Tags Posts tagged with "Sesc Palladium"

Sesc Palladium

No mês de maio, o Cine Sesc Palladium, promove a mostra Narrativas do Fantástico, com filmes, mesas redondas e oficinas, que unem o cinema com a literatura, tendo como ponto em comum o fantástico.

A seleção dos filmes é feita de maneira heterogênea, em relação a países, épocas e estilos, explica o jornalista e pesquisador Nuno Manna, 29. “Temos, por exemplo, filmes que foram grandes produções hollywoodianas e grandes sucessos de décadas atrás, e outros que, apesar de conhecidos por uma comunidade de cinéfilos, são bem menos acessíveis, sejam por disponibilidade ou pela sofisticação cinematográfica que trazem”.

O diferencial da mostra é a busca pelo fantástico, que segundo o dicionário nos remete ao “que pertence à fantasia; fantasioso, imaginativo”. Diferente da nossa definição, Manna esclarece que a ideia do fantástico presente nos filmes escolhidos é: “uma abordagem transversal do fantástico, que se dedica a aquelas obras que inserem em suas narrativas elementos insólitos, mágicos, absurdos, de maneira que tais elementos provoquem um deslocamento na representação da realidade. Não se trata, pois, da total fantasia, mas do nosso mundo, como pensamos conhecê-lo, invadido por algo que não conseguimos explicar”.

Críticas às adaptações literárias

É comum entre os cinéfilos e leitores assíduos as criticas a maioria das adaptações de livros para o cinema. O site da revista Rolling Stones disponibilizou uma lista com as 10 piores e melhores adaptações para o cinema. Segundo o jornalista, as seleções das obras foram bem pensadas para que agrade ao mais crítico dos públicos. “Todos os filmes que estão na mostra foram selecionados porque, enquanto adaptações possuem uma potência e uma originalidade em si mesmos. São, portanto, autonomamente notáveis e não se deixam constranger pelo peso da obra literária de referência. Acho que qualquer adaptação interessante (e elas são várias, a exemplo dessas que estão na mostra) guarda esse lugar de diálogo, ao mesmo tempo se alimentando da herança de uma grande obra, mas criando sua própria contribuição com sua narrativa”.

Entre os filmes escolhidos, o pesquisador conta, como forma de dica, que, um dos que merecem mais destaque é o do cineasta russo, Tarkovski, com a sua produção de 1972, Solaris.  “Devo muito a ele um aprendizado em relação a uma postura de espectador, à abertura para uma sensibilidade que seus filmes nos exigem e nos inspiram”.

Porém, ele conta que a grande expectativa fica com o filme polonês, de 1965, O Manuscrito de Saragoça, que é uma adaptação do livro de Jan Potocki, O manuscrito encontrado em Saragoça. “É um dos filmes menos conhecidos da mostra, e sem dúvida um dos que mais mereciam destaque. Mesmo sendo um filme bastante longo, consegue ser cativante”, argumenta.

Veja a programação completa do evento

Por: Ítalo Lopes

Imagens: Divulgação

0 886

Nesta quarta-feira, 28, o Sesc Palladium receberá a Mostra Funk.Doc, com a exibição do longa Funk Rio, que terá sessão comentada com o professor de  etnomusicologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Carlos Palombini. Com entrada gratuita, o evento estará presente até o próximo sábado, 31.

Durante os quatro dias da mostra no Sesc Palladium, serão exibidos documentários e longas-metragens que mostram diferentes pontos em relação ao funk no Brasil.

O Rio de Janeiro é considerado o principal espaço do funk no Brasil, mas os estudantes Felipe Xavier, Hudson Freitas, Jéssica Newman e Leonora Laporte, hoje, jornalistas formados, realizaram um documentário para o Trabalho de Conclusão de Curso, falando sobre a realidade do estilo musical em Minas Gerais.

De acordo com Felipe Xavier, a ideia de realizar o documentário “Na Batida”, que fala a respeito do funk em Belo Horizonte, partiu do pressuposto de todos os integrantes do grupo gostarem do estilo musical e da falta de espaço sobre o assunto no meio acadêmico. “A gente queria mostrar a realidade. Como era fazer o funk. Como os DJ’s e MC’s entendiam a história do ritmo. Mostrar como as pessoas consumiam o funk na periferia, seu local de origem”, explica Xavier.

Na Batida:

Programação completa da Mostra Funk.DOC

28 de maio (quarta-feira)

20h – Funk Rio * Sessão seguida de palestra e bate-papo com o pesquisador Carlos Palombini (proibidao.org e UFMG)

29 de maio (quinta-feira)

17h – Favela on Blast

19h – A Batalha do Passinho – O Filme

21h – Funk Ostentação + Esculacho * Sessão seguida de bate-papo com o diretor Marcelo Reis

30 de maio (sexta-feira)

17h – Funk Ostentação: O Sonho + 90 Dias com Catra

19h – Favela on Blast

21h – A Batalha do Passinho – O Filme

31 de maio (sábado)

17h – Funk Ostentação + Esculacho

19h – Funk Rio

21h – Favela on Blast

Por: Luna Pontone

Foto: Retirada da Fanpage no Facebook

A partir desta terça-feira, 11, o Sesc Palladium oferece uma nova programação para o projeto “Cinema em Transe” que tem como objetivo exibir longas que dialogam com a linguagem cinematográfica e com a originalidade brasileira.

Ao final de cada seção, toda a plateia é convidada para um debate com o diretor da longa a respeito do tema e da estética adotada pela a obra, além de discutir as dificuldades de se fazer filmes no Brasil.

O primeiro longa a ser exibido no projeto é o premiadíssimo “Tatuagem” do diretor Hilton Lacarda, que ganhou os prêmios de Melhor filme no Festival de Rio e de Gramado, o Kikito. A seção esta marcada para iniciar às 20h e a retirada dos ingressos começara 2h antes da seção.

Dia 11/03 
Seção: 20h

Tatuagem (2013)
110min – Cor – Classificação 16 anos

Brasil, 1978. A ditadura militar, ainda atuante, mostra sinais de esgotamento. Em um teatro/cabaré, localizado na periferia, um grupo de artistas provoca o poder e a moral estabelecida com seus espetáculos e interferências públicas. Liderado por Clécio, a trupe conhecida como Chão de Estrelas ensaiam resistência política a partir do deboche e da anarquia. A vida de Clécio muda ao conhecer Fininha, apelido do soldado Arlindo Araújo. É esse encontro que estabelece a transformação de nosso filme para os dois universos. A aproximação cria uma marca que nos lança no futuro, como tatuagem: signo que carregamos junto com nossa história.

Dia 18/03 

Doce Amianto (2013)
70min – Cor – Classificação 16 anos

Amianto vive isolada num mundo de fantasia habitado por seus delírios de incontida esperança, onde sua ingenuidade e sua melancolia convivem de mãos dadas. Após sentir-se abandonada por seu amor (O Rapaz), Amianto encontra abrigo na presença de sua amiga morta, Blanche, que a protegerá contra suas dores. Seu universo interior choca-se com a realidade de um mundo que não a aceita, um mundo ao qual ela não pertence e invariavelmente ela torna a debruçar-se sobre seus delírios jocosos, misturando realidade e fantasia. Com a ajuda de sua Fada Madrinha, Amianto recolhe forças para continuar existindo na esperança de ser feliz algum dia. 

Dia 25/03

 Avanti Popolo (2012)
72min – Cor –  Classificação 14 anos.

Por meio do resgate de imagens Super-8mm captadas pelo seu irmão nos anos 70, André tenta reavivar a memória do seu pai que há 30 anos espera seu filho desaparecido.

Foto: Divulgação

Texto: João Alves

Os Mutantes voltam ao palco para apresentar uma de suas obras mais lisérgicas, Tudo foi feito pelo sol, de 1974, cartaz de sábado, 12, no Sesc Paladium. O espetáculo conta a  formação original da banda, á época, já sem Rita Lee e Arnaldo Baptista. Em 1974, Sérgio Dias (guitarra e voz) reuniu um novo conjunto para compor e gravar aquele que seria o LP mais vendido do grupo. A ele se juntaram Rui Motta (bateria), Antonio Pedro Medeiros (baixo) e Túlio Mourão (teclado). O CONTRAMÃO conversou por telefone com Mourão sobre a apresentação, o álbum e a legião de aficionados pela obra.

Túlio Mourão é mineiro, nascido em Divinópolis, foi o compositor das faixas Pitágoras e O contrário de nada é nada – a última em parceria com Sérgio Dias. O compositor tem uma vasta e diversificada produção musical, passando por trilhas para filmes, acompanhando diversos artistas – entre eles Milton Nascimento, com quem trabalhou por 12 anos – e produzindo discos solos.

CONTRAMÃO: Quase 40 anos depois o álbum volta a ser interpretado. O que foi decisivo para que essa reunião pudesse acontecer? Vocês já haviam se apresentado em dezembro do ano passado, com a mesma formação, durante o festival Psicodália, acredita que outros encontros acontecerão?

TÚLIO MOURÃO: Faz sentido para nós tocarmos juntos e a partir disso é que a gente resolveu fazer o show. Outra coisa importante foi perceber como a juventude, a garotada, tem um apreço quase que inexplicável pelo disco. A gente esbarra, diariamente, com pessoas que falam do disco com um interesse, com um respeito que nos surpreende. Para se ter uma ideia, depois do festival Psicodália [em Rio Negrinho, SC], a gente autografou mais discos do que quando ele foi lançado. Isso é muito surpreendente. Ficamos muito comovidos. Por isso tratamos de criar as condições para que este encontro fosse possível, mesmo com o Sérgio [Dias] morando lá em Las Vegas, a gente tratou de tornar isso possível. Não é possível dizer quantas vezes isso vai acontecer, mas dessa vez houve uma resposta de mercado interessante.

CONTRAMÃO: Túlio Mourão, enquanto mineiro, o que achou da resposta do público para o show em BH?

TM: A resposta aqui em Minas foi maravilhosa, o interesse foi incrível. Belo Horizonte respondeu muito bem a essa notícia! Foi um rastilho de pólvora: os ingressos começaram a serem vendidos e para a primeira plateia [área 1, mais a frente do palco] esgotaram no primeiro dia. Eu fiquei muito sensibilizado.

CONTRAMÃO: E o grupo já esperava por uma demanda tão grande? Os ingressos já começavam a esgotar antes da divulgação fora da internet começar, vocês imaginavam que teriam essa força na internet?

TM: Os ingressos começaram a ser vendidos e a área 1 já tinha encerrado antes de começar divulgação em massa, na grande mídia. Mas eu já esperava essa resposta. Sempre achei que esse fosse um show para 4 mil, 5 mil pessoas. Não foi uma surpresa para mim, não. A gente sabia que a garotada, essa rede de aficionados com o disco, estava nas redes sociais. Então, começamos por ali e deu certo. Nas redes sociais tivemos um impacto muito grande: no fim de semana que fiz o post no Facebook já haviam 700 compartilhar. Então, quando começou a divulgação na grande imprensa muitos ingressos já haviam sido vendidos.

CONTRAMÃO: E a que atribui essa procura por ingressos, esse volume de autógrafos? Porque o disco continua sendo um grande sucesso mais de três décadas depois de seu lançamento, em 1974?

TM: Eu tive a oportunidade de perceber que nos dedicamos muito na época e a gente realmente conseguiu criar um álbum muito relevante. Quando eu tento explicar porque a garotada gosta tanto deste disco lembro que é uma garotada que tem acesso instantâneo sobre toda produção contemporânea, essa garotada tem como comparar tudo que acontece. O que ela encontra e a atrai é a consistência musical e a alta performance instrumental deste álbum. É muito prazeroso perceber esse reconhecimento.

Texto por Alex Bessas

Imagem de capa do álbum

0 799

O fórum [En] Caminhamentos, novos rumos da educação, chega nos dia 14 e 15 de agosto no Grande Teatro do SESC Palladium, com o objetivo de discutir os desafios dos professores no ensino escolar. O evento organizado pela FECOMERCIO traz o Psiquiatra Augusto Cury que ministrara a palestra “O Código da Inteligência: a educação no século XXI”.

O professor de filosofia na rede pública de Ensino, Marcos Meireles, entende que a educação Brasileira precisa de mudanças. “A Educação está enraizada em um sistema positivista engessado, que por vezes se torna rotineiro devido a uma série de critérios que deve se adotar e metas a alcançar não levando em conta a realidade cotidiana do aluno”, explica o professor.

Meireles analisa que o professor deve ser também um provocador. “As bases de uma nova educação devem estar pautadas numa relação em que o professor apresenta-se como um sedutor que instiga o aluno a uma busca incessante pelo saber. O professor deverá ser antes de tudo, um provocador não um mero ditador de respostas prontas”, explica.

As informações sobre a programação e o credenciamento estão disponíveis no site do Sesc Palladium.

Saiba Mais

Por João Vitor Fernandes e Perla Gomes

Foto: Heberth Zschaber

Video:  Canal Portal Brasil

A Mostra Alumbramento está em cartaz no Sesc Palladium, entre os dias 05 e 10 de junho. Na programação, filmes da produtora Alumbramento. “Será a primeira vez que vamos mostrar todos os filmes. Estou curioso para saber como vai ser”, comenta um dos participantes do coletivo Thiago Petti.

A produtora tem o objetivo de incentivar produções coletivas, com visões diferentes sobre o mesmo tema e discutir a relação que estas produções têm com a cidade. “O destaque é o filme Praia do Futuro, realizado coletivamente em episódios, e conversa diretamente com os frequentadores das praias do nordeste”, informa Petti.

Os filmes serão exibidos, na sala Prof. José Tavares de Barros, com entrada gratuita.

Programação completa no site do Sesc Palladium

Por João Vitor Fernandes

Foto: João Vitor Fernandes