drag. É como uma validação’’, é o que explica Mannu Mallibu.

Alto investimento 

Esta edição da Parada contou com o investimento de R$ 300 mil do município e R$ 50 mil de emendas parlamentares vindas da Câmara Municipal. Todo o valor foi investido na estrutura do evento, que é organizado pelo Centro de Luta Pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (Cellos MG).

O Brasil continua a liderar o ranking dos países que mais matam LGBTQIAPN+. De acordo com levantamento do Grupo Gay da Bahia (GGB), a partir da análise de notícias publicadas nos meios de comunicação. Foram apontados 242 homicídios e 14 suicídios ao longo do ano passado, ou seja, uma morte a cada 34 horas. Este movimento é em prol dessas pessoas, que sofrem e morrem todos os anos por simplesmente serem quem elas são. Além da celebração, é a luta pelo respeito.

A diversidade é um dos pilares fundamentais de uma sociedade democrática. Cada indivíduo merece ser reconhecido e respeitado em sua individualidade, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero. A luta pela liberdade e pelos direitos da comunidade é um reflexo do desejo de criar um mundo mais inclusivo e justo para todos.

 

Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ de 2022, na Av. Amazonas, BH. Foto: Cellos MG.

 

 

Esse ano a marcha das vadias de Belo Horizonte superou as expectativa  de todos inclusive das articuladoras como relata em seu site Adriana Torres, ativista do Movimento Nossa BH e uma das participantes da Marcha, “foi de encher os olhinhos d’água ver mais de mil pessoas – jovens, nem tão jovens, cis, trans, mono, hétero, crianças, unidos com alegria e irreverência na defesa da liberdade e contra a violência”.

 A concentração que começou na Praça Rio Branco,as 13 horas em frente à rodoviária da Capital Mineira, passou pela Praça da Estação, Rua da Bahia, Praça da Liberdade, Savassi. o evento esse ano cresceu, conquistou, e trouxe as ruas o encanto do afeto humano em prol de um só ideal. E agora pressiona, e convida a ir além. A formar uma base de um mundo diferente para nós e para os próximos habitantes desse globo de poucos, loucos, por um intelecto em comum.

As políticas públicas relacionadas à violência contra a mulher está mais focada no “pós-violência”. “Temos poucas ações para conscientização, prevenção e conhecimento de que o machismo, a cultura patriarcal, é um dos principais fatores dessa violência”, afirma Adriana torres.

Vejo que essa reflexão deve começar dentro de nós, transformando em atitudes não machistas, não homofóbicas e não racistas no nosso dia a dia. É fácil admitir isso, não é fácil é olhar para nosso espelho interior e assumir uma postura mais humana, olhando para os outros e menos para nosso próprio umbigo.

No ultimo sábado (25), As ativistas usaram roupas curtas e algumas deixaram os seios a mostra e  o próprio corpo usado como meio de vincular o protesto para contestar o machismo. Com palavras pintadas pelo corpo, cartazes nas mãos e uma grande mistura entre muitos  homens,Crianças , mulheres e afins defendendo que é preciso aprender a respeitar não só as mulheres mas todos os seres que o merecem.

A Marcha das Vadias teve início em 2011 na cidade de Toronto, no Canadá, organizada por estudantes da universidade local. Após uma declaração de um policial na instituição que disse que se as mulheres se vestissem como “vadias” poderiam estimular o estupro.

Como explica o site.

O manifesto pacífico e bem humorado  também foi marcado em São Paulo,Recife e Curitiba, e já teve diferentes versões em diversos países. Assim a marcha chama a atenção da população, para que o preconceito seja banido dos pensamentos controversos dessa sociedade imperfeita.

A nossa conduta não deveria ser alvo de julgamentos, principalmente, porque o defini o caracter de um ser, não é constituída por “fora”, pela “casca” e sim pela essência da integridade sentimental que compartilhamos. Para se juntar a marcha não é preciso se despir, bastar estar confortável, todos são bem vindos desde que venha com alma e coração aberto a liberdade de expressão.

Por: Aline Viana

Foto: Aline Viana

Desde sua aprovação, pelo Prefeito Márcio Lacerda, o decreto 13.863/2010, que limita a realização de eventos na Praça da Estação, trouxe à tona insatisfação por parte da população. Como forma de protesto a esse regulamento foi criado o Praia da Estação, com intuito de protestar de forma pacifica e bem humorada esse movimento busca a não privatização do espaço público. Sem periodicidade definida o movimento reúne pessoas que tem como objetivo protestar ou somente se divertir nas fontes, algumas, inclusive, com trajes de banho. Para tratar desse assunto e explicar a importância desse tipo de movimento, o CONTRAMÃO entrevistou hoje o redator e organizador do movimento Fideles Alcantra.

Jornal Contramão: Qual foi a inspiração do movimento Praia da Estação?

Fideles Alcantra: O movimento Praia da Estação foi inspirado no decreto 13.863/2010 do município de Belo Horizonte, sancionado pelo atual prefeito Márcio Lacerda. O decreto, desde dezembro de 2009, suspendeu a autorização para a realização de eventos na Praça da Estação.

Jornal Contramão: Qual o foco da Praia da estação?

Fideles Alcantra: O movimento luta contra a privatização do espaço público. A prefeitura de Belo Horizonte tem feito diversos acordos com empresas privadas, onde essas empresas assumem a manutenção das praças e também podem legislar sobre elas, fazendo exigências de como utilizar este espaço público.

Jornal Contramão: O que você acha da inclusão da Praia da Estação no calendário da prefeitura?

Fideles Alcantra: Essa inclusão é uma tentativa da prefeitura de desmobilizar o movimento e de usá-lo para benefício próprio. A prefeitura já tentou fazer essa inclusão no carnaval desse ano, queriam transformar A Praia da Estação em Samba da Estação, que acabou virando Sol Estação de Samba. Foi uma forma que a prefeitura viu de descaracterizar o movimento, tentando fazer com que a população não tenha ciência do objetivo primordial da manifestação.

Jornal Contramão: E para você, qual é a importância do movimento?

Fideles Alcantra: Movimentos como esse são essenciais para o desenvolvimento da cidade. O movimento foi registrado por diversos meios de comunicação, jornais e revistas de todo Brasil. Teve uma cobertura maior fora de Minas Gerais, onde a imprensa evita colocar comentários contra a prefeitura.

Jornal Contramão: Como é a divulgação do movimento?

Fideles Alcantra: Divulgamos o movimento através das redes sociais e do nosso blog.

Para mais informações acesse: pracalivrebh.wordpress.com

Por Carla Neves, Rafaela Acar, Rute de Santa e Orlando Vinícius

Foto: Divulgação do movimento

O Cine Cento e Quatro abrirá suas portas para a imprensa pela primeira vez amanhã, com a pré-estreia do documentário A cidade é uma só?, do diretor Adirley Queirós. A abertura oficial da sala ocorrerá somente na próxima sexta-feira, 5.

O longa é uma reflexão sobre os 50 anos de Brasília e a situação social de parte da população do Distrito Federal. “Meus pais foram expulsos da cidade de Brasília, sou da primeira geração pós-aborto territorial. Moro em Ceilândia, periferia de Brasília, há mais de 30 anos. Eu me tornei cineasta e grande parte do meu trabalho está relacionada com este tema”, comenta o diretor.

A cidade é uma só? foi vencedor do Prêmio da Crítica na Mostra de Tiradentes (2012), uma das mais importantes mostras de cinema do país, e recebeu  Menção Honrosa na Semana dos Realizadores (2011), festival nacional voltado à exibição e discussão do cinema brasileiro contemporâneo.

O Cine Cento e Quatro comportará 80 pessoas e funcionará de terça à domingo, com três sessões diárias e ingressos a preço popular.

Por Marcelo Fraga e Rute de Santa

Com informações do site www.400filmes.com

A 48ª edição do Ofício da Palavra recebe, hoje, 07, ás 19h30min, no Museu de Artes e Ofícios (MAO), os escritores Francisco de Morais Mendes e Sérgio Fantini, para discutir o ato de escrever e o processo criativo de cada um deles, este projeto de literatura é realizado pelo Instituto cultural Flávio Gutierrez.

O escritor Francisco de Morais Mendes é doutor em literatura pela UFMG e jornalista. Autor de vários contos, fala sobre seu gosto literário. “Sempre li de tudo: poesia, conto e romance. Mas sempre tive preferência pela leitura de contos. Mas a motivação para escrever vem do conto e a ele é devolvida. É a forma que mais me agrada, para transmitir o que quero, é o terreno onde me sinto melhor”, relata.

Francisco de Morais, fala do prazer em participar de momentos como o de hoje: “Eventos de cultura que conseguem durar são raros. E esta é a 48ª edição do Ofício da Palavra. Só o fato de ter durado todo esse tempo já dá a dimensão da importância desse evento. É uma tremenda emoção poder estar lá hoje, como convidado para falar sobre literatura”, comenta.

Já o escritor Sérgio Fantini realizou shows, exposições, recitais, performances e é autor do texto e co-roteirista do curta Terra, dirigido por Sávio Leite. O palestrante ressalta a importância de participar do evento. “Pessoas se reunindo para falar de literatura é sempre algo de positivo para a humanidade” analisa.

Hoje os autores lerão trechos de suas obras, para apreciação dos presentes. É a oportunidade de cada um deles mostrar as peculiaridades de seu processo criativo.

Por:  Hemerson Morais e Rute de Santa

Fotos:  Overmundo

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Nesta quarta, 20, A Praça da Estação será palco de um treinamento público dos lutadores de MMA que vão participar do UFC 147 que reunirá lutadores de diferentes partes do mundo. Mais como é a rotina destes lutadores? Como é o dia-a-dia de quem pratica este esporte?

O Lutador Claudio Junio Costa, 30, das equipes Cicero Team e Guilhotina Team, esclarece que rotina de treinos é intensa. “Diariamente, acordo cedo, por volta das 5h, para correr e fazer um trabalho físico livre. Exploro mais os trabalhos aeróbicos como natação. No fim da tarde, aproveito para lapidar a técnica dando aulas de Jiu Jitsu e Muay-thai”, explica.

O Lutador Claudio Junio Costa

Em períodos de competição oficial, o treinamento do lutador é focado nas atividades aeróbicas e dietas para se enquadrar à categoria meio-pesado (93kg). “Na noite anterior à pesagem, ainda tenho que perder pelo menos uns 3 quilos. Faço isso com desidratação em sauna [com assistência do treinador] ou me enrolando em papel plástico PVC e me agasalhando. No dia da pesagem, ainda perco pelo menos 1 quilo durante uma breve soneca antes da pesagem oficial”, explica.

Violência ou arte marcial

O Mixed Martial Arts (MMA), conhecido popularmente como “Vale Tudo” ou luta livre por englobar vários estilos de luta, é um esporte que tem ganhado prestígio e visibilidade nacional. Porém, a intensidade das lutas faz com que o MMA seja confundido com uma forma de violência. “Nenhuma arte marcial é violência, é só esporte”, defende o mestre em Box e Muay-thai Akio Matsuura. “O pessoal vem [para as academias] à procura de saúde física e mental. Em nenhum momento, nós estimulamos a violência”, esclarece.

Mestre Akio Matsuura

Nas ruas, as opiniões se dividem. “Já lutei antes, hoje, eu não tenho mais coragem é um esporte bruto”, declara comenta o jovem aprendiz Christopher Almeida. “Considero como uma forma de extravasar. Todo esporte é um meio de liberar algum tipo de energia dentro da gente” declara a auxiliar de almoxarifado Claudiane Matos.

Por João Vitor Fernandes, Heberth Zschaber e Rute de Santa

Foto: Heberth Zschaber e Divulgação UFC