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A 6ª Mostra CineBH, faz o público refletir sobre o mercado audiovisual mineiro, nacional e internacional. O evento, que se encerra amanhã, nasceu com o intuito de contextualizar o cinema no mercado e entender como este mercado se configura, hoje, no Brasil e no exterior. “No Brasil, existe uma política pública de produção, mas ainda falta uma [política] de difusão”, explica a produtora da Universo Produção Raquel Hallak.

Segundo Raquel Hallak, os eventos da Universo Produção, responsável pelo mostra, são instrumentos a favor da produção impendente que envolvem a realização de baixo orçamento e que imprimem uma identidade. “São filmes autorais que, muitas vezes, não têm a oportunidade de chegar até o publico, porém são eles que deram a nova cara do cinema brasileiro”, avalia a produtora.

Público – Mostra CineBH

Para o programador do Cine104 Daniel Queiroz, o mercado no geral encontra-se em uma mudança enorme com diretrizes boas e ruins. “A juventude de hoje tem algumas dificuldades com o cinema tradicional, como, por exemplo, de se concentrar em um filme de duas horas de duração”, observa Queiroz. Por outro lado, ele percebe que os filmes estão circulando de novas maneiras, sem se prenderem somente a formatos e a gêneros tradicionais.

Entre o público, estavam àqueles que acompanham a trajetória de dez anos da Teia, como é o caso de Pedro Aspahan, formado em Rádio e TV. “Acho que a Teia tem um trabalho consistente, com poesia, e que nos inspira a produzir novos trabalhos”, afirma.

Para os homenageados o clima era de felicidade e frio na barriga. “Ser homenageado é bom, dá uma alegria, um frio na barriga. É um reconhecimento e uma certeza que não podemos acomodar, temos que continuar seguindo em frente”, declara a produtora do grupo Teia Clarissa Campolina.

Clarissa Campolina

Hoje, um dos destaques do evento é a apresentação do filme Tabu, do diretor Miguel Gomes, cartaz do Cinema Belas Artes 1.

Por João Vitor Fernandes e Rafaela Acar

Foto João Vitor Fernandes e Rafaela Acar

A cidade recebe neste mês a edição da Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte (Mostra CineBH). O evento contará com a exibição de 126 filmes nacionais e internacionais e homenageará a produtora Teia, que comemora dez anos de existência, além de oficinas, palestras, cursos, sessões de escola e lançamentos de livros.

O público terá a oportunidade de rever cinco longas que representam a carreira dos diretores Sérgio Borges, Leonardo Barcelos, Helvécio Marins Jr, Clarissa Campolina, Marília Rocha, Pablo Lobato e Cao Guimarães, todos membros da produtora.

Serão apresentadas, nesta edição, nove mostras, entre elas uma retrospectiva da carreira do diretor francês LeosCarax, que teve sua mais recente produção, o filme Holy Motor, premiada no último Festival de Cannes, e, o jovem prodígio do cinema, o mexicano Nicolas Pereda, 28 anos e que já acumula em seu currículo sete filmes e recebeu diversos prêmios, incluindo o Toulouse e Guadalajara. Pereda estará presente no evento, para discutir com o público suas técnicas de filmagem e como acontece seu processo criativo.

Pelo terceiro ano seguido será realizado, simultaneamente, com a mostra, o BrasilCineMundi, que visa a troca de experiências e capacitação dos profissionais e estudiosos do cinema, oferecendo assim oficinas, debates e estudos de caso.

Com a Mostra de filmes de produção independente e do grande mercado, os organizadores do evento visão uma conexão através de debates e seminários sobre as exibições, tendo o propósito de ampliar os questionamentos comerciais, criar ações de cooperação, lançamentos de novas ideias, com o intuito de modificar a compreensão do cinema que se faz, e refletir sobre o assunto.

A abertura da amostra será amanhã, dia 18 de outubro, às 20h30, no SESC Palladium. A entrada é franca e o evento vai até o dia 30 de outubro em diversos pontos da cidade.

Por Hemerson Morais, Paloma Sena, Rafaela Acar e Rute de Santa

Foto: divulgação do curta Cadê meu Rango?, de George Damiani