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Sigmund Freud

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Por Daniela Reis 

No dia 23 de setembro de 1939 morria o criado da Psicanálise, Sigmund Freud. Ele foi um médico neurologista e importante psicanalista austríaco. Nasceu em Freiberg, na Morávia, então pertencente ao Império Austríaco, no dia 6 de maio de 1856. Filho de Jacob Freud, pequeno comerciante e de Amalie Nathanson, de origem judaica, foi o primogênito de sete irmãos.

Vítima de câncer, em 1923, já doente, Freud passou pela primeira cirurgia para retirar um tumor no palato. Passou a ter dificuldades para falar, sentia dores e desconforto. Seus últimos anos de vida coincidiram com a expansão do nazismo na Europa. Em 1938, quando os nazistas tomaram Viena, Freud, de origem judia, teve seus bens confiscados e sua biblioteca queimada. Foi obrigado a se refugiar em Londres, após um pagamento de resgate, onde passou os últimos dias de sua vida.

Sigmund Freud morreu em Londres, Inglaterra.

Formação

Desde pequeno mostrou-se brilhante aluno. Aos 17 anos, ingressou na Universidade de Viena, no curso de Medicina. Durante o período de faculdade, deixou-se fascinar pelas pesquisas realizadas no laboratório de filosofia dirigido pelo Dr. E. W. von Brucke.

De 1876 a 1882, trabalhou com esse especialista e concentrou-se em pesquisas sobre a histologia do sistema nervoso. Já revelava grande interesse pelo estudo das enfermidades mentais, bem como pelos métodos utilizados em seu tratamento.

Atuou também no Instituto de Anatomia sob a orientação de H. Maynert. Concluiu o curso em 1881 e resolveu tornar-se um clínico especializado em neurologia.

Durante alguns anos, Freud trabalhou em uma clínica neurológica para crianças, onde se destacou por ter descoberto um tipo de paralisia cerebral que mais tarde passou a ser conhecida pelo seu nome.

Em 1884 entrou em contato com o médico Josef Breuer que havia curado sintomas graves de histeria através do sono hipnótico, onde o paciente conseguia se recordar das circunstâncias que deram origem à sua moléstia. Chamado de “método catártico” constituiu o ponto de partida da psicanálise.

Em 1885, Freud obteve o mestrado em neuropatologia. Nesse mesmo ano ganhou uma bolsa para um período de especialização em Paris, com o neurologista francês J. M. Charcot. De volta a Viena, continuou suas experiências com Breuer. Publicou, junto com Breuer, Estudos sobre a Histeria (1895), que marcou o início de suas investigações psicanalíticas.

O pai da Psicanálise

Em 1897, Freud passou a estudar a natureza sexual dos traumas infantis causadores das neuroses e começou a delinear a teoria do “Complexo de Édipo”, segundo o qual seria parte da estrutura mental dos homens o amor físico pela mãe. Nesse mesmo ano, já observava a importância dos sonhos na psicanálise. Em 1900 publica A Interpretação dos Sonhos, a primeira obra psicanalítica propriamente dita.

Em pouco tempo, Freud conseguiu dar um passo decisivo e original que abriu perspectivas para o desenvolvimento da psicanálise ao abandonar a hipnose, substituindo-a pelo método das livres associações, passando então a penetrar nas regiões mais obscuras do inconsciente, sendo o primeiro a descobrir o instrumento capaz de atingi-lo e explorá-lo em sua essência.

Durante dez anos, Freud trabalhou sozinho no desenvolvimento da psicanálise. Em 1906, a ele juntou-se Adler, Jung, Jones e Stekel, que em 1908 se reuniram no primeiro Congresso Internacional de Psicanálise, em Salzburg.

O primeiro sinal de aceitação da Psicanálise no meio acadêmico surgiu em 1909, quando foi convidado a dar conferências nos EUA, na Clark University, em Worcester.

Em 1910, por ocasião do segundo congresso internacional de psicanálise, realizado em Nuremberg, o grupo fundou a Associação Psicanalítica Internacional, que consagrou os psicanalistas em vários países.

Entre 1911 e 1913, Freud foi vítima de hostilidades, principalmente dos próprios cientistas, que, indignados com as novas ideias, tudo fizeram para desmoralizá-lo. Adler, Jung e toda a chamada escola de Zurique separaram-se de Freud.

 

Obras

  • A Interpretação dos Sonhos (1900)
  • Psicopatologia da Vida Cotidiana (1904)
  • Três Ensaios Sobre a Teoria da Sexualidade (1905)
  • Totem e Tabu (1913)
  • O Mal Estar da Civilização (1930)
  • Moisés e o Monoteísmo (1939)