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Por Bianca Morais 

Rafael Ciccarini tem 42 anos, é atleticano, pai do Antônio de 6 anos, professor encantado pela arte de educar. Adora artes, é fã dos Beatles, já foi músico, mas pelo respeito a música resolveu abrir mão da aventura! Ciccarini é tudo isso, e também, reitor do Centro Universitário Una. Sua gestão é marcada pela paixão à educação!

A trajetória até a reitoria

Ciccarini iniciou sua história na Una em 2009, como professor de uma de suas grandes paixões, o Cinema. Ele já era educador, dava aulas em outros cursos, mas não universitários, e também atuava na área. Por vezes, tinha enviado seu currículo à Una, no entanto, não haviam vagas, até que naquele ano sua oportunidade chegou. 

O atual reitor ingressou na instituição no meio de um semestre, quando menos esperava estava ali, como “professor substituto”, cobrindo a licença no lugar de outro.

“Foi assim que entrei, no meio da disciplina, a qual não era especialista. Brinco que todo professor tem que aprender para dar aula, ninguém sabe tudo. E eu fui aprender para dar aquela aula específica, mas foi ótimo”, comenta Ciccarini.

Depois da substituição, Ciccarini acabou ganhando mais duas disciplinas, depois três, e nessa altura já estava encantado pelo curso, os colegas, alunos, e claro, pela Una.

Por volta de 2014, Ciccarini foi chamado para coordenar o curso de Cinema e Audiovisual. Ele que já vinha desenvolvendo outro trabalho no Cine Humberto Mauro, via a cena do cinema crescer em Belo Horizonte, e junto a esse momento teve o privilégio de assumir a coordenação.

“Nosso objetivo era tornar o curso da Una em uma referência nacional, e é o que foi feito, com um time de professores extremamente eficientes e uma cena cinematográfica aqui de BH que nos abraçou”, conta ele.

Após aceitar a coordenação do cinema, Ciccarini foi convidado pelo ex-diretor do campus Liberdade, Lélio Fabiano, companheiro de trabalho e amigo, a ser diretor adjunto ao seu lado, posteriormente, em 2016, com a saída de Lélio, o sucedeu na direção do antigo Instituto de Comunicação e Artes, atual campus Liberdade.

“Fiquei com o Lélio trabalhando um tempo e foi muito bom, comecei a ter uma noção mais ampla da área de educação e artes como um todo, aquele Instituto tinha muito a ver com o Lélio e o que ele trazia de cultura consigo, aprendi muito”, compartilha Ciccarini.

Nas palavras de Ciccarini, se a Una já é paixão, o campus Liberdade é o seu pulsar, uma energia diferente, ali ele podia explorar sua liderança sem deixar seu jeito “não muito formal” de lado.

“Uma vez o setor de manutenção foi me perguntar porque o campus Liberdade gastava mais água, energia e papel higiênico do que os outros. Primeiramente fiquei sem saber a resposta, mas depois de pensar, refleti que é porque o aluno do Liberdade ele não vai embora, ele estuda de manhã e fica até a noite, usando mais água, energia e papel higiênico. Ali as pessoas se sentem em casa. Conclui então que o indicador de sucesso de pertencimento é o papel higiênico”, brinca o reitor.

Os anos passavam e enquanto a carga horária de aula dele como professor diminuía, a de gestor só aumentava. O campus sob seu comando ampliava, e cursos que eram alocados em outros campus como Arquitetura, Design Gráfico, Design de Interiores e Gastronomia, foram incorporados ao Liberdade com a ideia da Economia Criativa.

“Nesse lugar que é o campus Liberdade, a Praça da Liberdade, região centro-sul, ele tem um potencial muito grande para a ideia da Economia Criativa, e o plano foi muito bem sucedido”, explica ele.

Com o campus Liberdade dirigido por Ciccarini a todo vapor, outro convite surgiu, o de também assumir a direção do campus Barro Preto, algo que na época era novidade, pois antes nenhum diretor assumia mais de uma unidade. 

“Foi um super desafio, eu vinha da área da comunicação, das artes, e lá era o lugar das engenharias, tecnologias, entre outros.  Para mim foi um grande aprendizado, dirigir uma unidade com todo portfólio de cursos diferentes dos que eu tinha trabalhado até então, ali eu me formei, em modo de falar, em 50 cursos, aprendendo um pouco com os professores de todas as áreas”, relembra Ciccarini.

Em meio a tanta bagagem de crescimento e liderança, Ciccarini foi convidado para ser vice-reitor do Uni BH, faculdade que também integra o grupo Ânima, deixando a Una por alguns anos. Por lá ele cresceu mais, assumiu a reitoria, retornando às suas raízes no dia 1º de agosto de 2019, subindo o último degrau da escada de sucesso dentro do Centro Universitário Una, exercendo o papel de reitor. 

Nascido no berço de grandes líderes

Para o atual Reitor do Centro Universitário Una, um dos pontos mais importantes em sua trajetória na instituição e em seu aprendizado, foi ter tido grandes líderes como mentores, entre eles cita Lélio Fabiano, Carolina Marra, Átila Simões, Ricardo Cançado e Marcelo Bueno, pessoas importantes para a Una e grupo Ânima em geral, e que juntos formaram um Ciccarini preparado para esse papel. 

“O que coroa a minha trajetória, o que me enche não de vaidade, mas de orgulho, no sentido bom, no sentido de quem ama o que faz, de quem se dedicou muito, é ter contado com esses grandes líderes e pessoas, não é uma trajetória só minha, é uma trajetória coletiva”, diz o reitor.

O eterno professor

Dentro de uma faculdade, o Reitor é o dirigente máximo da instituição, hoje, Rafael Ciccarini assume esse posto com muita excelência, mas não exclui a possibilidade de um dia voltar às salas de aula.

Durante seus anos como docente, a disciplina que mais amava lecionar era  História do Cinema. Apegado aquela matéria, ele a considerava sua e acabou tendo que abrir mão para alçar novos voos.

“Eu sou apaixonado pela História do Cinema, mais de 120 anos de história, é aquilo que eu mais me identifico contando, conversando sobre, mostrando trechos de filmes, analisando, filmes, diretores e estilos. Sinto muita falta de dar essa aula, ela é responsável por tudo que sou, tudo que eu descobri de valor foi dando essa aula, todos gostavam”, relembra o eterno professor.

Da sua trajetória como educador, Ciccarini sente saudades até da sala dos professores, de entrar nela e se sentir um deles, agora, com o cargo que assume, muitas das vezes que  chega no lugar, ele perde um pouco da espontaneidade.

“Esse ambiente é muito legal, sinto falta, mas sem dor, porque sei que um dia vou voltar, tenho certeza que é só um até logo. Sinto falta de rir com os alunos, de dar aulas como se não fosse um trabalho, porque quando de fato se gosta de dar aula, ela não soa como um”, completa ele.

O crescimento da Una e do Ciccarini

Ciccarini está na Una há cerca de 12 anos, e desde então tem visto ela crescer e se expandir a cada dia mais, porém nunca perdendo sua essência.

“Embora o contexto do Brasil atualmente seja diferente daquele em que entrei, o cenário mundial seja outro, a área de comunicação não é a mesma, por exemplo, no meu começo as turmas de publicidade tinha uns mil alunos, eu vejo que a Una permanece, porque é isso que a Una faz, está no DNA, esse coração que resiste independente do que acontece, vai sempre ser um espaço que renova continuamente sua esperança”, esclarece ele. 

Quem é o Reitor Ciccarini

Rafael Ciccarini é um cara entusiasmado pelo trabalho, se entrega de corpo e alma a tudo que faz, confia nas pessoas e também conquista a confiança de muitos, sempre se esforçando para oferecer o seu melhor.

O reitor Ciccarini erra e entende que isso é algo humano e natural, que os seus funcionários devem se permitir errar sem ser considerado o fim do mundo, pois isso dará confiança a eles. Segundo ele, se você tira deles a possibilidade do erro, tira deles a confiança e apenas uma pessoa confiante, inova, tenta e ousa.

“Em educação, no trabalho e na vida, a gente tem que saber que o errar, às vezes, é até mais importante que acertar, porque quando só acertamos, ficamos achando que somos perfeitos e infalíveis, e acabamos não sabendo lidar com insucesso, um não, uma barreira”, reflete o reitor.

O pai do Antônio

Ciccarini é um grande líder, respeitado por onde passa, no entanto, dentro de casa Ciccarini é ninguém mais que o pai do Antônio, e isto, é sem dúvidas, o gás que o motiva, o momento em que ele tira seu blazer e coloca a capa de super herói para o filho. 

“É um clichê, todo mundo fala isso, mas eu preciso dizer, quando você é pai você é confrontado com uma oportunidade de nascer de novo. A criança tem a algo mágico de olhar o mundo com uma pureza, no sentido de inocência, é um querer descobrir o novo, criança está sempre com desejo de descobrir o novo, de mais, o que que é isso, por que isso, a fase do por que, e às vezes a vida vai te batendo um pouco, e te cansando um pouco, mas o seu filho te renova, também essa curiosidade sobre o mundo, ao responder as perguntas para ele você tem que pensar sobre as tudo de novo, tem que dar ele esperanças de as coisas vão ser bacanas, você tem que renovar a sua aposta de sentido de existência. Cicarini é um pai muito feliz por ter tido essa oportunidade de ser pai”, conta ele.

De Ciccarini para Ciccarini:

“Calma, esse desejo , esse fogo de fazer, essa inquietude, essa chama, isso não pode ser fator de sofrimento, tem que ser fator de alegria. Exerça sua potência, faça o que você tenha que fazer, seja essa força que você é, mas isso tem que ser motivo de felicidade não de sofrimento, no sentido de, tem coisa que você não vai conseguir fazer, você não vai dar conta de tudo, tem coisa que você vai falhar, tem decisão que você vai tomar que vai desagradar pessoas, e isso faz parte da vida, então não tome para si todas as dores do mundo, ninguém precisa fazer isso”, conclui o reitor.

De Cicarini para a Una 60 anos:

“Existe muito essa ideia do reitor Cicarini, o centro, mas na verdade somos um time que abraça, é o time que se monta , e quanto esse time acredita que é possível. Quando você tem um grupo de pessoas talentosas e inteligentes, todas elas confiantes de que aquilo que a gente quer realizar,é possível, a gente pode chegar lá. 

Sempre a coisa mais importante são as pessoas, é formar bons times, trazer gente apaixonada, inteligente, talentosa, do bem. Não adianta só produzir e entregar, você tem que viver, é aquilo que eu falo, você tem que ter resultado, mas tem que ter leveza, felicidade, riso, ninguém consegue sustentar algo que é pesado por muito tempo, você tem um resultado de curto prazo, mas aquilo não dura, porque as pessoas não aguentam, elas acabam saindo e desistindo, então você tem que conciliar.

Gestão é um pouco disso, conciliar leveza, e resultado, só leveza não resolve, não vai ter do que viver, essa leveza não enche a barriga de ninguém, mas só resultado torna a vida muito pesada, o trabalho muito intolerante.

Muito obrigado, a primeira coisa que tenho a dizer é: vocês são meus colegas, essa comunidade é o que faz a Una, vocês são a Una, vamos seguir tentando realizar nossos sonhos e desejos aqui dentro da instituição, fazendo com que ela seja a soma e o desejo do que todos nós tenhamos de melhor, com erro e acerto, mas com desejo de transformar, de fazer diferença, de ver as coisas melhores, e juntos vamos fazer mais e fazer com que os próximos 60 anos da Una sejam ainda muito mais grandiosos do que foram os primeiros”. 

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A reflexão acerca do papel transformador da educação marcou a posse do novo reitor do Centro Universitário UNA, Átila Simões, na tarde de ontem. Em cerimônia afetiva que reuniu no salão principal do Museu Inimá de Paula, os diretores dos cursos de graduação da instituição, os professores, os alunos e demais autoridades e convidados, o novo reitor assumiu o compromisso de dar continuidade ao trabalho do seu antecessor, o Pe. Geraldo Magela, morto 29 de setembro de 2010, que foi lembrado com saudade pelos presentes.

O presidente da Ânima Educação, Daniel Castanho, abriu a sequência de homenagens. “O Átila já vinha conduzindo a reitoria juntamente com o Pe. Magela e foi um grande aprendiz dos seus ensinamentos”, declarou. Castanho garantiu que a indicação do vice-reitor para assumir a vacância do cargo foi legitimada por toda a comunidade acadêmica. Ao proferir um discurso emocionado, a professora Helivane Santos, representante do corpo docente, comoveu a todos. “Eu não queria fazer um discurso muito extenso, nem dizer palavras que eu não sinto de verdade”, explicou.

Átila Simões também foi homenageado pelo corpo discente, ali representado por membros da UNA DM Jovem, por colaboradores, que entregaram placa, pelos reitores da Unimonte e da Uni-BH, e pelo secretário de estado de ciência tecnologia e ensino superior. Os diretores e coordenadores que compareceram à cerimônia estavam felizes com a indicação de Átila. Para Celso Garcia, diretor do Instituto Politécnico “a capacidade que o Átila tem de enxergar o futuro é algo impressionante”. A diretora do Instituto de Saúde dos campi de Contagem e Betim, Rebeca Rosa, declarou que “o que a gente espera é continuidade de crescimento e qualidade acadêmica, que é o que o Átila já vem trazendo para a Una desde que assumiu como vice-reitor”. Natália Alves, coordenadora de extensão, lembrou as características pessoais de Átila: “o Átila é uma pessoa que eu admiro muito, pela inteligência, pela lucidez, pelo brilhantismo e também pelo humanismo. Ele é um grande incentivador das iniciativas de extensão, sempre atento à formação humana do aluno”.

“Sinto que o corpo docente está cada vez mais forte, bem preparado, comprometido com a casa e valorizado pelos alunos. Queremos trabalhar para que professores e alunos se encontrem em bons momentos de aprendizagem, para que os alunos aproveitem o tempo em que estão na UNA para ampliar seus horizontes, descobrir coisas novas, mudar suas cabeças e crescer”, declarou Átila Simões. Sem se esquecer do passado, o reitor lembrou dos anos que passou na companhia do Pe. Geraldo Magela: “em 2008, eu assumi a vice-reitoria e passei a trabalhar diretamente com ele, o que foi fantástico. Fizemos muita coisa em conjunto, suas palavras eram sempre muito sábias e assertivas. Eu aprendi muito com essa convivência”.

A trajetória do novo reitor na Ânima Educação se confunde com o processo de reestruturação da UNA, iniciado em 2003. Formado em Administração de Empresas pela Universidade de São Paulo, Átila Simões assumiu a vice-reitoria da instituição em 2008. Natural de Campinas-SP, mudou-se para Belo Horizonte, constituiu família e obteve o título de mestre pela Una. “Eu vivi Belo Horizonte com gosto, eu vivi a UNA com gosto, a instituição me fez feliz e eu espero fazer de professores, alunos e funcionários pessoas igualmente felizes”, contou.

Por: Fernanda Fonseca

Foto: Juliana Costa