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Rosilene Campolina

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Por Daniela Reis 

Hoje trouxemos uma delícia para os amantes de bacalhau! Uma ótima pedida para entrada ou até mesmo para o tira-gosto do final de semana. Quem nos agracicou com a receita foi a chef de cozinha e professora do Centro Universitário Una, Rosilene Campolina.

 

Casquinha de Bacalhau à Moda Rosilene Campolina

Rendimento: 20 unidades

Tempo de preparo: 45 minutos + tempo de forno

Ingredientes:

  • 1 kilo de bacalhau saithe dessalgado e desfiado
  • 20 casquinhas de siri limpas (compradas em peixarias ou supermercados)
  • 1 lata de molho de tomate refogado ou caseiro
  • 1 colher de sobremesa de açúcar
  • 2 pimentões, sendo 1 vermelho e 1 amarelo bem picadinhos
  • 1 colher (sopa) de azeite-de-dendê
  • 200 ml ou 1 xícara (chá) de leite de coco
  • 6 pães de forma sem a casca picados
  • 1 xícara de azeite (preferência português)
  • 1 colher (sopa) bem cheia de alho triturado ou amassado
  • 2 pimentas dedo de moça bem picadinhas, sem as sementes
  • 1 maço de cheiro verde (salsa e cebolinha) bem picadinho
  • 1/2 maço de coentro bem picadinho (opcional)
  • 2 colheres (sopa) de manteiga
  • 4 colheres (sopa) de farinha de rosca
  • 6 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado
  • Sal a gosto
  • Pimenta biquinho, limão e salsa para decorar

Modo de Preparo:

Depois de dessalgar o bacalhau saithepor 24h. Afervente-o por alguns minutos, até abrir em lascas. Escorra a água e desfie-o. Reserve. Coloque o pão numa tigela e cubra com o leite de coco, deixando de molho até amolecer. Numa panela grande, aqueça o azeite de dendê misturado com metade do azeite português e refogue a cebola e o alho. Junte o bacalhau, os pimentões e o molho de tomate misturado ao açúcar.

Acrescente o pão umedecido, o cheiro verde, o coentro, as pimentas dedo de moça e misture bem. Regue tudo com mais azeite e reserve. À parte, misture o queijo ralado, a farinha de rosca e a manteiga. Recheie as casquinhas com o creme reservado e salpique um pouco dessa mistura de queijo ralado por cima. Leve ao forno para gratinar.

Sirva a seguir, regado à azeite e decorado com fatias de limão, cheiro verde e pimenta biquinho.

Toque de chef: o uso do coentro deve ser moderado e pode ser opcional, mas é bom lembrar que, nesta receita ele faz toda diferença!

Quer mais receitas da chef Rosilene Campolina, acesse o site dela:

 www.chefachef.com.br

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Por Keven Souza

É com a postura vibrante e contente que o Contramão, celebra hoje, em dose dupla o sexagésimo aniversário do Centro Universitário Una, ao lado da aluna recém-formada que acredita, assim como a instituição, que o conhecimento é um instrumento poderoso na transformação do mundo.

Shirley Benedete de Figueiredo, que coincidentemente também comemora os seus sessenta anos, é uma mulher de trajetória edificante que radia superação e finalizou neste semestre a graduação de Gastronomia. Essa nova etapa em sua vida, significa que a determinação é o substantivo que realça seu caminho a não se limitar à idade, ela representa todos aqueles que compreendem a idade apenas como uma contagem biológica e não ligada à velhice.

Shirley Benedete

Em sua história de vida, desde muito nova, Shirley percebia o sentimento de felicidade que agitava em seu coração através de sua afinidade com a cozinha. O seu carinho pelo ambiente é uma relação pura e admirável, que permite salientar que o amor pelo universo gastronômico não é algo atual.

Para ela, a grande inspiração para adentrar na arte culinária veio de sua tia-avó Cecília, que percebia o gosto da sobrinha pela cozinha desde pequena e lhe ensinou conhecimentos incomuns e difíceis de se encontrar nos livros hoje em dia. Ao perceber sua paixão por receitas, a tia lhe deu o seu primeiro livro de culinária “Sei Cozinhar” de Maria Rosalina, que naquela época era o principal contato que estimulava seu dom pela elaboração de alimentos.

Com o passar do tempo, as experiências, as técnicas e o ato de cozinhar da Shirley foram sendo moldados conforme frequentava diferentes cursos e palestras gratuitas que saciavam o desejo de se especializar em Gastronomia.

Embora ardia em seu peito a paixão pela culinária, Shirley possui uma história de vida que foi conduzida por uma luta árdua entre suas escolhas pessoais e a de sua família. Por muito tempo, ingressar na graduação era sonho distante, já que aos 33 anos de idade se tornou mãe solo após o falecimento de seu marido.

“Minha vontade de fazer Gastronomia ficou guardada por muito tempo, em uma “gaveta”, eu que tinha quatro anos de casada em 1994, perdi meu marido, que faleceu me deixando com dois filhos pequenos”, explica.

Naquela época a falta do esposo, trouxe para sua família uma situação complicada e a opção mais viável era trabalhar e cuidar dos filhos. Os estudos se tornaram uma de suas últimas prioridades naquele momento.

Sua relação com a Una

Prato desenvolvido por Shirley em uma aula prática do curso de Gastronomia

Em 2017, quando estava decidida a dar seguimento em seus estudos, um longo período de pesquisa e indecisões para escolher qual escola de ensino superior se matricular, atordoou Shirley, que após dois anos, em 2019 iniciou o curso de Gastronomia na Una. Um dos critérios decisivos foi o índice de qualidade e o ambiente inspirador da instituição.

Na época, a visita da então estudante na Cidade Universitária, no campus Liberdade, foi um momento encantador para reforçar ainda mais o amor que sente pela culinária e compreendeu que aquela era a ocasião de retirar o seu sonho do papel. “Fiquei mais encantada e não tive dúvidas, já fiquei ansiosa para ter aula, mas tive que esperar até iniciar o período para vivenciar essa experiência e com isso reforçar o amor que eu sempre senti pela Gastronomia”, explica.

O vínculo da Shirley com a Una, amplifica os seus ideais e sua paixão pela cozinha, existe uma relação de carinho com a instituição, que segundo ela se aproxima da extensão de sua casa, e oportuniza o sentido em sua vida.

Sua conexão com os professores, docentes e colegas é formada por uma excepcional comunicação e uma ativa participação nos eventos institucionais, que desde o início obteve uma experiência formidável em relação ao curso e construiu laços amizade, capazes de auxiliar o seu crescimento pessoal e ampliar o network de sua área.

Além disso, no ambiente escolar, pratica a “cozinhaterapia” e incentiva alunos e professores a promoverem desafios gastronômicos, sendo exemplo de jovialidade que transparece apreço pela profissão até nos pratos e nas receitas, uma sonhadora pronta para novos horizontes e novos ciclos.

Rosilene Campolina, que é professora de Gastronomia e idealizadora do projeto Gastrouna, afirma que, é uma honra ser professora da Shirley e tê-la na turma é uma maneira de mostrar o quanto a Una navega em vários tipos de idade, classe social e poder econômico, que torna a sala de aula um ambiente inclusivo e plural.

Para ela, alunos como a estudante obtêm a oportunidade de fazer parte de turmas ecléticas que trocam sabedorias e conhecimentos únicos, essenciais para a formação, mas também para a vida toda.

“É um prazer dar aula para alguém tão engajada, comprometida e disciplinada. Às vezes lançamos ideias ou damos um trabalho, e você acaba tendo um retorno daquele aluno engajado que se interessa, e ela é assim. É um prazer dar aula pra ela” explica a professora.

Shirley e a professora Rosilene Campolina

Shirley completar sessenta anos finalizando a graduação, é relevante para desmistificar os limites impostos pela sociedade em relação a idade, demonstra que chegar ao sexagésimo aniversário é completar mais um ciclo de vida e que em qualquer idade, as pessoas são livres a seguirem seus sonhos e objetivos, sem ser dependentes.

Sua energia e seu empenho, a torna um exemplo plausível de força de vontade que muitas pessoas se identificam e se orgulham através de sua trajetória, e rompe com o tabu social de que um indivíduo chegar a uma idade avançada, significa ser uma pessoa incapaz e inválida na sociedade.

Por conseguinte, Shirley afirma que, a conclusão do curso de Gastronomia neste semestre, ficará marcada na sua história para além do currículo, o seu carinho e amor pelos colegas e professores da Una, permaneceram dando sentido a sua vida e que a partir de agora pretende seguir a carreira de Personal Chef, nos afazeres de almoços ou jantares esporádicos para conseguir otimizar o seu tempo e aproveitar a vida e sua aposentadoria.

“Sigam em frente, invistam nos talentos natos, promovam desafios gastronômicos para incentivar cada vez mais os Alunos e Professores”, diz a estudante para a instituição.

Receita

Ratatouille do Cerrado

Rendimento: 6 porções

Ingredientes:

225 g de cebola

150 g de batata-doce polpa roxa

350 g de batata-doce casca roxa

350 g de abóbora de pescoço

350 g de abóbora menina

120 g de maxixe

500 g de mandioca

400 g de carne seca

45 g de queijo coalho ralado

45 g de manteiga de garrafa

100 ml de creme de leite

sal a gosto

18 g de licuri picado grosseiramente

30 g de melado de cana

20 g de sementes das abóboras

Farinha de mandioca QB (quanto baste)

Azeite QB (quanto baste)

Modo de Preparo:

Picar a carne seca em cubos e deixar de molho em água no dia anterior, no dia seguinte cozinhar por 20 min, posteriormente desfiar. Refogar em 2 colheres (sopa) de manteiga de garrafa.

Cortar os legumes: em rodelas de 1 cm, cozinhar (separadamente) por uns 10 minutos, o ponto do cozimento deve ser al dente. Selar todas as rodelas em frigideira aberta com um fio de azeite.

Cortar o maxixe em rodelas de 0,5 cm, passar levemente na farinha de mandioca e selar em um fio de azeite para ficar crocante.

Cortar a mandioca em cubos e cozinhar em água com sal, até a mesma ficar bem macia. Em seguida escorrer e espremer ainda quente.

Fazer um purê, colocando numa panela aquecida 3 colheres (sopa) de manteiga de garrafa, a mandioca, o creme de leite, 2 colheres (sopa) de queijo coalho ralado grosso, sal à gosto.

Cortar a cebola Ciseler, refogar numa panela com um fio de azeite, mexer para não queimar, até ficar translúcida, acrescentar 2 colheres (sopa) do melado de cana.

Picar grosseiramente o licuri, as sementes de abóboras devem estar secas, juntá-las com o licuri e levar para uma frigideira aquecida para dourar e ficar tipo uma farofinha crocante.

Ralar o queijo em ralo grosso e reservar.

Iniciar a montagem na travessa, fazendo uma cama com a cebola caramelizada.

Colocar por cima a carne seca e em seguida o purê de mandioca. Após ir distribuindo alternadamente os legumes.

Finalizar colocando o queijo ralado e a farofinha (mistura do Licuri e as sementes de abóboras crocantes).

Levar ao forno para gratinar por 20 a 25 minutos à 200º C.

Servir ainda quente.

 

Edição: Daniela Reis 

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Por Bianca Morais 

O curso de Gastronomia do Centro Universitário Una é referência não apenas em Minas Gerais, como em todo o Brasil e muito se deve à postura que a faculdade e seu corpo docente assumem em buscar maneiras diferenciadas de conectar o aluno com o mercado. 

Dentro dessa proposta de empregabilidade ao aluno, nasceu o GastroUna, o principal evento de Gastronomia da instituição. Com dez edições bem-sucedidas, o projeto propõe aos estudantes do último período do curso a elaborar um projeto técnico científico, que consiste na criação de um negócio, que envolve desde nome, logomarca, plano de negócio, planejamento estratégico, ações de marketing, construção de cardápio, definição do público-alvo e execução. A mostra acadêmica é uma proposta com visão empreendedora que tem a função apresentar e inserir os participantes no mercado de trabalho, sua realização acontece sobre três eixos temáticos, sendo eles: visão empreendedora, sustentabilidade e a inovação.

Todo semestre, os estudantes se reúnem em grupos e trabalham em seus projetos, no dia do evento, eles se apresentam à bancada de jurados, que é sempre composta por grandes nomes da Gastronomia, o que proporciona a eles além da experiência, a possibilidade de estabelecer uma rede de contatos, uma verdadeira vitrine para quem está ingressando na área.

O GastroUna sempre foi um trabalho interdisciplinar, que permite aos alunos fazerem essa ligação com os vários campos que a academia oferece, e para isso, eles contam com o auxílio não só dos professores, mas com toda uma rede de colaboradores da Una. O curso de Cinema, por exemplo, é muito ativo no evento, sempre produz vídeos que são divulgados antes, durante e após o evento. Já no dia, o Cinema une-se ao Jornalismo para realizar a cobertura, entrevistando alunos, júri e convidados. Atendendo as demandas dos alunos eles também recorrem a cursos como Publicidade e Propaganda e Design Gráfico para construção dos negócios e o que for necessário para o sucesso de suas apresentações.

O início de tudo

Rosilene Campolina é chef de cozinha e professora do curso de Gastronomia, além disso é idealizadora do projeto GastroUna. Em 2016, ela ministrava a matéria de Projeto Interdisciplinar e foi quando teve a ideia de renovar aquela disciplina que trazia em sua ementa a inovação. “Já que trabalhávamos nesses projetos com foco no empreendedorismo, nada mais interessante do que fazer essa conexão, estabelecer essa ponte entre o aluno e o mercado de trabalho, com profissionais da área todos envolvidos”,  explica Rosilene.

No começo, o GastroUna era um evento apenas com barraquinhas distribuídas no pátio da instituição, onde cada grupo preparava sua receita e vendia para o público. Rosilene guarda boas lembranças da época e da “Gastrourna”, uma urna onde o público depositava seu voto de melhor prato. “Os alunos vendiam, as pessoas compravam e existia uma disputa entre os grupos, era uma adrenalina danada, porque todo mundo queria vender muito para ganhar”, conta a idealizadora.

O projeto cresceu, saiu daquele modelo mais tímido e tomou conta do auditório da unidade João Pinheiro, ganhando ali um caráter mais objetivo e focado. “Mudamos o formato de feira para a mostra acadêmica, até porque às vezes o aluno focava muito em vender, queria ser o melhor e esquecia um pouco da gestão, da parte administrativa do negócio”, completa a professora.

O GastroUna é um trabalho científico, com apresentação e conceitos bem definidos, além da prática que acontece no dia do evento, por trás os alunos realizam um denso trabalho de pesquisa e fichas técnicas de todos os produtos, obedecendo as ordens da ABNT, com o principal objetivo de tornar aquele estudante um profissional capaz e proativo. 

Segundo Rosilene em dez edições, somando-se a participação de forma direta ou indireta, seja de pessoas assistindo, de empresas patrocinadoras, de professores, alunos de gastronomia e até de outros cursos que atuam de outras formas no evento, como os de arquitetura, comunicação, gestão de negócios, marketing, se tem cerca de 9 mil pessoas que passaram por ele. 

Os parceiros

O GastroUna se consagra como uma vitrine de empreendedorismo para o mercado e envolve o cenário gastronômico, hoteleiro e turístico de BH. Desde a sua primeira edição, o júri técnico, responsável por julgar os trabalhos junto com o popular, conta com parceiros renomados e bem eclético. O evento busca trazer o melhor do mercado, dos setores público e privado, com a intenção de dar aos alunos a abertura para diversas áreas. 

Um deles é o chef Eduardo Maya, idealizador do Comida di Buteco e da Feirinha Aproxima, parceiro consagrado do GastroUna, presente desde a primeira edição do projeto, está sempre proporcionando grandes oportunidades, não apenas aos vencedores, mas a todos os alunos que participam.

Em uma das edições, o grupo “Bom Caldin”, foi convidado por ele para participar do “Uaini Night”, na Casa Fiat de Cultura, festa que Eduardo estava planejando para um público de cerca de 500 pessoas. “Ele tinha montado muitos stands no jardim da Casa Fiat para vender os pratos que fossem acompanhar os vinhos, gostou tanto dos caldos que esse grupo fez, que me perguntou se eles dariam conta de participar do evento, todos ficaram muito empolgados de atuarem em um evento grande, fizeram muito bonito e venderam tudo”, relembra Rosilene.

Eduardo Maya também já convidou os vencedores do evento para participarem da feira gastronômica Aproxima, e do festival Django Beer, em todos eles os alunos têm a oportunidade de vender os pratos que fizeram e o lucro fica com a equipe

“É um projeto inovador, muito bem executado e elaborado, ele procura transportar os alunos para o universo real, a vida real, o emprego real, o trabalho real e a empresa real, gosto muito desse projeto”, comenta Eduardo Maya.

Márcia Nunes, do restaurante Dona Lucinha, é outra jurada de peso que sempre marca presença no GastroUna. Marcia seguiu o legado da mãe que dá nome ao estabelecimento, administra o restaurante, é escritora e historiadora. Desde a primeira edição, o conceituado restaurante de Belo Horizonte, proporciona aos vencedores um almoço ou jantar para toda a equipe.

“É surpreendente o envolvimento dos estudantes dentro desse projeto, porque o que traz de experiência para eles do ponto de vista de maturidade, de conhecimento para empreender logo quando estão se formando, é um preparo, um pé no terreno daquilo que será a realidade prática deles. A academia fornece todo suporte teórico, mas eles precisam compreender o mercado, então a Rosilene teve uma sacada muito genial de trazer o mercado para dentro da academia”, reforça Marcia Nunes.

Além dos jurados que sempre apoiam o projeto, ele ainda tem parcerias muito importantes, como da Prefeitura de Belo Horizonte, Belotur, Abrasel, Capim Cheiroso, Sabará e Sabor, Sabarabuçu, Emater-MG, entre outros.

Alunos de sucesso

O Gastrouna já cumpriu seu dever na vida de muitos dos estudantes que passaram por ele, além de terem tido a oportunidade de trabalhar em diversos festivais gastronômicos, como o Festival de Sabará, de Congonhas, Caxambu, e criar um imenso network, muitos alunos conseguiram também se emplacar no mercado.

Carol Silva, é uma dos exemplos de sucesso, hoje a campeã de 2018 do GastroUna administra um buffet, um delivery, além de ser distribuidora de uma marca de utensílios de cozinha, a Royal Prestige, multinacional americana, que conheceu através do evento.

No ano em que venceu, ela e seu grupo foram convidados para participar do Arraial de Belo Horizonte. Na época, estavam selecionando os melhores grupos de cada faculdade de Gastronomia, a seleção da Una foi através do GastroUna, assim eles foram escolhidos para venderem seus pratos juninos na festa, participaram dois finais de semana consecutivos, ganharam ingressos, foram entrevistados pela imprensa, uma grande visibilidade.

“Meu prato foi um dos premiados, através dessa premiação eu tive visibilidade em vários jornais e isso foi muito importante para o meu crescimento como profissional, isso me fez crescer muito”, conta Carol.

A chefe de cozinha garante que o GastroUna foi um divisor de águas em sua vida, é muito grata com tudo, já que para ela foi uma experiência muito importante e que trouxe grandes ensinamentos

“Ele me ajudou muito no quesito de gestão de negócios, me preparou para ser a empreendedora que eu sou hoje, então foi muito importante para mim, abriu muito meus olhos para o negócio, abriu várias portas, me ensinou muito a como me comportar, buscar parcerias. Cresci muito como empresária, como mulher, como chefe de cozinha, e tudo através do GastroUna”, completa ela.

Carol Silva é apenas um dos vários talentos revelados pelo GastroUna.

O formato online

O evento sempre aconteceu de forma presencial, que dava ao júri e plateia a experiência gastronômica de provar todos aqueles pratos incríveis produzidos pelos grupos. No entanto, com o início da pandemia, ele precisou se adequar, e suas últimas duas edições virtuais foram de muito sucesso.

O formato remoto proporcionou novas propostas ao evento, como a participação, por exemplo, do chef Paulo Rodrigues, chefe da embaixada brasileira no México e diretor da federação latina americana de gastronomia, que apenas pode ser pelo padrão online, o evento também foi transmitido pelo youtube com intérprete de libras, e por isso teve um alcance muito grande sendo assistido por pessoas de todo o mundo. 

Nessa última edição online, ainda teve o lançamento do primeiro e-book do GastroUna em comemoração a décima edição, onde foram divulgados as receitas dos grupos e seus empreendimentos.

“Essas iniciativas são muito importantes, porque os alunos já aproveitam seu repertório, aquilo já faz parte do seu sonho, e a gente tá aqui, como mediador, para ajudá-los a realizá-lo, o ajudando a criar portfólio e contatos” acrescenta Rosilene.

O reconhecimento

Em 2017, o GastroUna foi tema do terceiro Congresso Nacional de Metodologias Inovadoras no ensino superior, o GIZ, realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais. Rosilene foi representar a Una, com o projeto que nasceu pequeno com a feira e hoje é uma mostra acadêmica que a cada ano se supera em números e participações.

Em sua última edição, o evento recebeu uma honraria concedida pela Prefeitura de Belo Horizonte, através da Secretaria Municipal de Assistência Social, Alimentar e Cidadania, a professora Rosilene Campolina, foi agraciada com o certificado de mérito por colaborar com o desenvolvimento da gastronomia no município, entendendo que o GastroUna contribui para a cadeia produtiva da gastronomia, com formação que potencializa inovação, empreendedorismo, responsabilidade social e o uso sustentável dos alimentos, unindo tradição e modernidade. Com essa trajetória o GastroUna contribui e fortalece o título de cidade criativa da gastronomia de Belo Horizonte. 

“Eu fico com um sentimento de mãe, de realização e satisfação, de um projeto que deu certo, que acreditei nele, começou pequeno mas com as buscas por parcerias de pessoas que eu conhecia de dentro do mercado foi crescendo, motivando alunos. É um evento trabalhoso, mas que é muito gratificante e eu espero que ele possa continuar colhendo bons frutos”, complementa a idealizadora.

O GastroUna é o encerramento do ciclo da aprendizagem do aluno na faculdade e a sua entrada no mercado de trabalho. Dentro de suas principais contribuições, inclui-se destaque dado ao planejamento dessas aulas com tecnologias inovadoras, utilizando visita técnica, conexão com o mercado, promovendo a interlocução entre a produção acadêmica e a prática da gastronomia sustentável, com visão empreendedora, o diálogo interdisciplinar, para atender essa complexidade da formação do aluno, aprofundamento dos conhecimentos acadêmicos e a interface de culturas locais e globais, contemplando a dimensão científica a ética, estética e produtiva no contexto da gastronomia.

O GastroUna é mais um dos projetos Una, que há 60 anos busca envolver o aluno a experimentar sua área de atuação, a inclusão social e o desenvolvimento local transformando o seu redor.

 

Edição: Daniela Reis 

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O mês mais gostoso do ano é junho, quem concorda? Caldos, milho verde cozido, pipoca, cachorro quente, quentão e canjica, é claro! E é no clima junino a nossa receita de hoje, afinal mesmo que em casa a gente não pode deixar de comemorar as festas juninas!

E quem nos agraciou com essa deliciosa receita de canjica foi a chef de cozinha e professora do curso de Gastronomia da Una, Rosilene Campolina.

Canjica Deliciosa 

Ingredientes:

  • 500g de milho para canjica (eu uso o amarelo)
  • 1 bom pau de canela
  • 6 cravos
  • 1 anis estrelado(se tiver)
  • 2 xícaras de açúcar branco ou mascavo
  • 1 lata de leite condensado
  • 2 litros de leite
  • 1 vidro de leite de côco
  • 200 g de côco ralado
  • 200g de amendoim torrado sem pele triturado
  • casca e raspas de 1 laranja (sem a parte branca)
  • uma boa pitada de sal
  • coco queimado ralado Qualicy para finalizar

Modo de Preparo:

Pegue 500g de milho para canjica (eu uso o amarelo), depois de lavado e escorrido, coloque-o para cozinhar em panela grande de pressão junto com 1 bom pau de canela, 6 cravos, 1 anis estrelado(se tiver) e água até cobrir toda a canjica, ultrapassando 4 cm. Feche a panela e deixe cozinhar por cerca de 30 a 40 minutos, observando sempre se ainda tem água na panela (cuidado p/ não deixar queimar).

Verifique o cozimento e a água entre 15 a 20 minutos. (se quiser diminuir este tempo, deixe o milho de molho por algumas horas) assim que o milho estiver cozido e quase sem água, retire os cravos, a canela e o anis e adicione a casca da laranja, o açúcar, a lata de leite condensado e 2 ½ litros de leite colocados aos poucos, mexendo sempre para não agarrar. Deixe encorpar. Retire a casca de laranja e adicione leite de côco, o côco ralado e o amendoim (prefiro triturar à moer) desta forma o amendoim fica mais granulado e percebe-se mais a textura e sabor!

Mexa tudo sempre com uma colher de pau e coloque casca de 1 laranja (sem a parte branca) e uma boa pitada de sal para quebrar o doce!

Prove a canjica e acerte o doce a seu gosto! Se quiser menos doce, e uma canjica menos grossa, coloque menos açúcar e mais leite. Retire a casca da laranja, o pau de canela e os cravos. Acrescente as raspas da laranja. Sirva quente em ramequins ou canecas, polvilhadas com côco queimado e canela em pó.

Aguarde os elogios! Com certeza nem o frio irá resistir!

Toque de chef: se quiser substituir o açúcar branco pelo mascavo, a sua canjica terá um toque “caipira” que lembrará a velha e boa “rapadura”!

 

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O evento é a mostra acadêmica dos estudantes do curso de Gastronomia da Una

Por: Italo Charles 

No dia 09 de dezembro aconteceu a 10ª edição do GastroUna. O evento que encerra o semestre acadêmico do curso de Gastronomia do Centro Universitário Una foi transmitido ao vivo pelo Youtube e contou com a participação de grandes nomes da gastronomia mineira e também de espectadores internacionais.

A edição comemorativa  uma grande  novidade. Durante o semestre letivo a UnaCom (Agência experimental de Comunicação da Una) desenvolveu junto com alunos de gastronomia um e-book com as receitas criadas pelos grupos participantes. 

De acordo com Rosilene Campolina, chef e idealizadora do projeto, o Gastrouna sempre busca inovar. “A cada ano o Gastrouna se supera, por edição são mais de 80 produtos que os alunos lançam, entre receitas, pesquisas, produtos e cardápios. São muitas coisas, mas desta vez o destaque vai para o e-book”, comentou.

O material pode ser baixado gratuitamente no link.

Premiação da PBH

Outra grande surpresa do evento foi a homenagem concedida à professora Rosilene Campolina e ao Centro Universitário Una pela  Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania. Rosilene foi agraciada com o certificado de mérito por colaborar com o desenvolvimento da gastronomia na cidade de Belo Horizonte.

Segundo Rosilene, a edição comemorativa foi de muito sucesso. “Foi um grande desafio organizar a mostra nesse momento de pandemia. Mas nós conseguimos realizar o evento com grande sucesso, tivemos alcance internacional e ao final recebemos uma homenagem e certificação por contribuir com o desenvolvimento da gastronomia no município”.

De acordo com Rodrigo Neiva, vice-presidente acadêmico do grupo Ânima,  o fortalecimento de eventos como o GastroUna é de grande importância para o desenvolvimento técnico dos estudantes. “Quando o aprendiz participa de eventos nesse formato ele desenvolve competências fundamentais que um profissional precisa ter”.

Apresentações

Durante a programação, os estudantes dos quatro grupos participantes apresentaram aos jurados suas propostas de empreendimentos gastronômicos que incluem a idealização, gestão, logística, desenvolvimento de cardápio e o preparo dos pratos. 

A bancada de jurados foi contemplada por vários nomes conhecidos da gastronomia, turismo e gestão, como: Ana Gabriela Baêta (Belotur), Antônio Terra (Una), Darklane Rodrigues (PBH), Eduardo Maya (Gastronomo),  Márcia Nunes (Dona Lucinha), Matheus Daniel (Abrasel), Paulo Rodrigues (Chef Embaixada Brasileira), Roberta Zampetti (Jornalista), e o Vice presidente acadêmico do grupo Ânima, Rodrigo Neiva.

Criar um restaurante aos pés da Serra da Moeda com intuito de promover experiências gastronômicas e favorecer os pequenos produtores locais, proporcionou ao grupo “Tempero da Serra” composto por: Breno Marques, Guilherme Righi, Júlio César Cândido, Kerolem Gomes, Luís Felipe, Ryan bonino, Vanessa Grasielly, Victor Dornas. a vitória na competição. 

“Foi muito trabalhoso, mas nós desenvolvemos um projeto muito bom, as pessoas do grupo são muito boas. Em alguns momentos tivemos conflitos, mas a professora Rosilene nos ajudou a resolver, estávamos esperançosos, mas também apreensivos pois os outros trabalhos estavam muito bons, entretanto nós ganhamos e foi muito gratificante”, comentou Júlio.

Elementos utilizados e pratos desenvolvidos pelo grupo vencedor

Para Vanessa Grasielly, componente do “Tempero da Serra”, participar do GastroUna a proporcionou uma grande experiência. “O projeto agregou muito para mim, consegui ver a realidade de como seria abrir um negócio, chorei, sofri, levantei e renovei as forças em vários momentos porque sabia que daria certo e que se desse o meu melhor tudo se encaixaria e o resultado seria uma consequência de tudo isso, ou seja, seria uma jornada concluída com sucesso”.

Grasielly contou ainda sobre os desafios e os ganhos gerados durante o desenvolvimento do projeto. “Desde o início ocorreram muitos desafios, nas ideias ou no processo, mas posso dizer que os ganhos foram muito  maiores.  Aprendi que o trabalho em equipe vence qualquer barreira, que juntos somos mais fortes e que quando um não está bem, tem um grupo ali pra apoiar e dar força, que o verdadeiro trabalho em equipe supera as adversidades que surgem, pois cada integrante possui um talento e a soma desses conhecimentos traria um resultado positivo”, finalizou.

Premiação

Equipe Tempero da Serra vence a 10ª edição do GastroUna

A equipe vencedora, Tempero da Serra, foi agraciada com um almoço no restaurante Dona Lucinha e, kits de Cafés Segafredo, Cimsal Flor de Sal, produtos da Sabarabuçu e Sabará & Sabor/derivados da jabuticaba, artesanato da Vovó Helê e da Sabor de Fada Angelina Almeida, Cachaça Capim Cheiroso, camisetas personalizadas da WA Dolmãs, convites para participação na Feirinha Aproxima e do Arraial de Belo Horizonte e certificados do Centro Universitário.

Não assistiu ao GastroUna? Então clique no link e assista o evento completo.

 

*A matéria foi produzida sob a supervisão da jornalista Daniela Reis.

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Evento celebrou o aniversário de 89 anos do Mercado Central, contou com a presença vários chefs e também professores e alunos da Una

Por: Italo Charles

Muitos sabem que um dos tira-gostos mais apreciados pelos mineiros é o fígado com jiló. A partir disso, o Festival Cultural do Mercado Central que aconteceu no ano de 2018 realizou uma parceria com doze chefs de Belo Horizonte para tentar alcançar a marca de “Maior chapa de fígado com jiló do mundo”.

O evento que comemorou os 89 anos do Mercado garantiu o título esse ano (2020). A chapa que tinha por extensão 16 metros, foi montada na avenida Augusto de Lima e operada por dezenas de chefs, contando também com a participação de alunos e professores do curso de Gastronomia do Centro Universitário Una. 

Nomes da gastronomia mineira, como Flávio Trombino (Xapuri), Edson Puiati (Coordenador do curso de Gastronomia Una), Eduardo Avelar (Territórios Gastronômicos), Rosilene Campolina (Docente na Una e administradora do portal Chef a Chef), Marcos Proença (Patorroco), Jaime Solares (Borracharia), Ivo Faria (Vecchio Sogno), Rodrigo Zarife (Ro.ZA Gastronomia), Ilmar Antônio de Jesus (Casa Cheia), Valdez Maranhão (Buteco do Maranhão), Ronaldo Marques da Silva (Bar Fortaleza) e Wellington Paulo Nunes (Bar da Lora), foram os chefs responsáveis pela chapa.

A professora da Una, Rosilene Campolina, única chef mulher a participar da chapa contou um pouco sobre experiência de ter participado do festival. “Foi uma sensação de orgulho e ao mesmo tempo de responsabilidade, porque estive representando o segmento feminino dentro da gastronomia que muitas vezes é esquecido. Mas, também tive que ‘dar conta do recado’ por estar ao lado de vários outros chefs que são  grandes nomes da gastronomia”.

Um dos principais pontos para conquista do título, era valorizar a cultura e a gastronomia local, fomentando o uso de ingredientes regionais como explica o chef Michel Douglas Duda (participou do evento ainda enquanto aluno). “Foi uma sensação maravilhosa, senti que além de representar nosso país, estava valorizando meu estado, minha cultura e minhas raízes através da gastronomia. Hoje, vejo como grande importância, pois conquistamos com um recorde muito difícil de ser quebrado, porque pra mim não são só números, trata-se da valorização da cultura alimentar do nosso berço que é Minas gerais”.

“O título de maior chapa de fígado com jiló do mundo concedido pelo Guinness Book, apresenta ampla importância, pois gera reconhecimento profissional, reconhecimento da cultura local, uma vez que o título cria uma repercussão mundial, nos proporciona uma posição de abertura, potencializando o turismo, fomenta a economia e valoriza ainda mais nossa gastronomia. Enquanto docente, avalio o reconhecimento como uma forte referência para os alunos, mostrando-os como algo ‘nosso’, genuíno que muitas vezes é popular pode ser tornar sofisticado”, completa Rosilene.

 

 

*A matéria foi produzida sob a supervisão da joornalista Daniela Reis