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No último final de semana foram realizados dois eventos na Praça da Liberdade. No sábado o evento foi produzido pela Híbrido Eventos e no domingo pela Sleep Walkers Entretenimento. O evento de domingo trouxe alguns danos para a Praça como grama pisoteada, lama e um poste derrubado.

Segundo a Regional Centro-sul a Sleep Walkers (SW) poderá ser multada assim que o Iepha repassar o relatório de danos causados à Praça. Nesta semana, a Regional multou a produtora de shows pelo excesso de público, em R$ 1.269,48. Ainda de acordo com a Centro-Sul, o dados do eventos sábado, 11, o S.E.N.S.A.C.I.O.N.A.L, para avaliar se, também, houve excesso. Caso isto seja comprovado a Híbrido eventos, também, receberá uma multa.

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Sócio-fundador da Híbrido Eventos, Tamás Gontijo Bodolay

Caso haja multa o posicionamento da Híbrido é de defender o evento. Segundo eles os números são subjetivos. “É um evento completamente aberto e sem catracas, não tinha como medir, exatamente, o número de pessoas”, explica o sócio fundador da Híbrido Eventos, Tamás Gontijo Bodolay. “O nosso posicionamento é falar que o evento ocorreu normalmente, sem transtornos e acho que não faz sentido nenhum ocorrer essa multa pra gente”, defende.

Já a Sleep Walkers Entretenimento diz não ter recebido nenhuma notificação oficial dos órgãos responsáveis com relação à multa por excesso de público. “Assim que recebermos a notificação as medidas cabíveis serão tomadas”, garante por meio da assessoria de comunicação.

A Regional Centro-sul e o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA) alegam não terem sido informados da apresentação do Monobloco, no domingo. De acordo com a Sleep Warkers Entretenimento os documentos exigidos no processo de licenciamento do uso do espaço público não solicitam a descrição detalhada da programação do evento. “Mas em diversas oportunidades, durante as reuniões com os órgãos responsáveis, as atrações do Concurso foram apontadas e discutidas”, informa a SW.

Procedimentos de conservação e limpeza

De acordo com Tamás Gontijo, realizador do S.E.N.S.A.C.I.O.N.A.L,  no pré-evento não foi necessário nenhum tipo de ação, pois a Praça já é conservada pela Vale, que faz a gestão do local. Já no pós-evento foi feito um acordo com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), que se comprometeu a fazer a limpeza do local, logo após a saída das pessoas. “Por volta de meia-noite ou uma da manhã eles chegaram”. Outra medida importante tomada pela organização foi o uso de stack-cup. “É a primeira vez que esses copos são utilizados em um evento no Brasil. Foram vendidos quase 3.000 copos antes das 18h e isso reduziu muito a produção de lixo”, informa.

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Stack-cup: copo de material resistente e reutilizável

Já, no caso do evento do domingo, Pré-Carnaval com Concurso de Machinhas, Orquestra Mineira de brega e apresentação da grupo carioca Monobloco, a realizadora Sleep Walkers informa, por assessoria, ter contratado uma empresa particular para a limpeza do local. “A empresa ficou responsável pela limpeza da Praça da Liberdade durante e após o evento”.

Algumas estruturas de palco e bares do evento de sábado foram reutilizadas no concurso de marchinhas de domingo. “Incluímos mais uma estrutura de palco e reforçamos a proteção das áreas verdes, gradeando, principalmente, as áreas com plantações especiais”, explica a assessoria da SW.

Por Bárbara de Andrade e Bruno Maia

Foto chamada: Bruno Bentes

Foto reportagem:  Bárbara de Andrade e Bruno Maia

Público presente supera a estimativa e praça amanhece suja e com sinais de depredação.

Quem está acostumado a caminhar de manhã pela Praça da Liberdade se deparou, hoje, com lixo espalhado em toda a extensão da praça, grama pisoteada, lama e um poste, que faz parte do complexo arquitetônico, derrubado (veja galeria de fotos). A folia do pré-Carnaval, na noite de domingo, 12, atraiu mais de 20 mil pessoas para o concurso de marchinhas e as apresentações da Orquestra Mineira de Brega e da banda carioca Monobloco.

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Muito lixo foi recolhido na manhã seguinte ao evento.

De acordo com o Major Carlos Alves, da Polícia Militar, responsável pelo policiamento durante o evento, a previsão de público era de 5 a 8 mil pessoas, e o efetivo designado foi de 20 policiais. “No caso, o público foi maior e exigiria um efetivo de 60 policiais”, informa.

Segundo assessoria de comunicação da Regional Centro-Sul o evento foi autorizado, juntamente ao IEPHA após a análise de documentos específica e laudos do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e BHTrans. Quanto à manutenção e conservação da Praça da Liberdade, segundo a Regional, são feitas pela Companhia Vale do Rio Doce e pela SLU, mas em caso de eventos particulares, o organizador se responsabiliza pela limpeza e encaminha um parecer de danos. A SleepWalkers Entretenimento, responsável pela organização, não encontrada pela reportagem.

Povo-fala

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Luana Martins, estudante.

Segundo a estudante, Luana Martins, 23, o pré-Carnaval foi muito bom, mas ficou triste com a depredação do patrimônio público. “Eu acho que deve haver tais eventos, pois é um tipo de resgate do patrimônio cultural da cidade, desde que haja a estrutura necessária para preservar a praça”, defende. Já a auxiliar administrativa, Ivete Cunha, 44, é contra eventos desse tipo na Praça da Liberdade em qualquer hipótese. “A praça é um local de vivência cotidiana e deve ser preservada e não utilizada para shows desse tamanho”, justifica.

Por Bruno Maia e Bruno Coelho

Fotos: Bruno Maia