Tags Posts tagged with "reforma"

reforma

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) deu inicio as obras de implantação e recuperação do Viaduto Santa Tereza sem a autorização do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico de Minas Gerais (IEPHA). Questionada sobre as obras, a prefeitura alega que o projeto de recuperação da área já foi enviado ao órgão e está sob avaliação. Em nota, a PBH declara que o fato do projeto ainda não ter sido aprovado, não impede de que as obras sejam iniciadas. “Encaminhamos ao IEPHA o projeto executivo da obra de implantação do Circuito de Esportes Radicais Santa Tereza e Recuperação Estrutural do Viaduto, e esclarece que o projeto estar sob análise, não inviabiliza o início das obras básicas”.

O Movimento Viaduto Ocupado, responsável pela denúncia, vem criticando a atitude da prefeitura, pois no entender dos integrantes, a obra além de ilegal, está sendo usada para desarticular os movimentos sociais que se reúnem no espaço. “A obra serviu pra tirar movimentos políticos e culturais do viaduto. Como é o caso da família de rua, que esse ano não conseguiu realizar nem o duelo de MC’s e nem o “Game of Skate”, por causa da obra. Não existe possibilidade da obra ficar pronta antes da copa. É inviável. Se ficar pronta vai ficar do jeito que o Prefeito quer. Não atendendo nenhuma exigência dos movimentos Sociais.” Afirma Izabela Egídio, membro do Movimento Viaduto Ocupado.

As criticas não param por ai. O Movimento afirma ainda que a obra ilegal tem caráter higienista, pois com está ação, a prefeitura pretende retirar os moradores de rua que vivem no entorno do viaduto. “A PBH está tentando de toda forma tirar a População de rua de lá antes da copa, essa reforma vai servindo pra isso também”, ressalta Izabela.

No decorrer desse impasse o Movimento Viaduto Ocupado está marcando assembleias e convocando a população para dialogar sobre as arbitrariedades que a PBH tem feito para impedir os movimentos sociais de atuarem no local. “O Movimento Viaduto Ocupado continua trabalhando e se articulando para que a obra não seja concluída antes das reivindicações serem atendidas. A obra é totalmente irregular, não foi aprovada pelo IEPHA e pelo jeito, precisa ser embargada”, finaliza a participante do Viaduto Ocupado.

Por: Heberth Zschaber e Alex Bessas
Foto: Movimento Viaduto Ocupado

O coreto da Praça da Liberdade foi interditado em novembro de 2010 por problemas estruturais no forro do teto, mas as obras só foram iniciadas há 20 dias. O local era ponto de encontro para muitos jovens de Belo Horizonte, que, com a interdição, foram obrigados a buscar outros locais. “Agora, meus amigos e eu, nos encontramos no entorno da Praça, mas não é a mesma coisa, sentimos falta do coreto, era uma referência”, reclama o estudante Fernando Alvarenga, 22.

Construído em 1913, com projeto do arquiteto Luiz Olivieri, e tombado em 1977 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas gerais (IEPHA/MG), o coreto fez falta aos seus frequentadores. “Utilizava o coreto para me abrigar da chuva, encontrar com os colegas, sentar para conversar num ponto mais seguro durante a noite. A interdição me fez perder o interesse em ir à Praça”, expõe o estudante de Ciência da Computação Jefferson Machado, 23, que se sente indignado por não poder utilizar um espaço público durante todo esse tempo.

A restauração do monumento foi viabilizada por meio de um termo assinado no ano passado entre o IEPHA-MG e o Instituto Cultural do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG Cultural), e deve durar até maio deste ano.

Por Juliana Costa e Marcelo Fraga

Foto: Marcelo Fraga

2 917

Prédio do século XIX será reformado e integrará ao Circuito Cultural da Praça da Liberdade

O Arquivo Público Mineiro (APM), localizado na Avenida João Pinheiro, 372, receberá recursos para reformas e melhorias do espaço através do Circuito Cultural Praça da Liberdade (CCPL). O prédio, construído em 1897 foi sede de repartições da Prefeitura Municipal e teve sua última reforma em 1998.

O APM preserva e cuida de documentos e os disponibiliza para a população. É a instituição cultural mais antiga de Minas Gerais, foi criada em Ouro Preto em 1895. Fazem parte do acervo, manuscritos, impressos, fotografias, gravuras, filmes que retratam a história de Minas Gerais desde o século XVIII até o século XX.

O estudante Cliver Thiago, 17, trabalha há 1 ano e 5 meses no APM, garante que a maioria dos visitantes do Arquivo é composta por estudantes universitários e é freqüente as visitas técnicas promovidas por escolas de ensino fundamental e médio. A reprodução do acervo fotográfico, por exemplo, só é permitido mediante preenchimento de uma autorização para uso e custa a partir de R$10,00 por imagem, mais R$ 1,50 para taxa de matéria e mais taxa de envio. O prazo e valores dependem da quantidade de imagens solicitadas.

O Arquivo Público passará, ainda, pela complementação das obras de restauração, reforço estrutural e climatização, que permitirão um acondicionamento mais adequado ao acervo. É aberto ao público de segunda à sexta-feira, de 9h às 17h.

Por Daniella Lages

Foto: Camila Sol