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Foto Ana Paula Tinoco
Por Ana Paula Tinoco

“Nosso nome é resistência e resistimos e resistiremos sempre! ”
Pedrina de Lourdes Santos
 

Dia a dia estamos à mercê da intolerância por parte de uma parcela da sociedade. As pessoas são julgadas por suas crenças, cor, orientação sexual, identidade de gênero e sua região de nascença. Não muito raramente vemos casos onde o preconceito leva as pessoas as vias de fato, praticando crimes de ódio simplesmente por não respeitarem as diferenças e a diversidade do meio em que vivemos. Há cerca de um ano, a criança Kailane Campos, que tinha 11 anos na época, foi agredida a pedradas no Subúrbio do Rio de Janeiro no momento em que saia de um culto. Candomblecista a menina relatou que achava que iria morrer.

Segundo dados copilados pela Secretária de Direitos Humanos da Presidência da República, somente em 2015 houve um aumento de 164% no número de queixas relacionadas a intolerância religiosa contra os praticantes de religiões de matrizes africanas e, todas elas registradas em Belo Horizonte. No ano passado, 2016, o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) trouxe novamente à tona a discussão sobre a discriminação que cresce contra as pessoas que seguem crenças diferentes da maioria.

No dia 20 de fevereiro teve início no Conservatório da UFMG, a 11ª edição do Festival de Verão. O encerramento do evento ocorreu hoje, 23, e a palestrante convidada para finalizá-lo foi Pedrina de Lourdes Santos. Considerada a primeira capitã de Moçambique do Estado de Minas Gerais, ela começou a dançar e tocar ao lado de seu pai quando tinha 11 anos. Hoje, aos 55, Pedrina, após assumir ao lado de seu irmão a capitania da Guarda, se tornou referência quando o assunto é a representatividade da identidade do povo brasileiro.

Sob o tema “Religião de Matriz africana”, Pedrina destacou as diferenças e semelhanças entre as religiões, assim como as raízes e a herança cultural do povo brasileiro, que passa por uma viagem pelas tradições herdadas dos povos africanos. E pede pelo reconhecimento e respeito pela cultura e pelas vidas que foram sacrificadas para que uma nação nascesse: “É triste ver as pessoas dizerem que tudo que é de negro é ruim, é do mal. Eu conheço cidadãos que consideram até hoje os negros, pessoas de segunda classe”, conta Pedrina.

Ela trouxe para a palestra um momento de conscientização, em que chama as pessoas para conhecerem a luta, a cultura, a história de um povo. E ainda, revelou o perigo da generalização do todo por uma parcela: “Você tem que conhecer a pessoa. E para isso é preciso conhecer o caráter dela. Não se pode julgar alguém pela aparência.”, categoriza Pedrina. Ao falar sobre os movimentos negros, ela chama todos para a união. Para juntos vencerem a luta do dia a dia para acabar com o preconceito: “Eu estou fazendo o movimento negro desde que eu nasci. E também estou resistindo desde que nasci”, finaliza.

 

Quem passa pela região da Savassi, próximo as ruas Getulio Vargas e Cristóvão Colombo pode notar uma tribo da sociedade tentando difundir sua filosofia de vida. São os seguidores do movimento Hare Krishna, eles já estão em Belo Horizonte à cinco dias e tentam mostrar mais de sua doutrina para a população.

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Muitos dos seguidores de Krishna viajam por todos os estados do país pregando a sua doutrina e também vendendo livros de todos os segmentos inclusive os mantras. O sustento desses seguidores para estas viagens vem das vendas destes livros, eles não possuem outra profissão paralela.

Segundo Daniel Szavo, 23, seguidor de Hare Krishna, a religião é originada da cultura indiana, que tem como objetivo tentar compreender Deus Krintina e buscar a espiritualidade. Eles acreditam que para o ser humano ter um vida plena é necessário a desmaterialização das coisas do mundo.

O estilo deles de vida é diferente, os homens raspam a cabeça e deixam apenas um topete no alto. Szavo, afirma que este tipo de ação acontece porque buscam a limpeza, pureza e optam por não ter vaidade.

Para aqueles tem que interesse no movimento e desejam se tornar membro existem quatro regras básicas a serem seguidas: não comer peixe, carne e ovos; não consumir drogas,bebidas, fumo; não praticar jogos de azar; não praticar sexo, exceto no casamento. Para saber mais sobre a seita consulte o site Aluno Oline.

Andressa Silva

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Com a bíblia na mão e com o propósito de falar sobre a palavra de Deus Aline Mansur, 27 é Pedóloga e nas horas vagas é voluntaria no projeto de evangelização em ruas e casas. “Na bíblia, Deus diz que devemos propagar a sua palavra, pois assim estaremos dando continuidade aos seus ensinamentos.” justifica Mansur que é seguidora da religião Testemunha de Jeová que prega uma doutrina e prática toda voltada para o que a bíblia diz.

A Jovem conta que Testemunhas de Jeová realiza muito esse trabalho de leitura da bíblia e que esse trabalho ocorre mais nas residências das pessoas que os recebem, porém é mais difícil nos dias de hoje achar alguém que tenha tempo. É mais fácil pegar a pessoa que está assentada na praça esperando alguém ou descansando, pois essa pessoa tem tempo para ouvir a palavra de Deus. Ela conta que o objetivo é mostrar para as pessoas que o fim dos tempos estão chegando. Que as profecias que constam na bíblia ditas por Deus, está começando a ser cumpridas e afirma mostrando a passagem bíblica em Mateus, capítulo 24 Versículo 7 e 8 que diz:  “Porque nação se levantará contra nação e reino contra reino, e haverá escassez de víveres e terremotos num lugar após outro. Todas essas coisas são um princípio das dores de aflição”. Ela relata que as pessoas acreditam que isso se deve somente por conta do aquecimento global, ou fenômenos naturais, sem perceber que isso já estava nas escrituras.

O estudante Cristian Henrique,18 estava na praça e foi abordado por Aline que falou sobre as profecias bíblicas. Cristian disse que acredita em deus e acha o costume interessante, mesmo não seguindo nenhuma religião. Diz que a atitude não incomoda, afinal de contas não estava fazendo nada na praça. “Fiquei surpreso com as coisas que ela me mostrou na bíblia.” Conta o estudante. Apesar de ter prestado atenção e de certa forma acreditar em algumas coisas, Cristian diz que não se sente a vontade para procurar a igreja.


Foto e texto por João Marcelo Siqueira

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Raposão visita a Escola Estadual Affonso Pena.

A agitação tomou conta do intervalo na Escola Estadual Affonso Pena, localizada na Av. João Pinheiro, esquina com Rua Aimorés. O motivo? A presença do ‘Raposão’ do Cruzeiro, alegrando as crianças.

A iniciativa foi do professor de Ensino Religioso Geraldo Magela, na intenção de integrar os alunos e mostrar que religião não é somente falar sobre Deus, mas também ensinar a união e a confraternização. O professor pretende levar ainda o Galo do Atlético Mineiro e o Coelho do América. “A receptividade das crianças foi ótima!”, contou Magela. Os adultos também adoraram a iniciativa do professor. A diretora da escola, Rosana Mol Lana, também entrou no clima de festa.

O professor pretende levar também o Galo do Atlético Mineiro e o Coelho do América, acreditando que recreações reforçando a união e mostrando as diferença entre as pessoas, seja no esporte, na política ou na religião, podem interferir na formação educacional das crianças.

Confira entrevista com o professor Geraldo Magela:

Por: Débora Gomes e Camila Sol